O Dia Digital - Família de Davi Davino filho faz fortuna na politica há 30 anos
1. O chefe dos Recursos
Humanos daAssembleia, Igor
Bitar, foi preso na madrugada
de sexta-feira, portando mais
deR$20milemespécieesanti-
nhos de Davi Pai e Davi Filho.
Elefoisoltodevidoàinexistên-
cia de compra de votos.
Diretoria do
CRB age rápido
e contrata Ramon
Menezes para
sequência da
Segundona
Alagoas l 15 a 21 de novembro I ano 08 I nº 403 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br
DEBATEENTRECANDIDATOSFOIMORNO,SEMEMPOLGAÇÃO,ATAQUESPESSOAISE´ZERO´PROPOSTASCONCRETAS
ESPORTES
Divulgação
Rodrigues
Dinheiro e santinhos dos dois candidatos estavam com o diretor da ALE
Em AL, sete cidades
terão reforço federal
Dinheiro e santinhos de
Davi ‘Pai’ e Davi Filho
TENSÃO
DIRETOR DA ASSEMBLEIA
EDITORIAL
O voto é a
arma para a
transformação
vamos votar!
5
4
3
10
Patrimônio cultural de
Alagoas, o Teatro Deodoro faz
110 anos neste domingo. Na
programaçãofestivaserãoexibi-
dos nove vídeos de artistas e
gruposalagoanos,entremúsica,
dançaeteatronocanaldoTeatro
Deodoro, no Youtube. Para o
público,emoção,alegria,deleite.
ParaAlagoas, um grande patri-
môniocultural.
A Sefaz lançou, na sexta-
-feira (13), o novo boletim do
movimento econômico em
Alagoas. As atividades econô-
micas de atacado, varejo e
indústria tiveram um cresci-
mento nominal, em conjunto,
de 15% em outubro/2020 em
relação ao mesmo período em
2019.Ovarejoapresentoucres-
cimentode20%noseutotal.Os
números mais significativos
de emissões de documentos
fiscais se referem às lojas de
departamentos(47%),varejista
de alimentos (40%), supermer-
cados(37%),ehipermercadose
material de construção, ambos
com aumento de 36%.
CULTURA
ECONOMIA
Teatro
Deodoro faz
110 anos no
domingo, 15
Varejo e
atacado
cresceram 15%
em outubro
2
2. 2 O DIA ALAGOAS l 15 a 21 de novembro I 2020
EXPRESSÃO redação 82 3023.2092
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CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 210 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092
Para anunciar,
ligue 3023.2092
EXPEDIENTE
ElianePereira
Diretora-Executiva
DeraldoFrancisco
Editor-Geral
Conselho Editorial Jackson de Lima Neto JoséAlberto Costa JorgeVieiraODiaAlagoas
Elly Mendes (ellymendes71@gmail.com)
R
aramente encon-
tramos alguém
que não reclama
de algo errado em sua vida, seja
no aspecto pessoal, profissional,
conjugal, familiar, financeiro,
político,ético,social,físico,psico-
lógico ou econômico. É difícil
sabermos onde realmente está
ainsatisfação em determinados
casos, pois existem pessoas que
reclamam de tudo e não apon-
tam nem buscam soluções para
asdificuldadesencontradas.
AjovemsenhoraMariaSilva
tem 68 anos. Nasceu em um
engenho no interior deAlagoas.
Desde os cinco anos de idade
precisou trabalhar na lavoura e
na roça para ajudar sua mãe no
sustento da família, uma jovem
viúva de 33 anos à época, mãe
de cinco filhos.Maria Silva era a
filha mais velha. As responsabi-
lidades de trabalho doméstico
e trabalho braçal fizeram parte
da sua infância e adolescência.
Casou aos 22 anos de idade,
“morrendo de vergonha”, pois
na década de 1970 e na concep-
ção familiar em que foi educada,
nessaidadeajovemeraconside-
rada uma “moça velha e enca-
lhada”.Em seus 45 anos de vida
matrimonial, a senhora Maria
Silva se considera uma pessoa
sem perspectivas.
Ela nos contou sua história.
“Sempre me considerei uma
pessoa sem sorte. Perdi meu pai
muito cedo e isso deixou minha
mãe triste e cheia de responsa-
bilidade para criar a mim e aos
meus irmãos. Foi uma infância
péssima e uma adolescência
pior ainda. Trabalhávamos na
roça e na lavoura. Só tínhamos
o que comer se tivéssemos o
que plantar e colher. Mamãe era
muito rígida em sua educação
familiar. Ela ficou viúva aos 33
anos e nunca mais quis saber
de homem,pois tinha receio que
um possível marido estuprasse
a mim e as minhas irmãs. Ela
sacrificou sua felicidade para
dedicar-se à criação dos filhos.
Eu tive três filhos. Queria vê-los
formados e bem emprega-
dos na vida. Meu marido e eu
incentivamos,motivamos, fize-
mos tudo o que estava ao nosso
alcance. Não tivemos sorte. A
mais velha terminou o ensino
médio e parou no tempo. As
vezes consegue algum trabalho
no comércio, as vezes decide
ficar em casa por meses a fio. O
filho do meio também terminou
o ensino médio. Trabalha como
segurança particular e vive
um casamento infeliz, em que
esposa e ele não se suportam.
O filho caçula, que hoje tem 43
anos, só cursou o Ensino Funda-
mental I. Nunca trabalhou na
vida. Mora em minha casa com
a esposa e três filhos. Vive explo-
rando a minha aposentadoria
e a de meu esposo. Ainda teve
a cara de pau de dizer que está
esperando meu marido morrer
para ter acesso total ao dinheiro
dele. Meus netos não respeitam
a mim e nem ao meu esposo.
Nos rotulam de velhos, chatos,
inúteis, descartáveis.A nora que
mora em minha casa não ajuda
em nenhuma tarefa doméstica.
Diz que a casa não é dela e que,
por isso, não tem obrigação de
fazer absolutamente nada. Meu
filho, marido dela, lhe dá total
apoio, justificando que não quer
causar discórdia nem situações
conflitantes. Então meu esposo
e eu nos submetemos a aguen-
tar todas essas tribulações para
não sermos mais ruins do que
já somos rotulados. Sabe qual
o resultado de tudo isso? Meu
esposo e eu estamos velhos e
acabados. Podemos ‘bater as
botas’ a qualquer momento. O
que ganhamos da vida, além
de decepções, tristezas, infelici-
dades, desrespeito e pele enru-
gada foram dores em todas as
partes do corpo, dificuldades
para locomoção, um cardápio
completo de remédios, de A
à Z, para amenizar os proble-
mas de saúde causados pela
velhice e pelo descuido com o
corpo na mocidade. Nesse fim
de vida aprendi tardiamente
uma inesquecível lição: a solu-
ção para a aflição é a ação! Por
medo de magoar, entristecer,
cobrar, questionar...eu deixei as
pessoas tomarem as rédeas da
minha vida. Me senti explorada,
escravizada, entristecida desde
sempre e nunca tive coragem de
agir para não ser julgada pelos
outros. Conclusão: desperdicei
o que a vida me deu de melhor,
que é o simples fato de viver!
Agora é tarde para mim. Mas
espero que essa minha triste
história de vida dê uma desper-
tadaemoutraspessoasparaque
nãocometamomeuerroqueeu:
deixar que as pessoas escrevam
nossa história!”.
A solução contra a aflição é a ação
A
s eleições
são o ponto
máximo do
exercício da cidadania. Votar
é ato sublime, muito embora
uma grande parcela da popu-
lação não veja assim. Compre-
ensível, principalmente em
um país potencialmente rico
e cuja distribuição de renda é
digna das mais pobres nações.
Condição inalterada ao
longo do tempo, embora
mudar essa realidade seja
promessa vigente em todas as
campanhas eleitorais.
E apesar das mudanças
estruturais necessárias para
queopaísatinjaumnívelrazo-
ável de igualdade e paz social
só poderem ser alcançadas
através do processo político
eleitoral, vive-se um paradoxo
nesse aspecto.
Assim, a mudança que
passa necessariamente por
esse processo, não se mate-
rializa, pois o que se vê é,
exatamente o contrário: a
reproduçãodepráticasevícios
que mantêm inalterados o
cenário social.
Mas,apesardessecontexto
bastante desfavorável e que
mantém uma astronômica
distância da necessidade do
povo e da prática politica, há
que se reconhecer que peque-
nasmudançasvêmocorrendo.
São pequenas sim, mas tem
umgrandesignificadonoapri-
moramento da gestão pública.
Hoje,verifica-seumamaior
conscientização refletida em
denúncias e fiscalização. Os
cidadãos estão mais atentos
aos desmandos patrocinados
pela “política do interesse
particular”. Tudo isso muito
potencializado pelo poder da
internet.
Muitas entidades da socie-
dade civil estão organizadas
com esse objetivo. As institui-
ções fiscalizadoras do Estado,
também, estão atentas a ações
dos representantes do povo,
embora,muitasvezesocorram
excessos quando se personi-
ficaafiguraabstratadoEstado
em alguns “heróis”. Injustiça à
parte, claro é que todo o aper-
feiçoamento necessário para
que se tenha parlamentares e
gestorespúblicosmaisrespon-
sável passa pelo voto.
É com esse espírito de
mudança que O Dia Alagoas
conclama a todos os cidadãos
alagoanos a exercerem, neste
domingo,odevereodireitode
contribuir para a tão almejada
transformação. Fica claro que
essa transformação é lenta,
nem sempre ocorre na velo-
cidade que o povo necessita,
no entanto, deve-se manter o
entusiasmopormelhoresdias,
consciente que essa realidade
só será alcançada pelo voto.
Assim, mais uma vez enfa-
tizando a importância desse
direito nato do povo, O Dia
Alagoas reforça a importância
desse pleito onde serão esco-
lhidos prefeitos e vereadores.
É na cidade onde primeiro
ocorre a transformação. É na
cidade onde o cidadão vive o
seu drama.
Assim, mesmo diante de
todas as incertezas, da inse-
gurança que o sistema oferece
paraocidadãocomum,dafalta
de esperança e de confiança
nos nomes que se apresentam
como postulantes a represen-
tarem o povo, analise com
calma e cuidado sua decisão.
Sempre há, apesar das
controversas, a possibilidade
de uma boa escolha. Use a
arma que somente o sistema
democrático lhe permite – o
voto – e contribua para influir
nos destinos de sua cidade,
estado e país.
Vote com a sua consciência
e assuma sua responsabili-
dade.
Voto: a arma da transformação
3. Da Redação
S
ão quase três
décadas de lote-
amentoeocupa-
ção de cargos na máquina
oficial em Alagoas. A ofensiva
do clã Davino sobre os cofres
públicosdeuresultadoporque
sevaleudousodapolíticapara
alcançar os objetivos. Hoje são
quatro nomes vivendo dos
gordos salários da Câmara
Municipal de Maceió. Sem
falar que o herdeiro Davi Filho
(Progressistas), candidato a
prefeito de Maceió, já come-
çou a vida adulta como polí-
tico profissional. Com pouco
mais de vinte anos, já estava
na Assembleia Legislativa no
primeiro mandato de depu-
tado estadual.
DaviFilhoémaisumnome
que se apresenta como “reno-
vação da política”. Mas, para
ostentar esse discurso que
prega austeridade com a coisa
pública, ele precisa esconder
uma realidade nada inova-
dora: na Câmara Municipal
de Maceió, sua família garan-
tiu, ao longo das décadas,
um permanente “cabide de
emprego”.Opaidocandidato,
Davi Davino, é vereador há 28
anos.
Além de Davi, o pai, firme
no mandato na Câmara, a
família Davino tem atual-
mente pelo menos mais três
integrantes com emprego e
salário garantidos.
Os dados foram acessados
pela reportagem no Portal
da Transparência da própria
Câmara. No primeiro caso,
com o cargo de secretária
parlamentar, Gilvânia Davino
Alves Silva, prima de Davi
DavinoFilho,recebesaláriode
R$ 3,5 mil. Servidores ouvidos
pela reportagem dizem que a
secretária não costuma apare-
cer na Câmara.
O mesmo ocorre, também
segundo servidores que pedi-
ram anonimato, com outros
dois parentes do candidato
DaviFilho.RosemaryMiranda
Davino, mãe de Davi, trabalha
na Câmara contratada com o
cargo de assessora parlamen-
tar. Ela tem vínculo estatutá-
rio e salário de R$ 15.974,00.
A “servidora” está na Câmara
desde 1994, intocável, mesmo
sem ter feito concurso público.
Rosemary, no entanto,
ocupa seu tempo como presi-
dentedaFundaçãoBrasil,uma
entidade criada pela família
Davino para fortalecer redu-
tos eleitorais em bairros de
Maceió.
Outro membro da família
do candidato a prefeito Davi
Filho que tem gordo salá-
rio na Câmara Municipal é
José Augusto Cabral Davino.
Assim como a mãe de Davi,
ele também deveria atuar
como assessor parlamentar.
Noentanto,émaisumquenão
costuma aparecer no local de
trabalho. Irmão do vereador
DaviDavinoetiodocandidato
Davi Filho, Augusto Cabral
ganha R$ 16.199,00 por mês.
Osfatosevidenciamavelha
prática do nepotismo, quando
opolíticoouoservidorpúblico
sevalemdocargoparanomear
parentes no serviço público. A
mãe e o tio do candidato Davi
Filho ganharam o cargo na
Câmarapelasmãosdochefedo
clã, o eterno vereador Davino,
o pai. Assim como Rosemary,
JoséAugustopassouaintegrar
a folha do parlamento munici-
pal em 1994.
Juntado os rendimentos
dosquatroparentes,incluindo
o do vereador, o clã Davino
recebe, a cada ano, mais de
meio milhão de reais dos
cofres públicos de Maceió.
Apenas com os 12 salários de
cada um (de janeiro a dezem-
bro),acontachega,maispreci-
samente, a R$ 606 mil.
Esse valor, no entanto, não
leva em conta 13º, férias, grati-
ficações, diárias e outros paga-
mentos. A família Davino,
portanto,faturaaindamaisvia
Câmara Municipal.
Ao longo dos anos, com
todos os salários somados,
levarammaisde R$15milhões
com os empregos arrumados
pela política.
Numa comparação, para
uma ideia mais precisa desse
valor, seria o suficiente para
construir cinco UPAs total-
mente equipadas, ou 400 casas
populares, ou ainda dez esco-
las.
Servidores que denunciam
a existência de “funcionários
fantasmas” na Câmara recla-
mam do descontrole na folha
de pagamento. O sindicato da
categoria cobra do presidente
da Casa, Kelmann Vieira,
medidas para estancar os
problemas. A Mesa Diretora,
no entanto, não se manifestou
até agora.
3O DIA ALAGOAS l 15 a 21 de novembro I 2020
PODER redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Assessor da ALE foi preso com dinheiro,
e “santinhos” de Davi Pai e Davi Filho
A Polícia Federal pren-
deu hoje um servidor público
flagrado com mais de 20 mil
em dinheiro, cheques em
branco e santinhos de dois
candidatos: Davi Davino
Filho,quedisputaaprefeitura
de Maceió; e de seu pai, Davi
Davino, candidato à reeleição
de vereador na capital alago-
ana. Com o servidor também
foram encontrados, além dos
R$ 21.157,00 em espécie e
cheques em branco no valor
de R$ 35.065,00, um compu-
tador e aparelhos de telefone.
A assessoria de comunica-
ção da Polícia Federal ainda
nãoseposicionouoficialsobre
o caso. No comitê do candi-
dato do Partido Progressistas,
até o momento, ninguém fala
nada.
Entre os quatro cheques
apreendidos pela PF, três
eram do banco Santander,
comvaloresiguaisde6.505,00;
eumeradoBradesco,novalor
de R$ 15.550,00; totalizando
mais de R$ 35 mil em cheques
em nome do servidor preso,
cujoúltimosobrenomeéBitar.
Polícia Federal em
Alagoas conduziu às suas
dependência, na sexta-feira
passada,umservidorpúblico
da Assembleia Legislativa,
flagrado com santinhos de
dois candidatos (a prefeito e
vereador da capital), mais de
R$ 20 mil em dinheiro vivo e
cheques. O material pertence
aoscandidatosDaviDavinoe
Davi Davino Filho.
Segundo informações
de fontes ligadas à polícia, o
servidor estava com compu-
tador e aparelhos de telefone
que também foram apreendi-
dos. Ígor Dmitri de Sena Bitar
foi abordado por policiais
militares, numa abordagem
ocorrida durante a madru-
gada, na rodovia AL-101 Sul,
no trecho compreendido em
Marechal Deodoro.
Um documento lavrado
na ocorrência cita o que foi
apreendido: R$ 21.157,00
em espécie; santinhos com o
nome dos dois candidatos e
cheques em branco no valor
de R$ 35.065,00 no nome do
servidor.
Do local da abordagem –
como se suspeitava de crime
eleitoral, ele foi levado direto
para a sede da superinten-
dência da Polícia Federal em
Alagoas,nobairrodeJaraguá,
Maceió.
Algumas horas depois, a
Polícia Federal emitiu nota
confirmando a ocorrência
feita pela Polícia Militar e as
providências adotadas pela
Superintendência.
“Diante da suspeita de
crime eleitoral, o motorista do
veículo abordado foi levado
até a Superintendência Regio-
nal de Polícia Federal em
Alagoas. O dinheiro, os santi-
nhoseosadesivosforamapre-
endidos, o conduzido ouvido
e liberado por não configurar
situação de flagrante. Todo
material será encaminhado à
Justiça Eleitoral que decidirá
sobre a abertura de inquérito
policial”, disse a Polícia Fede-
ral em Alagoas, através da
nota.
NOTADEDAVI
Pormeiodenota,acoorde-
nação da campanha de Davi
Davino Filho informou que o
servidor conduzido à sede da
Polícia Federal, suspeito de
praticar crime eleitoral, não
fazpartedaequipedacampa-
nha do candidato a prefeitura
de Maceió e que “rechaça
qualquertentativadevincula-
ção entre a campanha e o fato
ocorrido”.
Família de Davi Davino Filho faz
fortuna na política há 30 anos
CLÃtempelomenostrêsintegrantescomempregoesaláriogarantidosnaCâmaradeMaceió,deacordocomPortaldaTransparência
CONTRATAMOS
ELETRICISTA PARA
TRABALHAR EM SATUBA.
FONE: 38-99979-1125
Material apreendido pela Polícia Federal,na sexta-feira passada,em poder de servidor do Legislativo Estadual
4. O
T r i b u n a l
S u p e r i o r
E l e i t o r a l
(TSE) divulgou que, em
Alagoas, 2.219.318 eleitores
estão aptos a votar no dia
15 de novembro. A maioria
desse eleitorado se concen-
tra na capital, são 592.388, os
demais,1.626.930estãodistri-
buídos pelos municípios do
interior do estado. Compa-
rado as eleições municipais
de 2016, houve um aumento
de 3,39% na quantidade de
eleitores, naquele ano eram
2.146.520.
Arapiraca é o segundo
município mais populoso de
Alagoas,etambém,osegundo
em número de eleitores, no
pleito deste ano 143.187 elei-
toresarapiraquensespoderão
exercer seu direito ao voto. O
município alagoano com o
menor número de eleitores é
Pindoba com 2.581 cidadãos
aptos a votar.
Visando garantir a segu-
rança durante a votação e
apuração dos votos, o TSE
autorizou, por unanimidade,
o envio de tropas federais
para quatro municípios do
interior do estado, são eles;
Limoeiro de Anadia (47ª
Zona), Batalha (29ª Zona),
Mata Grande e Canapi (27ª
Zona). As requisições foram
feitas pelos respectivos juízes
eleitorais e com aprovação
unânime do Pleno do Tribu-
nal Regional Eleitoral de
Alagoas (TRE-AL).
A juíza da 47ª Zona elei-
toral (Limoeiro de Anadia),
Larissa Gabriella Lins Victor
Lacerda, em sua requisição,
afirma que há no municí-
pio “uma acirrada disputa
política, com intenso engaja-
mento da população local em
apoio aos seus candidatos,
utilizando-se, em determina-
das situações, meios ilícitos”.
Limoeiro de Anadia já
recebeu tropas federais em
eleições passadas graças ao
seu histórico de violência e
pistolagem. Um dos fatos
que ganharam repercussão
foi o atentado a bala contra o
deputado federal alagoano,
Nivaldo Albuquerque, filho
do deputado estadual Anto-
nio Albuquerque.
Em Batalha, na requisição
feita pela magistrada eleito-
ral da 29ª Zona, Nathallye
Costa Alcântara de Oliveira,
há o destaque para a rivali-
dade política entre as famí-
lias Dantas e “Boiadeiro”. A
juíza ressaltou o assassinato
do vereador Adelmo Rodri-
gues de Melo, conhecido
como Neguinho Boiadeiro,
na porta da Câmara Munici-
pal de Batalha.
“Pouco mais de um mês
depois – do assassinato de
Neguinho Boiadeiro – o
também vereador Tony
Carlos Silva de Medeiros,
conhecidoporTonyPretinho,
foimortonafrentedesuacasa
em Batalha. Embora os dois
crimes não tenham ligação
comprovada, é de se perceber
que a aparente tranqüilidade
vista nas ruas da cidade não
condiz com a situação real,
e que a qualquer momento
a população pode ser nova-
mente com iminentes atos
de violência, inclusive contra
seus próprios representan-
tes”, argumentou a magis-
trada em sua petição.
Para os municípios que
compõem a 27ª Zona Eleito-
ral, Mata Grande e Canapi, o
juiz Marcos Vinícius Linha-
res baseou sua requisição
de tropas federias relatando
uma intensa animosidade
política entre grupos políti-
cos locais, com histórico de
violência. “No sertão alago-
ano, é público e notório a
acirrada briga política para se
alcançar o poder”, destacou
Linhares.
Em Coruripe, é Beltrão contra Beltrão
No litoral Sul de Alagoas,
mais precisamente em Coru-
ripe, a eleição deste ano é
atípica. Há mais de 20 anos
no comando da Prefeitura, a
família Beltrão rachou. Marx
Beltrão, deputado federal,
filho de João Beltrão, não
chegou a um acordo com seus
primos, Marcelo a Marcius
Beltrão. O resultado disso
foi uma eleição, onde pela
primeira vez na história polí-
tica da cidade, terá Beltrão x
Beltrão nas urnas.
No litoral Norte, a disputa
pelo título de “Rei do Norte”
de Alagoas, está entre Cícero
Cavalcante (Ciço das Cachor-
ras) e Abrahão Moura. Caval-
cante tenta reeleger a filha,
Fernanda Cavalcante, em São
LuísdoQuitunde,assimcomo
quer seu filho na prefeitura do
município vizinho, Matriz
de Camaragibe. A família
Moura também busca manter
sua representatividade na
Barra de Santo Antônio,
com a reeleição da esposa de
Abrahão, Emanuella Moura.
Já Abrahão busca retornar a
prefeitura de Paripueira, onde
foi prefeito por dois mandatos
e saiu deixando seu represen-
tante,oatualprefeito,Haroldo
Nascimento.
O 59º Batalhão de Infan-
taria Motorizado (59º BI Mtz)
deslocará cerca de 40 viatu-
ras que serão responsáveis
por transportar aproximada-
mente 600 militares para as
cidades do interior do estado
visando a Garantia da Vota-
ção e Apuração (GVA). O
emprego das Forças Arma-
das tem como objetivo prin-
cipal manter a segurança nos
locais de votação e apuração,
contribuindoparaqueopleito
eleitoralocorradentronorma-
lidade institucional.
Alémdosmilitaresdoexér-
cito, a Secretaria de Segurança
Pública de Alagoas (SSP-AL)
afirma que mais de 4,5 mil
policiais militares serão aloca-
dos a partir de sexta-feira, 13,
para cidades do interior para
reforçar a segurança durante
as eleições 2020. Na sexta-
-feira,13, os militares seguem
para as cidades do Sertão. No
sábado embarcam as tropas
que cuidarão do Agreste,
Baixo São Francisco, Zona da
Mata e Litoral Norte.
“Vamos embarcar 4.549
policiais para as cidades do
interior do estado para garan-
tir a segurança durante as
eleições. Algumas cidades já
receberam policiamento na
quarta-feira, onde o clima
estava mais acirrado”, disse o
coronel Sampaio.
Segundo a SSP-AL, 7.554
policiais militares e civis,
bombeiros militares, peritos
e integrantes do grupamento
aéreo vão compor o efetivo
de reforço durante as eleições.
A previsão de retorno dos
militares está prevista para a
segunda-feira.
Divulgação
4 O DIA ALAGOAS l 15 a 21 de novembro I 2020
ELEIÇÕES redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Municípios com histórico de
conflitos recebem segurança
REFORÇO de tropas federais foi aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral para garantir tranquilidade neste pleito
Tropa recebe instruções acerca do trabalho a ser feito durante as eleições
5. Ricardo Rodrigues
Repórter
A
taques aos
apoiadores,
c r í t i c a s à
atual administração munici-
pal e trocas de farpas marca-
ram o último debate pela tevê,
realizado na quinta-feira à
noite, entre os candidatos a
prefeito de Maceió, nas elei-
ções deste ano.
Promovido pela TV Mar
e transmitido pelos demais
veículos da Organização
Arnon de Mello, o debate
contou com a participação
de sete dos dez candidatos à
prefeituradacapitalalagoana:
Alfredo Gaspar (MDB), Valé-
ria Correia (PSol), Josan Leite
(Patriota), Ricardo Barbos
(PT), Cícero Filho (PCdoB),
Davi Davino Filho (PP) e JHC
(PSB). Não foram convidados
ou faltaram: Cícero Almeida
(DC), Corintho Campelo
(PMN) e Lenilda Luna (UP).
Mediado pelo jornalista
WyderlanAraújo, o debate foi
pobreempropostasesoluções
para os graves problemas da
cidade. Os candidatos prefe-
riam mostram quem estava
por trás de cada candidatura
e criticar a atual gestão muni-
cipal, tendo alvo principal o
prefeito Rui Palmeira (sem
partido). Ao invés de proje-
tos para resolver problemas
crônicos e melhorar Maceió,
eles abusaram das críticas e
trocas de farpas.
Poucos foram os momen-
tos em que os candidatos
puderam mostraram o que
pretendem fazer para mudar
o atual cenário de Maceió.
Problemas como a falta de
creches, deficiências nas áreas
da saúde e da educação foram
os mais citados. Os candida-
tos começaram fazendo uma
apresentação pessoal e depois
escolhiam quem iria respon-
dersuapergunta.Oprimeiroa
perguntar foi Alfredo Gaspar,
que escolheu Davi Filho para
responder.
Alfredo lembrou que
Davi teve sua candidatura
lançada pela Assembleia e
perguntou como o candidato
do PP pretende ser transpa-
rente na gestão municipal, se
o legislativo estadual não é
nenhum exemplo de transpa-
rência. Davi respondeu criti-
cando o fato de Alfredo ter
como apoiadores o prefeito
Rui Palmeira e o governador
Renan Filho (MDB), ao invés
de apresentar ações proposi-
tivas para recuperar a cidade.
A candidata Valéria
Correia até que tentou se
concentrar nas propostas e
projetos para uma Maceió
melhor e mais humana, mas
deixou-se cair em tentação e
atacou alguns adversários,
principalmente Davi Filho e
JHC. Aliás, o candidato JHC
foi o mais bombardeado e
teve sua imagem muitas
vezes associada à “velha polí-
tica”. Além de sofrer ataques
severos contra seu pai, João
Caldas, acusado de envolvi-
mento com corrupção.
JHC escolheu como
alvo Alfredo Gaspar, mas
também destilou seu veneno
contra Davi e Cícero Filho,
chamandooPCdoBde“puxa-
dinho” do MDB e submisso
ao senador Renan Calheiros.
Criticou Alfredo Gaspar por
ter indicado o filho para um
cargo no governo no Estado,
mas depois pediu para que
os ataques dos adversários
fossem dirigidos a ele e não
aos pais – João Caldas e Eudó-
cia Caldas, suplente do sena-
dor Rodrigo Cunha (PSDB).
“Meu pai jamais se humi-
lharia ao Renan Calheiros
para conseguir um emprego
para mim. O seu filho não tem
competência, mesmo assim
você arrumou um emprego
para no Estado. Ainda bem
que você saiu do Ministério
Público, que vai ser varrido
da vida pública, a não ser
que o governador arrume um
emprego para você”, afirmou
JHC,logoapósseratacadopor
Alfredo Gaspar.
“O seu projeto de poder,
sustentado por Renan e Rui,
não deu certo. Está fadado
ao fracasso, pois as pessoas
querem mudanças”, acres-
centou JHC. Alfredo se defen-
deu dizendo que JHC não
tem moral para criticar a atual
gestão municipal, pois já fez
parte dela.
“Vocêfezpartedogoverno
Rui Palmeira, quando indi-
cou o secretário do Meio
Ambiente. Além disso, rece-
beu dinheiro da Braskem que
destruiuomeioambiente.Seu
pai tirou dinheiro das ambu-
lâncias para os pobres. Sobre
meu filho, tenho muito orgu-
lho. Saiu daAdeal homenage-
ado,éumrapazdecaráter,que
nem em Harvard você conse-
guiu obter. Não encontramos
soluçãoparaosproblemasnas
suas mãos”, rebateuAlfredo.
O candidato Davi Filho
também foi bastante atacado,
mas tentou não entrar no
embate com os adversários,
apresentando propostas para
a saúde, como as “Clínicas da
Gente”, que pretende criar na
capital.
Partidos da Esquerda “apertaram” líderes
O candidato do PP falou
aindasobreapropostaderevi-
talizaçãodaorlalagunar,cujos
recursos para investimento
já estariam disponíveis. Davi
prometeu ainda realizar obras
desaneamento,paramelhorar
a balneabilidade das praias de
Maceió. Ele ressaltou também
que pretende abrir um canal
permanente de diálogo com
os servidores da prefeitura.
“Todos os servidores terão
participação no meu governo.
Vou querer um diálogo
permanente com o servidor
para que, juntos, possamos
construirumacidademelhor”.
Ricardo Barbosa e Cícero
Filho “trocaram figurinha”
durante o debate, um fazendo
pergunta para o outro, como
se tivessem levantando a
bola para o outro chutar. Eles
trocaram ideias e apresenta-
ram algumas propostas em
comum, como a ampliação do
númerodecreches,amelhoria
dos transportes e escolas em
tempo integral.
No entanto, sempre que
tinham oportunidade critica-
vam os demais candidatos,
principalmente aqueles que
lideramaspesquisaseleitorais.
Alfredo e Davi eram alvos dos
ataques do candidato do PT,
enquanto Cícero Filho voltava
seus bombardeios para JHC,
muito criticado por ter falado
que estudara em Harvard, nos
Estados Unidos.
Josan Leite foi outro que
deixou as propostas de lado
para atacar os concorrentes,
principalmente JHC e Alfredo
Gaspar. Ele também criticou a
gestão d
ReproduçãoTVMar
5O DIA ALAGOAS l 15 a 21 de novembro I 2020
ELEIÇÕES redação 82 3023.2092
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Candidatos fazem debate na
TV, devagar “quase parando”
FALTARAM PROPOSTA CONCRETAS e sobraram ataques pessoais aos familiares e apoiadores deles; sem empolgação
Sete candidatos - Lenilda ficou de fora - participaram de um debate sem empolgação e com ataques baixos entre eles
6. TIMTIM | O ponto alto de nossas vidas é a comemoração pela nossa exis-
tência.Hoje,este confrade registra a celebração de seus primeiros 3 meses,
onde o príncipe Felippo posa para esta coluna ao lado de seu maninho
Benício e dos papais babõesWellison Lakuka eValleska Barbosa.#puroluxo
BDAY | Sempre bela,Júlia Garielly ao lado de seu papai,Emerson
Colibrir,é uma das aniversariantes mais festejada deste fim
de semana.Parabéns e que Deus te abençoe!
6 O DIA ALAGOAS l 15 a 21 de novembro I 2020
SOCIAL redação 82 3023.2092
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estão sempre vivendo grandes
momentos juntos e são desta-
ques na City.Sucesso sempre!
DA REINFECÇÃO I
Na verdade, o que se sabe até
o momento, cientificamente
comprovado, por estudos feitos
por entidades seríssimas, é que
a doença “batizada” como Covid-
19, causada pelo coronavírus, é
uma espécie de gripe que atinge
ospulmõesecausagravesproble-
masrespiratóriosquepodemlevar
a morte, haja vista os quase 1
milhão e300 mil óbitosnomundo.
DA REINFECÇÃO II
Como toda gripe, a Covid-19, tem
casos de reinfecção e os mesmos
estudos indicam que a segunda
vezébempiorqueaprimeira.Pelo
menos é o que afirmam os cien-
tistas do King’s College London,
universidade pública do ramo de
investigação, fundada pelo Rei
Jorge IV e o Duque de Wellington,
em 1829, que é a terceira mais
antiga da Inglaterra.
7. PUBLICIDADE
7O DIA ALAGOAS l 15 a 21 de novembro I 2020
redação 82 3023.2092
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8. Quem tem carro antigo paga seguro
mais caro? Há cobertura para os
bens no interior do veículo? Se você
ficou em dúvida sobre essas e outras
questões,você não está sozinho.Com
tantos serviços que as seguradoras
oferecem aos clientes,fica difícil saber
aocertooqueosegurodecarrocobre.
Nessa era digital, muitas pessoas
buscam preços mais competitivos na
hora de pagar por um seguro. Mas
é preciso tirar as dúvidas antes de
contratar o serviço.Por esse motivo
listamos algumas dicas para quem
quer conhecer melhor os mitos e as
verdades sobre o seguro de automóvel
a fim de que você tenha consciência
sobre o que está sendo contratado e
possa fazer uma escolha que esteja de
acordo com as suas necessidades. É
exatamentesobreissoquevamosfalar
emnossacolunadestasemana!
Carros zero km têm preço de
seguromaisaltoqueosoutros?
MITO. Apesar de existirem casos nos
quais carros mais antigos têm o seguro
mais caro, isso também não é regra.
Sãodiversososfatoresquecompõemo
preçodoseguro,alémdaidadedocarro.
Paraessefim,sãoutilizadasasvariáveis
modelo,ano,coberturaescolhidaeregião,
além dos dados do perfil do segurado,
comoidade,sexoehistórico,porexemplo.
Não realizar o pagamento de uma
parcela cancela o seguro definiti-
vamente?
MITO. Embor?a o não pagamento de
uma parcela possa resultar na perda
do seguro,isso não é uma regra,nem
ocorre automaticamente. De modo
geral, nesses casos a vigência do
seguro pode ser reduzida,assim como
a cobertura. Esse tema é tratado pela
chamada Tabela de Prazo Curto, obri-
gatória na apólice do seguro auto. Ela
relaciona os dias com cobertura com o
percentualdovalorjápagodoseguro.
Mulheres pagam menos por
seguroauto?
VERDADE.Ainda que muitos homens
não gostem dessa constatação, esta-
tisticamente as mulheres provocam
menos acidentes que os homens. Por
essarazão,oriscodesinistroemveículo
dirigido por uma mulher é menor e,
portanto,tambémopreçodoseguro.
Seguro auto cobre os danos
causadospelanatureza?
VERDADE. Você pode contratar um
seguro para o seu carro sem cobertura
paraacidentesnaturais,sequiser.Mas,
poroutrolado,sequisercoberturapara
eventoscomoenchentes,porexemplo,
ésófazeraopção.Assim,vocêtambém
pode contratar cobertura contra raios,
temporais e vendavais, entre outras
forças da natureza.Tudo vai depender
dascoberturasqueescolher.
O aumento de roubos impacta no
valordosegurodocarro?
VERDADE. Diferença nas condições
de segurança e acidentes, conforme
a região, são levados em conta pelas
seguradoras na hora de precificar o
segurodoautomóvel.
Conclusão
Em suma,com essa diferenciação entre
mitos e verdades sobre o seguro auto
fica mais fácil conduzir a contratação
para o seu veículo.Na verdade,sempre
procure seu corretor de seguros.Ele é
a pessoa mais indicada para esclarecer
suasdúvidassobreoassunto.Acompa-
nhe também nosso quadro“Momento
Seguro”todasasquintas-feirasnarádio
98,3FM,apartirdas7h30e,naTVMar
(Canal525NET),apartirdas9h.Partici-
pemcomsuasperguntas!Atéapróxima,
seDeusquiser!Umgrandeabraço!
8 O DIA ALAGOAS l 15 a 21 de novembro I 2020
MOMENTO SEGURO redação 82 3023.2092
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DjaildoAlmeida
Corretor de Seguros - djaildo@jaraguaseguros.com
Mitos e verdades sobre o seguro de automóvel
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redação 82 3023.2092
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10. Reforços fora de campo - 1
Aquela enxurrada de reforços na virada de fase entre times
das séries A e B não se viu neste ano da pandemia. Com pouco
dinheiro, poucas revelações e poucos jogadores se destacando,
os clubes tiveram dor de cabeça para segurar seus treinadores.
Ao todo, foram 18 mudanças só na Série A, entre profissionais
que foram demitidos,outros contratados e outros que saíram por
livre vontade, como o caso de Eduardo Coudê, técnico do Inter-
nacional, que foi para o Celta de Vigo, na Espanha.
Reforços fora de campo - 2
Nessas mudanças todas, Rogério Ceni, que trocou o Fortaleza
pelo Flamengo, que demitiu o espanhol Domenéc Torrent, o
Dome, depois de três meses de trabalho; Marcelo Chamusca do
Cuiabá - Série B - para o lugar do Ceni,na SérieA; Marcelo Cabo,
da Série B com o CRB para o Atlético Goianiense; e Luiz Felipe
Scolari, desempregado, para comandar o Cruzeiro na Série B,
foramastrocasmaisinteressantesatéagora.Podendo-seacres-
centar ainda a demissão do Wanderley Luxemburgo, do Palmei-
ras,eachegadadoManoMenezes,noBahia,comademissãode
Roger Machado, além da contratação do Cuca no Santos.
Prestigiados
Enquanto citamos apenas alguns dos casos registrados de
mudanças no comando técnico de alguns clubes, até por duas
e três vezes, existem aqueles que se mantêm firmes em seus
clubes. O maior exemplo disso é Renato Gaúcho, no Grêmio
Portoalegrense,que completou quatro anos direto de trabalho no
clube. Com certeza o mais antigo na função de técnico no fute-
bol brasileiro em um mesmo time. Com um tempo menor, mas
também prestigiados, lembramos o Jorge Sampaoli, no Atlético
Mineiro; Fernando Diniz, no São Paulo; Guto Ferreira, no Ceará;
Odair Hellmann, no Fluminense; e Eduardo Barros, no Athlético
Paranaense. Como se vê, apenas seis clubes da Série A não
mudaram seus treinadores, e esperamos que continuem assim.
Uma vergonha
Se o critério para disputar uma competição nacional é ganhar
algum torneio ou pela classificação de um campeonato estadual,
está na hora da CBF, juntamente com suas afiliadas federações,
de exigir que esses clubes tenham responsabilidade quanto à
formação de seus grupos de jogadores. Este ano um dos repre-
sentantes deAlagoas foi uma vergonha.O Jaciobá só não perdeu
quando não jogou. E o pior: perdeu a maioria de seus jogos de
goleada, tomando 6, 7, 8 gols. Uma vergonha, para um time que
não tem nem cidade para jogar,mesmo sendo de Pão deAçúcar,
mas não tem estádio de futebol disponível. Fica de galho em
galho, pulando feito macaco.
l A demora do CSA em contratar mais reforços virou
piada entre os torcedores. Eles dizem que se o time
ganhar, não contrata porque o dirigente Rodrigo Pastana
acha que está bom. Se por outro lado não consegue
vencer em campo, também acha que não precisa contra-
tar, porque também não vai chegar a lugar nenhum. Pode
isso, Arnaldo?;
l No CRB,a crítica era pelo envolvimento e a preocupa-
ção do presidente Marcos Barbosa com a campanha da
vereadora Silvânia Barbosa. Para esses torcedores isso
tomou muito tempo do presidente. Para ele, a demora
paraachegadademaisreforços,éafaltadejogadoresno
mercado da bola e, quando aparece, o profissional pede
todo o dinheiro do mundo para vir jogar no CRB;
l Os dirigentes dos clubes brasileiros resolveram esco-
lherostreinadoresdeseustimescomoosprincipaisculpa-
dos pela má gestão deles à frente de suas agremiações.
É bem verdade que alguns saíram para projetos maiores,
mas, também, é verdade, que os clubes estão afundados
em dívidas e com grupos de jogadores abaixo da média.
10 O DIA ALAGOAS l 15 a 21 de novembro I 2020
ESPORTES redação 82 3023.2092
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CRB age como time grande e
contrata treinador de Série A
MARCELO CABO ENCERROU CICLO de retrospecto vitorioso no Galo e saiu pela porta da frente, para time de Primeira Divisão
JOGODuro Jorge Moraes
jorgepontomoraes@gmail.com
Thiago Luiz
Estagiário
O
futebol brasi-
leiro é carac-
terizado pela
cultura do imediatismo, prin-
cipalmente no que se refere
às trocas no comando técnico
das equipes. Mas, existem
também, os treinadores que
optam por deixar os clubes
por sentirem que o ciclo de
trabalho chegou ao fim ou
por propostas financeiras e de
estrutura. Isso foi o que decre-
tou, por exemplo, a volta do
técnico Marcelo Cabo ao Atlé-
tico Goianiense, clube onde
conquistou o título da Série B
em 2016. Prontamente, o CRB
já anunciou Ramon Menezes,
ex-VascodaGama,comonovo
comandante para o restante
da temporada.
Fazendo o retrospecto
do CRB desde 2015, Ramon
Menezes é o 11º treinador a
vestir a camisa alvirrubra.
Quem iniciou essa “conta-
gem” foi Ademir Fonseca, em
2015. No clube desde 2014, ele
iniciou a temporada seguinte
e foi demitido depois de ser
eliminado para o Globo-RN,
por1a0,naCopadoNordeste.
Quem substituiu foi
Alexandre Barroso. Na sua
segunda passagem pelo
Galo, o técnico conquistou o
Campeonato Alagoano, mas
de 20 partidas disputadas,
venceu 11, empatou duas
vezes e acumulou sete derro-
tas. A última, diante do ABC,
foi crucial para sua demissão.
Logo depois quem chegou
foi Mazola Júnior, em junho
de 2015. O treinador conse-
guiuobicampeonatoestadual
em 2016 e ficou até o fim da
temporada, deixando o CRB
muito próximo do acesso na
Série B daquele ano e fazendo
umadasmelhorescampanhas
do clube na competição.
Para assumir o cargo, em
2017, a diretoria regatiana
apostou no nome de Léo
Condé. Mais um título alago-
ano, o tri do Galo, que mais
uma vez não foi suficiente
para assegurar o treinador
no cargo. Condé foi embora
depois de passar quatro jogos
sem vencer na Série B.
Outra aposta e ainda mais
arriscada foi a contratação de
Dado Cavalcanti, técnico da
nova geração. Hoje coman-
dando as categorias de base
do Bahia, ele passou apenas
três meses à frente do CRB.
Depois de Dado, Mazola
fez a sua segunda passagem,
mas não conseguiu grandes
feitos. Para o seu lugar, no
início de 2018, chegou Júnior
Rocha, que treinava o Santa
Cruz.Sóatuouem16partidas,
menos de dois meses e não
segurou os resultados ruins.
Doriva foi mais um trei-
nador que passou correndo.
Três meses de trabalho e foi
mandado embora, depois de
apenas quatro vitórias em
14 jogos. A última cartada
foi o pernambucano Roberto
Fernandes, que chegou para
livrar o CRB do rebaixamento
paraaSérieCem2018econse-
guiu. Mas no ano seguinte, foi
demitidoapósaeliminaçãono
Nordestão.
Marcelo Chamusca foi
acionado no ano passado e fez
um trabalho regular. Venceu
12jogos,conseguiuseisempa-
tes e perdeu outros 12. Foi
demitido na reta final da Série
B e agora substitui Rogério
Ceni, no Fortaleza.
Na reta final da Segun-
dona de 2019, Marcelo Cabo
assumiu e conseguiu o título
Alagoano em 2020, além da
classificação inédita para a
terceirafasedaCopadoBrasil.
Mas após receber a proposta
de assumir o Dragão, se
despediu do Ninho do Galo.
Ramon Menezes, contra-
tado nos últimos dias, já
adotou um discurso de
cautela e disse que precisa
dar continuidade ao traba-
lho de Cabo, mas com a sua
filosofia de jogo: “O trabalho
do Marcelo Cabo tava sendo
muito bem feito. A equipe
vinha se comportando muito
bem dentro do que vinha
sendo pedido, mas cada trei-
nador tem sua ideia de jogo.
Eutôestudandomuito,vendo
os jogos e vou confirmar tudo
isso dentro dos treinamentos
para que a gente possa dar
sequência à competição”.
Não dá para confiar
Éimpressionante como a alegria de tanta gente dura
pouco com CSA e CRB este ano na Série B do Campe-
onato Brasileiro. Após a última rodada da fase de ida
da competição, os dois times estavam até com certa
folga na primeira página de classificação, ou seja,
entre os dez primeiros clubes.Já na primeira rodada de
volta começamos perdendo: o CSA para o Guarani, em
Campinas, e o CRB no estádio Rei Pelé, mais uma vez,
para o Juventude/RS, a pedra no caminho dos regatia-
nos nesse ano, pós-pandemia, com três derrotas, uma
vitória e uma eliminação na Copa do Brasil, em jogos
entre ambos.
Abrindo a vigésima rodada, o CSA voltou a decepcionar
ao perder para a Chapecoense, time que vem liderando
a Série B, com o jogo realizado em Maceió, o que fez
o time perder algumas posições. Após o fechamento
da coluna, o CRB enfrentou o Oeste, em São Paulo,
teoricamente um adversário mais fraco, lanterna da
competição e sério candidato a não sair de onde se
encontra. Mesmo nessa condição, o Oeste enfrentou
o CRB motivado pelo empate no jogo anterior contra a
líder Chape. Como dizem seus torcedores, o CRB gosta
de ressuscitar defunto. Só espero que não tenha sido
assim também nesse jogo.
Verdade seja dita em relação a CSA e CRB: não dá para
confiar mesmo. Torcedores dos dois times pedem refor-
ços e reclamam da demora das diretorias em anunciar
esses nomes.No CRB,a cobrança maior é por um camisa
9 que chegue,vista a camisa e resolva.A saudade de Léo
Gamalho é muito grande. O jogador foi liberado para o
futebol do Catar e, até agora, outro nome não foi encon-
trado. Os que chegaram não resolveram ainda. No CSA o
drama está nos jogadores de beirada de campo. Allano,
Rafael Bilú e Rone não somam e os torcedores estão
indo a loucura,principalmente porque,Paulo Sérgio,seu
principal jogador está de fora, contundido.
Ramon vai precisar mostrar trabalho
ALFINETADAS...
11. Fonte: DAAD
O Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD)
concede bolsas de estudos para cursos de pós-gradua-
ção na Alemanha em faculdades públicas ou reconheci-
das pelo governo alemão (staatlich anerkannt) nas áreas
de Artes Plásticas/Design/Comunicação Visual/Cinema.
Podem se candidatar à bolsa estudantes que estejam no
último ano da graduação, matriculados em uma univer-
sidade brasileira, e também recém-formados com título
de bacharelado/licenciatura ou mestrado.
O objetivo é viabilizar estudos adicionais nas áreas
mencionadas, com a possibilidade de obter ou não um
título acadêmico em uma instituição alemã de ensino
superior. Os selecionados receberão bolsa mensal de
861 euros pelo período de 10 a 24 meses, dependendo
do curso escolhido, passagem aérea e seguro-saúde.
Os(as) interessados(as) devem escolher a(s)
instituição(ões) de sua preferência e se candidatar ao(s)
curso(s) desejado(s) diretamente junto à instituição para
o semestre 2021/22. Paralelamente, deve ser feita a
candidatura no portal do DAAD para a bolsa de estudos.
O prazo de inscrição para a bolsa termina em 30 de
novembro
Excepcionalmente nesta chamada, devido à pandemia
de Covid-19,será possível se candidatar sem apresentar
uma carta de recomendação.
O nível de conhecimento de alemão ou inglês exigido dos
candidatos é definido pelo(a) professor(a) orientador(a)
ou por normas da universidade.Maiores informações em
https://bit.ly/37T9EPB .
Programa de Bolsas Max Weber
Fonte: European University Institute
O Programa Max Weber começou em setembro de 2006 e apresenta-se, hoje,
como programa internacional de pós-doutorado em Ciências Sociais e Humanas
de grande importância na Europa.
O Programa está ligado ao Instituto Universitário Europeu em Florença e é finan-
ciado pela Comissão Europeia (DG Educação e Cultura), que concede bolsas
de um ou dois anos para cerca de 50-55 bolsas. Estas bolsas estão abertas a
acadêmicos de qualquer parte do mundo (não apenas nacionais de um Estado-
-Membro da UE) que tenham obtido um doutoramento em economia, direito,
história,ciênciassociaisepolíticasouáreasafinsnosúltimos5anos.OPrograma
também inclui uma série de Fellows apoiados por outros financiadores, como
organismosdeinvestigaçãonacionaisenãocomunitários.Osbolsistassãosele-
cionadoscombaseemsuasrealizaçõesepotencialdepesquisa,seusinteresses
de carreira acadêmica,
O idioma de trabalho do Programa é o Inglês. O prazo anual para as inscrições
para bolsas Max Weber é 18 de outubro, mas observe que as inscrições para
bolsas autofinanciadas são aceitas até o dia 25 de março seguinte e são consi-
deradas por ordem de chegada. Maiores informações em https://www.eui.eu/
ProgrammesAndFellowships/MaxWeberProgramme/AboutTheProgramme/
AboutTheMWP .
11O DIA ALAGOAS l 15 a 21 de novembro I 2020
Estudarláfora redação 82 3023.2092
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Alyshia Gomes
alyshiagomes.ri@gmail.com
Residência Artística do DAAD em Berlim
Fonte: DAAD
Artistas do mundo todo podem se candidatar ao
programa de residência artística do DAAD em Berlim, o
Berliner Künstlerprogramm, até 1º de dezembro.
Desde 1963 o prestigiado programa recebe anualmente
20 artistas das áreas de Literatura,ArtesVisuais,Cinema
e Música.As linguagens da dança e da performance são
fomentadas em parcerias com outras instituições e festi-
vais alemães.
As candidaturas para o ano de 2022 podem ser feitas
no link https://www.berliner-kuenstlerprogramm.de/en/
stipendien.html .Entre os artistas renomados já contem-
plados pelo programa estão Susan Sontag, John Cage,
Walter Smetak,Janet Cardiff e KarinAïnouz,entre muitos
outros. Trinta e dois brasileiros já foram premiados com
essa residência, entre eles a poeta Angélica Freitas e o
cineasta Affonso Uchoa, ambos selecionados no último
edital.
Aberto edital para seleção assistentes de idiomas brasileiros na França
Você sabia que existe uma oportunidade aberta para ir para
a França e ensinar português em instituições francesas?
Segundo o edital, durante sua permanência na França, os assis-
tentes brasileiros serão considerados funcionários temporários
do Estado francês, e terão a possibilidade de se inscrever numa
universidade, desde que a atividade e o curso escolhido não atra-
palhem o bom desempenho de sua função no estabelecimento
para onde tiverem sido designados.
O programa está aberto a todos os estudantes brasileiros
que apresentem os seguintes critérios de elegibilidade:
* de 20 a 30 anos de idade,
* matriculados em último ano de graduação no momento de sua
candidatura,
* caso já tenham um curso superior completo, matriculados em
outro curso superior (uma segunda graduação, mestrado, douto-
rado ou especialização),
* matriculados numa universidade brasileira em letras, línguas
estrangeiras ou qualquer outro curso,
* com bom conhecimento da língua francesa (nível B1 do Quadro
Europeu Comum de Referência para as Línguas).
O programa tem o objetivo de oferecer a oportunidade a estudan-
tes brasileiros de familiarização com a língua e a cultura francesas
e, ao mesmo tempo, permitir que os estabelecimentos escola-
res franceses possam beneficiar-se do aprendizado da língua e
da cultura dos selecionados. Por isso, apenas falantes de língua
maternabrasileiraqueestudemnoBrasilpoderãoserselecionados
para este programa.
O formulário de inscrição está disponível no site do France Educa-
tion International, no seguinte endereço: https://www.ciep.fr/
assistants-langue-france/pays-concernes,mas não se esueça de
ler todo o edital antes de se candidatar.
CandidatosdaBA,SE,AL,PE,PB,RN,CE,PI,MAdevemenviarseu
dossiê de candidatura e/ou pedido de informações para Carolina
Soccio através do email recifelinguistique@gmail.com .
Alyshia Gomes escreve sobre Educação Internacional,Educação
Global e temas correlacionados no jornal“O DiaAlagoas”e no site
“O Dia Mais”.Dúvidas,comentários e sugestões,entre em contato
através do email alyshiagomes.ri@gmail.com .
Bolsa de pós-graduação na Alemanha
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12 O DIA ALAGOAS l 15 a 21 de novembro I 2020
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13. BOEMIA BOEMIA BOEMIA BOEMIA BOEMIA BOEMIA BOEMIA BOEMIA BOEMIA BOEMIA BOEMIA
Alagoas l 15 a 21 de novembro I ano 08 I nº 403 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br
CAMPUSCAMPUSCAMPUSCAMPUS
Envie crítica e sugestão para ndsvcampus@gmail.com
Dois
dedos
de
prosa
Este suplemento foi coordenado pela grande figura chamada Maria Helena Barreto Melo,
a ultrafamosa Leninha, primíssima do meu coração e Secretaria Executiva da Confraria
do Sardinha e da Família Josefina. Não fosse ela, com seu empenho e arte, não se teria um
precioso documento: o livro de atas da Zefinha, que acho que deve ser entregue solenemente
aoArquivo Público do Estado deAlagoas. Um beijo na prima querida e em todos que fizeram
as aventuras zefineanas e zefiníacas.
Vamos ler!
Um abraço,
Sávio de Almeida
Capa
do livro
HISTÓRIA E BOEMIA:
PELA VIA BAR
DA ZEFINHA
14. N
ão conheço
a história do
Bar da Zefi-
nha, seu começo, meio e fim
e, nem mesmo, tenho conhe-
cimentodahistóriadaprópria
Zefinha. No entanto, sei da
minha e de muitas outras
naquelefimdequarteirão,um
quase biombo, como se costu-
mava chamar no meu tempo
de menino. Era uma esquina
e um pátio que deve ter saído
do terreno do mercado, com
o calçamento quente nos dias
de verão, possíveis poças nos
meses de inverno, mas um
verdadeiro achado no buraco
do tempo urbano. O Bar da
Zefinha é um tempo que
somente ele conhece em sua
unidadeeguardacomomisté-
rio. É um tempo semelhante
ao que foi o Café do Cuper-
tino, o Bar Elegante, o Bar das
Ostras e tantos outros. Luga-
res que acolheram pessoas e
terminaram sendo feitos de
uma imensidão de memórias.
Algunstiveramescrita,outros
sumiram na imensidão da
vidaurbanaqueatudoengole
efazdacidadeumaimensidão
de invisíveis. Todos tiveram
uma condição comum: senti-
mentos, alegrias, tristezas e,
sobretudo, motivos.
O Bar da Zefinha agre-
gou duas instituições irmãs:
a Família Josefina e a Confra-
ria do Sardinha. Sei que
a primeira surgiu depois
e a segunda surgiu antes.
Também não sei quem desco-
briu o lugar e foi chamando os
outros; sei apenas que um dia
aportei e acho que em compa-
nhia do Geraldo Magella. Já
havia muita gente conhecida,
e todo mundo amigo, alguns
de relação mais íntima, como
a prima Leninha, que organi-
zou este suplemento. Ela, que
foi a secretaria executiva da
Família Juliana, o mesmo que
desfilou garbosamente em
Jaraguá, no que se convencio-
nouchamardefoliamomesca.
Quem era a Zefinha, de
onde veio, eu não sei. Era uma
mulher bonita e agradável,
mãe do Washington, que a
ajudava na condução do Bar.
Para onde ele foi depois que o
Barfechou,tambémnãotenho
conhecimento. Sei apenas que
tudo começou com a Zefinha
e terminou depois que ela foi
desta para melhor. No tempo
do Washington eu não era
mais frequentador. Eu era
apenas, como os outros, um
freguês hebdominário, saba-
dal, das cinco as oito da noite
e, por incrível que pareça,
não gosto de beber: tomava
meu refrigerante. Eu era um
domário, como éramos em
conjunto, todos postos diante
de mesas que chegavam ao
derredordeumasdezpessoas
eviviasempresóbrio,ajudado
por meu refrigerante. Eu sou
confessadamente careta, mas
adorava a companhia daque-
les pecadores. Não posso
negar, contudo, que algumas
vezes andei cambaleando,
mormente em sábados de
boa cachaça. Com cerveja, é
que sempre fui desajeitado.
Para mim, cerveja não se bebe:
urina-se.
Era uma aventura urinar
na Zefinha, com o banheiro
molhado, a demandar os mais
altos exercícios de prudência.
Consta da legenda zefiniana,
que, um dia, a vigilância
sanitária da Prefeitura bateu
presença e saiu com relatório
de 40 infrações. No entanto,
porém, todavia, o cação era
gabadoetudoerabom,apesar
do desdém das carroças, com
os cavalos bostejando o calça-
mento, a ficar salpicado de
bolotas achatadas, prover-
biais e, também, lembro do
cheiro extraordinário de um
caminhãodelixo,queteimava
em passar por volta das cinco
para as seis da tarde.
Tudo isto seguia para a
conta do pitoresco, do inusi-
tado, do espetacular e jamais
tiraria a excelência daquele
lugar que terminou sendo
construído pelo companhei-
rismoquetínhamos.Estarmos
juntos, era a nossa aventura e,
nisto, vinha a construção do
lugar,ondeouvíamosocantor
Zé Paulo e seu conjunto musi-
cal. Zé Paulo e seu conjunto
morreram, como morreram
a Zefinha e seu Bar e como,
de certa forma, desaparece-
mos nós, a Confraria, o Bloco.
Em um passe de mágica, nos
tornamos, apenas, o tempo da
Zefinha - quem sabe? - espé-
cie de universo paralelo. Sei
apenas, que nosso desapa-
recimento é sui generis, pois
não se poderá, jamais, negar
que estamos nas camadas do
tempo que se fazem unidas
naquele determinado lugar.
Todo lugar tem um tempo
estocado e tempo arquivado.
Se me perguntassem a
quem eu poderia homena-
gear deste grupo, eu diria que
estariam me deixando em
má situação, pois todos, cada
qual no seu cada qual, mere-
ceriam receber os louros zefi-
nianos. No entanto, sinto-me
no dever de falar em Paulo
Renault ou Renaúlte como eu
costumavachamá-lo:oprimo,
neto de gente de costados
na Capela. Era uma pessoa
amadaportodosnósefamoso
pela declamação de um seu
texto. Ele gostava de recitar
seus versos e sempre rece-
bia, como presente, calorosa
salva de palmas. Sua presença
era essencial, inclusive por
seu desajeitado humor. Fale-
ceu e foi enterrado sem o seu
proverbial bigode. Era uma
grande figura, eu sempre
gostei dele e senti, realmente,
quando partiu.
Das mulheres, que eram
tantas, seria possível falar de
todas como, é claro, ocorreria
com os homens. No entanto,
vou buscar, por dever do
nepotismo, um outro primo:
Leninha, a mesma que está
coordenando este suple-
mento sobre o Bar da Zefinha,
e que foi a excelente secretária
executiva do Bloco Carna-
valesco Família Josefina,
montado com música acho
quedoprimoPedrinhoCabral
e um parceiro. Cabralito tem
referências do povo do Paca-
viral, um fantástico lugar de
paqueviras, com entrada em
frente ao Pitimiju no caminho
doArrasto de Santa Efigênia.
Pouco seria feito nesta
nossa escrita, sem a eficiência
da Leninha que, inclusive,
tinha uma cuidadosa anota-
ção, em forma de atas, do que
se passava nas reuniões para
tratodobloco,cujoestandarte,
se não me falha a memória, foi
de seu irmão: o primo Mário
Aloísio. Aliás, o nome oficial
do bloco, segundo a ata de
9/11/2001 era Hosana nas
Alturas, mas, na realidade,
tornou-se Família Josefina,
como contraponto à Família
Juliana, a gente do mercado e
a outra era da praia.
Na base da galhofa, uma
das atas diz que fui o Presi-
dente eleito em 01/10/2001;
ainda conforme registro em
ata, foi nomeada a assesso-
ria, composta pela Professora
Rosana Vivela, escritor Paulo
Renault e arquiteto Mário
Aloísio. Pura e majestosa
galhofa e estamos diante do
que poderia ser considerado
comoadireçãodaConfrariado
Sardinha e me deram o título
de Excelso. Tudo conversa
fiada do mais alto grau. Por
outro lado, o Presidente do
Bloco era Paulo Renault, o
vice era Geraldo Magela e a
Secretária seria Maria Helena
Barreto Melo, a minha adorá-
vel prima, a maior diaba de
carnaval que já vi em toda a
minha vida, e uma proporcio-
nalanjaapairarnas‘Maceiós’:
a d’antanho e a d’agora. O
bloco mudou de nome diver-
sas vezes, mas terminou com
o senso de Família. O tema
terminou sendo: “Eu vou
p’raNiuIorqui”. E foi assim
que saímos todos a veranear
no carnaval, pelas ruas de
Maceió, cidade para a qual,
Paulo Renault montou um
extraordinário espetáculo,
levado no Teatro deArena.
CAMPUS
2 O DIA ALAGOAS l 15 a 21 de novembro I 2020
redação 82 3023.2092
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EXPEDIENTE
ElianePereira
Diretora-Executiva
DeraldoFrancisco
Editor-Geral
Conselho Editorial JorgeVieira JoséAlberto CostaODiaAlagoas
Luiz Sávio de Almeida
Evocação n.1 - Pelos caminhos do Bar da Zefinha
Visite o Blog do SávioAlmeida
Reunião do Bloco O estandarte da Zefinha
15. CAMPUS
3O DIA ALAGOAS l 15 a 21 de novembro I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
A opinião dos autores pode não coincidir no todo ou em parte com a de Campus.
A Print-Paca assumiu o
patrocínio oficial do Bloco e
começaram a surgir diversas
ideias para as alas: Enroladis-
tão, Caganistão, Boiolistão.
Diz a ata “Alguns protes-
tos foram feitos para que o
escatológico não desviasse a
conotação política do tema”.
Haveria a ala do Bin Laden
comamulherdoBin,queseria
a prima Loli, irmã da Leni-
nha. A rapariga americana
dele seria a Lenilma. Haveria,
também, a ala dos Ab, com os
Abilolados e os Bilungas, que
não eram Abilungas, mas que
estavam na ala. Haveria um
carro alegórico no final do
desfile, carregando cachaça
e desodorante. Nesta mesma
oportunidade, a Goretti foi
considerada Ministra do Exte-
rior e cuidaria da comunica-
ção, com Mário Lima sendo
eleito responsável por nossas
relações com o Diário Oficial.
Para que se note o nível de
organização e eficiência, vale
destacar o seguinte texto da
ata de 9/11/2001: “A cachaça
oficialdareuniãofoi[...]ofere-
cida por seu Presidente [...],
após estágio na área produ-
tora da cachaça no Vale do
Jequitinhonha [...] o sabor
indiscutível da cachaça e o
prazer em degustá-la (inclu-
sive, o buquê) alterou o racio-
cínio lógico dos membros
do clube, não dando lugar à
decisões e reflexões acerca da
viabilidade do bloco”.
O bloco saiu com toda a
galhardia, acompanhado por
brilhante banda de música
gentilmente presenteada
por Dário Bernardes, nosso
inesquecível amigo e que,
certo dia, com raiva de mim,
urinou em minhas orquí-
deas, no tempo em que eu
tinha um pequeno orquidário
em casa, lugar onde prepa-
rei, também, condições para
ninho de rolinhas e onde tive
o privilégio de acompanhar a
gestação de uma ninhada de
linda e vibrante fogo-pagô.
Neste momento bate uma
grande saudade do Dário e
do Renaúlte. Certa feita, Dário
sabendo o portão aberto,
mandou entrar lá em casa,
uma banda de pífano que
estava com o pessoal pedindo
esmola para a festa do santo.
Em compensação, me deu,
quando fechou, duas mesas
do Nação Caeté, uma delas a
4, onde eu me sentava religio-
samente e de onde vi coisas
prodigiosas, inclusive uma
impagável encrenca dele com
o Beder e com uma senhora
que, de uma hora para outra,
sem qualquer razão, inventou
de dizer que iria quebrar o
bar e dar uma surra nele e em
mim, que estava calado e me
divertindo com o problema.
Devia estar doidona; ela fale-
ceu.
Mas voltando à vaca fria,
o desfile da Família Juliana foi
memorável; saímos na frente
comoabrealas:oRenaúlteeeu.
Ele como o BUMLademn (não
seiseécomnoumecolocologo
osdois)eeucomoJorgeBucho.
O Galego Ticianelli, com sua
proverbial gentileza (era coor-
denadordodesfiledosclubes),
nos deu permissão, mesmo
sem estarmos oficialmente
inscritos, e ingressamos na
arena carnavalesca com brio
e galhardia, quando sob o
comandodoPedroCabraledo
Carlito Lima, colocamos uma
placa em homenagem à Rapa-
riga Desconhecida, que, com
sua desdita, ajudou a conser-
var a arquitetura de Jaraguá.
Nesteponto,lembro-medeum
escrito do saudoso Estanislau
PontePretaquedizia:somente
a arbitrariedade policial, cria-
ria a expressão mulher de vida
fácil.
Aproveito o ensejo para
fazer um agradecimento ao
Galego Ticianelli que, em
belíssima cerimônia, conce-
deu-me, como coordenador
oficial do desfile dos blocos,
o título de Duque de Jaraguá,
honraria também concedida
ao Carlito e à Carmen, os
únicos que, em plena Repú-
blica,nasAlagoas,foramagra-
ciados com o título de Duque
e logo de Jaraguá, um estra-
nho recanto da cidade, onde
a moralidade urbana criou o
gueto do pecado, semeando
boates e pensões. E algumas
coisas chatas. Consta da lenda
urbana desta mística Maceió,
que uma senhora ia passando
em seu carro e viu um bêbado
urinando no meio da rua. Não
gostou do que viu e, assim, foi
o fim da zona de Jaraguá. Diz
aindaalenda,queasmulheres
picharam: Voltaremos! Inau-
guraram o pacote do Canaã,
onde nunca fui, mas fui na
Areia Branca, onde Mossoró
inventou de ter uma churras-
caria...
Muitos projetos existi-
ram, muitos goraram. Talvez
o mais fecundo, tenha sido
a edição do livro do primo
Renaúlte, cuidada pelo primo
Mário Aloísio, e de onde tira-
mos a poesia que publicamos
neste número, em homena-
gem ao Renaúlte. No entanto,
é de se pensar no gesto da
placa de homenagem à Rapa-
riga Desconhecida, projeto de
intensa participação do primo
Pedro Cabral e do Carlito
Lima. No meu modo de inter-
pretar a colocação da placa,
estava a homenagem à vida
perseguida, cansada e doída
das mulheres de vida fácil.
Não sei onde foi parar a placa.
Sei que retiraram da parede.
Também, não sei e nem quero
saberonomedequemretirou.
Ata de reuniões da Zefinha
Uma conta da Zefinha
16. Certa feita, Sexta-Feira
estava na Prefeitura e o levei
até a placa e disse a ele: “Estão
falando que a Prefeitura vai
mandar arrancar a placa.
Deixe não. Vocês vão arrancar
e a gente coloca novamente.
Vocês falam na restauração
de Jaraguá e elas não podem
ser esquecidas”. Ele sorriu,
bateu no meu ombro e vi que
não mandariam retirar. Na
verdade,nãoolhoparaaquelas
moçascomorancoracusatório
depecaminoso;pelocontrário,
olho como sofrimento, como
dor cotidiana. E a placa, de
cujos dizeres não sei o autor,
mas talvez coisa do Cabralito
e do Carlito, da trincheira do
humor, dava um recado sobre
a vida.
Na verdade, portanto,
em um bar se manifesta toda
uma sociedade; ele não é
somente e somente só um
elemento de lazer: o próprio
lazer é, também, um modo de
expressão de pessoas e o Bar
da Zefinha, deste modo, nos
expressava em conjunto; por
maisqueconfraternizássemos,
não havia um conjunto homo-
gêneo no bar, sinal de que ele
eraumadiversidadeeistoleva
a uma possibilidade: o bar não
recebe “tabula rasa”, mas,com
certeza, borda e pinta pessoas.
De um modo nobre, pois
falava sobre educação, Bour-
dieu dizia que uma pessoa, ao
entrar em uma escola, carrega
umavidacomela. Naverdade,
em qualquer lugar que se
entra, a pessoa segue acom-
panhada por si mesma, com
suas histórias, seus momen-
tos, suas circunstâncias. Claro
que o Bar da Zefinha e espe-
cialmente a forma de sermos
nele, nos deixou marcas, parti-
cipou de nossa feitura, tanto
que se tornou memória e, até
mesmo, invocação e evocação,
dois verbos parecidos, mas de
sentido diferente.
Onde sentávamos, havia
o tamanho médio de 4 mesas
como formação inicial e isto
significava uma presença
média de umas 10 pessoas.
Não era raro que se criasse
neste espaço coletivo, momen-
tos de relação pessoal, com
dois amigos começando uma
conversaentresi,embora,aqui
e ali se colocassem para o cole-
tivo do acontecimento. Vez em
quando,éprecisoteracoragem
de revisitar o óbvio e entender
que ele pode ser diferente, a
cada vez que é visto. Vez em
quando ver duas pessoas no
seiodetantasoutras,encontra-
rem um espaço para elas. Por
maisquemudeavelocidadedo
tempo,muitosmodoseformas
de comunicação permanecem.
Não me parece que a veloci-
dade engoliu a Zefinha.
Nós é que engolimos a
nós mesmos, como se os laços
que existiam fossem procurar
novos modos de ser. A Zefi-
nha separou o grupo quando
morreu e o bar degringolou
com as escolhas de vida do
filho. Nunca mais estivemos e
nunca mais estaremos amigos
daquela forma que éramos,
pois aquela forma era típica
daquele bar. Hoje somos
amigos de outra forma, encon-
tramos novas interações. O
bar saiu de evidência, o café
apareceu, mas em nada repete
ou pode repetir a integração
típicadaZefinha.Nofundo,as
tertúlias com cafeína às vezes
são aborrecidamente chatas,
não podem ser abrangidas por
uma teoria da festa, como se
poderia pensar para o Bar da
Zefinha.
Ela foi um tempo para
todos nós. O interessante é
que os tempos na memó-
ria tendem a ser batizados.
Quando éramos meninos,
tínhamos o tempo do papa-
gaio, tempo disso e daquilo;
houve o tempo da Zefinha, do
papo da Zefinha, da conversa
da Zefinha. Ele sumiu. Às
vezes eu passo por lá e vejo o
pátio, o lugar do papo e vem
flashbacks instantâneos do
passado. Foram tempos bons?
Claroquenoconjuntosepode-
ria afirmar que sim. Restaram
textos, registros, fotografias.
Fico sem saber quanto tempo
tudo isto durou e, na verdade,
nem sei se isto tem importân-
cia. A duração é densidade e
foi um tempo bem vivido. O
pátio parece que perdeu vida e
tornou-se apenas, uma rota de
passagem ou, às vezes penso,
um estacionamento para não-
-carro, um impossível estacio-
namento para o tempo.
Veja só esta tolice que vou
perguntarequetemumcheiro
weberiano: será que podería-
mos dizer que havia um senso
depertençaaoBardaZefinha?
Seguramente, pensamos que
seria demais levar o conceito à
situação, mas não seria demais
falar que havia um quê de
pertença ao grupo que estava
habitando toda a semana
na Zefinha, uma residência
rápida, de poucas iluminadas
horas. Para estar vivendo o
lugar, o grupo tinha de reco-
nhecer-se, entender-se e algo
de comum existia, embora
cada um fosse uma individua-
lidade ou seja: o Bar era bares,
cada qual tendo o seu e parti-
lhando no comum da identifi-
cação do lugar.
Sem dúvida que era um
grupo heterogêneo, marcado
por diferenças de todos os
tipos de valores, mas todos
coexistiam e se aproximavam
na composição dos momen-
tos-Zefinha. Talvez esteja aí, a
melhor definição da Zefinha:
uma composição de momen-
tos por pessoas diferentes
e que se assemelhavam na
construção de um espaço, um
microespaço.Claroquesenota
neste meu texto, uma tenden-
ciosa ausência dos outros,
aqueles não-nós. Eu não tenho
a mínima ideia de como nos
viam. Eu até gostaria de ter.
Sei apenas que meu texto
resumiu o Bar da Zefinha em
mim-nós e isto é uma violenta
abstração dos não-nós. Esta é
uma egoísta evocação do Bar
da Zefinha e fico com uma
incômoda pergunta: existiu
mesmo o Bar?
O que se pensava sobre
nós? Não sei falar sobre isto. É
muito para minha vã filosofia.
CAMPUS
4 O DIA ALAGOAS l 15 a 21 de novembro I 2020
redação 82 3023.2092
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