2. É A ARTE DA PREGAÇÃO BÍBLICA
É a “disciplina que aplica os princípios hermenêuticos da
interpretação , na explanação da Palavra de Deus visando
uma comunicação da mensagem bíblica compreensível,
aceitável e proveitosa na evangelização em forma de
discurso público”. (grifo meu)
Homilética é a ciência que se ocupa a pregação cristã, com a
pregação proferida no culto, no seio da comunidade reunida.
ETIMOLOGIA: Gr. OMILETIKÓS, “sociável”.
OMILEEIN, verbo - estar em companhia de;
OMILOS, subst. - assembleia.
Homilética trata da composição e entrega de sermões.
O QUE É HOMILÉTICA?
3. I – A ARTE DE FALAR BEM
O domínio da fala, que possibilitou ao homem primitivo seu
desenvolvimento sócio-cultural-religioso, transformou-se,
com o aparecimento da filosofia grega, não só em arte
como também em uma poderosa arma de dominação.
Os sofistas eram pessoas muito conceituadas na civilização
grega, tinham status social e político, eram os mestres dos
filhos dos aristocratas.
UNIDADE I
O DOMÍNIO DA EXPRESSÃO VERBAL
4. 1.1. A RETÓRICA
“orador numa assembléia”. É a arte de falar bem. Muito
utilizada por reis e líderes como forma de dominação. Ex:
Alexandre, o Grande, cujo mentor fora Aristóteles, um dos
maiores gênios da humanidade. Com eloquência convencia
seus soldados a irem as batalhas em condições adversas.
ESTRUTURAÇÃO PRIMÁRIA DA RETÓRICA
Proêmio – (Introdução) introdução do discurso
Narrativa – (Conteúdo) conteúdo da mensagem
Argumentação – (Tese) argumentos utilizados ara o
convencimento
Observação – (Aplicação) o instante da reflexão do ouvinte
para uma tomada de decisão
Sumário – (Conclusão ou Apelo) conclusão do discurso
5. 1.2 – A ORATÓRIA
Aperfeiçoamento da retórica.
Os líderes romanos deram uma nova visão para a retórica, que
passou a ser vista como uma estratégia de conquista e
dominação.
Por muito tempo a oratória sofreu preconceitos por parte dos
primeiros cristãos que viam-na como uma ferramenta pagã
sinônimo de submissão intelectual política profana.
1.3 – A HOMILÉTICA
A priori, a pregação, visava somente à conquista de adeptos,
não tinha preocupação da crença religiosa. O Evangelho era
anunciado através do improviso. Aqui o que vigorava era o
testemunho pessoal de vida e as experiências cristãs. Não
havia a sistematização do discurso bíblico.
6. Ex: o evangelista Filipe (AT 8.26-40), pregava a Palavra por onde
passava, uma condição de vida que não permitia maior organização
para a pregação.
Agostinho, teólogo e filósofo, foi o primeiro a transpor a barreira
do preconceito e a utilizar a oratória como instrumento auxiliar
para a comunicação do Evangelho. Seguiu-se após ele: Basílio,
Crisóstomo e Ambrósio
Importante: o artista maior não é o pregador, mas o ESPÍRITO
SANTO que o capacita e aprimora seus dons naturais para
transmitir, com maestria a Palavra de Deus.
7. 1.3 – A DINÂMICA DA PREGAÇÃO CRISTÃ
Para surtir efeito no coração das pessoas deve ser Objetiva, Incisiva,
Coerente, Atraente e Iluminada por Deus.
Eficiência: requer conhecimento bíblico, unção de Deus,
aprimoramento da eloquência e postura.
Eloquência: arte de convencer e persuadir por meio de palavras.
Trabalhar o texto bíblico de modo a provar a tese defendida. Ex:
Apolo, At.18.24-28
Postura: maneira de se apresentar perante o público. Reflete o
caráter espiritual do indivíduo.
8. II – A ELOQUÊNCIA
Lat. “Eloquentia”, no âmbito da oratória, significa ato ou efeito de
falar, de modo a dominar, por meio de palavras, o ânimo de quem
ouve.
O orador deve ser entusiasta e sua fascinação deve ser nítida por
aquilo que transmite, convencerá os outros se demonstrar que ele
mesmo está convencido daquilo que crê.
FATORES IMPORTANTES PARA A ELOQUÊNCIA
O preparo da homilia: tempo, dedicação, paciência,
conhecimento do público; domínio das técnicas; estudo da Palavra
observando técnicas hermenêuticas; comunhão com Deus.
9. Domínio do assunto: Os ouvintes percebem a falta de preparo e
domínio do assunto apresentado pelo orador.
Convicção: Certeza absoluta de que es está transmitindo a
verdade. Crer no Evangelho de poder e vivê-lo. Não se pode
pregar sobre o batismo no Espírito Santo sem ser batizado ainda.
Estilo próprio: o mensageiro deve procurar ser ele mesmo e não
um eco.
Conhecimento das técnicas: a falta traz, geralmente, diversos
prejuízos à eficácia da pregação bíblica
Iluminação divina: unção de Deus, graça de Deus. A mensagem
não surte o efeito desejado sem esses ingredientes no orador.
10. III – O DISCURSO EM PÚBLICO
O exercício da leitura constante de qualquer tipo de texto é o
primeiro passo para o desenvolvimento da oratória.
A leitura em público não é tão simples assim, pois ler é viver a
leitura e se permitir envolver por ela
Observar os seguintes cuidados:
Controle da voz: a modulação da voz. Falar de maneira firme
e convincente não significa falar em alto tom de voz
Controle do ritmo: sem rapidez e nem lentamente, mas
moderadamente
11. Controle emocional: deixar a timidez de lado, não ser
exagerado emocionalmente também. Muitos na ânsia da
animação chegam a quebrar os púlpitos com seus tapas e
socos...
Controle das ações: o pregador deve usar uma postura
moderada no púlpito; não ser uma estátua e nem se
movimentar freneticamente diante da platéia. As expressões
gestuais e faciais devem ser observadas
Segurança do discurso: enfoque nos seus objetivos e elabore
estratégias para atingi-los. Isto é clareza no que será dito e
domínio do assunto a ser transmitido.
12. A pregação bíblica se ocupa da transmissão da mensagem
divina, daí a sua importância.
“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” Jo 8.32
A MENSAGEM DE SALVAÇÃO
A palavra de Deus deve ser pregada em todo lugar e para
todas as classes de pessoas, porque ela é o único meio pelo
qual se toma conhecimento da verdade que liberta e que
salva.
Este ensino do Evangelho tem quatro objetivos: salvação,
instrução, correção e doutrina. (II Tm 3.14 a 17)
UNIDADE II
A MENSAGEM BÍBLICA
13. SALVAÇÃO
• O homem busca salvação em caminhos errados. Há
dificuldades em encontrá-la porque quer obtê-la da
maneira errada.
• A paz começa de dentro para fora
• Todos pecaram Rm 3.23 - Somente Jesus é a solução para a
paz interior e a Salvação, a qual deve ser anunciada a
todos.
INSTRUÇÃO
• A palavra de Deus é proveitosa para instruir em justiça.
Deve ser pregada aos homens para que haja mais justiça e
paz na terra (II Tm 3.16)
CORREÇÃO
• A Bíblia não encobre os erros humanos, ela os expõe; tais
erros servem de lição para aqueles que lerem a Palavra e
não incorrerem nos mesmos ilícitos.
14. DOUTRINA
• A falta de um ensinamento verdadeiro conduz as pessoas a
acreditarem em heresias extraídas de textos bíblicos fora
de contexto.
• A doutrina de Deus nos ensina a viver de acordo com a
vontade de Deus e torna-nos conhecedores de que há algo
maior nos esperando na eternidade.
15. I – ELEMENTOS ESTRITAMENTE NATURAIS
Coragem – Jesus não temeu nem Pilatos, nem Herodes e,
muito menos, o Sinédrio. Suas mensagens desafiavam os
homens a um padrão elevado de vida e, mesmo sabendo que
isso custaria sua própria vida, anunciou o reino dos céus com
intrepidez, audácia e coragem. Ex2: João Batista
Diligencia – resume-se em cuidado ativo e zelo pela tarefa a ele
confiada.
Pontualidade – chegar atrasado é falta de ética e reverência ao
culto a Deus. O pregador não é a estrela da noite. Quem tem
que brilhar é JESUS CRISTO
UNIDADE III
ELEMENTOS ESSENCIAIS AO BOM PREGADOR
16. Cultura – conhecimento intelectual, principalmente o
conhecimento teológico. É inadmissível um pregador do
evangelho não ter a mínima noção dos assuntos teológicos
fundamentais para o exercício de sua missão.
II – ELEMENTOS ESTRITAMENTE ESPIRITUAIS
Amor – Constitui em característica fundamental na vida do
pregador do Evangelho, dando-lhe condições de ministrar
eficazmente ao povo.
Humildade – não a exterior, mas à capacidade de reconhecer
seus limites e imperfeições.
Fé – fé e amor estão diretamente no mesmo pé de igualdade
em se tratando de elementos essenciais. (Rm 10.17)
17. Piedade – a vida de íntima comunhão com Deus no cultivo do
amor a Jesus e às almas carentes de salvação.
Santidade – como pode uma pessoa pregar a santidade e levar
outras pessoas a uma vida santa se ela própria não tem uma
vida pura?
Paciência – “pregar não é dar show de uma hora, mas o fluir
de uma vida. Leva vinte anos para se fazer um sermão, porque
leva vinte anos para se fazer um homem.” (E. M. Bounds)
Ética – a sua postura pode ajudar ou atrapalhar a sua
exposição. A fisionomia é muito importante pois transmite os
nossos sentimentos: ficar em posição de nobre atitude; olhar
para os ouvintes; não demonstrar rigidez e nervosismo; evitar
exageros nos gestos; não demonstrar indisposição; evitar
leituras prolongadas; assentar-se adequadamente.
18. Baseando-se em três passagens da vida de Pedro o pregador
deve ser:
Aquele que esteve com Jesus – At 4.13
Aquele que fala como Jesus – Mt. 26.73
Aquele que fala de Jesus – At 40.10
A proclamação do Evangelho é trazer as Boas Novas da
Salvação.
Apresentar ao público Jesus Cristo, seus ensinamentos e seu
propósito, para isso, é preciso que o mensageiro tenha uma
identificação completa com Cristo.
Por isso não importa a temática sermonária, nem o tipo, o quer
importa é que TODO SERMÃO DEVE SER CRISTOCÊNTRICO.
19. III – CARACTERÍSTICAS DE UM PREGADOR
SOB O PONTO DE VISTA
ESPIRITUAL
SOB O PONTO DE VISTA
TÉCNICO
Chamado para a obra
(ordenança) Mt. 28.19
Dom da Palavra – Rm 12.6-8
Conhecer a Deus – Atos 4.13 Conhecimento da Palavra – II
Tm 2.15
Ter uma mensagem – Atos 5.20 Manejo da Palavra – II Tm 2.15
Unção – II Rs 2.9 Guardar a Palavra no coração –
Sl 119
Autoridade/ousadia – Mc 1.21,
Rm 1.16
Instrumento – II Tm 2.15
20. IV – O PREGADOR E O TEXTO
TEXTOS INSPIRADOS – não é aconselhável usarmos como
texto base palavras proferidas por homens ímpios ou por
Satanás (Ex: Gn 3.4-5; Is 14.13,14; Mt. 4.3,6,9)
TEXTO QUE ESCLAREÇA – escolha um texto que lance luz
sobre o que você quer dizer, assim obterá êxito nos objetivos
alcançados.
TEXTO CURTO – sermões baseados em capítulos inteiros da
Bíblia tornam a leitura cansativa. Utilize esse tempo para
expor as verdades na mensagem.
21. TEXTO NÃO-EXTRAVAGANTE – seja criterioso na escolha
de textos para temas como moralidade, ética, sexualidade,
etc. deve-se escolher textos que não despertem repugnância
física ou moral, ou ainda que provoquem gracejos e hilaridade
nos ouvintes.
TEXTO QUE COADUNE COM A REALIDADE DO
PÚBLICO – texto que traga estímulo, lições e resoluções aos
problemas espirituais dos ouvintes.
TEXTO QUE INDIQUE O SEU OBJETIVO – muitos
pregadores utilizam textos que não têm nenhuma ligação
com o objetivo de sua homilia. Ex: tema: O amor que vence o
medo – texto: I Jo 4.18 “(...) o perfeito amor lança fora o
medo”
22. V – O PREGADOR E A INTERPRETAÇÃO DO
TEXTO
IDENTIFIQUE OS TERMOS DESCONHECIDOS - nomes de
lugares, pessoas ou objetos desconhecidos. Utilize para isso
dicionários da língua portuguesa e bíblico, chave linguística,
chave bíblica, etc.
OBSERVE O TEXTO DENTRO DO SEU CONTEXTO – apela-
se aqui a regra fundamental da hermenêutica, “A Bíblia interpreta
a própria Bíblia”. Isolar um texto pode ocasionar interpolações
OBSERVE LOGICAMENTE O TEXTO – categoria gramatical
das palavras que formam o texto, etimologia e definição léxica.
Analise a relação entre o texto e as passagens imediatas, se
possível todo o capítulo ou livro onde está inserido. Assim se
chega ao assunto ou doutrina central do livro.
23. OBSERVE O TEXTO DENTRO DO SEU PANO DE
FUNDO HISTÓRICO – existe uma vasta gama de textos que
só podem ser interpretados fielmente à luz dos fatos,
costumes, geografia e ética do seu momento histórico. Ex: o
uso do véu na igreja de Corinto
SE NECESSÁRIO, OBSERVE O TEXTO
FIGURADAMENTE – qual é a significação primária e literal
do texto, para só então partir para o sentido figurado.
EM CASOS ESPECIAIS, OBSERVE O TEXTO
ALEGORICAMENTE – a alegoria é uma figura de
linguagem que expressa uma idéia em forma de figura. Nem
todas as passagens bíblicas possuem um sentido alegórico. E
nem todas as personagens da história bíblica são tipos de
Jesus, e nem Jesus pode ser tomado como antítipo de todos os
acontecimentos e personagens da Bíblia.
24. VI – ASPECTOS ERRADOS A SEREM EVITADOS
Fazer uma segunda e auto-apresentação;
Manter a mão no bolso ou na cintura o tempo todo;
Molhar o dedo na língua para virar as páginas da Bíblia;
Limpar as narinas, exibir lenços sujos, arrumar o cabelo
ou a roupa;
Usar roupas extravagantes;
Apertar a mão de todos (basta um leve aceno);
Fazer gestos impróprios;
Usar esboços de outros pregadores, e sem fontes;
Contar gracejos, anedotas ou usar vocabulário vulgar;
Evitar desculpas, você começa derrotado (diferente de
humildade);
Chegar atrasado.
25. Quando convidado para pregar em outras igrejas, o
pregador deve considerar as normas doutrinárias,
litúrgicas e teológicas da igreja em questão
Evite abordar questões teológicas muito complexas;
Não peça que a congregação faça algo que não esteja de
acordo com os preceitos;
Procure estar dentro dos padrões da denominação;
Procure dar conotações evangelísticas à mensagem;
Respeitem o horário (mesmo que seja pouco tempo);
Converse sempre com o Pastor antes do início do culto.
26. OBJETIVOS DO SERMÃO
1.1 – FINALIDADE DA PREGAÇÃO
A prédica pode ser: interpretativa, devocional, de eventos
sociais, de assuntos de conduta moral e social, doutrinária,
apologética ou evangelística
Interpretativa – apresenta uma porção do texto sagrado,
buscando o seu significado nos seus pormenores: história,
geografia, cultura, críticas de texto;
UNIDADE IV
O SERMÃO BÍBLICO
27. Devocional – preparado para um grupo de pessoas que
mantém um momento de reflexão bíblica diária;
Eventos sociais – para acontecimentos ou situações especiais,
envolve um número maior de pessoas. Sermão cerimonial
Assuntos de conduta moral e social – relacionado à vida
particular ou em sociedade: drogas, aborto, divórcio, política,
etc.
28. Doutrinária – é o ensino sistemático da Palavra de Deus. Trata-
se da exposição de um tema doutrinário religioso
Apologética – a finalidade é a defesa da fé cristã, pois desafia
as heresias que se levantam e combate tudo aquilo que é
contrário ao ensino bíblico
Evangelística – seu objetivo principal é alcançar o coração dos
pecadores.
29. II – VARIEDADES DE SERMÕES
Congregacionais – para congressos e convenções
Nupciais – expõem princípios do evangelho sobre a vida
conjugal a um público que, de outro modo, jamais ouviria o
evangelho. Deve ser curto e objetivo
Infantil– vocabulário simples, ilustrações, brevidade na
mensagem
Fúnebres – para um público heterogêneo. Atentar para a
importância da solenidade.
30. Gratulatórios – Ações de Graça. Saber os pormenores da
dádiva e utilizar textos adequados
Consagratórios – consagração de pastores, evangelistas,
presbíteros, etc. enfatiza a vocação, chamada e
responsabilidades ministeriais
Dedicatórios – ministrados durante a dedicação de templos,
seminários, creches, orfanatos, lar de idosos, etc
Pastorais – ministrados especificamente a pastores e líderes
religiosos (Timóteo e Tito)
31. III – A COMPOSIÇÃO DO SERMÃO
TÍTULO
Revela a noção do conteúdo a ser exposto como também visa
buscar o interesse do mesmo ao que será dito pelo orador.
Hb 12.1 – Os Salvos estão preparados para vencer a
maratona celestial
II Co 2.14 – Triunfando na Batalha pela fé em Jesus Cristo!
I Tm 2.5 – Jesus Cristo é Senhor, Salvador e único
mediador entre Deus e os homens
II Pe 3.18 – O que fazer para obter o crescimento
espiritual?
32. TEXTO
É a porção da Palavra de Deus, da qual será extraída a
mensagem, que é a base do sermão.
Pode ser uma palavra, uma frase, uma oração, um versículo
inteiro, uma passagem bíblica, ou mesmo um livro da Bíblia.
O texto é a chave para a fundamentação do discurso, a partir
deste se formará a mensagem.
Ao ter o texto escolhido: leia-o várias vezes, ore, interprete-o,
argumente-o e aplique-o para a realidade de vida presente.
33. TEMA
“aquilo que está dentro”, “guardado” ou “depositado”
Se encontra no assunto. É a base sólida do discurso. É a tese a
ser defendida pelo mensageiro.
O título apresenta o que será falado de uma maneira geral,
assim, é maior
O tema é a síntese do assunto, assim, é menor, mais direto
Evite temas frívolos; esdrúxulos
Evite temas que não despertem o interesse do público;
Escolha temas que tenham simetria com a realidade vivida
pelos ouvintes;
Escolha temas apropriados à ocasião
34. TEXTO TÍTULO TEMA
II TM 1.6-14 Apóstolo Paulo; exemplo de fé
e dedicação ao evangelho de
Cristo
Palavras de fé de um
homem de fé
Mt. 14.22-33 Com Jesus o crente vive a
verdadeira paz em qualquer
circunstância
Paz na tormenta
Hb 2.14,15 O império de Satanás e a
morte foram derrotados por
Jesus na cruz
Onde está oh morte, a
tua vitória?
Dt 30.11-19 Na encruzilhada da vida qual
caminho deve ser seguido
Escolhendo o
caminho certo
Lc 18.35-43 Grandes desafios surgem pelo
caminho quando buscamos
nossa vitória
Vença os desafios!
II Rs 13.14-19 O Senhor coloca nas mãos do
crente a flecha do livramento
Tomando posse da
vitória
35. INTRODUÇÃO
É a parte introdutória do conteúdo. É o momento crucial de
cativar e prender a atenção dos ouvintes – através da
curiosidade
Se não for bem trabalhado poderá por tudo a perder
Prelúdio ou exórdio é o início da introdução. É o primeiro
momento do discurso, o terreno está sendo preparado
Parte Central é a base da introdução, o que dará
sustentação, é a progressão
Intróito é a entrada, a parte final da introdução, ela esboça
os pontos que serão trabalhados no decorrer do discurso.
36. TÍTULO: Em tempos difíceis, de guerras e de sofrimentos Deus
sempre trouxe libertação para seu povo
TEXTO: ISAÍAS 51.14
TEMA: ELE VEIO PARA LIBERTAR OS CATIVOS
INTRODUÇÃO
1 - A história do povo Hebreu é uma história fascinante, em muitos de
seus aspectos e pormenores; cheia de passagens bíblicas
extraordinárias; cheia de altos e baixos.
2- O povo da bênção nasce de uma chamada especial no escuro. Uma
cena que se descortina a partir de Genesis 12. Abrão recebe a promessa
de ser grande nação, de receber grandes bênçãos, de ter um nome
ilustríssimo na historia humana, e ele ser um personagem da bênção:
Ser a causa da bênção ou maldição sobre quaisquer famílias da Terra.
37. 3 - O povo hebreu nasce no deserto... Multiplica-se como a areia da
terra... E por vontade explícita divina chega a fixar residência
temporária no Egito por 430 anos. Era um período de aprendizagem,
de esquecimento e de esperança
4 - Novamente, vivendo um novo pesadelo, o povo hebreu se acha
agora, cativo nas terras da Babilônia e da Assíria, mas como outrora
Deus tem uma mensagem de esperança, de livramento e de
restauração para o seu povo. Vê-se aqui um Período de reflexão,
período de dependência, período de sofrimento, período de
arrependimento, período do de perseverança, período de esperança.
OS CATIVOS DE DEUS PRECISAM APRENDER O VALOR DA
LIBERDADE; PRECISAM APRENDER O VALOR DO
PERDÃO; PRECISAM VIVER NA DEPENDÊNCIA DE DEUS
38. ILUSTRAÇÃO
É a parte do sermão que lança luz sobre o discurso.
É ferramenta tão poderosa que ficará guardada na memória
das pessoas. O ouvinte pode esquecer-se da mensagem, mas
jamais se esquecerá da ilustração.
Sua posição no discurso é variável, contudo deve se encaixar
bem na homilia.
É o chamariz, o ímã para atrair as pessoas à verdadeira
mensagem bíblica
Tema: Os grandes toques de Deus
Ilustração: O leilão e o violino velho
39. CONTEÚDO
É a principal parte do corpo do sermão, nele será feito a
exposição da idéia do pregador
a) Desenvolvimento do Assunto – está baseado em um bloco
escriturístico sagrado. Se busca a palavra-chave, os pontos
altos, as idéias fortes do texto, o tema central. A tese deve
estar munida de artigos convincentes que venham a
persuadir a todos. Para tanto, usará provas e argumentos
preparados para dar sustentação à sua tese.
b) Divisão do Conteúdo – divisão por tópicos, por ordem
alfabética ou numérica. Com o sem subpontos.
40. c) A Composição dos Tópicos – deve ser bem organizado, para
facilitar a compreensão por parte do ouvinte e minimizar o seu
esforço em entender o que será ministrado
d) A Aplicação – é trazer para a atualidade as lições espirituais
aprendidas em cada enunciado do sermão. Como os
ensinamentos e as experiências do passado podem ajudar o
crente da atualidade, na sua vida cristã prática. O ouvinte deve
interpretar a mensagem e aplicá-la na sua vida diária
CONCLUSÃO
É o momento de colher os frutos de todo um trabalho. É a
hora do convite ao ouvinte para aceitar a Cristo e mudar sua
trajetória na vida.
Para isso esteja atento para o tempo, para a síntese geral e
para a aplicação final.
41. IV – CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO
O SERMÃO TEMÁTICO
Denominado também de “sermão tópico”, por derivar de um
tópico tirado da Bíblia. A divisão do sermão temático é
extraída do tema, independentemente do texto. Trata-se de
uma peregrinação bíblica
Vantagens:
Maior flexibilidade e liberdade de assunto
Maior lógica entre suas divisões
Melhor unidade entre os subpontos
Maior amplitude de desenvolvimento
Exigências:
Maior imaginação e vigor intelectual
Maior conhecimento teológico e secular
Maior controle do pregador
Maior atenção para não negligenciar textos bíblicos
42. TEXTO Lc 9.7-9
TEMA QUEM É JESUS?
DIVISÕES
O cordeiro de Deus (Jo 1.29)
A água da vida (Jo 4)
O pão da vida (Jo 6)
A videira verdadeira (Jo 15)
O bom pastor (Jo 10)
43. O SERMÃO TEXTUAL
O sermão textual é aquele cujas divisões principais são
derivadas de um texto constituído de um breve trecho da
Bíblia. Cada uma dessas divisões é usada como linha de
sugestão, e o texto fornece o tema do sermão
Exige maior conhecimento da Palavra e capacidade de extrair
do texto as divisões do sermão.
A mensagem do sermão textual é restrita ao texto escolhido;
pode-se transitar por outros textos bíblicos, desde que sirvam
de base argumentativa para o texto principal
Qualidades: facilidade de elaboração; melhor captação; unidade
textual; boa receptividade; maior aprendizagem
Desvantagens: poucos recursos; explosão de idéias; redundância;
dificuldade de aplicação
44. TEMA O CEGO DE BETSAIDA
TEXTO Mc 8.22-26
INTRODUÇÃO: O homem, criação de Deus, foi dotado de vontade livre. É
imagem e semelhança do Altíssimo. O processo de redenção possui dois
aspectos inseparáveis: 1 – A ação de Deus, salvando o homem, e 2 – A ação do
homem, aceitando essa salvação
I
A ATITUDE DO
POVO
1.1 – Levaram o cego a Jesus (v.22)
1.2 – Rogaram que o tocasse (v.22)
II
A ATITUDE DE
JESUS
2.1 – Tomou o cego pela mão (v.23)
2.2 – Levou-o para fora da aldeia (v.23)
2.3 – Cuspiu-lhe nos olhos (v.23)
2.4 – Impôs-lhe as mãos (v.23)
2.5 – Lhe fez uma pergunta: Vês alguma coisa?
2.6 – Impôs pela segunda vez as mãos
2.7 – Fez-lhe um pedido (v.26)
III
A ATITUDE DO
CEGO
3.1 – Levantou os olhos (v.25)
3.2 – A resposta do cego a Jesus
3.3 – Olhou firmemente
45. O SERMÃO EXPOSITIVO
É o mais difícil de preparar, porque possui maior volume de
conteúdo bíblico. Porém, o sermão expositivo é o método por
excelência para a comunicação da Palavra. Ele traz a luz o que
já existe.
Exposição deriva do lat. expositio – divulgar, publicar ou
tornar acessível
O sermão expositivo é fiel à passagem bíblica. Ele interpreta,
explica e aplica o texto à vida cristã
46. Ele tem o poder de ampliar o conhecimento bíblico tanto do
orador quanto do ouvinte, haja vista que, toda estrutura e
conteúdo serão extraídos diretamente do parágrafo a ser
pregado.
Este sermão exige análise histórica, geográfica, cultural,
teológica e literária. Seu discurso baseia-se na apresentação
e sustentação no texto bíblico e no seu contexto. É Deus
falando através do homem
47. TEMA O GLORIOSO PROPÓSITO DA SALVAÇÃO
TEXTO EFÉSIOS 1.1-14
INTRODUÇÃO:
• A carta aos Efésios é uma das mais ricas na explanação sobre a
doutrina da salvação. Envolve passado, presente e o futuro em
Cristo. Trata de aspectos morais, sociais e espirituais da vida
cotidiana
• Neste texto, Paulo apresenta nos três primeiros versículos: a) sua
identificação pessoal e ministerial à igreja de Éfeso (vv.1,2); b) as
bênçãos espirituais em Cristo (v.3)
1) A fonte das bênçãos: “O Deus bendito e Pai” (v.3)
2) Bênçãos Cristocêntricas: “com todas as bênçãos espirituais em
Cristo (v.3)
3) A sublimidade das bênçãos espirituais: “nos lugares celestiais”
(v.3)
4) “Lugares celestiais em Cristo” indica o nível mais elevado no
qual o crente foi colocado (v.3)
48. DESENVOLVIMENTO:
I – Escolhidos Pelo PAI (1.4-6)
1.1 – O sentido das palavras eleger e escolher (v.4)
1.2 – A questão do ato soberano de Deus (v.4)
1.3 – O destino dos crentes decidido na eternidade (v.5)
1.4 – Escolhidos para filhos de Deus (v.5)
1.5 – Escolhidos por causa do Amado Filho (V.6)
II – Remidos Pelo Filho (1.7-12)
2.1 – Jesus efetuou a redenção (v.7)
2.2 – O efeito da redenção – “Ele fez abundar as riquezas da graça”
2.3 – A revelação do mistério da redenção (v.9)
2.4 – A dispensação da obra redentora (v.10)
2.5 – A plenitude dos tempos da redenção – “plenitude dos tempos”
refere-se a complementação do tempo da graça (v.10)
2.6 – A grande bênção da redenção – “nele fomos feito herança” (v.11)
2.7 – A redenção resulta da soberania do conselho divino (vv.11,12)
2.8 – A redenção é para os judeus e gentios, sem discriminação (v.12)
49. III – Selados Com o Espírito Santo (1.13,14)
3.1 – O ministério do Espírito Santo na obra da redenção (v.13)
a) O Espírito Santo promove a fé em Cristo (Jo 16.8-10)
b) O Pai planejou-a, o Filho providenciou-a e o E. S. aplicou-a
3.2 – O Selo da redenção (v.13)
a) Não é batismo no Espírito Santo (At 2.1-4)
b) É um sinal ou marca da propriedade de Deus
3.3 – O Selo é o Espírito Santo como promessa na vida do remido (v.13)
a) O fruto do Espírito é o resultado vibrante e visível do selo do
Espírito Santo no crente (Gl 5.22)
3.4 – O Penhor da redenção (v.14)
a) “Penhor” indica alguma coisa de valor para assegurar o direito
de posse;
b) A posse tem um sentido duplo: somos posse do Senhor e o
Espírito Santo é posse interior do crente ( I Co 1.30)
CONCLUSÃO: Neste estudo percebemos que os Conselhos Divinos
constituídos pela Santíssima Trindade estabelecem o glorioso
propósito da salvação. Cada qual teve a sua participação o processo da
salvação.