O documento discute as diferenças entre centros espíritas e terreiros e as práticas misturadas entre espiritismo e religiões africanas. Afirma que a mistura ocorre pela falta de estudo doutrinário nos centros e que os dirigentes são culpados por não conhecerem os princípios básicos do espiritismo. Defende que as práticas africanas não resolvem problemas espirituais e que os centros precisam evitar o sincretismo e se ater à doutrina espírita.
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O Centro Espírita apresenta-se,
às vezes, entre nós, na dupla forma
de Centro e de Terreiro. Isso repugna
à maioria dos espíritas que veem no
Terreiro uma explosão de práticas su-
persticiosas africanas, inegavelmen-
te de origem selvagem. Na verdade,
isso acontece por falta de estudo da
Doutrina Espírita nos Centros. Os
culpados desse fato
não são as pessoas
simples que acredi-
tam mais na força
dos Orixás do que
na ajuda inteligente
dos Espíritos es-
clarecidos. A culpa
é dos dirigentes de
Centros que se atrevem a dirigi-los
sem tomar conhecimento dos mais ru-
dimentares princípios do Espiritismo.
Ante essa ignorância generaliza-
da, não podemos condenar a nossa
gente humilde por tais confusões.
Os dirigentes de Centro Espírita
precisam tomar conhecimento deste
assunto para evitarem a mistura de
práticas africanas em suas sedes.
Não se pode misturar uma Doutrina
Científica e Filosófica com práticas de
magia primitiva das selvas.
Não se trata de repúdio ao me-
diunismo, à sua mentalidade mági-
ca, mas de uma questão de método
e cultura. A ideia popular de que os
trabalhos de Umbanda e Candomblé
são mais fortes e eficazes do que as
atividades espíritas decorre de des-
conhecimento dos
problemas espiri-
tuais. Não se resol-
ve nenhum proble-
ma espiritual com
explosões de pólvo-
ra, pontos riscados
no chão, bebedeira
da marafo (pinga),
pés descalços no terreiro, queima de
velas, lançamento de flores e objetos
vários no mar, raspança de cabelo,
batismo com sangue de galinha preta
e outras superstições dessa nature-
za. Que os negros africanos selva-
gens acreditassem em tudo isso, e
na força dessa práticas, era natural e
justo.
Mas que pessoas civilizadas, ou
pelo menos nascidas em meio civi-
Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano V, Número 41 - Janeiro/2019.
Editorial – Jorge Hessen
Livro “O Centro Espírita”, Herculano Pires,
capítulo 4 - “Raízes africanas”
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lizado, ainda se apeguem a essas
coisas, é simplesmente de espantar.
Como todas as religiões primitivas
são voltadas para os interesses ma-
teriais – solução de problemas mate-
riais através de processos mágicos –
a crendice popular apegou-se a essas
práticas, dando enorme expansão ao
sincretismo entre nós. As energias
espirituais superiores, empenhadas
pelos Espíritos Benevolentes nas
atividades espíritas, são muito mais
poderosas do que todas as fórmulas
mágicas das selvas.
Os dirigentes de Centros Espíritas
precisam conhecer esses problemas,
se quiserem realmente dirigi-los. Se
insistirem na ignorância, no cultivo de
suas superstições, na falta de leitura
e estudo, convencidos de que tudo
sabem a respeito do assunto, acaba-
rão como o cego da parábola, caindo
no barranco e levando os outros com
eles ao fundo dos precipícios. Dessa
maneira, o Centro Espírita infestado
por essas práticas torna-se um orga-
nismo em deterioração.
Quem prefere o sincretismo que
vá para os terreiros, mas quem sente
o anseio de elevação espiritual que
não se iluda com a suposta força das
práticas selvagens. Cabe ao Centro
Espírita a responsabilidade de vigi-
lância na defesa da pureza doutriná-
ria do Espiritismo, ante a violência e
confusão dessa fase crítica do desen-
volvimento do sincretismo. Por isso,
o estudo do problema nos Centros
torna-se um imperativo do momento
espírita nacional.
Livro: O Consolador
Médium: Chico Xavier
Editora: FEB
Questão 61
Como devemos encarar a política do racismo?
“Se é justo observarmos nas pátrias o agrupamento de múltiplas
coletividades, pelos laços afins da educação e do sentimento, a po-
lítica do racismo deve ser encarada como erro grave, que pretexto
algum justifica, porquanto não pode apresentar base séria nas suas
alegações, que mal encobrem o propósito nefasto de tirania e sepa-
ratividade.”
Refletindo
com Emmanuel
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Espaço da Codificação ............
O Livro dos Espíritos - Parte 2a
, cap. IX
“Afeição que os Espíritos votam a certas pessoas”
Questão 484. Os Espíritos se afeiçoam de preferência a certas
pessoas?
“Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem, ou sus-
cetíveis de se melhorarem. Os Espíritos inferiores com os homens
viciosos, ou que podem tornar-se tais. Daí suas afeições, como con-
sequência da conformidade dos sentimentos.”
Questão 485. É exclusivamente moral a afeição que os Espíritos
votam a certas pessoas?
“A verdadeira afeição nada tem de carnal; mas, quando um Espíri-
to se apega a uma pessoa, nem sempre o faz só por afeição. A estima
que essa pessoa lhe inspira pode agregar-se das paixões humanas.”
Questão 486. Interessam-se os Espíritos pe-
las nossas desgraças e pela nossa prosperidade?
Afligem-se os que nos querem bem com os ma-
les que padecemos durante a vida?
“Os bons Espíritos fazem todo o bem que
lhes é possível e se sentem ditosos com as vos-
sas alegrias. Afligem-se com os vossos males,
quando os não suportais com resignação, por-
que nenhum benefício então tirais deles, asse-
melhando-vos, em tais casos, ao doente que
rejeita a beberagem amarga que o há de curar.”
Questão 487. Dentre os nossos males, de que natureza são os
de que mais se afligem os Espíritos por nossa causa? Serão os males
físicos ou os morais?
“O vosso egoísmo e a dureza dos vossos corações. Daí decorre
tudo o mais. Riem-se de todos esses males imaginários que nascem
do orgulho e da ambição. Rejubilam com os que redundam na abre-
viação do tempo das vossas provas.”
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Equipe DIJ
Obras Póstumas - Primeira parte
Os desertores
Por princípio, deve-se desconfiar dos entusiasmos demasiado febris:
são quase sempre fogo de palha, ou simulacros, ardores ocasionais, que su-
prem com a abundância de palavras a falta de atos. A verdadeira convicção é
calma, refletida, motivada; revela-se, como a verdadeira coragem, pelos fatos,
isto é, pela firmeza, pela perseverança e, sobretudo, pela abnegação. O desin-
teresse moral e material é a legítima pedra de toque da sinceridade.