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Disciplina de Imunologia
Faculdade de Medicina da Universidade
de Coimbra
Turma 10 2013/2014
Diabetes em Números
Estimativa de pessoas
afectadas em todo o
mundo, correspondendo a
8,3% da população
mundial.
Em mais de 50% destas
pessoas, a diabetes não
foi ainda diagnosticada,
prosseguindo a sua
evolução silenciosa
371
milhões
50%
Diabetes
Diabetes
Tipo 1
Diabetes
Gestacional
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Diabetes
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Diabetes
Tipo 1
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Autoimune Idiopática
Diabetes Tipo 1
-Inicio rápido;
-Doença crónica, autoimune;
-Destruição das células beta
pancreáticas;
-Mais frequente em jovens e
crianças (<20 A);
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Diabetes
Mellitus
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Aumento de
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Diabetes
Mellitus
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Características da Doença e Sintomatologia
Ausência /Défice de
insulina:
Défice de captação
de glucose pelos
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Alteração do metabolismo:
- Proteico
- Lipídico
- Hidratos de carbono
-Visão Turva;
-Poliúria;
-Perda de peso
Súbita;
- Infecções
recorrentes;
-Fadiga;
-Polidipsia;
-Polifagia;
-Hálito
Cetónico;
Mecanismos imunológicos
Mecanismos
Celulares
Mecanismos
Humorais
- Citocinas pró-
inflamatórias
- Produção de Auto-
anticorpos (específicos
para os antigénios contra
as células Beta
pancreáticas dos ilhéus
de Langerhans)
- Linfócitos T (CD4+ e
CD8+)
- Células Apresentadores
de Antigénios (APCs):
Células dendríticas e
macrófagos
- Lifócitos B
Linfócitos T
reguladores são
suprimidos mas os
Linfócitos T CD4+
são resistentes à
supressão.
Linfócitos T CD4+
produzem
citocinas pró-
inflamatórias.
- Citoplasma
das células β
- Insulina
- GAD
- ICA512
As células β
produzem auto-
antigénios.
As APCs detetam os antigénios dos
ilhéus de Langerhans e apresentam-
nos aos Linfócitos T CD4+.
- IL-1β,
- IL-6,
- TNF-α
- INF-β
Os Linfócitos B
produzem auto-
anticorpos contra
as células β.
Após
reconhecimento do
auto-antígeno
pancreático ligado à
molécula HLA I,
realizam a destruição
das células β.
Células β
sofrem
apoptose
Macrófagos:
substâncias que
induzem migração e
estimulam vários
tipos celulares a
segregar radicais
livres, tóxicos para as
células β.
Mecanismos imunológicos
Mecanismos
Celulares
Mecanismos
Humorais
- Citocinas pró-
inflamatórias
- Produção de Auto-
anticorpos (específicos
para os antigénios contra
as células Beta
pancreáticas dos ilhéus
de Langerhans)
- Linfócitos T (CD4+ e
CD8+)
- Células Apresentadores
de Antigénios (APCs):
Células dendríticas e
macrófagos
- Lifócitos B
A libertação local de
citocinas pró-
inflamatórias,
decorrentes de infecção
viral.
Interferon-gama
(IFN-γ) citocina
Hiperexpressão
das moléculas HLA
de classe I
Expressão
aberrante das
moléculas HLA de
classe II na
superfície de
células β.
Apresentação de
auto-antígenios
pelas células beta
pancreáticas aos
linfócitos T auto-
reativos.
Anticélulas dos ilhéus, que
reconhecem receptores de
membrana do tipo PTP das
células β.
Anti ácido glutâmico
descarboxilase
(GAD)
Auto-anticorpos
anti-insulina (insulin
autoantibodies-IAA)
Auto-anticorpos
Diagnóstico
• Glicose no sangue (glicémia) em jejum ≥ 126 mg/dL
• Níveis de glicémia plasmática ocasional ≥ 200 mg/dL
• Prova de tolerância á glicose oral (PTGO): baixa
• Níveis de glicémia 2 horas após a PTGO ≥ 200 mg/dL
• Determinação da HbA1C ≥ 6,5%
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• Exames à urina
Diagnóstico
Pesquisa de auto-anticorpos
(anti-GAD, anti-insulina, anti-células dos ilhéus)
Imuno-
fluorescência
Indirecta
ELISA RIA
Immunoblot
(Western
Blot)
Imunofluorescência Indirecta
Incubação e lavagem da
placa
Adição de 2º anticorpo
marcado (Ac2) com
Placa com antigénios
incorporados e fixos
Soro do doente: pesquisa
dos auto-anticorpos
específicos (Ac1) com
afinidade para os
antigénios.
Incubação e lavagem da
placa
Incubação e lavagem da
placa
Adição de 2º anticorpo
marcado (Ac2) com enzima
Placa com antigénios
incorporados e fixos
Soro do doente: pesquisa
dos auto-anticorpos
específicos (Ac1) com
afinidade para os
antigénios.
Incubação e lavagem da
placa
Espectofotómetro
ELISA ( )
Adiciona-se um substracto
cromogénico
Imuno-fluorescência Indirecta ELISA
Resultados
Verifica-se fluorescência
O substracto muda de cor
após a reacção com a enzima
O teste é positivo, ou seja, o Ac2 ligou-se ao Ac1, o soro do doente
apresenta auto-anticorpos (Ac1) – Diabetes tipo 1
RIA (radioimunoanálise)
O binder tem acoplado uma molécula
radioactiva
Faz-se a leitura da
radiação emitida
num contador
gama
Teste positivo para
Diabetes Mellitus tipo 1
O soro do doente tem
auto-anticorpos
Emissão de radiação
Resultados
Immunoblot (Western Blot)
Insulino
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Físico
Educação
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Tratamento
Aumenta
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Glicemia
EquilibrioAuto-controlo
Auto-vigilância
Embora a doença não tenha cura, o seu bom
controlo é imprescindível. Um bom controlo da
diabetes implica um equilíbrio entre a:
Tratamento
Bibliografia
 Arosa F, Cardoso E. (2012). Fundamentos de Imunologia. 2ª edição.
Editora Lidel.
 Observatório Nacional de Diabetes. Diabetes: Factos e Números 2013”.
(2013) Relatório Anual do Observatótio Nacional de Diabetes. Portugal
 American Diabetes Association: http://www.diabetes.org/diabetes-
basics/type-1/(4/04/2014).
 Khardori, Romesh. Type 1 Diabetes Mellitus.
http://emedicine.medscape.com/article/117739-overview.
(16/12/2013)
 Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal: http://www.apdp.pt/
(3/04/2014)
 Thomas J., Kindt; Barbara A., Osborne; Richard A., Goldsby.(2007). Kuby
Immunology. 6ª edição. WH Freeman and Company. New York.

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Diabetes Mellitus Tipo 1 - Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

  • 1. Disciplina de Imunologia Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Turma 10 2013/2014
  • 2. Diabetes em Números Estimativa de pessoas afectadas em todo o mundo, correspondendo a 8,3% da população mundial. Em mais de 50% destas pessoas, a diabetes não foi ainda diagnosticada, prosseguindo a sua evolução silenciosa 371 milhões 50%
  • 4. Diabetes Tipo 1 -Inicio rápido; -Doença crónica, autoimune; -Destruição das células beta pancreáticas; -Mais frequente em jovens e crianças (<20 A); -Diabetes insulino-dependente;
  • 5. Diabetes Mellitus Tipo 1 Fatores ambientais Aumento de peso e altura Aumento da idade materna no parto Aspetos alimentares Exposição a certas infeções virais Factores Genéticos Diabetes Mellitus Tipo 1
  • 6. Características da Doença e Sintomatologia Ausência /Défice de insulina: Défice de captação de glucose pelos tecidos (HIPERGLICEMIA) Alteração do metabolismo: - Proteico - Lipídico - Hidratos de carbono
  • 7. -Visão Turva; -Poliúria; -Perda de peso Súbita; - Infecções recorrentes; -Fadiga; -Polidipsia; -Polifagia; -Hálito Cetónico;
  • 8. Mecanismos imunológicos Mecanismos Celulares Mecanismos Humorais - Citocinas pró- inflamatórias - Produção de Auto- anticorpos (específicos para os antigénios contra as células Beta pancreáticas dos ilhéus de Langerhans) - Linfócitos T (CD4+ e CD8+) - Células Apresentadores de Antigénios (APCs): Células dendríticas e macrófagos - Lifócitos B
  • 9. Linfócitos T reguladores são suprimidos mas os Linfócitos T CD4+ são resistentes à supressão. Linfócitos T CD4+ produzem citocinas pró- inflamatórias. - Citoplasma das células β - Insulina - GAD - ICA512 As células β produzem auto- antigénios. As APCs detetam os antigénios dos ilhéus de Langerhans e apresentam- nos aos Linfócitos T CD4+. - IL-1β, - IL-6, - TNF-α - INF-β
  • 10. Os Linfócitos B produzem auto- anticorpos contra as células β. Após reconhecimento do auto-antígeno pancreático ligado à molécula HLA I, realizam a destruição das células β. Células β sofrem apoptose Macrófagos: substâncias que induzem migração e estimulam vários tipos celulares a segregar radicais livres, tóxicos para as células β.
  • 11. Mecanismos imunológicos Mecanismos Celulares Mecanismos Humorais - Citocinas pró- inflamatórias - Produção de Auto- anticorpos (específicos para os antigénios contra as células Beta pancreáticas dos ilhéus de Langerhans) - Linfócitos T (CD4+ e CD8+) - Células Apresentadores de Antigénios (APCs): Células dendríticas e macrófagos - Lifócitos B
  • 12. A libertação local de citocinas pró- inflamatórias, decorrentes de infecção viral. Interferon-gama (IFN-γ) citocina Hiperexpressão das moléculas HLA de classe I Expressão aberrante das moléculas HLA de classe II na superfície de células β. Apresentação de auto-antígenios pelas células beta pancreáticas aos linfócitos T auto- reativos. Anticélulas dos ilhéus, que reconhecem receptores de membrana do tipo PTP das células β. Anti ácido glutâmico descarboxilase (GAD) Auto-anticorpos anti-insulina (insulin autoantibodies-IAA) Auto-anticorpos
  • 13. Diagnóstico • Glicose no sangue (glicémia) em jejum ≥ 126 mg/dL • Níveis de glicémia plasmática ocasional ≥ 200 mg/dL • Prova de tolerância á glicose oral (PTGO): baixa • Níveis de glicémia 2 horas após a PTGO ≥ 200 mg/dL
  • 14. • Determinação da HbA1C ≥ 6,5% • Níveis de frutosamina ≥ 285 micromol/L • Níveis de peptídeo C ≤ 0,6 ng / mL • Exames à urina Diagnóstico
  • 15. Pesquisa de auto-anticorpos (anti-GAD, anti-insulina, anti-células dos ilhéus) Imuno- fluorescência Indirecta ELISA RIA Immunoblot (Western Blot)
  • 16. Imunofluorescência Indirecta Incubação e lavagem da placa Adição de 2º anticorpo marcado (Ac2) com Placa com antigénios incorporados e fixos Soro do doente: pesquisa dos auto-anticorpos específicos (Ac1) com afinidade para os antigénios. Incubação e lavagem da placa
  • 17. Incubação e lavagem da placa Adição de 2º anticorpo marcado (Ac2) com enzima Placa com antigénios incorporados e fixos Soro do doente: pesquisa dos auto-anticorpos específicos (Ac1) com afinidade para os antigénios. Incubação e lavagem da placa Espectofotómetro ELISA ( ) Adiciona-se um substracto cromogénico
  • 18. Imuno-fluorescência Indirecta ELISA Resultados Verifica-se fluorescência O substracto muda de cor após a reacção com a enzima O teste é positivo, ou seja, o Ac2 ligou-se ao Ac1, o soro do doente apresenta auto-anticorpos (Ac1) – Diabetes tipo 1
  • 19. RIA (radioimunoanálise) O binder tem acoplado uma molécula radioactiva Faz-se a leitura da radiação emitida num contador gama Teste positivo para Diabetes Mellitus tipo 1 O soro do doente tem auto-anticorpos Emissão de radiação Resultados
  • 21. Insulino terapia Alimenta ção Exercicio Físico Educação sobre a Diabetes Tratamento Aumenta Glicemia Diminui Glicemia EquilibrioAuto-controlo Auto-vigilância Embora a doença não tenha cura, o seu bom controlo é imprescindível. Um bom controlo da diabetes implica um equilíbrio entre a: Tratamento
  • 22. Bibliografia  Arosa F, Cardoso E. (2012). Fundamentos de Imunologia. 2ª edição. Editora Lidel.  Observatório Nacional de Diabetes. Diabetes: Factos e Números 2013”. (2013) Relatório Anual do Observatótio Nacional de Diabetes. Portugal  American Diabetes Association: http://www.diabetes.org/diabetes- basics/type-1/(4/04/2014).  Khardori, Romesh. Type 1 Diabetes Mellitus. http://emedicine.medscape.com/article/117739-overview. (16/12/2013)  Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal: http://www.apdp.pt/ (3/04/2014)  Thomas J., Kindt; Barbara A., Osborne; Richard A., Goldsby.(2007). Kuby Immunology. 6ª edição. WH Freeman and Company. New York.

Editor's Notes

  1. Diabetes Tipo 1
  2. Diabetes Tipo 1
  3. Imunofluorescência indirecta – utiliza como marcador um fluorocromo (substância que absorve energia num determinado comprimento de onda e emite noutro, apresentando uma coloração característica). P.e. fluoresceína
  4. Imunofluorescência indirecta – utiliza como marcador um fluorocromo (substância que absorve energia num determinado comprimento de onda e emite noutro, apresentando uma coloração característica). P.e. fluoresceína