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A Providência Divina oportuniza ao
Espírito falido uma experiência reencarnató-
ria desafiadora, como um convite (amoroso e/
ou doloroso), para reparação e reaprendizado
das derrocadas de vidas passadas e atuais.
Precisamos ajuizar o preceito de Causa
e Efeito com o máximo discernimento, a fim
de nos conscientizarmos sobre seu mecanis-
mo, que desfere tanto reparações desafia-
doras, quanto gratificações surpreendentes,
sucessivamente, justas, criteriosas e con-
troladas, as quais expressam a resposta da
Providência Divina contra a desarmonia cons-
tituída ou submissões aos Códigos divinos da
consciência em suas profundas estruturas.
Ninguém está sujeito ao império aleató-
rio da “casualidade”, pois o acaso não existe.
A casualidade não pode governar nossos
destinos. É o código de causa e efeito ou a
Providência Divina, que tudo ordena, corrige
e atua na imensidade colossal do Universo.
Tal divino ditame é para que nós nos resguar-
demos de nós mesmos e não objetiva pro-
cessos punitivos sem indultos.
Experimentamos, após a desencarna-
ção, os resultados das imperfeições que não
conseguimos corrigir na vida física. As Leis
divinas, ínsitas na consciência, asseguram
que felicidade e desdita sejam reflexos na-
turais das nossas escolhas em grau de pu-
reza ou impureza moral. A felicidade relativa
reflete a concernente ascensão moral do
Espírito, enquanto a imperfeição causa dor e
a dor quando não é aceita amorosamente se
transforma em sofrimento. Portanto, quanto
mais evoluído é o Espírito maior o grau de
felicidade e menor é a amplitude da dor.
Pelas nossas livres escolhas somos res-
ponsáveis pelas consequências determinan-
tes da trajetória do nosso destino, podendo
delongarmos as dores pela persistência no
mal, ou atenuá-las e até anulá-las pelo exer-
cício do bem. Um dos mecanismos que su-
avizam o açoite da dor é o arrependimento.
Entretanto não nos basta o arrependimento,
ou seja, termos a consciência da dimensão
do delito com o firme propósito de não rein-
cidir no mesmo, pois são imprescindíveis a
expiação (como ação de extrair a pureza),
isto é, extrairmos a pureza que há em nossa
essência divina, a fim de que haja a necessá-
ria e amorosa reparação.
A reparação, por sua vez, consiste em,
ao fazermos o bem primeiramente a nós
mesmos, bancarmos em seguida o bem
àqueles a quem fizemos o mal. Em que pese
a diversidade de gêneros e graus de dores
dos Espíritos imperfeitos, a Lei de Deus es-
tabelece que a dor (que jamais será punitiva)
seja inerente à impureza espiritual.
Toda “imperfeição”, assim como todo
delito dela decorrente, traz consigo a neces-
sidade de inevitável reparação. Assim, a do-
ença é um convite divino para a reeducação
reparadora dos excessos. Do emprego men-
tal irresponsável nasce o tédio, sem que haja
mister de sentença condenatória especial
para cada erro ou indivíduo. Podendo nos li-
bertar das nossas imperfeições por efeito da
vontade, pensamentos e sentimentos pode-
mos igualmente anular as dores decorrentes
e assegurar a atual felicidade relativa.
Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano V, Número 50 - Novembro/2019.
Editorial / Jorge Hessen
Nos códigos de Deus não há canchas para castigos
Boletim
O PAE
Órgão de divulgação Espírita Cristão
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Mensagem dos amigos espirituais
Perante os momentos desafiadores, quando somos convidados ao exercício da
resignação, mobilizemos os mecanismos da fé racional inabalável, para que a ideia
de deserção não receba alento e arrase o bom ânimo. Saibamos que o estágio do
serviço Espírita é alavanca propulsora para o alcance da leveza, doçura e alegria de
viver. Compreendamos que somos chamados ao trabalho do amor, da lida caridosa
e dos testemunhos existenciais frente às experiências desafiadoras da brandura e da
humildade como reverso às nossas disposições para o desamor.
Na íngreme caminhada das avenidas dos códigos evangélicos será estabele-
cida, aos imersos no aperfeiçoamento moral, a prática da virtude do desinteresse
mesquinho e da indispensável humildade. Somos educandos apontados pela ope-
rosa equipe de Maria Dolores, a fim de desenvolvermos as virtudes do coração que
precisam ser conectadas aos subsídios doutrinários já adquiridos. Ponderemos que
o essencial para o trabalho espírita deve ser a ascensão na escala do serviço abne-
gativo em prol daquelas almas que vagueiam nas estradas enevoadas da ignorância.
O Espiritismo é o fanal natural para iluminar as mentes confusas daqueles es-
píritos afundados nas angústias dos próprios sentimentos. O conhecimento Espírita
dissolve as espessas nuvens da odiosidade que interrompe o fluxo da razão dos
viajores que ainda se repletam nas alucinações das fugazes aclamações terrestres.
Somos arautos da Terceira Revelação que necessita ser esparzida através das atitu-
des consistentes de benignidade, comiseração e clemência.
Sejamos resignados perante os transeuntes vacilantes e embaraçados que nos
estimulam o exercício do bem nos múltiplos planos da vida. Não consintamos que
a insegurança arremetida na incredulidade ou nos logradouros agrestes da dúvida
bloqueie a nossa capacidade de discernimento ante os desafiadores convites da Pro-
vidência Divina para o exercício das virtudes cristãs.
Diante das provas e advertências que contrariam as ilusões egóicas aprisio-
nadas às caças das facilidades terrestres é importante avaliarmos o valor do soldo
creditado para que concretizemos as tarefas sem lamentações. O triunfo da tarefa
será uma consequência natural na vida dos que não se consentirem sequestrar pela
preguiça moral.
Jamais cedamos guarida ao desalento preguiçoso e mergulhemos na inutilidade
de nada fazer em benefício do ser essencial que somos. Recordemos que todo em-
penho para reconquista do bom ânimo passará pelo domínio do autoconhecimento.
O fazer coisas “materiais” eficaz e eficientemente para os outros deve ter como
base o fazer o bem a si essencialmente. Isto porque, ninguém doa o que não possui
e aqui cabe a seguinte reflexão: somos um fazer humano, um ter humano ou um ser
humano? Ora, como essência divina que somos, trabalhemos com foco no princípio
do autoamor a fim de que possamos amar o próximo e assim desempenharemos as
leis da própria consciência.
Espírito Carlos Stuart
Psicografado no grupo de desobsessão do sábado - 19/10/2019.
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Espaço da Codificação ............
O Livros dos Espíritos
Questão 115 - Dos Espíritos, uns terão sido criados bons
e outros maus?
“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem
saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclare-
cê-los e de os fazer chegar progressivamente à
perfeição, pelo conhecimento da verdade, para
aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles
encontram a pura e eterna felicidade. Passan-
do pelas provas que Deus lhes impõe é que os
Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns
aceitam submissos essas provas e chegam mais
depressa à meta que lhes foi assinada. Outros
só a suportam murmurando e, pela falta em que
desse modo incorrem, permanecem afastados
da perfeição e da prometida felicidade.”
Livro: Plantão de respostas - Pinga Fogo II
Médium: Chico Xavier
Comportamento
Editora: CEU
Como devemos agir para não “pecarmos” por omissão ou intro-
missão, não sendo nem comodista e nem inconvenientes a ponto de
interferirmos no livre-arbítrio das pessoas?
Com o livre-arbítrio, o espírito enfrenta as lutas, provas e experiên-
cias da vida material e espiritual, respondendo com a responsabilidade
pelos atos que pratica, no contexto da Lei de Causa e Efeito. Ora, vemos
assim no livre-arbítrio um bem intocável que não merece interferências,
porque Deus permite que os espíritos tenham liberdade de pensar e,
consequentemente, de agir.
Desta forma, o melhor conselho que se pode dar é agir em conso-
nância com os ditames do Senhor e ter presente que todos os espíritos
tendem para a perfeição.
Refletindo com Emmanuel
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Expediente
Reuniões Públicas - Escala do mês de Novembro
SÁBADOS / 18 HORAS
Dia Palestrante
02 - Carmelita Indiano (FEB)
09 - Jorge Hessen (PAE)
16 - Wallid Koure (Cantinho da Fé)
23 - Fátima Guimarães (FEB)
30 - Haroldo Eleutério (FEDF)
QUARTAS-FEIRAS / 20 HORAS
Dia Palestrante
06 - Jorge Hessen (PAE)
13 - Nazareno (Comunhão Espírita)
20 - Carlos Alberto (CEFE)
27 - Sérgio Rossi (CEPT)
Matricule seu filho na evangelização do PAE.
Turmas dos 3 aos 21 anos. Sábados das 18h às 19h.
Equipe DIJ
Jesus perante a cristandade
Trecho do cap. V, Bittencourt Sampaio
Percorrendo a História Sacra, encontramos Jesus realizando curas pela ação
da lei dos fluidos, e nunca obrando milagres pela derrogação das leis estabele-
cidas pelo Criador; é assim que não o vemos dando membros ao corpo que os
tivesse perdido.
O que ele fazia era do domínio da lei dos fluidos, que, por ser desconhecida
dos homens, era por eles considerada sobrenatural, e o será até que chegue o mo-
mento de lhes serem desvendados os mistérios que o acanhamento da sua inteli-
gência lhes não permite ainda compreender, e aos quais só poderão atingir quan-
do, livres da lepra do pecado, pela prática constante dos ensinamentos do Divino
Modelo, puderem receber a luz que se transfunde das páginas do Seu Evangelho!
Jesus dava vista aos cegos por atrofiamento da íris; restituía a palavra aos
mudos por atrofiamento das cordas vocais, enfim, curava os enfermos, mas de
enfermidades curáveis, pela simples imposição dos fluidos, que ele conhecia como
governador deste planeta, e dos quais dispunha, pelo Seu poder absoluto sobre
toda a Natureza.