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É estranhável apontar o vírus Zika
que, desde a sua descoberta em 1940,
nunca foi notícia por causar defeitos de
nascimento. Mas hoje estão pesquisan-
do os temíveis surtos buscando a rela-
ção entre ele e a microcefalia. Inclusi-
ve conjetura-se ter conexão
com mosquitos transgênicos
desenvolvidos pela empresa
de biotecnologia britânica
Oxitec, financiada pela Fun-
dação Bill e Melinda Gates.
Noutro debate apontas-
se a vacina dTpa, que nunca
foi aprovada para uso duran-
te a gravidez. Na verdade, a
dTpa é classificada pela FDA (Food and
Drug Administration) como droga de
Classe C, indicando que não é uma es-
colha segura para o período de gravidez.
Os oportunistas partidários da lega-
lização do aborto começam a mostrar as
garras e fazer estragos. Alguns juízes já
autorizaram abortos legais em casos de
anencefaliaeoutraspatologiasraras.Em
países onde o aborto é legalizado, cerca
de 90% das gestações de crianças com
síndrome de Down são interrompidas.
Neste macabro cenário, os abortis-
tas identificam no pernilongo seu novo
e melhor aliado. Os políticos e meios
de comunicação de massa se unem
em uníssono à campanha pró aborto.
O diretor da OMS das Américas é mais
explícito em uma mensagem com forte
conteúdo eugênico quando afirma “Não
podemos tolerar que continuem nas-
cendo crianças com más-formações”.
Ora, o bebê com microcefalia pos-
sui preservada a parcela mais entra-
nhada do cérebro, matriz portanto do
controle autômato de funções
viscerais, a saber: batimen-
tos cardíacos e capacida-
de de respirar por si próprio
ao nascer. Como ainda são
misteriosos os enigmas da
relação cérebro-mente, não
podemos consentir que nos-
sa falta de inteligência seja
o guia de deliberações erra-
das como a do abortamento provocado.
Tal ser não pode perder a dignida-
de nem o direito de nascer, até porque
os espíritos desses bebês já viveram
outras existências, com deslizes e acer-
tos. São espíritos que precisam passar
pela experiência da microcefalia como
um processo de ressarcimento e cura
para suas pendências morais do pas-
sado danoso. Portanto, que nenhuma
mãe aborte. Ante as Leis do Criador,
se houver um caso de microcefalia
na família é porque o grupo necessita
desta experiência para dilatar os dons
do amor. Assim, a família tem que se
doar, pois nada ocorre por acaso; tudo
tem matriz na Lei de Causa e Efeito.
Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano II, Número 9 - Março de 2016.
Editorial Jorge Hessen
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Livro: Religião dos Espíritos / Psicografia: Chico Xa-
vier / FEB - Tema: Aborto delituoso
Comovemo-nos, habitualmente, diante das grandes
tragédias que agitam a opinião.
Homicídios que convulsionam a imprensa e mobilizam
largas equipes policiais...
Furtos espetaculares que inspiram vastas medidas de vigilância...
Assassínios, conflitos, ludíbrios e assaltos de todo jaez criam a guerra
de nervos, em toda parte; e, para coibir semelhantes fecundações de igno-
rância e delinqüência, erguem-se cárceres e fundem-se algemas, organiza-se
o trabalho forçado e em algumas nações a própria lapidação de infelizes é
praticada na rua, sem qualquer laivo de compaixão.
Todavia, um crime existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com
que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natu-
reza...
Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade
e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação.
Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determi-
nam a morte dos próprios filhos, asfixiando-lhes a existência, antes que pos-
sam sorrir para a bênção da luz.
Homens da Terra, e sobretudo vós, corações maternos chamados à
exaltação do amor e da vida, abstende-vos de semelhante ação que vos de-
sequilibra a alma e entenebrece o caminho!
Fugi do satânico propósito de sufocar os rebentos do próprio seio,
porque os anjos tenros que rechaçais são mensageiros da Providência, as-
somantes no lar em vosso próprio socorro, e, se não há legislação humana
que vos assinale a torpitude do infanticídio, nos recintos familiares ou na
sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos contemplam do Céu,
chamando-vos, em silêncio, às provas do reajuste, a fim de
que se vos expurgue da consciência a falta indesculpável
que perpetrastes.
Refletindo com EmmanuelRefletindo com Emmanuel
Alguns Dados Alarmantes - O estudo “Magnitude do aborta-
mento induzido por faixa etária e grandes regiões”, mostra que,
em 2013, foram 205.855 internações decorrentes de abortos.
Este número não reflete a realidade. As estimativas do referido
estudo conduzido pelo Instituto de Medicina Social da UERJ
e pela ONG Ações Afirmativas em Direitos e Saúde, revelam
que o número de abortos induzidos pode ser até cinco vezes
maior do que o de internações. Assim, o total de abortos indu-
zidos em 2013 no Brasil foi algo próximo a 1 milhão.
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Considerações Oportunas - No livro “Entrevistas”, item 74, Emmanuel
e Chico afirmam que os anticoncepcionais chegaram à esfera humana como
socorro da Providência Divina, para que não nos comprometamos com o
aborto tocado de irresponsabilidade. Ainda Emmanuel, no cap. 17, da obra
“Vida e Sexo”, registra que o aborto é um dos grandes causadores das molés-
tias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis nas patologias da men-
te, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões na espiritualidade.
A Doutrina nos ensina que comumente programamos a volta de antigos
companheiros de aventuras infelizes para junto de nosso convívio, com pro-
messas de socorro e carinho, em que se lhes reedifique a esperança de eleva-
ção e resgate, burilamento e melhoria.
A espiritualidade inferior desencarnada ou não, vem atuando sistematica-
mente em vários segmentos com o intuito de inserir na legislação brasileira
a legalização definitiva do aborto, o que geraria para o País um grave carma
coletivo. Não sejamos passivos, o verdadeiro cristão não pode se eximir do
bom combate.
............
Espaço da Codificação ............
“O Livro dos Espíritos” - (Parte Segunda - Cap. VII)
Da Volta do Espírito à Vida Corporal
357. Que consequências tem para o Espírito o aborto? “É uma existência nulifi-
cada e que ele terá de recomeçar.”
358. Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gesta-
ção? “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer
que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu
nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que ser-
viria de instrumento o corpo que se estava formando.”
359. Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da
mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?
“Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já
existe.”
360. Será racional ter-se para com um feto as mesmas
atenções que se dispensam ao corpo de uma criança que
viveu algum tempo? “Vede em tudo isso a vontade e a
obra de Deus. Não trateis, pois, desatenciosamente, coi-
sas que deveis respeitar. Por que não respeitar as obras
da criação, algumas vezes incompletas por vontade do
Criador? Tudo ocorre segundo os seus desígnios e nin-
guém é chamado para ser juiz.”
4. 4
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Expediente
A dinâmica da vida moderna favorece a irritabilidade e a agressividade nas
relações interpessoais. Grandes débitos espirituais têm sido adquiridos por
pequenos motivos que geram desavenças familiares, discussões no ambiente
profissional, em bares ou no trânsito, que por vezes acabam em tragédia, le-
vando os envolvidos a vivenciar problemas que muitas vezes são indissolúveis
em poucos anos. Diante deste quadro extremamente preocupante faz-se ne-
cessária a dedicação de todos no desenvolvimento de uma virtude destacada
por inúmeros autores espirituais respeitáveis: a paciência.
Em “A Vida Escreve”, psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, no cap.
10, o espírito Hilário Silva, registra a belíssima resposta do Mestre Jesus ao ser
inquirido sobre a mais difícil aquisição na vida dos homens: “O mais difícil é
ajudar em silêncio, amar sem crítica, dar sem pedir, entender sem reclamar...
A aquisição mais difícil para nós todos chama-se paciência”.
Emmanuel, em “O Consolador”, questão 254, nos diz: “A verdadeira pa-
ciência é sempre uma exteriorização da alma que realizou
muito amor em si mesma, para dá-lo a outrem, na exempli-
ficação. (...) E para que nos edifiquemos nessa claridade di-
vina, faz-se mister educar a vontade (....)”. No livro “Mãos
Unidas”, cap. 31, o supracitado autor nos ensina que “(...) o
trabalho sem a paciência pode induzir ao desequilíbrio, tanto
quanto a paciência sem trabalho pode favorecer a ociosida-
de”. A espiritualidade chama a atenção para a paciência ativa.
A passividade ou a indiferença não são virtudes. Precisamos
ser ativos, otimistas, orientando as nossas ações para o trabalho produtivo,
para a harmonia, respeitando sempre as limitações alheias.
Na condição de aprendizes, urge a educação dos sentimentos encami-
nhando a mente aos aspectos mais nobres da vida: a humildade e a caridade.
Portanto, o controle emocional, a ação no bem, aliados à resignação são os
elementos primordiais para o alcance de uma das mais difíceis virtudes.
Fabiano Augusto
Paciência, a virtude esquecida