O documento discute a importância da paz e da não-violência. Três frases essenciais são:
1) É urgente criarmos uma cultura de não-violência e paz, não apenas legal ou diplomática, mas profunda e íntima.
2) A paz verdadeira vem do equilíbrio interior e da ausência de conflitos internos, não da felicidade alheia.
3) A caridade, compreendida corretamente, é mais importante do que fenômenos mediúnicos ou ciência, e é nela que devemos procurar
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Disse Jesus: “Deixo-vos a paz, a
Minha paz vos dou; não vo-la dou como
o mundo a dá”. Lamentavelmente, so-
mos educados numa cultura de guerra
(violência) e não de paz. Os heróis da
infância cibernáutica, em sua maioria,
são guerreiros, saqueadores e sangui-
nários. As histórias em quadrinhos e os
videogames sempre estão repletos de
sensualismo e de vio-
lência. Urge criarmos
uma cultura de não-
violência, de paz. Não
essa “paz” conquistada
por convenções legais
ou diplomáticas, porém
aquela oriunda de uma
convicção profunda,
íntima, que o verda-
deiro homem de bem
externa em cada gesto, cada palavra,
cada pensamento ou cada decisão.
Segundo o dicionário “Aurélio”, a
paz pode ser definida como ausência
de lutas, de violências ou de perturba-
ções sociais; pode ser tranquilidade
pública. Pode ser, ainda, ausência de
conflitos íntimos, ou seja, tranquilida-
de de alma. O dicionário também con-
ceitua paz como situação de um país
que não está em guerra com outro, ou,
ainda, restabelecimento de relações
amigáveis entre países beligerantes
com a cessação de hostilidades etc.
Como podemos perceber, para
o dicionarista, a paz é tranquilidade
pública, sem perturbações sociais,
mas é, também, a ausência de con-
flitos íntimos, é equilíbrio interior, e
aí está a definição mais importante.
Jesus declarou que nos daria a
Sua paz, que deixaria para nós a Sua
paz, e, neste instante
em que a Humanidade
tanto se desentende,
a busca dela tem sido
um delírio constante.
Em verdade, a nossa
paz, quase sempre, é
construída com a infeli-
cidade alheia. Por isso,
temos que dar a nossa
paz para o semelhante
e não retê-la, sendo o único beneficiado.
Dentre as possibilidades da con-
quista da harmonia íntima, é na cari-
dade que devemos procurar a paz do
coração, o contentamento da alma, o
remédio para as aflições da vida. A cari-
dade bem compreendida é mais impor-
tante do que os fenômenos mediúnicos,
do que as pesquisas científicas, do que
a fé, do que a esmola, do que o sacri-
fício. Quem diz isso é Paulo de Tarso
Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano II, Número 10 - Abril de 2016.
Editorial Jorge Hessen
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Livro: O Consolador / Psicografia: Chico Xavier / FEB
Questão 185
Quais as características de uma boa ação?
A boa ação é sempre aquela que visa o bem de ou-
trem e de quantos lhe cercam o esforço na vida.
Nesse problema, o critério do bem geral deve ser a essência de qual-
quer atitude. A melhor ação pode, às vezes, padecer a incompreensão
alheia, no instante em que é exteriorizada, mas será sempre vitoriosa, a
qualquer tempo, pelo benefício prestado ao indivíduo ou à coletividade.
Questão 187
Qual a atitude mental que mais favorecerá o nosso êxito espiritual nos
trabalhos do mundo?
Essa atitude deve ser a que vos é ensinada pela Lei Divina, na reen-
carnação em que vos encontrais, isto é, a do esquecimento de todo o mal,
para recordar apenas o bem e a sagrada oportunidade de trabalho e edifi-
cação, no patrimônio eterno do tempo.
Esquecer o mal é aniquilá-lo, e perdoar a quem o pratica é ensinar o
amor, conquistando afeições sinceras e preciosas.
Daí a necessidade do perdão, no mundo, para que o incêndio do mal
possa ser exterminado, devolvendo-se a paz legítima aos corações.
Refletindo com EmmanuelRefletindo com Emmanuel
aos coríntios, ouçamo-lo: “Ainda que
eu falasse línguas, as dos homens e as
dos anjos, se eu não tivesse a caridade,
seria como um bronze que soa ou como
um címbalo que tine. Ainda que eu tives-
se o dom das profecias, o conhecimen-
to de todos os mistérios e de todas as
ciências, ainda que tivesse toda a fé, a
ponto de transportar montanhas, se não
tivesse a caridade, eu nada seria. Ainda
que eu distribuísse todos os meus bens
aos famintos, ainda que entregasse o
meu corpo às chamas, se não tivesse
a caridade, isso nada me adiantaria”.
Nesse dramático contexto da
violência imperante em todos os re-
cantos, ao Espiritismo está reservada
a tarefa de alargar os horizontes das
propostas de pacificação nos domínios
da alma, contribuindo para a solução
dos enigmas que atormentam o ho-
mem contemporâneo, projetando luz
nas questões, quase que indecifráveis
do destino e do sofrimento humano.
Jamais olvidemos que é impos-
sível deter a paz em estado íntimo de
guerra, sem a observância dos desíg-
nios divinos, sintetizados no Evangelho
e desdobrados ao nível da cultura con-
temporânea pela Terceira Revelação.
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Sábado - 18 horas
02/04 - Jorge Hessen (PAE)
09/04 - André Luiz (Voluntários da Paz)
16/04 - Sidney Paula (FEB)
23/04 - Nilo Moroni (FEDF)
30/04 - Carlos Sá (FEB)
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Espaço da Codificação ............
“O Livro dos Espíritos” - (Parte Terceria - Cap. X)
Da Lei de Liberdade
840. Será atentar contra a liberdade de consciência por óbi-
ces a crenças capazes de causar perturbações à socieda-
de?
“Podem reprimir-se os atos, mas a crença íntima é ina-
cessível.”
Reprimir os atos exteriores de uma crença, quando acar-
retam qualquer prejuízo a terceiros, não é atentar contra a
liberdade de consciência, pois que essa repressão em nada
tira à crença a liberdade, que ela conserva integral.
841. Para respeitar a liberdade de consciência, dever-se-á deixar que se propa-
guem doutrinas perniciosas, ou poder-se-á, sem atentar contra aquela liberda-
de, procurar trazer ao caminho da verdade os que se transviaram obedecendo
a falsos princípios?
“Certamente que podeis e até deveis; mas, ensinai, a exemplo de Jesus,
servindo-vos da brandura e da persuasão e não da força, o que seria pior do
que a crença daquele a quem desejaríeis convencer. Se alguma coisa se pode
impor, é o bem e a fraternidade. Mas não cremos que o melhor meio de fazê-los
admitidos seja obrar com violência. A convicção não se impõe.”
842. Por que indícios se poderá reconhecer, entre todas as doutrinas que ali-
mentam a pretensão de ser a expressão única da verdade, a que tem o direito
de se apresentar como tal?
“Será aquela que mais homens de bem e menos hipócritas fizer, isto é, pela
prática da lei de amor na sua maior pureza e na sua mais ampla aplicação. Esse
o sinal por que reconhecereis que uma doutrina é boa, visto que toda doutrina
que tiver por efeito semear a desunião e estabelecer uma linha de separação
entre os filhos de Deus não pode deixar de ser falsa e perniciosa.”
Quarta-feira - 20 horas
06/04 - Uilian Carlos (PAE)
13/04 - Cirne Ferreira (FEB)
20/04 - Maria Omilta (PAE)
27/04 - Arildo Marques
(Bezerra de Menezes)
Quadro de Reuniões Públicas e Expositores do Mês de Abril
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Conselho Diretor - Presidente: Wilson Barbosa / Vice-Presidente: Jorge Hessen
Secretária: Diomarsi G. Souza / 2.º Secretário: Josias da Silva Melo /
Tesoureiro: João Batista de Souza
Conselho Fiscal - JoséAmin Cury Nasser, Francisco S. de Sousa e Marcos Marques
Editores - Jorge Hessen e FabianoAugusto
QNM 40 AE 02, Taguatinga Norte - Telefone: (61) 3491-2552
Associe-se e colabore com o PAE!
Expediente
O Movimento Espírita, infelizmente, ainda não reflete a pureza dos ensi-
namentos transmitidos pelos espíritos superiores, liderados por Jesus, para o
processo de libertação das consciências. Ele é conduzido por homens falíveis
e, nas suas práticas, não deve ser confundido com o conteúdo moral, filosófico
e científico da Doutrina. Assim, é necessário fazer distinção entre Movimento
Espírita e Espiritismo, para não cairmos nas armadilhas dos que lutam contra
a Verdade. Considerando o expressivo aumento dos adeptos e simpatizantes
do Espiritismo, afirmamos, sem enganos, que o mesmo cresce em número e
perde em qualidade, fenômeno comum, compreensível e temporário.
Com o crescimento, surgem, fruto da incúria e do orgulho humano, ten-
dências e agrupamentos com teses paralelas e confusas em relação aos en-
sinamentos codificados por Kardec. Alguns aceitam apenas parte da Doutrina
outros incluem princípios e práticas oriundas de religiões tradicionais e de tera-
pias duvidosas. Neste contexto, muitos não aceitam Emmanuel ou André Luiz,
outros dispensam a caridade como roteiro iluminativo e recusam o aspecto
religioso da Doutrina. Grupos organizados e articulados que insistem em des-
virtuar o Consolador.
Quem somos para mudar o que nos foi enviado pelo Alto? Não é uma
questão de submissão cega, o Espiritismo não impõe a sua crença, mas alte-
rar o seu “núcleo duro” para atender anseios personalísticos é algo que não
podemos permitir. Precisamos da atitude exata e fé operosa para mantermos
o Espiritismo conectado com os dons das verdades cristãs para o efetivo cum-
primento do seu papel entre os homens.
Portanto, a pluralidade de opiniões dentro do Movimento, defendida por
alguns, pode estar contaminada com o vírus da dissensão. Oremos e vigiemos!
Se a adequada unificação do Movimento, sem a institucionalização típica
das religiões tradicionais, está distante, sejamos fraternos com os seus adver-
sários e leais à Doutrina na defesa sublime dos interesses divinos.
Fabiano Augusto
Unificação ou pluralidade?
“Meus discípulos serão reconhecidos por muito se amarem.” (Jo, 13:35)