Foster Brown InformaçõE Adicionais Sobre MudançAs Globais Foster 24nov07
MudançAs Globais Na AmazôNia Sul Ocidental Foster Brown 19nov07 A
1. Mudanças Globais na
Amazônia Sul-ocidental
Foster Brown e muitos outros
Aula inaugural, Academia Amazônica
UFAC, Rio Branco, Acre, Brasil
19nov07
fbrown@uol.com.br
INPE/CPTEC G-8 IR 19/11/02 0600Z
3. Esboço – um pouco de tudo
História
Centro do universo
Mudanças Globais
Mudança Climática
O que fazer
4. Cada um faz a sua
história
E nossas visões do mundo refletem
nas nossas histórias.
5. Um pouco de história pessoal – I
(Sou um dos seus recursos para esta academia.)
Formação em geologia/química
Participei da Conferência da ONU em Estocolmo – Meio
Ambiente - 1972.
Fiz doutorado – U. Northwestern – Centro para estudos de
ciclos globais de elementos,
Desde 1970, atividade humana significativa/dominante – N, C, P, Hg,
Cd, etc.
Doutorado – ciclo de nitrogênio 1981.
Professor na Univ. Federal Fluminense 1980 –1985, tempo
integral, 1986 - 2001 tempo parcial
Cientista de Woods Hole Research Center 1986-
Pesquisador associado da UFAC via convênio WHRC 1992-
Docente no Curso de Mestrado em Ecologia e Manejo de
Recursos Naturais da UFAC desde 1996.
6. Um pouco de história pessoal - II
Coordenador de dois Projetos de Pesquisa Dirigida (PPDs) do
PPG-7 1995 e 1998
1995- 116 propostas, 16 aprovadas – a da UFAC foi única de uma
universidade amazônica. Viramos mascote do grupo.
1998 – 150 propostas, 30 aprovadas – a da UFAC foi uma de duas de
universidades amazônicas.
Membro do Comitê Brasileiro de Treinamento e Educação do
LBA (Experimento de Grande Escala Biosfera e Atmosfera na
Amazônia) 1996-
1998 – Coordenador do Programa LBA-Acre, apoio NASA.
2002 – Representante científico do Ministério da Ciência e
Tecnologia no Seminário de PPG-7, Fase II.
7. Alguns resultados do PPD e LBA
Geração e difusão de conhecimentos
Pessoas capacitadas e ativas – chave para tudo.
LBA – plano em 1997 – 200 alunos para todo o programa
LBA resultado em 2007 :
>4 vezes os sonhos de 1997.
MAIS IMPORANTE: UMA COMUNIDADE CIENTÍFICA
ATUANTE.
http://lba.cptec.inpe.br/lba/site/# LBA em Números, 19nov07
http://lba.cptec.inpe.br/lba/site/# meros,
8. Mais resultados do LBA (PPG-7)
http://lba.cptec.inpe.br/lba/site/# LBA em Números, 19nov07
9. Tudo isto começou porque alguns recém-
doutores no Brasil, entre eles Carlos Nobre
e Paulo Artaxo, decidiram fazer um
programa Lambada –Baterista-Ambiace
(LBA) no início de 1990.
E a Academia Amazônica?
Será que vocês podem pensar em
algo maior?
10. Exemplos de formação associada ao LBA/PPG-7 no
Acre e atividades atuais (foto LBA Belém 2000)
Marcos Silveira
Dout. UnB, Prof. UFAC
Diogo Selhorst Eufran do Amaral
Willian de Melo
MSc-UFAC Dout. UFV
MSc. Esalq
Hiromi
Prev Fogo Embrapa
Ordenamento
Sassagawa
IBAMA-AC Sec. SEMA
Territorial - SEMA
MSc INPE
Min. Agric.
Mónica de los Rios
MSc UFAC
Alejandro Cleber Salimon Pesquis. Herencia
Elsa Mendoza
Duarte Dout. CENA MSc UFAC
Prof. UFAC Prof. UFAC Pesquis. IPAM
11. Encontro de Universidades para
desenvolver um Programa
de Mudanças Globais
relacionadas ao uso da terra
na Amazônia Sul-ocidental
Rio Branco - Acre
23 a 25 de junho de 1999
17 instituições acadêmicas, de fomento e de pesquisa da
Bolívia, Brasil e Peru
12. Declaração de Rio Branco Sobre
Mudanças Globais 25/06/99
1. Incorporar, no âmbito acadêmico, o tema Mudanças Globais nas disciplinas afins.
2. Promover o desenvolvimento de estudos multidisciplinares e inter-institucionais
assegurando a incorporação dos aspectos biofísicos e sócio-econômicos,
enfatizando a pesquisa, a capacitação e a disseminação de forma integrada.
MSc INPE
3. Considerar os conhecimentos tradicionais nos estudos científicos, de forma a
reconhecer a contribuição dos diversos atores regionais, respeitando seus direitos
intelectuais.
4. Fortalecer as relações acadêmicas e institucionais entre os Países Amazônicos,
levando em consideração os aspectos biofísicos e sócio-culturais de cada país.
5. Estimular a disseminação dos avanços científicos, de importância à temática
Mudanças Globais, a todos os segmentos da sociedade, nos níveis político,
acadêmico e das comunidades locais.
14. MAP: Madre de Dios – Acre - Pando
680,000 pop.
160,000 km2
português
Acre
100,000 pop.
Pando
84,000 km2 Madre
60,000 pop.
español de Dios
63,000 km2
español
Fonte: Ane Alencar
15. Fonte: modificado do Albuquerque e
Gomes (2007) Ações da Defesa Civil na
Região MAP. III Simpósio Internacional
de Defesa Civil, Recife nov.
INICIATIVA MAP
É um movimento social, sem personalidade jurídica, composto por
instituições e pessoas do meio acadêmico-universitário, organizações sociais,
ONGs, instâncias municipais e governamentais, que tem por objetivo
desenvolver processos de participação para tomadas de decisões e
coordenação de ações visando o desenvolvimento sustentável da tríplice
fronteira, região MAP.
19. Nova revista – MAPIENSE – colaboração
entre ONG boliviana, Herencia, e uma
universidade brasileira, UFAC
Uma das editoras Monica de los Rios, peruana, formada
pela UFAC, trabalhando com a ONG boliviana, Herencia,
entregando uma cópia a Jorge Vela, Vice-Reitor da
Universidad Nacional de Ucayali e membro do Comitê
Científico do MAP.
20. Um pouco de psciologia para ajudar a
atuar em pesquisa de Mudanças Globais
Ciência é uma atividade humana. Egos ficam involvidos.
Em estudos de mudanças globais os discípulos de cada
disciplina normalmente consideram que sua disciplina é a
chave.
Todos estão parcialmente certos – todas as disciplinas são
chaves, porém as mais importantes são as ausentes.
Uma corrente é feita de elos e só tem a força do mais fraco dos
elos.
21. Para entender as Mudanças Globais precisamos, entre outros, de:
Informática química
meteorologia
História da economia Engenharia ambiental
Eng. de recursos hídricos análise numérica eletrônica
ecologia
sociologia
biologia
geologia física solar
espectroscopia
geografia biogeoquímica
historia
Química atmosférica limnologia
Física atômica astronomia ciências atmosféricas
geofísica
aeronomia
economia
Ecologia humana
matemática oceanografia termodinâmica
microbiologia Ciências políticas Ciências sociais
Estatística
direito
Engenharia química (adapt. Nobre 2006)
22. Uma disciplina para
Mudanças Globais é
biogeoquímica
O estudo do ciclos de elementos e
compostos no ambiente.
Fornece uma visão (parcial) das
Mudanças Globais, especialmente de
Mudanças Climáticas.
23. EXEMPLOS DE MUDANÇAS GLOBAIS
Transformações que afetam parte significativa da Terra:
Mudanças climáticas, urbanização, recursos hídricos,
ecossistemas, comunicações, uso da terra, migrações
humanas, mega-infrastrutura, etc.
Mega-
infraestrutura
MIGRAÇÕES
MUDANÇAS HUMANAS
CLIMÁTICAS E POP.
USO DA
TERRA
Notem as sinergias
Diagrama
Venn
25. Contexto: Imagens da Amazônia Sul-
ocidental
Ilustre cientista paraense: - “Foster, tu
vais para onde?”
Foster: “Pro Acre.”
Ilustre cientista paraense: “Aquele fim
do mundo?”
Uma história que se repete em Madre
de Dios e Pando
27. Fim ou Centro?
♦ A terra é redonda, portanto qualquer
lugar pode ser o centro na superfície;
♦ No universo qualquer ponto pode ser
considerado o centro;
♦ Então, por que não considerar a
fronteira trinacional como o centro?
42. Mega-investimentos planejados para Amazônia Sul-
ocidental (Fonte: NASA e M.Steininger, CI, IIRSA)
Lago Titicaca
Estrada
Beni
Puerto
Guayaramerin-
Yucumo Maldonado
Estrada
US$460 milhões
Iñapari- Puente
4.000 km de
Rondônia Inambari –
Rios navegaveis Cobija US$ 810 milhões
UHE
Binacional
Pando
3,000 MW
Acre
US$ 10 bilhões Rio Branco
UHE Jirau
3,900 MW
UHE
St. Antonio Estrada
3,600 MW p/ Cruzeiro do Sul
US$ 250 millhoes
43. Visão Acre-Centrica
Floresta Amazônica Alta,
Llama, fauna da Bacia
250 km do Acre Porto Velho
Amazônica, 300 km do Acre
AB-Iña-BPB
Rondonia
Ji-Parana
Vilhena
Cerca de 30 milhões de
pessoas vivem em um raio de
750 km do Acre. O
desenvolvimento desta região
vai depender na interação
Porto de Matarani, 700 km do Acre
destas pessoas
44. Acre: muita ou pouca
cobertura florestal?
Depende da escala.
No nível do Estado: somente 10 a 12% está
desmatado
Mas no leste do Acre, foco histórico de
desmatamento, na escala de município, a
situação é diferente.
45. Reserva legal: mínimo 80% (20%
desmatamento). Discussão no
Congresso brasileiro para mudar a 50%
Informações científicas baseadas em modelos de clima: mais
de 40% do desmatamento vai interagir sinergeticamente com
o aquecimento global e acelerar a savanização da Amazônia
(C. Nobre, com.pes.)
10 municípios acreanos com > 20% desflorestamento em
2006 (PRODES/INPE).
5 municípios acreanos com ≥ 50% desflorestamento em 2006
(PRODES/INPE).
46. Uso da Terra nos municípios do leste do
Acre: 21 a 71% deflorestado e aumentando
Imagem MODIS/Terra ago07
47. Reserva Legal
Dez municípios estão ‘ilegais’ em termos de
desflorestamento > 20%.
Se a lei for mudada para 50%, quatro
municípios seriam ‘ilegais’.
Pressão aumentando com a estrada ao Pacifico.
A Gazeta, página 1, 14nov07:
48. Quanto tempo para o desmatamento ser maior que 40% nos
municípios no Acre (baseado na taxa média de 2000 a 2006,
dados do PRODES/INPE. Fonte: http://www.dpi.inpe.br/prodesdigital/prodesmunicipal.php
Porto Acre
Já
Bujari
4 anos
Senador
Acrelandia
Guiomard
Rio Branco Já
Já
9 anos
Placido de
Castro
Já
Capixaba
Já
Xapuri
Seis municipios
29 anos
já ultrapassaram o
Brasiléia limite de 40%
Epitacio-
8 anos
lândia
Imagem MODIS/Terra ago07
Já
49. Como parar esta perda e suas
implicações para a manutenção das
florestas (evitar colapso/savanização)?
Reduzir a taxa de desmatamento.
Reflorestar áreas críticas
Matas ciliares
Nascentes
Áreas abandonadas com pouco valor agrícola.
Aumentar produtividade agrícola.
50. Vamos concentrar em
mudanças climáticas –
água e carbono
Precisamos lembrar das sinergias com
outras mudanças globais, como as estradas
inter-oceânicas e migrações, globalização
econômica e comunicação.
51. Vocabulário
Sinergia – interação entre fatores, produzindo
resultados diferentes da soma dos fatores.
Mitigação – redução dos impactos das
mudanças (redução de emissões de gases de
efeito estufa, por exemplo).
Adaptação - acomodação aos impactos das
mudanças.
54. 14 de abril de 2005 o movimento de água indo e voltando do Acre
IMAGEM GOES
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Z
www.cptec.inpe.br
55. Um resultado do LBA:
“...O ponto do Brasil onde o vento faz a curva…”
Região MAP
Andes
Andes
Teleconexões com chuvas em outras Fonte: J. Marengo,
CPTEC/INPE
partes da Amazônia e America do Sul.
56. Friagens de vez em quando
trocam o transporte e neste caso
transportam fumaça do SE de
Bolívia para Madre de Dios, Acre
e Pando. 25set07.
58. Avaliação de danos (AVADANS) no
Acre (G. Pereira, 2006)
Ano Desastre Custo estim.
(Reais)
1988 Enchente ~180 milhões
1997 Enchente ~66 milhões
2005 Incêndios ~168 milhões
2006 Enchente ~32 milhões
TOTAL ~440 milhões
Mapa de desastres – Acre miniMAP OT 01out07
59. Incêndios de 2005
Custos por muncípio – 14 a 300% do orçamento antes dos
incêndios do final de setembro em 2005.
George Pereira Monografia, Depto. De Economia, UFAC, 2006 p. 82
60. A história do ano 2005 na
Amazonia Sul-ocidental –
seca, fogo e fumaça
5oct07
Perto de Xapuri, Acre
61. A Seca na Amazônia do ano 2005
(No prelo, Journal of Climate)
José A, Marengo*, Carlos A, Nobre*, Javier Tomasella*, Marcos D,
Oyama**, Gilvan Sampaio de Oliveira*, Rafael de Oliveira*, Helio
Camargo*, Lincoln M, Alves*, Irving F, Brown***
*CPTEC/INPE, São Paulo, Brazil
** CTA/IAE, São Paulo, Brazil
***WHRC/UFAC
62. Marengo (2004) TAC
3
2
Indice de chuva (mm/dia) Sul de Amazonia
1
0
-1
Redução no anos recentes
-2
Variação inter-decadal na chuva
-3
1930
1990
1990
1960
1960
1970
1970
1980
1980
1950
1940
1940
1950
Declinio recente validado por Dr. Alejandro Duarte e
percepções de seringueiros.
Variação natural? Efeito de mudança climática
antropogênica?
63. Os rios são espelhos das chuvas - II
As cotas mais baixas depois de uma redução nos últimos 10 anos.
Cotas mais baixas
2005, 2007, 2006
65. Falta d’água,
Eta I
06ago05
bombas fixas
só conseguiram
puxar 300
litros/seg,
precisava 700
litros/seg para
abastecer a
cidade
66. Compra de bombas flutuantes (400l/s) para complementar o
abastecimento da cidade de Rio Banco.
A necessidade de reduzir a vulnerabilidade da sociedade à
variabilidade climática: Água.
IFB, 6 agosto 2005
68. Focos de calor em 2005 na Regiao MAP NOAA-12, MODIS (Aqua+Terra) GOES (INPE)
Satélites AQUA, GOES-12, NOAA-12 e TERRA,
em 2005 na região MAP. Fonte:
http://www.dpi.inpe.br/proarco/bdqueimadas
73. Xapuri 21ago05
CBERS_180_112
UFAC/PZ/SETEM/WHRC
30out05
5 km
Xapuri
74. Xapuri 12out05
CBERS_180_112
UFAC/PZ/SETEM/WHRC
30out05
5 km
Xapuri
75. Leste do Acre, Brasil, outubro de 2005,
Cicatrizes de Incêndios
Rio Branco
Xapuri
76. Serviços ambientais de matas ciliares – conservam os
recursos hídricos e servem como barreiras contra o
fogo (set05)
MATA CILIAR
QUE SERVIU
COMO BARREIRA
CONTRA FOGO
MATA
CILIAR
QUASE AUSENTE
(LEI – min. 30 m cada lado)
77. Estado do Acre afetado por incêndios (FCA:Floresta com Copa Afetada Brown et al. 2006)
Total da area % Municipio
Area Area Aberta
afetada afetado
Municí
Regional Municípios Munici FCA (ha) afetada
(ha)
(ha)
pal (ha)
181,378 >24,000 >31,800 >55,800 >31%
Acrelândia
303,729 >14,600 >33,100 >47,700 >16%
Bujari
169,650 >4,600 >500 >5,100 >3%
Capixaba
Plá
Plácido de
194,526 >31,400 >5,900 >37,300 >19%
Baixo Acre Castro
260,888 >13,700 >11,200 >24,900 >9%
Porto Acre
883,144 >66,100 >48,100 >114,200 >13%
Rio Branco
Senador
232,063 >31,500 >4,700 >36,200 >16%
Guiomard
2,225,378 >185,900 >135,300 >321,200 >14%
Sub-Total
Sub-
497,663 >2,000 0 >2,000 >0,4%
Assis Brasil
Brasiléia 391,828 >6,700 >17,500 >24,200 >6%
Alto Acre
Epitaciolândia 165,504 >8,900 >19,100 >28,000 >17%
534,695 >40,400 >25,700 >66,100 >12%
Xapuri
1,589,691 >58,000 >62,300 >120,300 >7%
Sub-Total
Sub-
2,373,174 >23,200 >5,600 >28,800 >1%
Purus Sena Madureira
Total 6,188,243 >267,100 >203,200 >470,300 >8%
81. RESOLUÇÃO/CONAMA/N.º 003 de 28 de junho de 1990
Publicada no D.O.U, de 22/08/90, Seção I, Págs. 15.937 a
15.939.
-Padrões Primários de Qualidade do Ar são as
concentrações de poluentes que, ultrapassadas, poderão
afetar a saúde da população.
…
II - Fumaça
a) Padrão Primário
…
2 -concentração média de 24 (vinte e quatro) horas de 150
(cento e cinqüenta) microgramas por metro cúbico de ar,
que não deve ser excedida mais de uma vez por ano.
83. Dias e percentual de dias com concentrações de matéria particulada
(fumaça) acima de 150 e 400 µg/m3 durante 45 dias em 2006.
Concentrações estimadas via modelo do CPTEC/INPE e USP da
concentração de matéria particulada com diâmetros abaixo de 2,5 microns
(d<2,5 µ) para o período de 28 de agosto de 2006 a 06 de outubro de 2006.
(fonte: Vasconcelos, Brown e Melo. In prep.)
Dias (%) com Dias (%) com
concentrações concentrações
Cidade
≥150 µg/m3, ≥400 µg/m3,
d<2,5 µ d<2,5 µ
32 (71%) 25 (56%)
Rio Branco - Acre / Brasil
23 (51%) 18 (40%)
Cobija - Pando, Bolívia
Puerto Maldonado - Madre de
17 (38%) 10 (22%)
Dios / Peru
19 (42%) 16 (36%)
Pucallpa - Ucayali / Peru
84. Respirar na Amazônia Sul-
ocidental em agosto-
setembro pode ser
prejudicial à sua saúde.
Qual é o custo para a sáude?
Quais impactos esta poluição tem
sobre os ecossistemas?
Áreas de pequisa.
89. Árvores mortas, mais luz penetrando até
o chão, secagem de liteira mais rápida –
mais susceptibilidade ao fogo
Acrelândia, 28jul06,
90. Custos ambientais/sociais são ‘invisíveis’ se
não foram quantificados e entendidos – uma
área de pesquisa importante.
Exemplo: Florestas afetadas por incêndios
detectados via imagens em 2005
Acre: > 267.000 ha
Pando: > 120.000 ha
Madre de Dios: >> 20.000 ha
Total: > 400.000 ha
Se o impacto ambiental foi igual a multa de
500 dólares/ha, a Região ficou 200 milhões
de dólares mais empobrecida.
91. A seca e os incêndios
podem se repetir?
Resposta rápida: seca sim, só depende
da frequência, incêndios talvez.
92. Eventos extremos como secas e
inundações tornam-se mais comuns
.
19 de fevereiro de 2006
Rio Branco, enchente
3 meses
13 de maio de 2006 GAZETA p. 1
Cota baixa recorde, menor que
Foto:
F. Brown
2005.
93. E o futuro?
O uso de modelos – confiar ou não confiar nas
previsões?
Depende.
94. Emissões de combustíveis fósseis
aumentando, não diminuindo, depois do Protocolo
de Quioto (IPCC 2007)
7,8 GtC/ano
Aumento 16%
desde 1997
6,7 GtC/ano
Meta do protocolo
Protocolo de
Quioto
95. Fontes antropogênicas de gás
carbônico
Quiema de combustiveis fósseis (carvão
mineral, petróleo e gás) 80%
1/3 total destas décadas – EUA
1/3 total destas décadas – Europa
1/3 total o resto
Agora – China e India – emissões crescentes e
China ~ EUA.
15 a 20% vem de desmatamento
96. O debate sobre impactos do aumento
do gás carbônico
Extremos
Lovelock (pai da hipótese Gaia)– não adianta, fim de
civilização. Imprimir livros com informações importantes e
migrar para regiões polares.
Terra mais verde – CO2 – adubo (companhias de carvão
nos EUA década de 90). Ou a Terra vai se resfriar.
Aquecimento é uma farsa – Martin Durkin, BBC.
Intermediários
Aquecimento recente real, mas não devido a gases do efeito
estufa (complô de cientistas/países industrializados). Vai
melhorar com os ciclos naturais.
Aquecimento real e vai aumentar, mas é solucionável.
97. Debate é importante demais para ficar
só ouvindo. É importante analisar com
olhar crítico os argumentos.
Faixa de idéias:
Problema é sério e temos que agir agora – IPCC (4o
relatório 2007), Paulo Artaxo, Carlos Nobre, José
Marengo, Jim Hansen
Floresta vai ser melhor com o aumento da temperatura –
Aziz Ab’saber
Não vai ter grandes efeitos – Richard Lindzen, Governos
EUA e Australia,
Estamos entrando numa era glacial – Luis Molion (UFAL)
98. Onde há divergências
Aumento do C02 na atmosfera – quase todos
concordam – efeito antropogênico.
Aumento recente de temperatura – quase todos
concordam.
Aumento (frequentemente chamado 2X (280
ppm >> 560 ppm) – discordância sobre o
impacto.
99. Alguns sítios de informação
Preocupados
http://www.cptec.inpe.br/mudancas_climaticas/
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/3881.html
http://www.realclimate.org
http://ipcc.ch
www.map-amazonia.net Forum Comite Cientifico
Céticos
www.msia.org.br
http://www.john-daly.com/artifact.htm
http://www.junkscience.com/Greenhouse/
http://www.youtube.com/watch?v=1JCVjg7H94s (A grande farsa de
aquecimento global) – muitas omissões e mas representações de
cientistas (ver realclimate.org para detalhes)
100. Algumas informações
No último milhão de anos – variações da órbita da Terra aparecem
como gatilho para mudanças climáticas, gases estufas amplificam
o efeito.
Agora parece diferente – gases causando o efeito - exemplo no
passado – 50+ milhões anos atrás – transição Paleoceno-Eoceno
Máxima Termal.
Emissões de CO2 de vulcões ~1% do efeito antropogênico
Redução de temperatura no período 1940-1970, associada a
aerossóis de sulfato (poluição/vulcões)
Variações na radiação solar não explicam a subida de temperatura
recente.
101. Como ter mais
confiança? Testar os
modelos.
Previsão do
CPTEC/INPE
www.cptec.inpe.br
previsões numéricas
20 de set >> chuvas
fortes
Possível testar
102. Previsão do IRI em
abril– aumento de
temperatura em
Ago-Out
outubro – possível
2007
testar? Sim.
Temperaturas no futuro
se tornariam acima do
normal,
Tendência quase
universal
Aumento de evapo-
transpiração
Note que nenhum
grupo conseguiu prever
a seca de 2005.
109. Observações
climáticas
recentes
comparadas a
projeções.
Science,
04maio07
Rhamstorf et al (7
autores, 6 países):
110. Mudança de Temperatura
Comparação
1990 a 2006:
(a) Temperatura
global
(b) Altura do
mar. Mudança no Nível do Mar
Ambos acima do
projetado
111. Conclusão do artigo Rhamstorf et al
A tendência de modelos de sub-estimar as
observações
Provável no caso da temperatura.
Quase certa no caso do nível do mar.
113. Um modelo extremo para
Amazônia – mais seco e
quente nas próximas
décadas
Modelo do Centro Hadley de
HadCM3LC
Chuva total anual pode ser igual, mas o período de
seca aumentando – dificulta a manutenção de
florestas
Seca de 2005 = mais meses sem chuva
114. Disponibilizado por Dr. Pedro Dias, USP
pldsdias@master.iag.usp.br, 7out05
Fonte: Cptec - INPE
Secou a Amazônia Sul-ocidental
116. Modelo do Centro Hadley
Probabilidade de um evento igual ou pior ao de
2005:
Hoje 5% (1 ano em 20 anos)
Em 2012 20% (1 ano em 5 anos)
Em 2025 50% (1 ano em 2 anos)
Total de chuva anual pode ser igual, mas com
prolongamento da estiagem.
Argumento contra redução compensada de
desmatamento evitado.
Cox (2007) Palestra “Was the Amazon Drought of
2005 Human-Caused ?”Conference: Climate
change and the fate of the Amazon. Oxford. 20-
22mar07
117. Anomalia de chuvas
produto CPTEC 2004-
2005,
(Marengo et al. No
prelo).
A área mais sensível a
mudanças climáticas
parece ser a Amazônia
Sul-ocidental
Região MAP
122. ADAPTAÇÃO: Capacitação da Defesa Civil
Estadual, Defesas Civis Municipais, Funtac, UFAC,
Ministério Público Estatal, IMAC, Sindicatos,
Fetacre
Capacitação das defesas civis municipais no uso de imagens de satélite,
GPS, etc. para determinar áreas de risco (florestas danificadas em 2005)
Acrelândia, jul/06 Seater/Bujarí - Funtac
123. Implementar o estudo de mudanças globais já nas séries 1 a 4
Profesoras
Ivanir e Zélia
Assis Brasil, Acre
2001
Foi iniciada uma capacitação de
profesores em Epitaciolândia em
2006. Necessita acelerar o
processo.
124. P
Redução de riscos de desastres como
parte do ordenamento territorial.
Pando
Madre de Dios
Producto do seminario
03out07
125. Mecanismos para fazer isto:
Workshop 16 e 17 de maio – Pucallpa
sobre mudança climática
126. Recomendações (19)
16 y 17 de maio de 2007
www.map-amazonia.net Forum Comite Cientifico
127. PARA MITIGAÇÃO
1. Os governos nacionais e locais, unidos em uma aliança amazônica, devem
gerar uma proposta comum, com a finalidade de buscar
compensação financeira pela redução das emissões de
gases de efeito estufa (GEI) provenientes da derrubada da
floresta; esta proposta deve se concretizar antes da reunião da
Conferência das Partes do Convênio Marco de Mudança Climática das
Nações Unidas (COP-14), em dezembro de 2007 em Bali, Indonésia.
2. Os governos nacionais e locais, unidos em uma aliança amazônica, devem
desenvolver sistemas de compensação por serviços
ambientais no interior dos países e entre estes, como por
exemplo, os recursos hídricos nas bacias transfronteiriças.
128. Para MitigaççãoeeAdaptaçção
ão Adapta ão
Para Mitiga
6. A participação dos atores sociais (camponeses, povos indígenas,
povos da floresta e grupos urbanos) na tomada de decisões devem
ser garantida, implementando reuniões locais temáticas trans-
fronteiriças (mini-MAPs) como Serviços Ambientais, Agro-florestais, entre
outros.
7. Os governos nacionais, locais e organizações não governamentais devem
ajudar as cidades, povoados e comunidades, onde se
concentra a maioria da população amazônica, a adaptar-se
à mudança climática.
8. As sociedades: civil e política devem implementar programas de
educação ambiental com ênfase em temas sobre Mudança
Climática em todos os níveis.
129. Para Mitigação e Adaptação
12. Os governos nacionais, locais e sociedades civis da Amazônia são os indicados para
desenvolver estratégias trans-fronteiriças de avaliação de
vulnerabilidade, de adaptação, de mitigação de desastres e de
inovações tecnológicas para manter os ecossistemas, os recursos
hídricos, a agricultura e a saúde humana. Além do mais, devem
implementar sistemas de alerta com antecedência sobre inundações, secas,
incêndios e epidemias.
13. As instituições científicas governamentais e não governamentais devem, a curto
prazo, elaborar uma linha de base das emissões e da capacidade de
Seqüestro e armazenamento de carbono para implementar a redução
compensada de taxas de desflorestamento com metodologias uniformes
e compartilhadas.
14. As instituições governamentais devem implementar e coordenar os planos de
ordenamento territorial fronteiriço, priorizando a gestão de bacias
trans-fronteiriças e porosas, considerando as estreitas relações entre a
água e a floresta.
130. Conclusões
Mudanças climáticas – variabilidade climática sempre existiu,
existe, vai existir e provavelmente vai aumentar
Acre e Região MAP mais afetados com secas, tipo II associadas com a
mudança na temp. do Atlantico.
Mudanças Globais além de mudanças climáticas afetarão as
sociedades locais
Reduzindo ou aumentando vulnerabilidade da sociedade
Região MAP – MELHOR PREVENIR NO LUGAR DE
REMEDIAR
Potencial para mitigacão via redução compensada de desmatamento
Necessidade para adaptaçao – menos água, maior temperatura.
Urgente - necessidade de conhecimento – papel da Academia é
grande.
131. Necessidade de combinar
conhecimentos empírico e científico
Poucos dados histórico-cientificos na Região MAP.
Exemplo 2? pluviômetros no Acre com 30 anos de
registro.
Secagem de igarapés – excelente indicador de
disponibilidade de água, poucas observações
científicas e muitas observações empíricas.
Precisamos combinar estes conhecimentos para um
levantamento de danos e vulnerabilidade em relação a
secas/inundações futuras.
132. Prioridades para reduzir os custos
de desastres
Manutençao da cobertura florestal e
restauração de matas ciliares. Com menos
chuvas, florestas mais importantes.
Evitar que o medo seja o motivador maior.
Vamos construir uma vida melhor. Desastres
fazem parte – vamos minimizar os seus danos
ao desenvolvimento.
133. Por que se preocupar?
No meu caso, tenho duas afiliadas, para começar.
Ana Paola - minha idade em 2061 Soraya – minha idade em 2059
134. Obrigado/Gracias
Mais informações/intercâmbio:
www.map-amazonia.net
Fórum GTP Queimadas e Fórum Comitê
Científico do MAP