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O Centro Espírita é sempre o pro-
duto espontâneo de uma comunidade
espírita que se formou num bairro,
numa vila ou numa cidade. Essa co-
munidade é sempre extremamente
heterogênea, formada por espíritas e
simpatizantes da Doutrina, membros
de correntes espiritualistas diversas e
de religiosos indecisos ou insatisfeitos
com as seitas que se filiaram ou que
pertencem por tradição familial.
O Espiritismo não é proselitista,
não entra na disputa sectária de adep-
tos das religiões, mas devem os espí-
ritas, necessariamente, interessar-se
pelos que se interessam pela
Doutrina. Esclarecer e orien-
tar sempre é dever espírita.
Sem o estudo constan-
te da Doutrina não se faz
Espiritismo, cria-se apenas
uma rotina de trabalhos prá-
ticos que dão a ilusão de
eficiência. Estudo e pesqui-
sa, observação constante dos fatos,
análise das mensagens recebidas,
observação dos médiuns, exigência de
educação mediúnica, com advertên-
cias constantes para que os médiuns
aprendam a se controlarem, não se
deixando levar pelos impulsos rece-
bidos das entidades comunicantes –
esse é o preço de trabalhos mediúni-
cos eficazes.
O Espiritismo é natural e exige na-
turalidade dos que pretendem vivê-lo
no dia-a-dia, em relação natural e sim-
ples com o próximo. Os maneirismos,
as modulações artificiais da voz, os
excessos de gentileza mundana e tudo
quanto representa artifício de refina-
mento social, deformando a natureza
humana a pretexto de aprimorá-la, não
encontraram aceitação nos meios ver-
dadeiramente espíritas. No Espiritismo,
não objetivamos o domínio do mundo
por nenhuma forma igrejeira, através
de engodos demagógicos,
mas unicamente o esclare-
cimento das criaturas para
que a Terra se eleve em suas
condições morais e espiri-
tuais. O sistema igrejeiro de
adulação aos médiuns, no
desejo de obter as suas gra-
ças, é outra raiz amarga que
nos vem do passado religioso, mas
que não deve ser cultivado no Centro
Espírita. O médium adulado, louvado a
todo instante, cercado de admiradores
como um cantor popular, artista de no-
vela de tv ou jogador de futebol, acaba
perdendo a sua naturalidade, recorren-
do a expedientes ridículos para conser-
Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano IV, Número 40 - Dezembro/2018.
Editorial – Jorge Hessen
Livro “O Centro Espírita”, Herculano Pires,
capítulo 3 - O Centro e a Comunidade
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var o seu prestígio e geralmente chega
em falência ao fim da sua missão.
Os médiuns são os elementos prin-
cipais da ligação do Centro Espírita
com a comunidade social do bairro ou
da cidade. São mesmo com os elos ge-
nésicos dessa ligação. Suas faculda-
des mediúnicas exercem atração natu-
ral sobre a comunidade e os serviços
que prestam no Centro ou nos atendi-
mentos eventuais, fora dele, ampliam
a simpatia popular pelo Centro. Em to-
das as atividades do Centro deve pre-
valecer o princípio de amor e respeito
ao próximo, não para atrair simpatias,
mas, para não causar aborrecimento e
prevenções nas pessoas que desejam
adquirir conhecimentos renovadores. A
regra de comportamento espírita deve
ser a de Jesus: “mansos como as pom-
bas, prudentes como as serpentes”.
Os espíritas não podem oscilar en-
tre o extremo da arrogância criminosa,
geradora de guerras e destruições, e o
extremo da covardia disfarçada em hu-
mildade, que sempre cala e tudo cede
aos insolentes agressores. Há um limi-
te para a tolerância, traçado por Jesus
em torno da mulher inerme que os hi-
pócritas queriam apedrejar.
O Centro Espírita se entranha natu-
ralmente na comunidade, é parte dela,
um órgão ativo e operante da estrutu-
ra social. Por mais humilde e simples
que seja, é uma fonte de consolações,
um posto de orientação para os que se
aturdem e se transviam, mãos amigas
estendidas na bênção do passe, canal
sempre aberto da caridade e do amor.
Aresponsabilidade dos dirigentes e
colaboradores dessa instituição cristã,
humilde e simples é, entretanto, gran-
diosa e complexa. A voz dos espíritos
soa dia-e-noite no silêncio dessa con-
cha acústica da Verdade, no murmúrio
secreto das fontes da intuição, adver-
tindo aos que sofrem e aos que gozam
quanto à precariedade das ilusões ter-
renas e à eternidade das leis da vida
no Universo infinito.
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Espaço da Codificação ............
“O Livro dos Espíritos” - Progressão dos Espíritos
114. Os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são eles mes-
mos que se melhoram?
“São os próprios Espíritos que se melhoram e, melhorando-se, pas-
sam de uma ordem inferior para outra mais elevada.”
115. Dos Espíritos, uns terão sido criados bons e outros maus?
“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem sa-
ber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e
de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da
verdade, para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles encontram
a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impõe é
que os Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos
essas provas e chegam mais depressa à meta que lhes foi assinada. Outros
só a suportam murmurando e, pela falta em que desse modo incorrem,
permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade.”
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Livro: Pensamento e Vida
Chico Xavier / Ed. FEB
Tema: O espelho da vida
A mente é o espelho da vida em toda parte.
Ergue-se na Terra para Deus, sob a égide do Cristo, à feição do dia-
mante bruto, que, arrancado ao ventre obscuro do solo, avança, com a
orientação do lapidário, para a magnificência da luz.
Nos seres primitivos, aparece sob a ganga do instinto, nas almas hu-
manas surge entre as ilusões que salteiam a inteligência, e revela-se nos
Espíritos Aperfeiçoados por brilhante precioso a retratar a Glória Divina.
Estudando-a de nossa posição espiritual, confinados que nos achamos
entre a animalidade e a angelitude, somos impelidos a interpretá-la como
sendo o campo de nossa consciência desperta, na faixa evolutiva em que
o conhecimento adquirido nos permite operar.
Definindo-a por espelho da vida, reconhecemos que o coração lhe
é a face e que o cérebro é o centro de suas ondulações, gerando a força
do pensamento que tudo move, criando e transformando, destruindo e
refazendo para acrisolar e sublimar.
Em todos os domínios do Universo vibra, pois, a influência recíproca.
Tudo se desloca e renova sob os princípios de interdependência e
repercussão.
O reflexo esboça a emotividade.
A emotividade plasma a ideia.
A ideia determina a atitude e a palavra que comandam as ações.
Em semelhantes manifestações alongam-se os fios geradores das cau-
sas de que nascem as circunstâncias, válvulas obliterativas ou alavancas li-
bertadoras da existência.
Ninguém pode ultrapassar de improviso os recursos da própria men-
te, muito além do círculo de trabalho em que estagia; contudo, assina-
lamos, todos nós, os reflexos uns dos outros, dentro da nossa relativa
capacidade de assimilação.
Ninguém permanece fora do movimento de permuta incessante.
Respiramos no mundo das imagens que projetamos e recebemos.
Por elas, estacionamos sob a fascinação dos elementos que provisoria-
mente nos escravizam e, através delas, incorporamos o influxo renovador
dos poderes que nos induzem à purificação e ao progresso.
O reflexo mental mora no alicerce da vida.
Refletem-se as criaturas, reciprocamente, na criação que reflete os
objetivos do Criador.
Refletindo
com Emmanuel
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Expediente
Reuniões Públicas - Escala do Mês de Dezembro
SÁBADOS / 18 HORAS
Dia Palestrante
01 - Jorge Hessen (PAE)
08 - André Ferreira (ATUALPA)
15 - Sidney (FEB)
22 - Roberto Versiani (FEB)
29 - Waldir (FRATERNIDADE)
QUARTAS-FEIRAS / 20 HORAS
Dia Palestrante
05 - Fabiano Augusto (CEFE)
12 - Edmar Jorge (C.FRAT)
19 - Renata Dourado (INST. VIDA)
26 - Sérgio Rossi (CEPT)
Matricule seu filho na evangelização do PAE.
Turmas dos 3 aos 21 anos. Sábados das 18h às 19h.
Avisamos aos pais e alunos que o Departamento da
Infância e Juventude está encerrando suas atividades.
Estaremos de volta no dia 9/2/2019.
Agradecemos aos que colaboraram durante o ano e
rogamos a Deus que todos sejam agraciados com a
Sua proteção.
Equipe DIJ