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A corrupção, os conchavos políti-
cos, a ausência do Estado têm forjado
os líderes do crime que “governam” as
comunidades carentes com as suas
próprias “leis”. É importante que os
governantes invistam em projetos de
infraestrutura de asfaltamento, amplia-
ção da iluminação pública, recuperação
das praças, construção de escolas e
postos de saúde. É importante a elabo-
ração de lei para controlar os horários
de funcionamento dos estabelecimen-
tos que vendem bebidas alcoólicas nos
locais mais afetados pela criminalida-
de. São medidas eficazes para reduzir
a barbárie da violência urbana.
No Brasil, as penitenciárias de hoje
lembram bastante as masmorras me-
dievais. Não servem para educar, pelo
contrário, neutralizam a formação e o
desenvolvimento de valores intrínse-
cos, estigmatizando o ser humano. As
penitenciárias vêm funcionando como
máquinas de reprodução da criminali-
dade. Tudo agravado pelo péssimo am-
biente prisional, pela ausência de ati-
vidades produtivas e pela superlotação
carcerária. Fatos esses que nos levam
a testemunhar pela mídia as mais cru-
éis cenas de refrega entre criminosos
e policiais, sobretudo nos grandes cen-
tros urbanos.
Em verdade, a violência de todos
os tons deslustra as conquistas socio-
lógicas deste século. A brutalidade hu-
mana tem deteriorado o caminho para
Deus. Até mesmo muitos de nós, espí-
ritas, condenamos a violência alheia,
no nosso dia-a-dia, ao invés de agir-
mos de forma pacífica e fraterna. So-
mos quais fantoches, reagindo sempre
de acordo com o que motivou a nossa
indignação.
Os postulados Espíritas são antí-
dotos para a violência, posto que quem
os conheça, sabe que não se poderá
eximir das suas responsabilidades so-
ciais. Nesse contexto, devemos con-
siderar que o espírita-cristão deve se
armar de sabedoria e de amor, para
atender à luta que vem sendo desen-
cadeada nos cenários da sociedade,
concitando à concórdia e ao perdão,
em qualquer conjuntura anárquica e
perturbadora da vida moderna.
É imprescindível praticarmos o
Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano II, Número 14 - Setembro/2016.
O centro espírita ante a violência urbana
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Espaço da Codificação ............
“O Livro dos Espíritos” - Questões 841 e 842
841- Deve-se, em respeito à liberdade de consciência, deixar que se
propaguem doutrinas nocivas e pode-se, sem prejudicar essa liberda-
de, procurar trazer de volta ao caminho da verdade aqueles que se
perderam ao admitir falsos princípios?
Certamente que sim; e até mesmo se deve. Mas ensinai a exemplo de
Jesus, pela doçura e persuasão, e não pela força, o que seria pior que a
crença daquele a quem se quer convencer. Se há algo que seja permiti-
do impor é o bem e a fraternidade. Mas não acreditamos que o meio de
levá-los a admitir seja agindo com violência: a convicção não se impõe.
842- Todas as doutrinas têm a pretensão de ser a única expressão da
verdade; como se pode reconhecer a que tem o direito de se posicio-
nar assim?
Será aquela que faz mais homens de bem e menos hipócritas, ou seja,
pela prática da lei de amor e de caridade em sua maior pureza e sua
aplicação mais abrangente. A esse sinal reconheceis que uma doutrina
é boa, já que toda doutrina que semear a desunião e estabelecer uma
demarcação entre os filhos de Deus só pode ser falsa e nociva.
Evangelho nos vários setores da so-
ciedade, contribuindo com a parcela
de mansidão para pacificá-la. O ho-
mem moderno ainda não percebeu que
somente a experiência do Evangelho
pode estabelecer as bases da concór-
dia, da fraternidade e constituir os antí-
dotos eficazes para minimizar a violên-
cia que ainda avassala a Terra.
As Casas Espíritas, como Pron-
tos-Socorros espirituais, muito podem
contribuir no trabalho de prevenção e
auxílio às vítimas das violências so-
ciais, nas duas dimensões da vida,
através de medidas que os incentivem
ao estudo das Leis de Deus. O Centro
Espírita, além de estimular as famílias
à prática do Evangelho no Lar, ofere-
ce recursos socorristas de tratamento
espiritual: passe, desobsessão, água
fluidificada, atendimento fraterno (tra-
balho assistencial que enseja o diálo-
go, a orientação, o acompanhamento e
o esclarecimento, com fundamentação
doutrinária a todos, indistintamente).
Assim sendo, intensifiquemos e
aprimoremos cada vez mais as ações
de ordem preventiva e terapêutica, já
em curso em nossas Casas Espíritas.
Nos casos de maior gravidade dos as-
sistidos, encaminhemos os mesmos às
instituições espíritas de socorro especí-
fico, clínicas, sanatórios, hospitais etc.
Que os centros espíritas estejam sem-
pre em sintonia com os ensinamentos
das Obras Básicas codificadas por
Allan Kardec e seu propósito de bem
concorrer para a ascensão espiritual da
criatura humana às faixas superiores
da vida. Jorge Hessen
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“Um dos maiores obstáculos capazes de
retardar a propagação da Doutrina Espírita
seria a falta de unidade.”
Allan Kardec
“A ciência sem a religião é paralítica, a religião
sem a ciência é cega.”
Albert Einstein
“Quando o homem começa a lutar contra si
mesmo, é sinal de que tem valor.”
Robert Browning
“Um bom arrependimento é a melhor medicina
para as enfermidades da alma.”
Miguel de Cervantes
“O inferno tem o tamanho da rebeldia
espiritual de cada um, assim como o céu tem a
dimensão das consciências renovadas no bem.”
Jerônimo Mendonça
“Meus caros, a surpresa dos espíritas, depois
do túmulo, chega a ser incomensurável, porque
frequentemente mobilizamos os valores de
nossa fé com a pretensão de quem se julga
escolhido à frente do Senhor.”
Cícero Pereira
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Conselho Diretor - Presidente: Wilson Barbosa / Vice-Presidente: Jorge Hessen
Secretária: Diomarsi Souza / 2.º Secretário: Josias da Silva
Tesoureiro: João Batista
Conselho Fiscal - José Amin, Francisco Soares e Marcos Marques
Editores - Jorge Hessen e Fabiano Augusto
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Sábados - 18 horas
Dia 3 - Fabiano Augusto (CEFE)
Dia 10 - Eurípedes Santos (C. do Caminho)
Dia 17 - Jorge Hessen (PAE)
Dia 24 - Luciana Balbino (PAE)
Quartas-feiras - 20 horas
Dia 7 - João Batista (PAE)
Dia 14 - Cirne Ferreira (FEB)
Dia 21 - Maria Omilta (PAE)
Dia 28 - Arildo Marques (B. Menezes)
Quadro de Reuniões Públicas e Expositores do Mês de Setembro
Livro: O Consolador
Psicografia: Chico Xavier
Editora: FEB
Questão 345:
345 – O preceito evangélico – “se alguém te bater numa face,
apresenta-lhe a outra” – deve ser observado pelo cristão, mesmo
quando seja vítima de agressão corporal não provocada?
O homem terrestre, com as suas taras seculares, tem inven-
tado numerosos recursos humanos para justificar a chamada “legí-
tima defesa”, mas a realidade é que toda a defesa da criatura está
em Deus. Somos de parecer que, agindo o homem com a chave
da fraternidade cristã, pode-se extinguir o fermento da agressão,
com a luz do bem e da serenidade moral. Acreditando, contudo,
no fracasso de todas as tentativas pacíficas, o cristão sincero, na sua
feição individual, nunca deverá cair ao nível do agressor, sabendo
estabelecer, em todas as circunstâncias, a diferença entre os seus
valores morais e os instintos animalizados da violência física.
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