SlideShare a Scribd company logo
1 of 5
DISLEXIA - DIAGNÓSTICO E
INTERVENÇÃO
COMO SE DIAGNOSTICA?
Para se diagnosticar dislexia é necessária uma avaliação extensa, requerendo a colaboração
de vários profissionais. Pretende-se com a avaliação conhecer as áreas fortes e fracas do
indivíduo, os recursos de que dispõe e o envolvimento em que se encontra, para que possa ser
formulado o diagnóstico e sejam elaboradas as recomendações necessárias. É importante ter
em consideração que não existe um teste específico para avaliar a dislexia, devendo o
diagnóstico envolver uma avaliação médica, cognitiva, educacional e psicológica.
A dislexia é diagnosticada quando os resultados do indivíduo em testes de leitura estão
substancialmente abaixo do esperado para a sua idade, escolarização e nível de inteligência e
quando as dificuldades na aquisição e uso da leitura são tão significativas que interferem
significativamente no rendimento escolar e nas atividades da vida diária que exigem
capacidades de leitura. Estas dificuldades são intrínsecas ao indivíduo e devem-se,
presumivelmente, a uma disfunção do sistema nervoso central. A dislexia pode existir em
simultâneo com outras perturbações do desenvolvimento mas deve-se ter em consideração,
durante a avaliação, que as dificuldades na leitura não devem ser uma consequência de
problemas emocionais ou sociais ou falta de condições de ensino apropriadas.
Tipicamente a dislexia é diagnosticada no 2º ano de escolaridade, para garantir que já
existiram oportunidades de aprendizagem. No entanto, é possível ainda no pré-escolar
identificar alguns sinais típicos da dislexia, tornando-se nestes casos importante uma avaliação
para determinar a necessidade de estimular determinadas áreas que são consideradas os
alicerces da leitura, isto não implica que seja feito um diagnóstico, apenas pode ser
recomendada uma intervenção de tipo preventivo. Pode-se avaliar a dislexia ao longo da vida,
mesmo na adolescência e idade adulta, sendo no entanto importante recolherem-se dados
sobre o início da aprendizagem da leitura e da escrita.
É importante que os encarregados de educação estejam conscientes que para um aluno ficar
abrangido pela legislação da educação especial e tenha direito a adequações no ensino e na
avaliação deve ser referenciado até ao 6º ano de escolaridade.
QUE TIPO DE INTERVENÇÃO É MAIS EFICAZ?
Os indivíduos com dislexia, por constituírem um grupo com uma grande variação de
caraterísticas e por apresentarem perfis heterogéneos, podem necessitar de intervenção
específica numa ou mais áreas, devendo ser analisadas as áreas fortes e fracas, bem como as
prioridades, pois nalguns casos pode ser prioritária uma intervenção a nível académico, mas
noutros casos pode ser fundamental trabalhar inicialmente aspetos do foro emocional ou
comportamental.
As áreas de intervenção variam também com a faixa etária em que se encontra o indivíduo,
pois em idades mais precoces poderá ser essencial trabalhar a consciência fonológica e a
descodificação da leitura, ao passo que em idades mais avançadas já será mais relevante
trabalhar aspetos como a compreensão e as competências de estudos.
Uma intervenção eficaz deve ter em consideração as necessidades e características de cada
indivíduo, e ainda valorizar o trabalho em equipa com a escola e a família, bem como assentar
na utilização de estratégias consideradas eficazes, tais como fazer avaliações frequentes para
monitorização dos progressos, promover a aquisição de estratégias cognitivas úteis e
proporcionar várias oportunidades de prática, para as treinarem.
COMO AJUDÁ-LO EM CASA A ESTUDAR E A FAZER OS
TPC?
Uma das maiores preocupações dos pais é a execução dos Trabalhos Para Casa,
habitualmente existem sempre queixas, sentimentos negativos de pais e filhos face aos
momentos da sua execução. Os pais sentem-se impotentes para ajudar “Eu não lhe sei
explicar”, “Eu não aprendi assim”, “com o meu outro filho conseguia ajudar, mas com este já
desisti!” ou intolerantes face aos erros dos filhos “Como é que é possível, eu já lhe ter
explicado tantas vezes e ele continuar sem compreender?”, ”Ele não quer saber, não me ouve”,
sentem que prejudica a sua relação com os filhos “Estou farto! Terminamos sempre zangados”,
“Ontem ele disse-me que queria a outra mãe, a mãe dos mimos, que não quer mais a mãe
explicadora”.
Os pais das crianças com dislexia têm que ajudar os seus filhos em múltiplas áreas para a
execução dos trabalhos para casa, não só na aprendizagem (leitura, compreensão), como a
manter a atenção, a organizar o estudo, a utilizar estratégias para a memória, etc. e por vezes
têm de se preocupar em telefonar para os pais de algum colega do filho para confirmar quais
os trabalhos e testes que existem, pois ele pode ter-se esquecido de os passar, ou tê-los
perdido ou pode ser incompreensível o que escreveu. No dia seguinte, terão ainda de confirmar
que o filho não se esquece de levar os trabalhos para a escola... tudo isto, no dia-a-dia, torna-
se altamente desgastante...
Para minimizar estas questões os pais devem conseguir estabelecer rotinas, estruturar e
organizar as suas vidas, uma vez que as crianças com dislexia têm melhores resultados
quando seguem uma rotina e sabem aquilo que se espera. Para favorecer melhores
competências de estudo deve-se garantir um bom ambiente de trabalho, incentivar horário e
plano de estudo ajustado, materiais organizados, ajudar na preparação para os testes e
estabelecer objetivos realistas. Bem como mostrar interesse, ser um modelo, ensinar
estratégias para lidar com TPC, relacionar os TPC com as atividades da vida diária, conhecer a
forma com a professora ensina, recompensar pelo esforço e não só pelos resultados e
participar em atividades da escola.
Devem ser escolhidos momentos em que pais e filhos se sintam calmos para trabalharem e os
tornarem agradáveis, os pais devem ser encorajadores e não críticos, fazer pequenas, mas
frequentes sessões de estudo e quando estas terminam, devem parar de desempenhar o papel
de professor (Selikowitz, 2001).
É frequente a ausência de hábitos de estudo regulares ou ajustados, ou seja, não ter um
horário de estudo, calendário e não fazer planos de estudo, ou no caso de serem feitos não
serem realistas (p.ex. planeia estudar demasiadas horas seguidas), o que leva a desistir de
efetuar esses planos impossíveis de cumprir. A inexistência de métodos de estudo, dificuldade
em preparar os materiais, em utilizar diversas fontes de informação, em fazer apontamentos,
resumos e esquemas, em identificar as ideias principais, em aprender truques para memorizar
mais fácil e eficazmente as matérias, etc., tal como o não dominar a utilização de estratégias
para a resolução de testes, leva a que as horas de estudo não sejam eficazes e que os
resultados não correspondam ao seu esforço.
Uma vez que é frequente não terem noção de como e quando usar estratégias para estudar e
quais são mais eficazes justifica-se a necessidade de se ensinar a APRENDER A APRENDER.
Esta é mesmo uma das mais importantes aptidões a transmitir aos alunos com dislexia. Deve-
se sensibilizá-los para a existência de certas técnicas e estratégias, que os poderão ajudar a
atingir o sucesso durante o processo de aprendizagem. Bem como ensinar-lhes que técnicas e
estratégias devem utilizar nas diferentes disciplinas e conteúdos a estudar.
Os pais não têm e não devem ensinar conteúdos, não devem ser os explicadores,
mas devem ser pais presentes, que mostram interesse pelas aprendizagens do seu
filho, devem ser um recurso que os filhos sabem a que podem recorrer em caso de
dificuldade. Devem incentivar e promover situações apropriadas para estudar,
promover a sua autonomia e não a dependência em si para conseguir estudar.
COMO PROMOVER HÁBITOS DE LEITURA?
A promoção dos hábitos de leitura e do gosto pela leitura é feita desde cedo, utilizando não só
os livros, mas também situações do quotidiano que despertam o interesse, curiosidade e
revelam a utilidade da leitura.
Há que ter em consideração a escolha dos livros, proporcionar momentos
agradáveis de leitura e partilhar o interesse por ela.
Os livros devem ter um grau de dificuldade que não seja excessivo, na leitura recreativa o seu
filho deve conseguir ler de forma autónoma, com poucos erros, e deve conseguir compreender
o que lê. Os livros devem ser do seu interesse, nomeadamente o tipo de texto, mais informativo
ou criativo, e sobre temáticas que o entusiasmem. Numa fase inicial de leitura é importante que
o livro tenha imagens e expressões que se repitam ao longo da história para que ele consiga
fazer previsões sobre o que vai ler, sinta o ritmo da leitura e consiga memorizar algumas
palavras, lendo-as de forma automática.
É natural as crianças pedirem para repetir múltiplas vezes a leitura do mesmo texto e a
investigação tem comprovado que é importante a leitura repetida. Ao fazê-lo vai aumentar a
confiança do seu filho e vai-lhe permitir compreender melhor o que lê.
Leia sempre para os seus filhos, logo desde pequenos e pode ler-lhe todas as noites tornando
essa uma rotina e uma ocasião especial. Lembre-se que quando lê em voz alta ao seu filho
não só está a transmitir uma experiência positiva de leitura, como também a modelar hábitos
de leitura positiva. Leia diariamente livros em conjunto (alternadamente ou em coro),
permitindo-lhe que acompanhe visualmente o texto lido por si e peça-lhe para tentar ir fazendo
previsões do que se sucederá na história (quer a partir do conteúdo, quer a partir de imagens);
pare frequentemente para irem recontando o que já foi lido e retirarem dúvidas, e no final
verifiquem se as previsões estavam corretas e façam um resumo e uma crítica com opinião
pessoal sobre a história (personagens, enredo, desenlace, sentimentos, conflitos).
É importante que facilite um ambiente emocional que favoreça a leitura. Nunca imponha a
leitura como uma obrigação, ameaça ou castigo. O seu filho irá sentir interesse pela leitura se
tiver experiências agradáveis, se conseguir ler fluentemente e se obtiver a aprovação social.
DEVO CORRIGIR OS ERROS?
Durante os bons momentos de leitura, e não só, os pais necessitam de se ajustar à capacidade
de manutenção da atenção e capacidade de leitura do seu filho. Dar feedback e reforço pelas
respostas corretas e oferecer feedback corretivo às respostas erradas também é uma boa
prática.
Durante o tempo de leitura recreativa, com os pais, quando o filho hesita durante vários
segundos na leitura de uma palavra ou a lê incorretamente, alterando o significado da frase, os
pais devem ler a palavra e de seguida pedir-lhe para repetir a palavra e/ou a frase. É
importante que o seu filho oiça um bom leitor e que receba feedback sobre a sua prestação,
para poder assim melhorar. Uma forma de incentivar é fazer o registo do número de palavras
lidas por minuto, o número de palavras lidas corretamente e gravar as suas leituras, para ele se
autoavaliar. É igualmente importante que enquanto ouve o seu filho a ler, não se mostre
impaciente ou ansioso, nem esteja sempre a corrigi-lo. Diferencie os momentos de leitura de
prazer, daqueles em que estão a ler para as tarefas académicas. Sinta-se satisfeito com os
progressos do seu filho a nível da leitura, elogie-o de forma específica e verdadeira.
O QUE DEVO ESPERAR DA ESCOLA?
Em contexto de sala de aula é essencial serem efetuadas algumas adaptações, para promover
oportunidades de sucesso ao aluno, nomeadamente ao adaptar o envolvimento físico, os
materiais de ensino, a instrução e os procedimentos de avaliação.
Os alunos com dislexia podem ser abrangidos no Decreto-Lei da Educação Especial e
beneficiar das medidas de apoio pedagógico, adequações curriculares e adequações na
avaliação. Para os exames nacionais pode ser preenchida a Ficha A da Dislexia (Júri Nacional
de Exames) para que usufrua de algumas condições especiais, nomeadamente a leitura de
prova, reescrita de prova, tempo de realização da prova, realização em sala à parte e
adaptações na cotação das respostas, de forma a não o penalizar pelas suas dificuldades
intrínsecas.

More Related Content

What's hot

Sindrome asperger guia-para-professores-versaoport
Sindrome asperger guia-para-professores-versaoportSindrome asperger guia-para-professores-versaoport
Sindrome asperger guia-para-professores-versaoportInProvavel2
 
Guia intervenção morder
Guia intervenção morderGuia intervenção morder
Guia intervenção morderSA Asperger
 
Sindrome de Asperger - guião para pais e professores
Sindrome de Asperger - guião para pais e  professoresSindrome de Asperger - guião para pais e  professores
Sindrome de Asperger - guião para pais e professoresAna Paula Santos
 
Síndrome asperger
Síndrome aspergerSíndrome asperger
Síndrome aspergerLeo137
 
Manual de volta-a-escola-para-criancas-com-autismo
Manual de volta-a-escola-para-criancas-com-autismoManual de volta-a-escola-para-criancas-com-autismo
Manual de volta-a-escola-para-criancas-com-autismoCaminhos do Autismo
 
Material de-apoio-para-o-professor-trabalhar-com-alunos-com-tdah
Material de-apoio-para-o-professor-trabalhar-com-alunos-com-tdahMaterial de-apoio-para-o-professor-trabalhar-com-alunos-com-tdah
Material de-apoio-para-o-professor-trabalhar-com-alunos-com-tdahLiliane Professora
 
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, DownPalestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, DownLiviamandelli
 
Autismo 50-dicas-para-admininistrar-o-deficit-de-atencao-em-sala-de-aula
Autismo 50-dicas-para-admininistrar-o-deficit-de-atencao-em-sala-de-aulaAutismo 50-dicas-para-admininistrar-o-deficit-de-atencao-em-sala-de-aula
Autismo 50-dicas-para-admininistrar-o-deficit-de-atencao-em-sala-de-aulaSA Asperger
 
Modalidade 1datahora 02_11_2014_21_41_55_idinscrito_3828_95528a1992a0f8253a0e...
Modalidade 1datahora 02_11_2014_21_41_55_idinscrito_3828_95528a1992a0f8253a0e...Modalidade 1datahora 02_11_2014_21_41_55_idinscrito_3828_95528a1992a0f8253a0e...
Modalidade 1datahora 02_11_2014_21_41_55_idinscrito_3828_95528a1992a0f8253a0e...SimoneHelenDrumond
 
Eugenio cunha autismo, aprendizagem e inclusão ppt
Eugenio cunha autismo, aprendizagem e inclusão pptEugenio cunha autismo, aprendizagem e inclusão ppt
Eugenio cunha autismo, aprendizagem e inclusão pptMarlene Campos
 
Dicas para o dia a dia curso de aperfeiçoamento
Dicas para o dia a dia curso de aperfeiçoamentoDicas para o dia a dia curso de aperfeiçoamento
Dicas para o dia a dia curso de aperfeiçoamentocraeditgd
 
A dislexia e as dificuldades de disléxicos
A dislexia e as dificuldades de disléxicosA dislexia e as dificuldades de disléxicos
A dislexia e as dificuldades de disléxicosSimoneHelenDrumond
 

What's hot (18)

Sindrome asperger guia-para-professores-versaoport
Sindrome asperger guia-para-professores-versaoportSindrome asperger guia-para-professores-versaoport
Sindrome asperger guia-para-professores-versaoport
 
Guia intervenção morder
Guia intervenção morderGuia intervenção morder
Guia intervenção morder
 
Sindrome de Asperger - guião para pais e professores
Sindrome de Asperger - guião para pais e  professoresSindrome de Asperger - guião para pais e  professores
Sindrome de Asperger - guião para pais e professores
 
10dicas
10dicas10dicas
10dicas
 
Síndrome asperger
Síndrome aspergerSíndrome asperger
Síndrome asperger
 
Manual de volta-a-escola-para-criancas-com-autismo
Manual de volta-a-escola-para-criancas-com-autismoManual de volta-a-escola-para-criancas-com-autismo
Manual de volta-a-escola-para-criancas-com-autismo
 
Apresentação DA
Apresentação DAApresentação DA
Apresentação DA
 
Material de-apoio-para-o-professor-trabalhar-com-alunos-com-tdah
Material de-apoio-para-o-professor-trabalhar-com-alunos-com-tdahMaterial de-apoio-para-o-professor-trabalhar-com-alunos-com-tdah
Material de-apoio-para-o-professor-trabalhar-com-alunos-com-tdah
 
O pensamento lógico matemático e psicopedagogia
O pensamento lógico matemático e psicopedagogiaO pensamento lógico matemático e psicopedagogia
O pensamento lógico matemático e psicopedagogia
 
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, DownPalestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
 
Estudo de caso
Estudo de caso Estudo de caso
Estudo de caso
 
Autismo 50-dicas-para-admininistrar-o-deficit-de-atencao-em-sala-de-aula
Autismo 50-dicas-para-admininistrar-o-deficit-de-atencao-em-sala-de-aulaAutismo 50-dicas-para-admininistrar-o-deficit-de-atencao-em-sala-de-aula
Autismo 50-dicas-para-admininistrar-o-deficit-de-atencao-em-sala-de-aula
 
Modalidade 1datahora 02_11_2014_21_41_55_idinscrito_3828_95528a1992a0f8253a0e...
Modalidade 1datahora 02_11_2014_21_41_55_idinscrito_3828_95528a1992a0f8253a0e...Modalidade 1datahora 02_11_2014_21_41_55_idinscrito_3828_95528a1992a0f8253a0e...
Modalidade 1datahora 02_11_2014_21_41_55_idinscrito_3828_95528a1992a0f8253a0e...
 
Dislexia - Estudo de caso
Dislexia - Estudo de casoDislexia - Estudo de caso
Dislexia - Estudo de caso
 
Informe Psicopedagógico
Informe PsicopedagógicoInforme Psicopedagógico
Informe Psicopedagógico
 
Eugenio cunha autismo, aprendizagem e inclusão ppt
Eugenio cunha autismo, aprendizagem e inclusão pptEugenio cunha autismo, aprendizagem e inclusão ppt
Eugenio cunha autismo, aprendizagem e inclusão ppt
 
Dicas para o dia a dia curso de aperfeiçoamento
Dicas para o dia a dia curso de aperfeiçoamentoDicas para o dia a dia curso de aperfeiçoamento
Dicas para o dia a dia curso de aperfeiçoamento
 
A dislexia e as dificuldades de disléxicos
A dislexia e as dificuldades de disléxicosA dislexia e as dificuldades de disléxicos
A dislexia e as dificuldades de disléxicos
 

Similar to Dislexia - Diagnóstico e Intervenção Eficaz

Síndrome de Down e TDAH
Síndrome de Down e TDAHSíndrome de Down e TDAH
Síndrome de Down e TDAHceciliaconserva
 
2°apresentação reforço e recurso2016
2°apresentação reforço e recurso20162°apresentação reforço e recurso2016
2°apresentação reforço e recurso2016Dalva Pereira Martins
 
INTERVENÇÃO DO TDAH NA PRÁTICA.pdf
INTERVENÇÃO DO TDAH NA PRÁTICA.pdfINTERVENÇÃO DO TDAH NA PRÁTICA.pdf
INTERVENÇÃO DO TDAH NA PRÁTICA.pdfDayvson Gomes
 
Transtorno de deficit de atencao
Transtorno de deficit de atencaoTranstorno de deficit de atencao
Transtorno de deficit de atencao68bomfim
 
3 cartillha dislexia
3 cartillha dislexia3 cartillha dislexia
3 cartillha dislexiajoao_sousa
 
Modalidade 1datahora 02_11_2014_21_41_55_idinscrito_3828_95528a1992a0f8253a0e...
Modalidade 1datahora 02_11_2014_21_41_55_idinscrito_3828_95528a1992a0f8253a0e...Modalidade 1datahora 02_11_2014_21_41_55_idinscrito_3828_95528a1992a0f8253a0e...
Modalidade 1datahora 02_11_2014_21_41_55_idinscrito_3828_95528a1992a0f8253a0e...SimoneHelenDrumond
 
A inclusão e o tdah
A inclusão e o tdahA inclusão e o tdah
A inclusão e o tdahAlzira Dias
 
O diagnóstico da dislexia e sua relevância no atendimento psicopedagógico inf...
O diagnóstico da dislexia e sua relevância no atendimento psicopedagógico inf...O diagnóstico da dislexia e sua relevância no atendimento psicopedagógico inf...
O diagnóstico da dislexia e sua relevância no atendimento psicopedagógico inf...Cleide Araujo
 
O diagnóstico da dislexia e sua relevância no atendimento psicopedagógico inf...
O diagnóstico da dislexia e sua relevância no atendimento psicopedagógico inf...O diagnóstico da dislexia e sua relevância no atendimento psicopedagógico inf...
O diagnóstico da dislexia e sua relevância no atendimento psicopedagógico inf...Cleide Araujo
 
Crianças com dificuldade de aprendizagem
Crianças com dificuldade de aprendizagemCrianças com dificuldade de aprendizagem
Crianças com dificuldade de aprendizagemJanison Correia
 
Investigação sobre TDAH.pptx
Investigação sobre TDAH.pptxInvestigação sobre TDAH.pptx
Investigação sobre TDAH.pptxVivianeAzevedo37
 
Cancer de prostata
Cancer de prostata Cancer de prostata
Cancer de prostata Simara Souza
 

Similar to Dislexia - Diagnóstico e Intervenção Eficaz (20)

Síndrome de Down e TDAH
Síndrome de Down e TDAHSíndrome de Down e TDAH
Síndrome de Down e TDAH
 
2°apresentação reforço e recurso2016
2°apresentação reforço e recurso20162°apresentação reforço e recurso2016
2°apresentação reforço e recurso2016
 
INTERVENÇÃO DO TDAH NA PRÁTICA.pdf
INTERVENÇÃO DO TDAH NA PRÁTICA.pdfINTERVENÇÃO DO TDAH NA PRÁTICA.pdf
INTERVENÇÃO DO TDAH NA PRÁTICA.pdf
 
Aspectos psicomotores das dificuldades de aprendizagem
Aspectos psicomotores das dificuldades de aprendizagemAspectos psicomotores das dificuldades de aprendizagem
Aspectos psicomotores das dificuldades de aprendizagem
 
Reforço escolar
Reforço escolarReforço escolar
Reforço escolar
 
Transtorno de deficit de atencao
Transtorno de deficit de atencaoTranstorno de deficit de atencao
Transtorno de deficit de atencao
 
Os tipos de educando
Os tipos de educandoOs tipos de educando
Os tipos de educando
 
3 cartillha dislexia
3 cartillha dislexia3 cartillha dislexia
3 cartillha dislexia
 
Anexo 6 cartillha dislexia
Anexo 6 cartillha dislexiaAnexo 6 cartillha dislexia
Anexo 6 cartillha dislexia
 
Modalidade 1datahora 02_11_2014_21_41_55_idinscrito_3828_95528a1992a0f8253a0e...
Modalidade 1datahora 02_11_2014_21_41_55_idinscrito_3828_95528a1992a0f8253a0e...Modalidade 1datahora 02_11_2014_21_41_55_idinscrito_3828_95528a1992a0f8253a0e...
Modalidade 1datahora 02_11_2014_21_41_55_idinscrito_3828_95528a1992a0f8253a0e...
 
Sindown2
Sindown2Sindown2
Sindown2
 
A inclusão e o tdah
A inclusão e o tdahA inclusão e o tdah
A inclusão e o tdah
 
O diagnóstico da dislexia e sua relevância no atendimento psicopedagógico inf...
O diagnóstico da dislexia e sua relevância no atendimento psicopedagógico inf...O diagnóstico da dislexia e sua relevância no atendimento psicopedagógico inf...
O diagnóstico da dislexia e sua relevância no atendimento psicopedagógico inf...
 
O diagnóstico da dislexia e sua relevância no atendimento psicopedagógico inf...
O diagnóstico da dislexia e sua relevância no atendimento psicopedagógico inf...O diagnóstico da dislexia e sua relevância no atendimento psicopedagógico inf...
O diagnóstico da dislexia e sua relevância no atendimento psicopedagógico inf...
 
Crianças com dificuldade de aprendizagem
Crianças com dificuldade de aprendizagemCrianças com dificuldade de aprendizagem
Crianças com dificuldade de aprendizagem
 
Como interagir com o aluno 2006
Como interagir com o aluno 2006Como interagir com o aluno 2006
Como interagir com o aluno 2006
 
Investigação sobre TDAH.pptx
Investigação sobre TDAH.pptxInvestigação sobre TDAH.pptx
Investigação sobre TDAH.pptx
 
Compreendendo o Aventureiro.pptx
Compreendendo o Aventureiro.pptxCompreendendo o Aventureiro.pptx
Compreendendo o Aventureiro.pptx
 
Projeto proinfo
Projeto proinfoProjeto proinfo
Projeto proinfo
 
Cancer de prostata
Cancer de prostata Cancer de prostata
Cancer de prostata
 

More from Ana Paula Santos

Vol.2 dislexia exercícios
Vol.2 dislexia exercíciosVol.2 dislexia exercícios
Vol.2 dislexia exercíciosAna Paula Santos
 
Exercícios para desenvolver a consciência fonológica
Exercícios para desenvolver a consciência fonológicaExercícios para desenvolver a consciência fonológica
Exercícios para desenvolver a consciência fonológicaAna Paula Santos
 
Transição para a vida Pós Escolar
Transição para a vida Pós EscolarTransição para a vida Pós Escolar
Transição para a vida Pós EscolarAna Paula Santos
 
Memoria Visual - Os frutos
Memoria Visual - Os frutosMemoria Visual - Os frutos
Memoria Visual - Os frutosAna Paula Santos
 
Ficheiro de leitura funcional
Ficheiro de leitura funcional Ficheiro de leitura funcional
Ficheiro de leitura funcional Ana Paula Santos
 
Correspondência profissões
Correspondência profissões Correspondência profissões
Correspondência profissões Ana Paula Santos
 
Dia do Pai-Imagems e poemas
Dia do Pai-Imagems e poemasDia do Pai-Imagems e poemas
Dia do Pai-Imagems e poemasAna Paula Santos
 
Brochura ensino escrita-dimensao_textual
Brochura ensino escrita-dimensao_textualBrochura ensino escrita-dimensao_textual
Brochura ensino escrita-dimensao_textualAna Paula Santos
 
Livro O coelhinho que não era da Páscoa
Livro O coelhinho que não era  da Páscoa Livro O coelhinho que não era  da Páscoa
Livro O coelhinho que não era da Páscoa Ana Paula Santos
 
Fichas-de-ortografia-4-ano
 Fichas-de-ortografia-4-ano Fichas-de-ortografia-4-ano
Fichas-de-ortografia-4-anoAna Paula Santos
 
Checklist de avaliação da consciência linguística
Checklist de avaliação da consciência linguísticaChecklist de avaliação da consciência linguística
Checklist de avaliação da consciência linguísticaAna Paula Santos
 
Percepção Discriminação- Aprendizagem da Leitura e Escrita 2
Percepção Discriminação- Aprendizagem da Leitura e Escrita 2Percepção Discriminação- Aprendizagem da Leitura e Escrita 2
Percepção Discriminação- Aprendizagem da Leitura e Escrita 2Ana Paula Santos
 
Percepção Discriminação- Aprendizagem da Leitura e Escrita 1
Percepção Discriminação- Aprendizagem da Leitura e Escrita 1Percepção Discriminação- Aprendizagem da Leitura e Escrita 1
Percepção Discriminação- Aprendizagem da Leitura e Escrita 1Ana Paula Santos
 
PEDE - teste exploratório dislexia
PEDE -  teste exploratório dislexiaPEDE -  teste exploratório dislexia
PEDE - teste exploratório dislexiaAna Paula Santos
 
Pede-(Instruções) Prova Exploratória de Dislexia Específica
Pede-(Instruções) Prova Exploratória de Dislexia EspecíficaPede-(Instruções) Prova Exploratória de Dislexia Específica
Pede-(Instruções) Prova Exploratória de Dislexia EspecíficaAna Paula Santos
 

More from Ana Paula Santos (20)

Vol.2 dislexia exercícios
Vol.2 dislexia exercíciosVol.2 dislexia exercícios
Vol.2 dislexia exercícios
 
Horas cartazes
Horas cartazesHoras cartazes
Horas cartazes
 
Exercícios para desenvolver a consciência fonológica
Exercícios para desenvolver a consciência fonológicaExercícios para desenvolver a consciência fonológica
Exercícios para desenvolver a consciência fonológica
 
Transição para a vida Pós Escolar
Transição para a vida Pós EscolarTransição para a vida Pós Escolar
Transição para a vida Pós Escolar
 
Memoria Visual - Os frutos
Memoria Visual - Os frutosMemoria Visual - Os frutos
Memoria Visual - Os frutos
 
Ficheiro de leitura funcional
Ficheiro de leitura funcional Ficheiro de leitura funcional
Ficheiro de leitura funcional
 
Correspondência profissões
Correspondência profissões Correspondência profissões
Correspondência profissões
 
Dia do Pai-Imagems e poemas
Dia do Pai-Imagems e poemasDia do Pai-Imagems e poemas
Dia do Pai-Imagems e poemas
 
Livrinho para o pai
Livrinho para o paiLivrinho para o pai
Livrinho para o pai
 
Brochura ensino escrita-dimensao_textual
Brochura ensino escrita-dimensao_textualBrochura ensino escrita-dimensao_textual
Brochura ensino escrita-dimensao_textual
 
Livro O coelhinho que não era da Páscoa
Livro O coelhinho que não era  da Páscoa Livro O coelhinho que não era  da Páscoa
Livro O coelhinho que não era da Páscoa
 
Fichas-de-ortografia-4-ano
 Fichas-de-ortografia-4-ano Fichas-de-ortografia-4-ano
Fichas-de-ortografia-4-ano
 
Checklist de avaliação da consciência linguística
Checklist de avaliação da consciência linguísticaChecklist de avaliação da consciência linguística
Checklist de avaliação da consciência linguística
 
Associação lógica
Associação lógica Associação lógica
Associação lógica
 
Percepção Discriminação- Aprendizagem da Leitura e Escrita 2
Percepção Discriminação- Aprendizagem da Leitura e Escrita 2Percepção Discriminação- Aprendizagem da Leitura e Escrita 2
Percepção Discriminação- Aprendizagem da Leitura e Escrita 2
 
Percepção Discriminação- Aprendizagem da Leitura e Escrita 1
Percepção Discriminação- Aprendizagem da Leitura e Escrita 1Percepção Discriminação- Aprendizagem da Leitura e Escrita 1
Percepção Discriminação- Aprendizagem da Leitura e Escrita 1
 
Texto " A amizade"
Texto " A amizade"Texto " A amizade"
Texto " A amizade"
 
Palabras que-me-descrevem
Palabras que-me-descrevemPalabras que-me-descrevem
Palabras que-me-descrevem
 
PEDE - teste exploratório dislexia
PEDE -  teste exploratório dislexiaPEDE -  teste exploratório dislexia
PEDE - teste exploratório dislexia
 
Pede-(Instruções) Prova Exploratória de Dislexia Específica
Pede-(Instruções) Prova Exploratória de Dislexia EspecíficaPede-(Instruções) Prova Exploratória de Dislexia Específica
Pede-(Instruções) Prova Exploratória de Dislexia Específica
 

Recently uploaded

2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......suporte24hcamin
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoGentil Eronides
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 

Recently uploaded (20)

2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 

Dislexia - Diagnóstico e Intervenção Eficaz

  • 1. DISLEXIA - DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO COMO SE DIAGNOSTICA? Para se diagnosticar dislexia é necessária uma avaliação extensa, requerendo a colaboração de vários profissionais. Pretende-se com a avaliação conhecer as áreas fortes e fracas do indivíduo, os recursos de que dispõe e o envolvimento em que se encontra, para que possa ser formulado o diagnóstico e sejam elaboradas as recomendações necessárias. É importante ter em consideração que não existe um teste específico para avaliar a dislexia, devendo o diagnóstico envolver uma avaliação médica, cognitiva, educacional e psicológica. A dislexia é diagnosticada quando os resultados do indivíduo em testes de leitura estão substancialmente abaixo do esperado para a sua idade, escolarização e nível de inteligência e quando as dificuldades na aquisição e uso da leitura são tão significativas que interferem significativamente no rendimento escolar e nas atividades da vida diária que exigem capacidades de leitura. Estas dificuldades são intrínsecas ao indivíduo e devem-se, presumivelmente, a uma disfunção do sistema nervoso central. A dislexia pode existir em simultâneo com outras perturbações do desenvolvimento mas deve-se ter em consideração, durante a avaliação, que as dificuldades na leitura não devem ser uma consequência de problemas emocionais ou sociais ou falta de condições de ensino apropriadas. Tipicamente a dislexia é diagnosticada no 2º ano de escolaridade, para garantir que já existiram oportunidades de aprendizagem. No entanto, é possível ainda no pré-escolar identificar alguns sinais típicos da dislexia, tornando-se nestes casos importante uma avaliação para determinar a necessidade de estimular determinadas áreas que são consideradas os alicerces da leitura, isto não implica que seja feito um diagnóstico, apenas pode ser recomendada uma intervenção de tipo preventivo. Pode-se avaliar a dislexia ao longo da vida, mesmo na adolescência e idade adulta, sendo no entanto importante recolherem-se dados sobre o início da aprendizagem da leitura e da escrita. É importante que os encarregados de educação estejam conscientes que para um aluno ficar abrangido pela legislação da educação especial e tenha direito a adequações no ensino e na avaliação deve ser referenciado até ao 6º ano de escolaridade. QUE TIPO DE INTERVENÇÃO É MAIS EFICAZ? Os indivíduos com dislexia, por constituírem um grupo com uma grande variação de caraterísticas e por apresentarem perfis heterogéneos, podem necessitar de intervenção específica numa ou mais áreas, devendo ser analisadas as áreas fortes e fracas, bem como as prioridades, pois nalguns casos pode ser prioritária uma intervenção a nível académico, mas
  • 2. noutros casos pode ser fundamental trabalhar inicialmente aspetos do foro emocional ou comportamental. As áreas de intervenção variam também com a faixa etária em que se encontra o indivíduo, pois em idades mais precoces poderá ser essencial trabalhar a consciência fonológica e a descodificação da leitura, ao passo que em idades mais avançadas já será mais relevante trabalhar aspetos como a compreensão e as competências de estudos. Uma intervenção eficaz deve ter em consideração as necessidades e características de cada indivíduo, e ainda valorizar o trabalho em equipa com a escola e a família, bem como assentar na utilização de estratégias consideradas eficazes, tais como fazer avaliações frequentes para monitorização dos progressos, promover a aquisição de estratégias cognitivas úteis e proporcionar várias oportunidades de prática, para as treinarem. COMO AJUDÁ-LO EM CASA A ESTUDAR E A FAZER OS TPC? Uma das maiores preocupações dos pais é a execução dos Trabalhos Para Casa, habitualmente existem sempre queixas, sentimentos negativos de pais e filhos face aos momentos da sua execução. Os pais sentem-se impotentes para ajudar “Eu não lhe sei explicar”, “Eu não aprendi assim”, “com o meu outro filho conseguia ajudar, mas com este já desisti!” ou intolerantes face aos erros dos filhos “Como é que é possível, eu já lhe ter explicado tantas vezes e ele continuar sem compreender?”, ”Ele não quer saber, não me ouve”, sentem que prejudica a sua relação com os filhos “Estou farto! Terminamos sempre zangados”, “Ontem ele disse-me que queria a outra mãe, a mãe dos mimos, que não quer mais a mãe explicadora”. Os pais das crianças com dislexia têm que ajudar os seus filhos em múltiplas áreas para a execução dos trabalhos para casa, não só na aprendizagem (leitura, compreensão), como a manter a atenção, a organizar o estudo, a utilizar estratégias para a memória, etc. e por vezes têm de se preocupar em telefonar para os pais de algum colega do filho para confirmar quais os trabalhos e testes que existem, pois ele pode ter-se esquecido de os passar, ou tê-los perdido ou pode ser incompreensível o que escreveu. No dia seguinte, terão ainda de confirmar que o filho não se esquece de levar os trabalhos para a escola... tudo isto, no dia-a-dia, torna- se altamente desgastante... Para minimizar estas questões os pais devem conseguir estabelecer rotinas, estruturar e organizar as suas vidas, uma vez que as crianças com dislexia têm melhores resultados quando seguem uma rotina e sabem aquilo que se espera. Para favorecer melhores competências de estudo deve-se garantir um bom ambiente de trabalho, incentivar horário e plano de estudo ajustado, materiais organizados, ajudar na preparação para os testes e estabelecer objetivos realistas. Bem como mostrar interesse, ser um modelo, ensinar estratégias para lidar com TPC, relacionar os TPC com as atividades da vida diária, conhecer a forma com a professora ensina, recompensar pelo esforço e não só pelos resultados e participar em atividades da escola.
  • 3. Devem ser escolhidos momentos em que pais e filhos se sintam calmos para trabalharem e os tornarem agradáveis, os pais devem ser encorajadores e não críticos, fazer pequenas, mas frequentes sessões de estudo e quando estas terminam, devem parar de desempenhar o papel de professor (Selikowitz, 2001). É frequente a ausência de hábitos de estudo regulares ou ajustados, ou seja, não ter um horário de estudo, calendário e não fazer planos de estudo, ou no caso de serem feitos não serem realistas (p.ex. planeia estudar demasiadas horas seguidas), o que leva a desistir de efetuar esses planos impossíveis de cumprir. A inexistência de métodos de estudo, dificuldade em preparar os materiais, em utilizar diversas fontes de informação, em fazer apontamentos, resumos e esquemas, em identificar as ideias principais, em aprender truques para memorizar mais fácil e eficazmente as matérias, etc., tal como o não dominar a utilização de estratégias para a resolução de testes, leva a que as horas de estudo não sejam eficazes e que os resultados não correspondam ao seu esforço. Uma vez que é frequente não terem noção de como e quando usar estratégias para estudar e quais são mais eficazes justifica-se a necessidade de se ensinar a APRENDER A APRENDER. Esta é mesmo uma das mais importantes aptidões a transmitir aos alunos com dislexia. Deve- se sensibilizá-los para a existência de certas técnicas e estratégias, que os poderão ajudar a atingir o sucesso durante o processo de aprendizagem. Bem como ensinar-lhes que técnicas e estratégias devem utilizar nas diferentes disciplinas e conteúdos a estudar. Os pais não têm e não devem ensinar conteúdos, não devem ser os explicadores, mas devem ser pais presentes, que mostram interesse pelas aprendizagens do seu filho, devem ser um recurso que os filhos sabem a que podem recorrer em caso de dificuldade. Devem incentivar e promover situações apropriadas para estudar, promover a sua autonomia e não a dependência em si para conseguir estudar. COMO PROMOVER HÁBITOS DE LEITURA? A promoção dos hábitos de leitura e do gosto pela leitura é feita desde cedo, utilizando não só os livros, mas também situações do quotidiano que despertam o interesse, curiosidade e revelam a utilidade da leitura. Há que ter em consideração a escolha dos livros, proporcionar momentos agradáveis de leitura e partilhar o interesse por ela. Os livros devem ter um grau de dificuldade que não seja excessivo, na leitura recreativa o seu filho deve conseguir ler de forma autónoma, com poucos erros, e deve conseguir compreender o que lê. Os livros devem ser do seu interesse, nomeadamente o tipo de texto, mais informativo ou criativo, e sobre temáticas que o entusiasmem. Numa fase inicial de leitura é importante que o livro tenha imagens e expressões que se repitam ao longo da história para que ele consiga fazer previsões sobre o que vai ler, sinta o ritmo da leitura e consiga memorizar algumas palavras, lendo-as de forma automática.
  • 4. É natural as crianças pedirem para repetir múltiplas vezes a leitura do mesmo texto e a investigação tem comprovado que é importante a leitura repetida. Ao fazê-lo vai aumentar a confiança do seu filho e vai-lhe permitir compreender melhor o que lê. Leia sempre para os seus filhos, logo desde pequenos e pode ler-lhe todas as noites tornando essa uma rotina e uma ocasião especial. Lembre-se que quando lê em voz alta ao seu filho não só está a transmitir uma experiência positiva de leitura, como também a modelar hábitos de leitura positiva. Leia diariamente livros em conjunto (alternadamente ou em coro), permitindo-lhe que acompanhe visualmente o texto lido por si e peça-lhe para tentar ir fazendo previsões do que se sucederá na história (quer a partir do conteúdo, quer a partir de imagens); pare frequentemente para irem recontando o que já foi lido e retirarem dúvidas, e no final verifiquem se as previsões estavam corretas e façam um resumo e uma crítica com opinião pessoal sobre a história (personagens, enredo, desenlace, sentimentos, conflitos). É importante que facilite um ambiente emocional que favoreça a leitura. Nunca imponha a leitura como uma obrigação, ameaça ou castigo. O seu filho irá sentir interesse pela leitura se tiver experiências agradáveis, se conseguir ler fluentemente e se obtiver a aprovação social. DEVO CORRIGIR OS ERROS? Durante os bons momentos de leitura, e não só, os pais necessitam de se ajustar à capacidade de manutenção da atenção e capacidade de leitura do seu filho. Dar feedback e reforço pelas respostas corretas e oferecer feedback corretivo às respostas erradas também é uma boa prática. Durante o tempo de leitura recreativa, com os pais, quando o filho hesita durante vários segundos na leitura de uma palavra ou a lê incorretamente, alterando o significado da frase, os pais devem ler a palavra e de seguida pedir-lhe para repetir a palavra e/ou a frase. É importante que o seu filho oiça um bom leitor e que receba feedback sobre a sua prestação, para poder assim melhorar. Uma forma de incentivar é fazer o registo do número de palavras lidas por minuto, o número de palavras lidas corretamente e gravar as suas leituras, para ele se autoavaliar. É igualmente importante que enquanto ouve o seu filho a ler, não se mostre impaciente ou ansioso, nem esteja sempre a corrigi-lo. Diferencie os momentos de leitura de prazer, daqueles em que estão a ler para as tarefas académicas. Sinta-se satisfeito com os progressos do seu filho a nível da leitura, elogie-o de forma específica e verdadeira. O QUE DEVO ESPERAR DA ESCOLA? Em contexto de sala de aula é essencial serem efetuadas algumas adaptações, para promover oportunidades de sucesso ao aluno, nomeadamente ao adaptar o envolvimento físico, os materiais de ensino, a instrução e os procedimentos de avaliação. Os alunos com dislexia podem ser abrangidos no Decreto-Lei da Educação Especial e beneficiar das medidas de apoio pedagógico, adequações curriculares e adequações na avaliação. Para os exames nacionais pode ser preenchida a Ficha A da Dislexia (Júri Nacional
  • 5. de Exames) para que usufrua de algumas condições especiais, nomeadamente a leitura de prova, reescrita de prova, tempo de realização da prova, realização em sala à parte e adaptações na cotação das respostas, de forma a não o penalizar pelas suas dificuldades intrínsecas.