O documento discute as desigualdades sociais e econômicas. Em 3 frases:
1) Defende que desigualdades naturais de aptidão não devem ser vistas como privilégios, mas como resultados do livre-arbítrio e experiências passadas.
2) Reconhece que os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente, criando um grande fosso entre ricos e pobres que ameaça a estabilidade social.
3) Argumenta que a solução não é a igualdade absoluta, mas sim cor
1. 1
É óbvio que o dinheiro não é ins-
trumento do mal; ao contrário, o di-
nheiro é suor convertido em cifrão. É
importante que lhe demos funções no-
bres, lembrando que a moeda no bem
faz prodígios de amor. O Espiritismo
anuncia o regime da responsabilidade,
em que cada Espírito deve enrique-
cer a catalogação dos seus próprios
valores. Não se engana com as aluci-
nações da igualdade
absoluta dos comu-
nista ateus, em vista
dos conhecimentos
da lei do esforço e do
trabalho individual, e
não se transforma em
instrumento de opres-
são dos magnatas da economia e do
poder, os capitalistas avarentos, por
consciente dos imperativos da solida-
riedade humana.
Os espíritas, embora compreen-
damos e expliquemos muitos fenôme-
nos sociais e econômicos através da
tese reencarnacionista, somos evolu-
cionários e não revolucionários, porque
propomos mudanças estruturais do ser
humano; não contemporizamos com a
concentração de riqueza e com a au-
sência de fraternidade, que significam
a manutenção de privilégios e de ex-
cessos no uso dos bens, das fortunas e
do poder de uns poucos em detrimento
do infortúnio da maioria.
Importa esclarecer aos emissários
do ódio político que a desigualdade das
riquezas não se resolve com falácias e
cartilhas de ideologia materialista. As
pessoas não são ao mesmo tempo ri-
cas em face de não serem igualmente
inteligentes, ativas e
laboriosas para ad-
quirir, nem sóbrias e
previdentes para con-
servar. Considerando
a pluralidade das exis-
tências, a pobreza é
para uns a prova da
paciência e da resignação; a riqueza é
para outros a prova da caridade e da
abnegação, razão pela qual o pobre
não tem, portanto, motivo para acusar
a Providência, nem para invejar os ri-
cos, e estes não têm para se vangloriar
do que possuem. Se, por outro lado,
estes abusam da fortuna, não será
através de decretos nem de leis sun-
tuárias que se poderá remediar o mal.
A variedade das aptidões, ao con-
trário do ideal igualitário, é um meio
propulsor do progresso social, já que
Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano IV, Número 34 - Junho/2018.
Aconcepçãoigualitáriaabsolutaéumerrograve
- Editorial / Jorge Hessen -
2. 2
cada homem contribui com sua par-
cela de conhecimento. As desigual-
dades que apresentamos entre nós,
seja em inteligência ou moralidade,
não derivam de privilégios de uns em
detrimento de outros, mas do maior ou
menor aproveitamento desse “tempo
cósmico”, no esforço do alargamen-
to das habilidades e virtudes que nos
são inerentes, consoante o melhor uso
do livre arbítrio por parte de cada um.
Destarte, as desigualdades naturais
das aptidões humanas são os degraus
das múltiplas experiências do passado.
E cremos que essas diferenças cons-
tituem os agentes do progresso e paz
social.
Reconhecemos que os benefícios
do desenvolvimento material não estão
sendo divididos equitativamente e o
fosso entre afortunados e deserdados
(ricos x pobres) é gigantesco. Essa
tendência é ameaçadora para o equilí-
brio social, por isso é urgente corrigi-la.
Caso contrário, as bases da segurança
global estarão seriamente ameaçadas.
Temos o conhecimento e a tecnologia
a nosso favor, necessários para sus-
tentar toda a população e reduzir os
impactos das desigualdades, até por-
que os desafios econômicos, políticos,
sociais e espirituais estão interligados,
e, juntos, podemos criar, de início, so-
luções emergenciais para que evite-
mos o caos absoluto em pouco tempo.
A Mensagem de Jesus não preco-
niza que os ricos do mundo se façam
pobres, e sim que todos os homens
se façam ricos de conhecimento, por-
que somente nas aquisições de ordem
moral descansa a verdadeira fortuna.
E mais: a concepção igualitária abso-
luta é um erro grave dos estudiosos,
em qualquer departamento da vida. A
tirania política poderá tentar uma impo-
sição nesse sentido, mas não passa-
rá das espetaculosas uniformizações
simbólicas para efeitos exteriores,
porquanto o verdadeiro valor de um
homem está no seu íntimo, onde cada
espírito tem sua posição definida pelo
próprio esforço.
Urge que se crie uma mentali-
dade crítica, que permita estabelecer
novos comportamentos, reduzindo os
extremismos, mormente dos discursos
vazios dos que se fantasiam de “país
dos pobres” (no Brasil isso é tradição)
e entronizar-se entre nós a solidarieda-
de legítima. A sociedade deve formatar
novos modelos de convivência lastrea-
dos na fraternidade e no amor. A falta
de percepção da interdependência e
complementaridade entre os cidadãos
gera uma visão individualista, materia-
lista, separatista. Isso não é alvissarei-
ro.
É imperioso que se criem serviços
necessários para uma vida humana de-
cente. O crescimento desordenado da
população, o desemprego estrutural, a
pobreza, a miséria, a exclusão social, a
falta de atendimento às necessidades
básicas, o não reconhecimento dos
direitos do cidadão, o desrespeito aos
direitos humanos, a facilidade de aces-
so às drogas e às armas, a falta de
Deus nos corações, a influência nociva
das mídias e novas tecnologias, o uso
abusivo de bebidas alcoólicas e outras
drogas favorecerão todo tipo de dese-
quilíbrio social. Em face disso, urge um
alto grau trabalho de todos. Desapego,
oração, sim! Muita rogativa ao Criador,
a fim de conquistarmos decisivamente
a paz social na Terra.
3. 3
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Espaço da Codificação ............
O Livro dos Espíritos
811 - Será possível e já terá existido a igualdade absoluta das riquezas?
“Não; nem é possível. A isso se opõe a diversidade das faculdades e
dos caracteres.”
811a - Há, no entanto, homens que julgam ser esse o remédio aos
males da sociedade. Que pensais a respeito?
“São sistemáticos esses tais, ou ambiciosos
cheios de inveja. Não compreendem que a igualda-
de com que sonham seria a curto prazo desfeita pela
força das coisas. Combatei o egoísmo, que é a vossa
chaga social, e não corrais atrás de quimeras.”
812 - Por não ser possível a igualdade das rique-
zas, o mesmo se dará com o bem-estar?
“Não, mas o bem-estar é relativo e todos pode-
riam dele gozar, se se entendessem convenientemen-
te, porque o verdadeiro bem-estar consiste em cada
um empregar o seu tempo como lhe apraza e não na
execução de trabalhos pelos quais nenhum gosto sente. Como cada um
tem aptidões diferentes, nenhum trabalho útil ficaria por fazer. Em tudo
existe o equilíbrio; o homem é quem o perturba.”
Livro: O Consolador / Chico Xavier / FEB
Questão 55
A desigualdade verificada entre as classes sociais, no universo dos
bens terrenos, perdurará nas épocas do porvir?
A desigualdade social é o mais elevado testemunho da verdade da
reencarnação, mediante a qual cada espírito tem sua posição definida de
regeneração e resgate. Nesse caso, consideramos que a pobreza, a misé-
ria, a guerra, a ignorância, como outras calamidades coletivas, são enfer-
midades do organismo social, devido à situação de prova da quase gene-
ralidade dos seus membros. Cessada a causa patogênica com a iluminação
espiritual de todos em Jesus-Cristo; a moléstia coletiva estará eliminada
dos ambientes humanos.
Refletindo
com Emmanuel
4. 4
- Mural do DIJ/PAE -
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