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Estranhamente, hoje em dia, qual-
quer tristeza é tratada como doença psi-
quiátrica. Os pacientes preferem recor-
rer aos remédios a encarar os desafios
da vida. Muitos médicos se rendem aos
laboratórios farmacêuticos e indicam
antidepressivos sem necessidade, ex-
ceto os psiquiatras, que são os que me-
nos receitam antidepressivos, porque
estão mais preparados para reconhecer
as diferenças entre a “tristeza normal” e
a patológica (depressão).
O que diferencia a “tristeza normal”
da patológica é a intensidade. A tristeza
patológica é muito mais intensa. A nor-
mal é um estado de espírito. Além disso,
a patológica é longa. É o aperto no peito,
a dificuldade de se movimentar; a pessoa
só quer ficar deitada, tem dificuldade de
cuidar de si própria, da higiene corporal.
Na “tristeza normal” pode acontecer isso
por um ou dois dias, mas depois passa.
Na patológica, fica nas entranhas do ser.
A depressão deriva de duradoura
ansiedade íntima. É uma indiferença de
sentir o gozo pela vida, resultando em
certo desgosto por viver. Essa amargura
ou vazio d’alma podem estar escoltados
por ideias de morte que se manifestam
de múltiplas formas: o deprimido pode
almejar morrer e até atentar contra a
própria vida, ou meramente pode não
ansiar mais viver, porém não pensa em
tirar a própria vida e até receia a morte.
Muitos aflitos costumam recorrer
aos tranquilizantes e se debatem afli-
tivamente para que a aflição não os
abarque a vida cotidiana. É comum nos
extasiarmos ante a beleza das estrelas
do firmamento, em rogativas ao Criador,
a fim de que a angústia não nos abata e
nem nos alcance a caminhada, ou ainda
para que os sofrimentos desviem para
outros rumos. Contudo, a realidade das
provas e expiações ante os estatutos de
Deus chegará inexorável como meca-
nismos naturais de nossa evolução.
Ante os ventos impetuosos das
chibatas emocionais, sentimo-nos ven-
cidos e solitários. Mas em realidade, o
que parece infelicidade ou derrota pode
significar intercessão providencial de
Deus, sem necessidade, portanto, do
uso de tranquilizantes para aliviar a dor.
Em muitos momentos da existência,
quando choramos lágrimas de angús-
tias, os benfeitores se rejubilam de “lá”,
da mesma forma em que os pomiculto-
res de “cá” descansam, serenos, após
o labor do campo bem podado. A vida
é assim!
Essas lágrimas asfixiantes, muitas
vezes, representam para nós alegrias
nas dimensões superiores da vida espi-
ritual. Evidentemente, nossos protetores
do além não são indiferentes quando
estamos em padecimentos atrozes, mas
eles sabem exatamente que tal situação
sinaliza possibilidades renovadoras no
buril do nosso crescimento espiritual.
Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano V, Número 51 - Dezembro/2019.
Editorial / Jorge HessenTristeza não é depressão
Boletim
O PAE
Órgão de divulgação Espírita Cristão
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Mensagem dos amigos espirituais
Reflitamos junto com o “Convertido de Damasco”, especialmente
quando ele proclamou o notável testemunho pessoal. Pronunciou, en-
tão, o “Discípulo de Gamaliel”: “Tudo posso naquele que me fortalece”.
Eis uma afirmação efetiva para que gradualmente conquistemos a
autoconfiança, perante os desafios que nos são indicados pela coe-
rência da existência e das sanções das Leis divinas, para avançarmos
na marcha dimensionada na horizontal da vida, conduzindo-nos rumo
ao ponto verticalizador da trajetória reencarnatória, que advirá espon-
taneamente através do esforço paciente, persistente e perseverante
para desenvolvermos as virtudes essenciais.
O Mestre assegurou que essencialmente todos somos deuses,
portanto, expandiremos a luz que em nós está em latência, e ela se
plenificará consoante nossas opções e resoluções frente à imortalida-
de e aos desafios das provas e expiações terrestres.
Estamos no contínuo processo de acolhida ao Criador nos refu-
giando nos transcendentes brios das Suas leis conscienciais. Os Seus
divinos ditames envolvem, em nossas consciências, a mais extraordi-
nária obra do universo.
Quando investimos na autoiluminação acendemos as luzes clarea-
doras dos nichos das Leis divinas insculpidas nos recessos em nosso
Eu profundo. O trabalho do desenvolvimento das virtudes é improrro-
gável e estabelece o chamamento particular do Senhor, a fim de que
nós, suas criaturas, alarguemos a tríade do amor, justiça e caridade
para acionar o start impulsionador do bem na intimidade de cada um.
Ninguém faz pelos outros o que aos outros compete realizar por
si mesmos. Não há como se dissuadir do território psicológico alheio
concernente ao pensamento, sentimento e vontade. É imperioso que
cada qual cumpra o dever consciencial de autoamor, a fim de que, sob
as ondas do autorrespeito, da autovalorização, da autoestima e da
autoconfiança consigam inundarem-se da presença suave da paz no
coração.
Deus nos fortalece desde que O abriguemos nos mais íntimos in-
tuitos de cumprimento das disposições das Leis da consciência.
Psicografado no grupo de desobsessão do sábado - 28/09/2019.
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Espaço da Codificação ............
O Evangelho segundo o Espiritismo
Cap. V, item 25- Bem-aventurados os aflitos – A Melancolia
Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e
vos leva a considerar amarga a vida? É que vosso espírito, aspirando à felicidade e
à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços
para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o cor-
po lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia,
e vos julgais infelizes. Crede-me, resisti com energia a essas impressões que vos
enfraquecem a vontade. São inatas no espírito de todos os homens as aspirações
por uma vida melhor; mas, não as busqueis neste mundo e, agora, quando Deus
vos envia os Espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem acerca da felicidade
que Ele vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da libertação, para vos ajudar
a romper os liames que vos mantêm cativo o espírito. Lembrai-vos de que, durante
o vosso degredo na Terra, tendes de desempenhar uma missão de que não suspei-
tais, quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações
que Deus vos confiou. Se, no curso desse degredo-provação, exonerando-vos dos
vossos encargos, sobre vós desabarem os cuidados, as inquietações e tribulações,
sede fortes e corajosos para os suportar. Afrontai-os resolutos. Duram pouco e vos
conduzirão à companhia dos amigos por quem chorais e que, jubilosos por ver-vos
de novo entre eles vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região ina-
cessível às aflições da Terra. François de Genève (Bordéus.)
Livro: Pensamento e Vida
Médium: Chico Xavier
Capítulo 20 “Hábito”
Editora: FEB
É por esse motivo que vemos no Cristo — divino marco da renovação
humana —todo um programa de transformações viscerais do espírito. Sem
violência de qualquer natureza, altera os padrões da moda moral em que a
Terra vivia há numerosos milênios. Contra o uso da condenação metódica,
oferece a prática do perdão. A tradição de raça opõe o fundamento da frater-
nidade legítima.
No abandono à tristeza e ao desânimo, nas horas difíceis, traz a noção
das que sabem sofrer. Toda a passagem do Senhor, entre os homens, desde
a Manjedoura, que estabelece o hábito da simplicidade, até a Cruz afrontosa
que cria o hábito da serenidade e da paciência, com a certeza da ressurreição
para a vida eterna, o apostolado de Jesus é resplendente conjunto de reflexos
do caminho celestial para a redenção do caminho humano...
Refletindo com Emmanuel
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Reuniões Públicas - Escala do mês de Dezembro
QUARTAS-FEIRAS / 20 HORAS
Dia Palestrante/tema
04 - Fabiano Augusto
Imaturidade psicológica
11 - Carlos Sá
Autorrealização
18 - Sérgio Rossi
Estranhos rumos, seguros roteiros
25 - Jorge Hessen
Conflitos de consciência
SÁBADOS / 18 HORAS
Dia Palestrante/tema
07 - Wallid Koure
Doenças contemporâneas
14 - Jorge Hessen
Autoperdão
21 - Verônica Baraviera
Problemas psicológicos contemporâneos
28 - Warwick Mota
Atividades libertadoras
Matricule seu filho na evangelização do PAE.
Turmas dos 3 aos 21 anos. Sábados das 18h às 19h.
Equipe DIJ
Obras Póstumas - Kardec
Segunda parte - Regeneração da Humanidade
“E, como se não se operasse com bastante rapidez a des-
truição, os suicídios se multiplicarão em proporções
inauditas, até entre as crianças. A loucura jamais
terá atingido tão grande quantidade de homens que,
antes mesmo de morrerem, estarão riscados do nú-
mero dos vivos. São esses os verdadeiros sinais dos
tempos e tudo isso se cumprirá pelo encadeamento
das circunstâncias, como já o dissemos, sem que
haja a mais ligeira derrogação das leis da Natureza.”