O documento discute como o Espiritismo não deve ser vinculado a nenhuma religião em particular, mas sim compreendido como uma filosofia evolutiva baseada nas leis universais reveladas pelos espíritos sábios. Defende que o Espiritismo não deve agregar-se a associações místicas ou dogmáticas para não perder sua essência.
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O Espiritismo pode ser bené-
fico a todas as religiões. Só não
pode desandar e transformar-se
numa delas. Pois do contrário,
afasta-se da categoria de reve-
lação essencial e se nivela na
“disputa pela salvação”, “hierar-
quias”, “cultos externos” como
compromisso aos devotados de
uma crença.
Jamais deve agregar-se a
uma associação mística, dogmá-
tica, senão sincretiza-se e deixa
de ser fundamental e evolucio-
nista. A sua essência é como a
Física, Biologia, Cosmologia: um
entendimento das leis universais,
no caso, pelo ponto de vista dos
espíritos sábios.
Considerando o sentido filo-
sófico do termo “religião”, o pen-
sador espírita Paulo Henrique de
Figueiredo, enuncia que “Kardec
se referia a um significado bas-
tante presente em seu tempo, o
de “religião natural”. Vem do fato
de naquela época, século XIX, as
ciências humanas se fundamen-
tarem no espiritualismo racional,
independente de credo religioso.
Estando Deus presente na natu-
reza como causa e imanente, es-
tamos todos relacionados natural-
mente com ele.
Há quem busque o significa-
do etimológico da palavra no latim
religare, que significa religação.
Mas esse significado é confuso,
pois nunca, jamais nos desliga-
mos de Deus. O sentido que a
doutrina espírita promove, pela
natureza de sua mensagem, é o
laço natural que nos une de forma
solidária, entre nós, e entre nós e
Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano IV, Número 36 - Agosto/2018.
Espiritismo racional sem hierarquias,
sem cultos idolátricos e sem carolices
- Editorial / Jorge Hessen -
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o Criador.
Compreendendo a Doutrina
Espírita como filosofia de vida,
não haverá diferença entre com-
preensão e ato, ou seja, será
uma doutrina vivenciada, trans-
formadora. As religiões tradicio-
nais colocam o fiel em postura de
submissão, de espera, de pedinte
de recompensas e também teme-
roso de castigos. Nada disso será
encontrado no Espiritismo bem
compreendido. É dever daquele
que bem o compreendeu divulgar
essa visão original, para resgatar-
mos sua essência primeira!
Livro: Pensamento e Vida
Chico Xavier, FEB
Trecho do Capítulo 7 - “Trabalho”
Se nos propomos retratar mentalmente a luz dos Planos Superio-
res, é indispensável que a nossa vontade abrace espontaneamente o
trabalho por alimento de cada dia. A prestação de concurso espon-
tâneo, sem qualquer base de recompensa, desdobra a influência da
Bondade Celestial que a todos nos ampara sem pagamento. À maneira
que se nos alonga a ascensão, entendemos com
mais clareza a necessidade de trabalhar por amor
de servir.
Quando começamos a ajudar o próximo,
sem aguilhões, matriculamo-nos no acrisolamen-
to da própria alma, entrando em sintonia com a
Vida Abundante. Nos círculos mais elevados do
espírito, o trabalho não é imposto. A criatura
consciente da verdade compreende que a ação
no bem é ajustamento às Leis de Deus e a ela se
rende por livre vontade. Por isso, nos domínios
superiores, quem serve avança para os cimos da
imortalidade radiosa, reproduzindo dentro de si mesmo as maravilhas
do Céu que nos rodeia a espelhar-se por toda parte.
Refletindo
com Emmanuel
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Estudando com Kardec ............
Revista Espírita
Dezembro de 1868 e fevereiro de 1867
Na admirável Revista Espírita de dezembro de 1868, portanto, quatro me-
ses antes de desencarnar, Allan Kardec admitiu que o Espiritismo é uma religião
tão somente no sentido filosófico. Portanto, excepcionalmente no sentido filo-
sófico que o termo religião é aceitável na Codificação.
O notável Codificador comentou. Por que, então, temos declarado que o
Espiritismo não é uma religião? Em razão de não haver senão uma palavra para
exprimir duas ideias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inse-
parável da de culto; porque desperta exclusivamente uma ideia de forma, que
o Espiritismo não tem. Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não
veria aí mais que uma nova edição, uma variante, se se quiser, dos princípios ab-
solutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias,
de cerimônias e de privilégios; não o separaria das ideias de misticismo e dos
abusos contra os quais tantas vezes a opinião se levantou.
Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acep-
ção usual da palavra, não podia nem devia enfeitar-se com um título sobre cujo
valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis por que simplesmente se diz:
doutrina filosófica e moral. Grifamos
As reuniões espíritas podem, pois, ser feitas religiosamente, isto é, com o
recolhimento e o respeito que com-
porta a natureza grave dos assuntos
de que se ocupa; pode-se mesmo, na
ocasião, aí fazer preces que, em vez
de serem ditas em particular, são ditas
em comum, sem que, por isto, sejam
tomadas por assembleias religiosas.
Não se pense que isto seja um jogo de
palavras; a nuança é perfeitamente clara, e a aparente confusão não provém
senão da falta de uma palavra para cada ideia.”
Tendo como referência o editorial da Revista Espírita de fevereiro de 1867,
intitulado “Livre Pensamento e Livre Consciência”, transcrevemos: “(...) Toda
opinião raciocinada, que nem é imposta, nem encadeada cegamente à de ou-
trem, mas que é voluntariamente adotada em virtude do exercício do raciocínio
pessoal, é um pensamento livre, quer seja religioso, quer político, ou filosófico.
Em sua concepção mais larga, o livre pensamento significa: livre exame, liberda-
de de consciência, fé raciocinada; simboliza a emancipação intelectual, a inde-
pendência moral, complemento da independência física; não quer mais escravos
do pensamento, quanto não os quer do corpo, porque o que caracteriza o livre
pensador é que pensa por si mesmo, e não pelos outros; em outros termos, sua
opinião lhe é própria. Assim, pode haver livres pensadores em todas as opiniões
e em todas as crenças. Neste sentido, o livre pensamento eleva a dignidade do
homem; ele dela faz um ser ativo, inteligente, em vez de uma máquina de crer
(...)” Grifamos
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- Mural do DIJ/PAE -
Por que a evangelização de crianças e jovens na Casa Espíri-
ta? A Evangelização começa no lar. Mas será que é somente no lar
que devemos evangelizar nossos filhos? Educamos nossas crianças e
jovens apenas no lar desde a educação infantil até a faculdade? E se
deixarmos que faltem as aulas no ensino regular não serão reprovados
e terão de repetir o ano? Será que queremos que nossos amados, que
foram confiados a nós pela espiritualidade maior repitam o ano? Sa-
bemos que viemos a este planeta para evoluir nos instruindo e amando
incondicionalmente.
Evangelizar é contribuir para a construção de um mundo de
regeneração que depende da educação moral de todos.
A Evangelização retorna no sábado dia 4 de agosto, sempre
das 18h às 19h. Aguardamos a todos com muito carinho!
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Expediente
Reuniões Públicas - Escala do Mês de Agosto
SÁBADOS / 18 HORAS
Dia Palestrante
04 - Jorge Hessen (PAE)
11 - Edmilson (Cantinho da Fé)
18 - Sidney (FEB)
25 - Sérgio Castro (Comunhão)
QUARTAS-FEIRAS / 20 HORAS
Dia Palestrante
01 - Fabiano Augusto (CEFE)
08 - Edmar Jorge (CFRAT)
15 - Rita (CEAL)
22 - Jorge Hessen (PAE)
29 - Sérgio Rossi (CEPT)