SlideShare a Scribd company logo
1 of 23
Download to read offline
António Manuel Figueiredo
O TERRITÓRIO E A COMPETITIVIDADE
NACIONAL: ESTÁ ALGUMA COISA A MUDAR?
ESTRUTURA
1. Os problemas da competitividade nacional: do miolo
organizacional das empresas ao gap da produtividade global
dos fatores
2. Competitividade empresarial e competitividade dos
territórios num país “pequeno mas diverso”: mundos opostos,
sobreponíveis ou integráveis?
3. Competitividade e atratividade dos territórios: que
triangulação?
4. Formas de conhecimento (analítico, sintético e simbólico) e
atratividade dos territórios
5. O que está a mudar? Que variedades relacionadas no
território continental?
Apresentação
2
0.
TRÊS DIMENSÕES DE PROBLEMAS (que estão para além
da manifestação “custo unitário do trabalho”)
1. Insuficiência de competências dinâmicas nas empresas: o
miolo organizacional; a produtividade; as baixas qualificações;
estrutura e capacidade de gestão
2. Um gap de produtividade global dos fatores: uma “black box”
que se vai conhecendo cada vez melhor e sobre a qual os
instrumentos de política pública (IPP) esmoreceram
3. O perfil de especialização e de mudança estrutural
• Afetação de recursos para os não transacionáveis (vinte anos a
assobiar para o lado) e penalização da competitividade
• A influência sobre a taxa de câmbio real
Os problemas de competitividade
nacional
3
1.
Os problemas de competitividade
nacional
4
1.
Produtividade total dos fatores (taxa de variação %)
-7,00
-6,00
-5,00
-4,00
-3,00
-2,00
-1,00
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Taxasdevariação
Produtividade total dos fatores (taxa de variação %)
A INTERLIGAÇÃO ENTRE OS 3 PROBLEMAS
As três frentes de problemas interligam-se …
Melhorias de resposta nas 3 frentes tendem a gerar efeitos cumulativos
positivos
A melhoria das qualificações não beneficia apenas o miolo
organizacional das empresas … o aumento de massa crítica tende a
projetar-se em externalidades para todo o sistema produtivo e a impactar
positivamente a produtividade global dos fatores
A mudança estrutural do perfil de especialização tende a gerar efeitos
cumulativos e a aumentar a recetividade e capacidade de resposta das
empresas aos IPP de I&D, inovação e internacionalização
A PP deve integrar o tempo longo e da espessura sob pena de perda
de rumo e de capitalização de resultados
Os problemas de competitividade
nacional
5
1.
ESTADO DA ARTE
Os problemas de competitividade
nacional
6
1.
As frentes da competitividade O que está a mudar?
No miolo organizacional Progressos mas a frente de empresas
ainda não é suficiente para combater a
inércia das médias
No gap da produtividade global dos
fatores
As políticas públicas esmoreceram,
com falta de continuidade; a perversão
da afetação de recursos dos últimos
20 anos agravou o problema
No perfil de mudança estrutural O caminho faz-se caminhando; é
preciso tempo para os que os efeitos
cumulativos se observem
MUNDOS OPOSTOS, SOBREPONÍVEIS OU ARTICULÁVEIS?
Não vou aqui reinvocar o debate (inconclusivo) gerado pelos contributos
seminais de Krugman e Camagni sobre esta matéria …
O primeiro desdenhando da robustez do conceito de competitividade
territorial …
O segundo reafirmando o mesmo … (os territórios e as nações também
se abatem …)
Tendo a defender que os dois universos são conciliáveis …
Mas exigindo sempre inovação de modelos de governação e esse é, no
nosso caso, o recurso verdadeiramente escasso …
No país que somos hoje … e mesmo continuando a bater-me pela
competitividade territorial não tenho grandes dúvidas em afirmar que a
competitividade empresarial deve ser a prioridade …
Competitividade empresarial e dos
territórios
7
2.
O PRIMADO DA COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL
As razões para esta tomada de decisão são diversas …
A força do contexto que temos de superar e a necessidade de
pontaria afinada nas apostas com recursos públicos escassos …
Mas sobretudo a reduzidíssima margem de manobra que se abre aos
territórios nacionais para na economia global para atrair recursos de
capital, humanos e de talentos sem os quais a competitividade dos
territórios é simplesmente uma construção mental …
Mesmo na atividade TURISMO em que aparentemente a
competitividade territorial recupera fôlego …
O primado das estratégias empresariais e de consistência de negócio
impõe-se ao das condições territoriais facilitadoras e das amenidades
de suporte
Competitividade empresarial e dos
territórios
8
2.
TRIANGULAÇÃO
A competitividade de um território constitui um elemento da
triangulação que a atratividade representa
Competitividade económica + sustentabilidade ambiental +
coesão e capital social
Competitividade = combinatórias de recursos para a
inimitabilidade + organização
Territórios com mais valias ambientais e coesão social em
busca de uma base produtiva
Territórios empreendedores com coesão social ameaçada ou
com problemas de sustentabilidade ambiental
Competitividade e atratividade dos
territórios
9
3.
ATRATIVIDADE DE QUÊ E DE QUEM?
A relação entre competitividade e atratividade dos territórios
não é uma relação absoluta
Não há condições de atratividade genéricas !
Há condições de atratividade em função do foco do que se
quer atrair
• Queremos atrair pessoas ? E que públicos em particular?
• A inimitabilidade não se constrói do mesmo modo se queremos
atrair públicos jovens à procura de emprego, reformados precoces,
talentos ou reformados dos mais altos percentis da distribuição do
rendimento
• O mesmo se diga em relação à atração de atividades e de
investimento
Competitividade e atratividade dos
territórios
10
3.
FOCAGEM DAS CONDIÇÕES DE ATRATIVIDADE
A procura da inimitabilidade para o território ser atrativo …
Exige, por conseguinte, a ponderação do foco sobre o qual o
território pretende atrair residentes, visitantes, emprego,
investimento, atividades …
As estratégias estruturadas em função de menores
denominadores comuns estão hoje condenadas ao fracasso e a
não fazerem a diferença (inimitabilidade não conseguida)
Muitos fazem o mesmo e, quando assim acontece, a
hierarquia territorial e urbana e o grau de centralidade dos
territórios sobrepõe-se aos tímidos esforços de qualificação
Competitividade e atratividade dos
territórios
11
4.
ATIVOS ESPECÍFICOS DOS TERRITÓRIOS
Em meu entender, tem sido sobrevalorizado o papel dos
territórios e dos seus ativos específicos na atração de atividades
económicas e de investimento…
A relação território – inovação existe mas é mais complexa e
diferenciada do que algumas políticas ingénuas de atração fazem
crer
Investigação relativamente recente mostra que a relação entre
inovação e território é mediada pela dominância de formas de
conhecimento em diferentes modos de inovação – DUI (Doing,
Using, Interacting) versus STI (Science, Technology, Innovation)
A valia dos ativos específicos do território não é a mesma
consoante as atividades que se pretende atrair relevam de um ou
outro modelo
Formas de conhecimento e
atratividade dos territórios
12
4.
13
FORMAS DE CONHECIMENTO EM QUE O TERRITÓRIO
IMPERA
Diferenciação das formas de conhecimento tácito
Conhecimento localizado (contextualizado) articulado através
de competências práticas e relacionais
“Face-to-face”
Buzz
Como articular estes desenvolvimentos com a relevância do
território?
Densidade, qualificações, variedade relacionada, interação,
redes
Formas de conhecimento e
atratividade dos territórios 4.
14
CONHECIMENTO LOCALIZADO : FACE-TO-FACE
Co- desenvolvimento de conhecimento em contexto de …
Co-presença física e contacto visual
Simultaneidade de mensagens e de feed-backs
Ver e sentir o outro …
Proximidade física e não só …
Evidências: porque aumentam as viagens de negócios em
contexto de proliferação de TIC e de comunicações virtuais?
Formas de conhecimento e
atratividade dos territórios 4.
15
CONHECIMENTO LOCALIZADO : BUZZ
O insólito do conceito: ruído no sentido literal do termo …
Multiplicidade de definições
Trocas de informação e conhecimento auto-geradas a partir
de grupos constituídos fora da colaboração formal
Estar in …
Cacofonia de rumores e impressões …
Evidências
Questão fundamental: Pode o buzz ser transmitido
electronicamente ? Existe um buzz global ?
Formas de conhecimento e
atratividade dos territórios 4.
16
ACTIVIDADES ECONÓMICAS E BASES DE CONHECIMENTO
Embora com presença transversal na dinâmica económica de
inovação, o conhecimento não surge uniformemente
representado em todas as actividades ...
Uma tipologia (outras são possíveis) de bases de
conhecimento é possível construir …
Com elevado potencial de clarificação das relações entre
economia, inovação e espaço …
Conhecimento …
• Analítico
• Sintético
• Simbólico
Formas de conhecimento e
atratividade dos territórios 4.
17
TIPOS DE CONHECIMENTO (Asheim, Coenen, Vang, 2007; Asheim, 2012)
ANALÍTICO SINTÉTICO SIMBÓLICO
Inovação – criação de
novo conhecimento
(inovação radical?)
Inovação - novas
combinações de
conhecimento existente
(inovação incremental?)
Inovação – recombinação
de conhecimento
existente em novos
moldes
Conhecimento científico;
processos dedutivos e
modelos formais
Conhecimento aplicado,
resolução de problemas,
processos indutivos,
engenharia
Reutilização ou desafio
de convenções existentes
Colaboração de pesquisa
entre empresas e
instituições
Aprendizagem interactiva
com clientes e
fornecedores
Aprendizagem por
interacção na
comunidade profissional
e comunidades próximas
Predomínio de
conhecimento codificado;
patentes e publicações
Conhecimento tácito,
know-how concreto,
competências práticas,
experiência
Conhecimento tácito,
experiência,
competências práticas,
competências de procura
ATRIBUTOS
Ciências da vida,
biotecnologia
Máquinas ferramentas Indústrias criativas
Formas de conhecimento e
atratividade dos territórios 4.
18
TIPOS DE CONHECIMENTO
ANALÍTICO SINTÉTICO SIMBÓLICO
DIMENSÕESDE
CONHECIMENTOTÁCITO
FACE-TO-
FACE
BUZZ
?
TIPOS DE CONHECIMENTO
ANALÍTICO SINTÉTICO SIMBÓLICO
DIMENSÕESDE
CONHECIMENTOTÁCITO
FACE-TO-
FACE
BUZZ
?
Formas de conhecimento e
atratividade dos territórios 4.
VARIEDADES RELACIONADAS
Estamos em plena mudança do processo de afetação de
recursos na economia portuguesa …
Onde se sobrepõem a inevitável (qualquer que fosse o
contexto) desalavancagem dos não transacionáveis e a
sobredimensionada e cega incidência das políticas de
austeridade …
Que destruirá irreversivelmente uma parte substancial
dessa base produtiva que seria sempre pressionada …
Não conhecemos ainda bem a dimensão territorial desses
efeitos …
A taxa de desemprego é uma proxy imperfeita desses
efeitos territoriais …
O que está a mudar?
19
5.
VARIEDADES RELACIONADAS
Mas sabemos que os instrumentos de política pública apoio
à inovação e à internacionalização (IPPII) estão a produzir
resultados positivos…
Trazendo uma massa mais considerável de empresas e de
investimento a estas atividades …
Designadamente em atividades de I&DT essencialmente
desenvolvidas por empresas já inseridas em atividades
transacionáveis …
E no Norte e Centro fazendo emergir uma massa crítica de
infraestruturas de base tecnológica, progressivamente
interagindo com o tecido empresarial que realiza atividades
de I&DT
O que está a mudar?
20
5.
NOVOS ATIVOS ESPECÍFICOS
Uma frente de empresas que se vai alargando com
investimentos virtuosos de I&DT, inovação e
internacionalização…
Sistemas regionais de entidades do SCTN cada vez mais
estabilizados e com largo potencial para se transformarem em
Sistemas Regionais de Inovação essencialmente do tipo DUI …
Alguma resiliência de exportação
Estratégias empresariais e de consistência de negócio no
investimento turístico …tirando partido de alguma visibilidade de
alguns territórios no mercado internacional
Mas uma frente de inércia estrutural muito pesada a combater
O que está a mudar?
21
5.
O que está a mudar?
22
5.
SISIFO
Tiziano Vecellio, 1548-1549
ESTAREMOS CONDENADOS COMO SÍSIFO?
A pedra que sobe pela encosta à custa da consistência
dos IPPII e da reatividade das empresas …
Atingirá o cume a partir do qual o crescimento cumulativo
assegurará a interação das 3 frentes de melhoria da
competitividade ?
Ou a incompetência e impreparação deitarão fora a
aprendizagem, precipitando de novo a derrocada?
Talvez demasiado metaforicamente e em linguagem
excessivamente cifrada, este é o principal desafio da
programação 2020 em Portugal em matéria de
competitividade…
O que está a mudar?
23
5.

More Related Content

Similar to António Manuel Figueiredo - Conferência Europa 2020 - 5 Julho 2013

Contributos da Geografia para um Futuro Desejado
Contributos da Geografia para um Futuro DesejadoContributos da Geografia para um Futuro Desejado
Contributos da Geografia para um Futuro DesejadoUniversidade do Porto
 
Modelo conceitual para o desenvolvimento de APLs
Modelo conceitual para o desenvolvimento de APLsModelo conceitual para o desenvolvimento de APLs
Modelo conceitual para o desenvolvimento de APLsSandro Espirito Santo
 
A década de 90 foi perdida para o Sistema Nacional de Inovação no Brasil?
A década de 90 foi perdida para o Sistema Nacional de Inovação no Brasil?A década de 90 foi perdida para o Sistema Nacional de Inovação no Brasil?
A década de 90 foi perdida para o Sistema Nacional de Inovação no Brasil?Mauro de Oliveira
 
Fórum de Inovação | Inovação e mudanças: Encontros sobre inovação no Brasil
Fórum de Inovação | Inovação e mudanças: Encontros sobre inovação no BrasilFórum de Inovação | Inovação e mudanças: Encontros sobre inovação no Brasil
Fórum de Inovação | Inovação e mudanças: Encontros sobre inovação no BrasilFGV | Fundação Getulio Vargas
 
Apresentação Projecto CAERUS 16.02.2011
Apresentação Projecto CAERUS 16.02.2011Apresentação Projecto CAERUS 16.02.2011
Apresentação Projecto CAERUS 16.02.2011udipssporto
 
Palestra: Crescimento e Competitividade do Setor Produtivo Brasileiro. Palest...
Palestra: Crescimento e Competitividade do Setor Produtivo Brasileiro. Palest...Palestra: Crescimento e Competitividade do Setor Produtivo Brasileiro. Palest...
Palestra: Crescimento e Competitividade do Setor Produtivo Brasileiro. Palest...Bienal da Energia 2009
 
6ª CBAPL: Palestra Magna - Política Sistêmica de Desenvolvimento
6ª CBAPL: Palestra Magna - Política Sistêmica de Desenvolvimento6ª CBAPL: Palestra Magna - Política Sistêmica de Desenvolvimento
6ª CBAPL: Palestra Magna - Política Sistêmica de Desenvolvimentoredesocialapl
 
20171116 Coesão e Competitividade Territorial
20171116 Coesão e Competitividade Territorial 20171116 Coesão e Competitividade Territorial
20171116 Coesão e Competitividade Territorial Cristina Coelho
 
Espaço SINDIMETAL 78
Espaço SINDIMETAL 78 Espaço SINDIMETAL 78
Espaço SINDIMETAL 78 SINDIMETAL RS
 
Cadernodeinovacao4
Cadernodeinovacao4Cadernodeinovacao4
Cadernodeinovacao4Luiz Lunkes
 
“CIDADANIA CORPORATIVA - Estratégias bem-sucedidas para empresas responsáveis”
“CIDADANIA CORPORATIVA - Estratégias bem-sucedidas para empresas responsáveis” “CIDADANIA CORPORATIVA - Estratégias bem-sucedidas para empresas responsáveis”
“CIDADANIA CORPORATIVA - Estratégias bem-sucedidas para empresas responsáveis” Ivana Cavalcante
 
Bernt Entschev - Desenvolvimento Profissional Top Of Mind UniversitáRio
Bernt Entschev - Desenvolvimento Profissional   Top Of Mind UniversitáRioBernt Entschev - Desenvolvimento Profissional   Top Of Mind UniversitáRio
Bernt Entschev - Desenvolvimento Profissional Top Of Mind UniversitáRioBrunadfg
 
relacoes_com_o_mercado_investidor
relacoes_com_o_mercado_investidorrelacoes_com_o_mercado_investidor
relacoes_com_o_mercado_investidorS PIO BERNARDES
 
O Futuro do Trabalho. Palestras Cubo; Sessão1; 14 março.
O Futuro do Trabalho. Palestras Cubo; Sessão1; 14 março.O Futuro do Trabalho. Palestras Cubo; Sessão1; 14 março.
O Futuro do Trabalho. Palestras Cubo; Sessão1; 14 março.Luis Rasquilha
 
Rodrigo Hisgail Nogueira - Arranjos Produtivos Locais: uma alternativa ao des...
Rodrigo Hisgail Nogueira - Arranjos Produtivos Locais: uma alternativa ao des...Rodrigo Hisgail Nogueira - Arranjos Produtivos Locais: uma alternativa ao des...
Rodrigo Hisgail Nogueira - Arranjos Produtivos Locais: uma alternativa ao des...Rodrigo Hisgail de Almeida Nogueira
 
A importância crescente do Capital Humano, Intelectual, Social e Territorial ...
A importância crescente do Capital Humano, Intelectual, Social e Territorial ...A importância crescente do Capital Humano, Intelectual, Social e Territorial ...
A importância crescente do Capital Humano, Intelectual, Social e Territorial ...Luis Borges Gouveia
 

Similar to António Manuel Figueiredo - Conferência Europa 2020 - 5 Julho 2013 (20)

Conhecimento e Inovação em Gestão Pública CBTIM 2009
Conhecimento e Inovação em Gestão Pública CBTIM 2009Conhecimento e Inovação em Gestão Pública CBTIM 2009
Conhecimento e Inovação em Gestão Pública CBTIM 2009
 
Contributos da Geografia para um Futuro Desejado
Contributos da Geografia para um Futuro DesejadoContributos da Geografia para um Futuro Desejado
Contributos da Geografia para um Futuro Desejado
 
Modelo conceitual para o desenvolvimento de APLs
Modelo conceitual para o desenvolvimento de APLsModelo conceitual para o desenvolvimento de APLs
Modelo conceitual para o desenvolvimento de APLs
 
Coutinho fgv set2017
Coutinho fgv set2017Coutinho fgv set2017
Coutinho fgv set2017
 
A década de 90 foi perdida para o Sistema Nacional de Inovação no Brasil?
A década de 90 foi perdida para o Sistema Nacional de Inovação no Brasil?A década de 90 foi perdida para o Sistema Nacional de Inovação no Brasil?
A década de 90 foi perdida para o Sistema Nacional de Inovação no Brasil?
 
Fórum de Inovação | Inovação e mudanças: Encontros sobre inovação no Brasil
Fórum de Inovação | Inovação e mudanças: Encontros sobre inovação no BrasilFórum de Inovação | Inovação e mudanças: Encontros sobre inovação no Brasil
Fórum de Inovação | Inovação e mudanças: Encontros sobre inovação no Brasil
 
Apresentação Projecto CAERUS 16.02.2011
Apresentação Projecto CAERUS 16.02.2011Apresentação Projecto CAERUS 16.02.2011
Apresentação Projecto CAERUS 16.02.2011
 
Palestra: Crescimento e Competitividade do Setor Produtivo Brasileiro. Palest...
Palestra: Crescimento e Competitividade do Setor Produtivo Brasileiro. Palest...Palestra: Crescimento e Competitividade do Setor Produtivo Brasileiro. Palest...
Palestra: Crescimento e Competitividade do Setor Produtivo Brasileiro. Palest...
 
6ª CBAPL: Palestra Magna - Política Sistêmica de Desenvolvimento
6ª CBAPL: Palestra Magna - Política Sistêmica de Desenvolvimento6ª CBAPL: Palestra Magna - Política Sistêmica de Desenvolvimento
6ª CBAPL: Palestra Magna - Política Sistêmica de Desenvolvimento
 
20171116 Coesão e Competitividade Territorial
20171116 Coesão e Competitividade Territorial 20171116 Coesão e Competitividade Territorial
20171116 Coesão e Competitividade Territorial
 
Espaço SINDIMETAL 78
Espaço SINDIMETAL 78 Espaço SINDIMETAL 78
Espaço SINDIMETAL 78
 
ihouse_trends_2023.pdf
ihouse_trends_2023.pdfihouse_trends_2023.pdf
ihouse_trends_2023.pdf
 
Cadernodeinovacao4
Cadernodeinovacao4Cadernodeinovacao4
Cadernodeinovacao4
 
“CIDADANIA CORPORATIVA - Estratégias bem-sucedidas para empresas responsáveis”
“CIDADANIA CORPORATIVA - Estratégias bem-sucedidas para empresas responsáveis” “CIDADANIA CORPORATIVA - Estratégias bem-sucedidas para empresas responsáveis”
“CIDADANIA CORPORATIVA - Estratégias bem-sucedidas para empresas responsáveis”
 
Bernt Entschev - Desenvolvimento Profissional Top Of Mind UniversitáRio
Bernt Entschev - Desenvolvimento Profissional   Top Of Mind UniversitáRioBernt Entschev - Desenvolvimento Profissional   Top Of Mind UniversitáRio
Bernt Entschev - Desenvolvimento Profissional Top Of Mind UniversitáRio
 
relacoes_com_o_mercado_investidor
relacoes_com_o_mercado_investidorrelacoes_com_o_mercado_investidor
relacoes_com_o_mercado_investidor
 
O Futuro do Trabalho. Palestras Cubo; Sessão1; 14 março.
O Futuro do Trabalho. Palestras Cubo; Sessão1; 14 março.O Futuro do Trabalho. Palestras Cubo; Sessão1; 14 março.
O Futuro do Trabalho. Palestras Cubo; Sessão1; 14 março.
 
Rodrigo Hisgail Nogueira - Arranjos Produtivos Locais: uma alternativa ao des...
Rodrigo Hisgail Nogueira - Arranjos Produtivos Locais: uma alternativa ao des...Rodrigo Hisgail Nogueira - Arranjos Produtivos Locais: uma alternativa ao des...
Rodrigo Hisgail Nogueira - Arranjos Produtivos Locais: uma alternativa ao des...
 
PLANEJAMENTO E ESTRATEGIA EMPRESARIAL
PLANEJAMENTO E ESTRATEGIA EMPRESARIALPLANEJAMENTO E ESTRATEGIA EMPRESARIAL
PLANEJAMENTO E ESTRATEGIA EMPRESARIAL
 
A importância crescente do Capital Humano, Intelectual, Social e Territorial ...
A importância crescente do Capital Humano, Intelectual, Social e Territorial ...A importância crescente do Capital Humano, Intelectual, Social e Territorial ...
A importância crescente do Capital Humano, Intelectual, Social e Territorial ...
 

More from Mestrado em Planeamento Regional e Urbano (UA)

More from Mestrado em Planeamento Regional e Urbano (UA) (20)

Frederico Lopes- 1,2,3 macaquinho do xinês
Frederico Lopes- 1,2,3 macaquinho do xinês  Frederico Lopes- 1,2,3 macaquinho do xinês
Frederico Lopes- 1,2,3 macaquinho do xinês
 
Cláudia Silva - Mapas & Tecnologia
Cláudia Silva - Mapas & Tecnologia Cláudia Silva - Mapas & Tecnologia
Cláudia Silva - Mapas & Tecnologia
 
Cláudia Silva - Mapas & Tecnologia
Cláudia Silva - Mapas & Tecnologia Cláudia Silva - Mapas & Tecnologia
Cláudia Silva - Mapas & Tecnologia
 
Cláudia Silva - Mapas & Tecnologia
Cláudia Silva - Mapas & Tecnologia Cláudia Silva - Mapas & Tecnologia
Cláudia Silva - Mapas & Tecnologia
 
Joana Pestana Lages - projeto BIP ZIP «Um Género de Escola!»
Joana Pestana Lages - projeto BIP ZIP «Um Género de Escola!»Joana Pestana Lages - projeto BIP ZIP «Um Género de Escola!»
Joana Pestana Lages - projeto BIP ZIP «Um Género de Escola!»
 
Ricardo Nogueira Martins, Laboratório da Paisagem, Guimarães
Ricardo Nogueira Martins, Laboratório da Paisagem, GuimarãesRicardo Nogueira Martins, Laboratório da Paisagem, Guimarães
Ricardo Nogueira Martins, Laboratório da Paisagem, Guimarães
 
síntese da conversa «É AVEIRO UMA CIDADE INTERCULTURAL?»
síntese da conversa «É AVEIRO UMA CIDADE INTERCULTURAL?»síntese da conversa «É AVEIRO UMA CIDADE INTERCULTURAL?»
síntese da conversa «É AVEIRO UMA CIDADE INTERCULTURAL?»
 
Avenida Santa Joana - Aveiro
Avenida Santa Joana - AveiroAvenida Santa Joana - Aveiro
Avenida Santa Joana - Aveiro
 
Rua da Pega - Aveiro
Rua da Pega - AveiroRua da Pega - Aveiro
Rua da Pega - Aveiro
 
Ponte Praça - Aveiro
Ponte Praça - AveiroPonte Praça - Aveiro
Ponte Praça - Aveiro
 
Avenida da Universidade - Aveiro
Avenida da Universidade - AveiroAvenida da Universidade - Aveiro
Avenida da Universidade - Aveiro
 
Avenida 25 de Abril - Aveiro
Avenida 25 de Abril - AveiroAvenida 25 de Abril - Aveiro
Avenida 25 de Abril - Aveiro
 
Enquadramento do debate- O presente das cidades tem futuro
Enquadramento do debate- O presente das cidades tem futuroEnquadramento do debate- O presente das cidades tem futuro
Enquadramento do debate- O presente das cidades tem futuro
 
Grazia Concilio Antonio Longo - Milano Intorno al Lambro
Grazia Concilio Antonio Longo - Milano Intorno al LambroGrazia Concilio Antonio Longo - Milano Intorno al Lambro
Grazia Concilio Antonio Longo - Milano Intorno al Lambro
 
Paula Cristina Marques - BIP/ZIP Strategy Collective action
Paula Cristina Marques - BIP/ZIP Strategy Collective actionPaula Cristina Marques - BIP/ZIP Strategy Collective action
Paula Cristina Marques - BIP/ZIP Strategy Collective action
 
Gavan Rafferty Louise O'kane - Community Participation in Planning BELFAST
Gavan Rafferty Louise O'kane - Community Participation in Planning BELFASTGavan Rafferty Louise O'kane - Community Participation in Planning BELFAST
Gavan Rafferty Louise O'kane - Community Participation in Planning BELFAST
 
José Carlos Mota Fernando Nogueira - COMMUNITY PARTICIPATION IN PLANNING – PI...
José Carlos Mota Fernando Nogueira - COMMUNITY PARTICIPATION IN PLANNING – PI...José Carlos Mota Fernando Nogueira - COMMUNITY PARTICIPATION IN PLANNING – PI...
José Carlos Mota Fernando Nogueira - COMMUNITY PARTICIPATION IN PLANNING – PI...
 
Eduardo Anselmo Castro - Metodologias de participação em planos estratégicos
Eduardo Anselmo Castro - Metodologias de participação em planos estratégicosEduardo Anselmo Castro - Metodologias de participação em planos estratégicos
Eduardo Anselmo Castro - Metodologias de participação em planos estratégicos
 
Alessandro Balducci - Planning as a Trading Zone
Alessandro Balducci - Planning as a Trading ZoneAlessandro Balducci - Planning as a Trading Zone
Alessandro Balducci - Planning as a Trading Zone
 
Abstract book «Participation in planning and public policy» 23/24 Feb 2017 Un...
Abstract book «Participation in planning and public policy» 23/24 Feb 2017 Un...Abstract book «Participation in planning and public policy» 23/24 Feb 2017 Un...
Abstract book «Participation in planning and public policy» 23/24 Feb 2017 Un...
 

Recently uploaded

A galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A  galinha ruiva sequencia didatica 3 anoA  galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A galinha ruiva sequencia didatica 3 anoandrealeitetorres
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...LizanSantos1
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfErasmo Portavoz
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASEdinardo Aguiar
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 

Recently uploaded (20)

A galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A  galinha ruiva sequencia didatica 3 anoA  galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppttreinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 

António Manuel Figueiredo - Conferência Europa 2020 - 5 Julho 2013

  • 1. António Manuel Figueiredo O TERRITÓRIO E A COMPETITIVIDADE NACIONAL: ESTÁ ALGUMA COISA A MUDAR?
  • 2. ESTRUTURA 1. Os problemas da competitividade nacional: do miolo organizacional das empresas ao gap da produtividade global dos fatores 2. Competitividade empresarial e competitividade dos territórios num país “pequeno mas diverso”: mundos opostos, sobreponíveis ou integráveis? 3. Competitividade e atratividade dos territórios: que triangulação? 4. Formas de conhecimento (analítico, sintético e simbólico) e atratividade dos territórios 5. O que está a mudar? Que variedades relacionadas no território continental? Apresentação 2 0.
  • 3. TRÊS DIMENSÕES DE PROBLEMAS (que estão para além da manifestação “custo unitário do trabalho”) 1. Insuficiência de competências dinâmicas nas empresas: o miolo organizacional; a produtividade; as baixas qualificações; estrutura e capacidade de gestão 2. Um gap de produtividade global dos fatores: uma “black box” que se vai conhecendo cada vez melhor e sobre a qual os instrumentos de política pública (IPP) esmoreceram 3. O perfil de especialização e de mudança estrutural • Afetação de recursos para os não transacionáveis (vinte anos a assobiar para o lado) e penalização da competitividade • A influência sobre a taxa de câmbio real Os problemas de competitividade nacional 3 1.
  • 4. Os problemas de competitividade nacional 4 1. Produtividade total dos fatores (taxa de variação %) -7,00 -6,00 -5,00 -4,00 -3,00 -2,00 -1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Taxasdevariação Produtividade total dos fatores (taxa de variação %)
  • 5. A INTERLIGAÇÃO ENTRE OS 3 PROBLEMAS As três frentes de problemas interligam-se … Melhorias de resposta nas 3 frentes tendem a gerar efeitos cumulativos positivos A melhoria das qualificações não beneficia apenas o miolo organizacional das empresas … o aumento de massa crítica tende a projetar-se em externalidades para todo o sistema produtivo e a impactar positivamente a produtividade global dos fatores A mudança estrutural do perfil de especialização tende a gerar efeitos cumulativos e a aumentar a recetividade e capacidade de resposta das empresas aos IPP de I&D, inovação e internacionalização A PP deve integrar o tempo longo e da espessura sob pena de perda de rumo e de capitalização de resultados Os problemas de competitividade nacional 5 1.
  • 6. ESTADO DA ARTE Os problemas de competitividade nacional 6 1. As frentes da competitividade O que está a mudar? No miolo organizacional Progressos mas a frente de empresas ainda não é suficiente para combater a inércia das médias No gap da produtividade global dos fatores As políticas públicas esmoreceram, com falta de continuidade; a perversão da afetação de recursos dos últimos 20 anos agravou o problema No perfil de mudança estrutural O caminho faz-se caminhando; é preciso tempo para os que os efeitos cumulativos se observem
  • 7. MUNDOS OPOSTOS, SOBREPONÍVEIS OU ARTICULÁVEIS? Não vou aqui reinvocar o debate (inconclusivo) gerado pelos contributos seminais de Krugman e Camagni sobre esta matéria … O primeiro desdenhando da robustez do conceito de competitividade territorial … O segundo reafirmando o mesmo … (os territórios e as nações também se abatem …) Tendo a defender que os dois universos são conciliáveis … Mas exigindo sempre inovação de modelos de governação e esse é, no nosso caso, o recurso verdadeiramente escasso … No país que somos hoje … e mesmo continuando a bater-me pela competitividade territorial não tenho grandes dúvidas em afirmar que a competitividade empresarial deve ser a prioridade … Competitividade empresarial e dos territórios 7 2.
  • 8. O PRIMADO DA COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL As razões para esta tomada de decisão são diversas … A força do contexto que temos de superar e a necessidade de pontaria afinada nas apostas com recursos públicos escassos … Mas sobretudo a reduzidíssima margem de manobra que se abre aos territórios nacionais para na economia global para atrair recursos de capital, humanos e de talentos sem os quais a competitividade dos territórios é simplesmente uma construção mental … Mesmo na atividade TURISMO em que aparentemente a competitividade territorial recupera fôlego … O primado das estratégias empresariais e de consistência de negócio impõe-se ao das condições territoriais facilitadoras e das amenidades de suporte Competitividade empresarial e dos territórios 8 2.
  • 9. TRIANGULAÇÃO A competitividade de um território constitui um elemento da triangulação que a atratividade representa Competitividade económica + sustentabilidade ambiental + coesão e capital social Competitividade = combinatórias de recursos para a inimitabilidade + organização Territórios com mais valias ambientais e coesão social em busca de uma base produtiva Territórios empreendedores com coesão social ameaçada ou com problemas de sustentabilidade ambiental Competitividade e atratividade dos territórios 9 3.
  • 10. ATRATIVIDADE DE QUÊ E DE QUEM? A relação entre competitividade e atratividade dos territórios não é uma relação absoluta Não há condições de atratividade genéricas ! Há condições de atratividade em função do foco do que se quer atrair • Queremos atrair pessoas ? E que públicos em particular? • A inimitabilidade não se constrói do mesmo modo se queremos atrair públicos jovens à procura de emprego, reformados precoces, talentos ou reformados dos mais altos percentis da distribuição do rendimento • O mesmo se diga em relação à atração de atividades e de investimento Competitividade e atratividade dos territórios 10 3.
  • 11. FOCAGEM DAS CONDIÇÕES DE ATRATIVIDADE A procura da inimitabilidade para o território ser atrativo … Exige, por conseguinte, a ponderação do foco sobre o qual o território pretende atrair residentes, visitantes, emprego, investimento, atividades … As estratégias estruturadas em função de menores denominadores comuns estão hoje condenadas ao fracasso e a não fazerem a diferença (inimitabilidade não conseguida) Muitos fazem o mesmo e, quando assim acontece, a hierarquia territorial e urbana e o grau de centralidade dos territórios sobrepõe-se aos tímidos esforços de qualificação Competitividade e atratividade dos territórios 11 4.
  • 12. ATIVOS ESPECÍFICOS DOS TERRITÓRIOS Em meu entender, tem sido sobrevalorizado o papel dos territórios e dos seus ativos específicos na atração de atividades económicas e de investimento… A relação território – inovação existe mas é mais complexa e diferenciada do que algumas políticas ingénuas de atração fazem crer Investigação relativamente recente mostra que a relação entre inovação e território é mediada pela dominância de formas de conhecimento em diferentes modos de inovação – DUI (Doing, Using, Interacting) versus STI (Science, Technology, Innovation) A valia dos ativos específicos do território não é a mesma consoante as atividades que se pretende atrair relevam de um ou outro modelo Formas de conhecimento e atratividade dos territórios 12 4.
  • 13. 13 FORMAS DE CONHECIMENTO EM QUE O TERRITÓRIO IMPERA Diferenciação das formas de conhecimento tácito Conhecimento localizado (contextualizado) articulado através de competências práticas e relacionais “Face-to-face” Buzz Como articular estes desenvolvimentos com a relevância do território? Densidade, qualificações, variedade relacionada, interação, redes Formas de conhecimento e atratividade dos territórios 4.
  • 14. 14 CONHECIMENTO LOCALIZADO : FACE-TO-FACE Co- desenvolvimento de conhecimento em contexto de … Co-presença física e contacto visual Simultaneidade de mensagens e de feed-backs Ver e sentir o outro … Proximidade física e não só … Evidências: porque aumentam as viagens de negócios em contexto de proliferação de TIC e de comunicações virtuais? Formas de conhecimento e atratividade dos territórios 4.
  • 15. 15 CONHECIMENTO LOCALIZADO : BUZZ O insólito do conceito: ruído no sentido literal do termo … Multiplicidade de definições Trocas de informação e conhecimento auto-geradas a partir de grupos constituídos fora da colaboração formal Estar in … Cacofonia de rumores e impressões … Evidências Questão fundamental: Pode o buzz ser transmitido electronicamente ? Existe um buzz global ? Formas de conhecimento e atratividade dos territórios 4.
  • 16. 16 ACTIVIDADES ECONÓMICAS E BASES DE CONHECIMENTO Embora com presença transversal na dinâmica económica de inovação, o conhecimento não surge uniformemente representado em todas as actividades ... Uma tipologia (outras são possíveis) de bases de conhecimento é possível construir … Com elevado potencial de clarificação das relações entre economia, inovação e espaço … Conhecimento … • Analítico • Sintético • Simbólico Formas de conhecimento e atratividade dos territórios 4.
  • 17. 17 TIPOS DE CONHECIMENTO (Asheim, Coenen, Vang, 2007; Asheim, 2012) ANALÍTICO SINTÉTICO SIMBÓLICO Inovação – criação de novo conhecimento (inovação radical?) Inovação - novas combinações de conhecimento existente (inovação incremental?) Inovação – recombinação de conhecimento existente em novos moldes Conhecimento científico; processos dedutivos e modelos formais Conhecimento aplicado, resolução de problemas, processos indutivos, engenharia Reutilização ou desafio de convenções existentes Colaboração de pesquisa entre empresas e instituições Aprendizagem interactiva com clientes e fornecedores Aprendizagem por interacção na comunidade profissional e comunidades próximas Predomínio de conhecimento codificado; patentes e publicações Conhecimento tácito, know-how concreto, competências práticas, experiência Conhecimento tácito, experiência, competências práticas, competências de procura ATRIBUTOS Ciências da vida, biotecnologia Máquinas ferramentas Indústrias criativas Formas de conhecimento e atratividade dos territórios 4.
  • 18. 18 TIPOS DE CONHECIMENTO ANALÍTICO SINTÉTICO SIMBÓLICO DIMENSÕESDE CONHECIMENTOTÁCITO FACE-TO- FACE BUZZ ? TIPOS DE CONHECIMENTO ANALÍTICO SINTÉTICO SIMBÓLICO DIMENSÕESDE CONHECIMENTOTÁCITO FACE-TO- FACE BUZZ ? Formas de conhecimento e atratividade dos territórios 4.
  • 19. VARIEDADES RELACIONADAS Estamos em plena mudança do processo de afetação de recursos na economia portuguesa … Onde se sobrepõem a inevitável (qualquer que fosse o contexto) desalavancagem dos não transacionáveis e a sobredimensionada e cega incidência das políticas de austeridade … Que destruirá irreversivelmente uma parte substancial dessa base produtiva que seria sempre pressionada … Não conhecemos ainda bem a dimensão territorial desses efeitos … A taxa de desemprego é uma proxy imperfeita desses efeitos territoriais … O que está a mudar? 19 5.
  • 20. VARIEDADES RELACIONADAS Mas sabemos que os instrumentos de política pública apoio à inovação e à internacionalização (IPPII) estão a produzir resultados positivos… Trazendo uma massa mais considerável de empresas e de investimento a estas atividades … Designadamente em atividades de I&DT essencialmente desenvolvidas por empresas já inseridas em atividades transacionáveis … E no Norte e Centro fazendo emergir uma massa crítica de infraestruturas de base tecnológica, progressivamente interagindo com o tecido empresarial que realiza atividades de I&DT O que está a mudar? 20 5.
  • 21. NOVOS ATIVOS ESPECÍFICOS Uma frente de empresas que se vai alargando com investimentos virtuosos de I&DT, inovação e internacionalização… Sistemas regionais de entidades do SCTN cada vez mais estabilizados e com largo potencial para se transformarem em Sistemas Regionais de Inovação essencialmente do tipo DUI … Alguma resiliência de exportação Estratégias empresariais e de consistência de negócio no investimento turístico …tirando partido de alguma visibilidade de alguns territórios no mercado internacional Mas uma frente de inércia estrutural muito pesada a combater O que está a mudar? 21 5.
  • 22. O que está a mudar? 22 5. SISIFO Tiziano Vecellio, 1548-1549
  • 23. ESTAREMOS CONDENADOS COMO SÍSIFO? A pedra que sobe pela encosta à custa da consistência dos IPPII e da reatividade das empresas … Atingirá o cume a partir do qual o crescimento cumulativo assegurará a interação das 3 frentes de melhoria da competitividade ? Ou a incompetência e impreparação deitarão fora a aprendizagem, precipitando de novo a derrocada? Talvez demasiado metaforicamente e em linguagem excessivamente cifrada, este é o principal desafio da programação 2020 em Portugal em matéria de competitividade… O que está a mudar? 23 5.