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Universidade Estadual de Goiás
Câmpus São Luís de Montes Belos
Discentes: Priscila Hilária de Souza
Sara Souza Nunes Silvestre
Disciplina: Literatura Inglesa
Docente: Giselia Rodrigues Dias da Silva
Letras – 4º ano
Edgar Allan Poe
 Desde cedo teve animais;
 Casou cedo, em sua casa tinha pássaros, peixes dourados, um
cão, coelhos, um macaquinho e um gato;
 Gato: grande, belo, negro e de espantosa sagacidade,
chamava-se PLUTÃO;
 O dono sofre com as próprias mudanças de humor, causadas
pelo álcool, sua mulher e os animais eram vítimas principais de
suas irritações;
 Plutão não sentira de repente, mas com o passar do tempo
começara a perceber.
“Apanhei-o, e ele, assustado ante a minha violência, me feriu a
mão, levemente, com os dentes. Uma fúria demoníaca
apoderou-se, instantaneamente, de mim. [...] Já não sabia mais
o que estava fazendo. Dir-se-ia que, súbito, minha alma
abandonara o corpo, e uma perversidade mais do que diabólica,
causada pela Genebra, fez vibrar todas as fibras de meu ser.
Tirei do bolso um canivete, abri-o, agarrei o pobre animal pela
garganta e, friamente, arranquei de sua órbita um dos olhos!
Enrubesço, estremeço, abraso-me de vergonha, ao referir-me,
aqui, a essa abominável atrocidade.” (p. 3)
 Sentira horror e remorso, mas era apenas um
sentimento superficial;
 Homem perverso;
“Uma manhã, a sangue frio, meti-lhe um nó corredio em torno do pescoço
e enforquei-o no galho de uma árvore. Fi-lo com os olhos cheios de
lágrimas, com o coração transbordante do mais amargo remorso.
Enforquei-o porque sabia que ele me amara, e porque reconhecia que não
me dera motivo algum para que me voltasse contra ele.
Enforquei-o porque sabia que estava cometendo um pecado — um pecado
mortal que comprometia a minha alma imortal, afastando-a, se é que isso
era possível, da misericórdia infinita de um Deus infinitamente
misericordioso e infinitamente terrível.” (p. 4)
 A noite aconteceu um incêndio em sua casa;
“Não pretendo estabelecer relação alguma entre causa e efeito -
entre o desastre e a atrocidade por mim cometida. Mas estou
descrevendo uma sequência de fatos, e não desejo omitir nenhum
dos elos dessa cadeia de acontecimentos.” (p. 5)
“Aproximei-me e vi, como se gravada em baixo-relevo sobre a
superfície branca, a figura de um gato gigantesco. A imagem era de
uma exatidão verdadeiramente maravilhosa. Havia uma corda em
torno do pescoço do animal” (p. 5)
 Passado alguns dias , começou a sentir algo que parecia ser remorso, mas
dizia que não era. Passou a procurar um bichano para “substituir” Plutão.
“Fazia já alguns minutos que olhava fixamente o alto do barril, e o que então me
surpreendeu foi não ter visto antes o que havia sobre o mesmo. Aproximei-me e toquei-o
com a mão. Era um gato preto, enorme — tão grande quanto Plutão — e que, sob todos
os aspectos, salvo um, se assemelhava a ele. Plutão não tinha um único pêlo branco em
todo o corpo — e o bichano que ali estava possuía uma mancha larga e branca, embora
de forma indefinida, a cobrir-lhe quase toda a região do peito.” (p. 6)
 Ao chegar em seu novo lar, o bichano tornou-se o animal preferido
da esposa, o novo gato demonstrava amor, mas o homem não
gostava disso, sentia aversão;
“Sem dúvida, o que aumentou o meu horror pelo animal foi a
descoberta, na manhã do dia seguinte ao que o levei para casa,
que, como Plutão, também havia sido privado de um dos olhos.
Tal circunstância, porém, apenas contribuiu para que minha
mulher sentisse por ele maior carinho, pois, como já disse, era
dotada, em alto grau, dessa ternura de sentimentos que
constituíra, em outros tempos, um de meus traços principais, bem
como fonte de muitos de meus prazeres mais simples e puros.”
(p. 7)
 O gato o seguira por todos os lados, isso o irritava,
mas jamais maltratara o animal, pois sempre
lembrava da atrocidade que fizera com Plutão;
 A mancha branca que antes era indefinida começou a
“ganhar” forma;
“Era, agora, a imagem de um objeto cuja menção me faz
tremer... E, sobretudo por isso, eu o encarava como a um
monstro de horror e repugnância, do qual eu, se tivesse
coragem, me teria livrado. Era agora, confesso, a imagem
de uma coisa odiosa, abominável:
a imagem da forca! Oh,
lúgubre e terrível máquina de horror e de crime, de
agonia e de morte!” (p. 8 – grifo nosso)
 Tiveram que descer até o porão para fazer uma tarefa
doméstica;
 Machadinha;
 Assassinou a própria mulher;
“Ocorreram-me vários planos. Pensei, por um instante, em cortar o
corpo em pequenos pedaços e destruí-los por meio do fogo. Resolvi,
depois, cavar uma fossa no chão da adega. Em seguida, pensei em
atirá-lo ao poço do quintal. Mudei de ideia e decidi metê-lo num
caixote, como se fosse uma mercadoria, na forma habitual, fazendo
com que um carregador o retirasse da casa. Finalmente, tive uma
ideia que me pareceu muito mais prática: resolvi emparedá-lo na
adega, como faziam os monges da Idade Média com as suas
vítimas.” (p. 9 e 10)
“Ao terminar, senti-me satisfeito, pois tudo correra bem. A
parede não apresentava o menor sinal de ter sido rebocada.
Limpei o chão com o maior cuidado e, lançando o olhar em
torno, disse, de mim para comigo: "Pelo menos aqui, o meu
trabalho não foi em vão".” (p. 10)
 Após “enterrar” o corpo de sua mulher, foi procurar o
principal causador – o gato;
“Transcorreram o segundo e o terceiro dia — e o meu algoz
não apareceu. Pude respirar, novamente, como homem livre.
O monstro, aterrorizado fugira para sempre de casa. Não
tomaria a vê-lo! Minha felicidade era infinita! A culpa de minha
tenebrosa ação pouco me inquietava.” (p. 11)
 No quarto dia chegaram inúmeros policiais, investigaram a
casa, foram ao porão – nesse momento, o homem
continuou em estado calmo, seu coração batia como de
uma pessoa inocente – quando os policiais já estavam
saindo, o homem começou a falar que sua casa era
construída de forma rígida, bateu parte da bengala na
parede que utilizou para “enterrar” sua esposa;
“Que Deus me guarde e livre das garras de Satanás! Mal o eco das
batidas mergulhou no silêncio, uma voz me respondeu do fundo da
tumba, primeiro com um choro entrecortado e abafado, como os
soluços de uma criança; depois, de repente, com um grito
prolongado, estridente, contínuo, completamente anormal e
inumano. Um uivo, um grito agudo, metade de horror, metade de
triunfo, como somente poderia ter surgido do inferno, da garganta
dos condenados, em sua agonia, e dos demônios exultantes com a
sua condenação.” (p. 12)
 Em seguida os policiais “atacaram” a parede e encontraram os cadáveres;
“O cadáver, já em adiantado estado de decomposição, e coberto
de sangue coagulado, apareceu, ereto, aos olhos dos presentes.
Sobre sua cabeça, com a boca vermelha dilatada e o único olho
chamejante, achava-se pousado o animal odioso, cuja astúcia me
levou ao assassínio e cuja voz reveladora me entregava ao
carrasco.
Eu havia emparedado o monstro dentro da tumba!” (p. 12 e 13)
“No imaginário do horror, os monstros são engendrados como
imagens desmedidas, frequentemente concebidas como figuras
persecutórias de excesso e/ou de exceção, e muitas vezes criadas
com base na imediata oposição ao humano ou natural. [...] a presença
do personagem semelhante na ficção deflagra um forte elemento
persecutório, uma vez que a duplicação de um sujeito implica a
materialização do lado negro da persona e, por isso mesmo,
frequentemente torna-se um componente aliciador da morte e
perpetrador de crimes.” (MARKENDORF, 2013).
 Foi escrito em 1843 -> o uso temático da psicologia do terror,
envolvendo o medo da monstruosidade 'diabólica' e da
loucura 'degenerescente' despontava na literatura mundial;
 O conto é prova da loucura, perturbação, precariedade
humana de ter um vínculo emocional com alguém, ausência
de culpa;
 Apenas o gato tem identidade;
 Segundo a Mitologia, Plutão era o imperador dos infernos;
->Poe como teórico da Arte propõe ->No conto O Gato Preto
“ter sempre em mente o desfecho da
narrativa e, de acordo com esse
desfecho, dispor as cenas, criar a
atmosfera, de modo a provocar no
leitor um efeito definido”.
Há o efeito de perplexidade
Colocar-se contra o “moralismo da arte” O personagem narrador não tem culpa,
nem autopiedade.
Combater a “heresia do didatismo”. O personagem narrador conta fatos
hediondos, mas “Não tentarei explicá-los”.
Diferenciar Verdade de Beleza.
Se misturadas, causam o
“abastardamento”.
O horror e o terror são construídos pela
ilusão (ou seja, pelo oposto do que é
verdadeiro ou real).
Referências
 Conto “O gato preto” <http://www.psb40.org.br/bib/b159.pdf> acesso dia 10 de
setembrode2016
 O gato preto <http://aoutrasombra.blogspot.com.br/2013/09/o-gato-preto.html >
acessodia11desetembrode2016
 O Duplo e a Unidade de Efeito no Conto O Gato Preto, de Edgar
Alan Poe. Edna Domenica Merola. <
http://aquecendoaescrita.blogspot.com.br/2015/07/o-duplo-e-
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2016
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O gato preto de Edgar Allan Poe

  • 1. Universidade Estadual de Goiás Câmpus São Luís de Montes Belos Discentes: Priscila Hilária de Souza Sara Souza Nunes Silvestre Disciplina: Literatura Inglesa Docente: Giselia Rodrigues Dias da Silva Letras – 4º ano
  • 3.  Desde cedo teve animais;  Casou cedo, em sua casa tinha pássaros, peixes dourados, um cão, coelhos, um macaquinho e um gato;  Gato: grande, belo, negro e de espantosa sagacidade, chamava-se PLUTÃO;  O dono sofre com as próprias mudanças de humor, causadas pelo álcool, sua mulher e os animais eram vítimas principais de suas irritações;  Plutão não sentira de repente, mas com o passar do tempo começara a perceber.
  • 4. “Apanhei-o, e ele, assustado ante a minha violência, me feriu a mão, levemente, com os dentes. Uma fúria demoníaca apoderou-se, instantaneamente, de mim. [...] Já não sabia mais o que estava fazendo. Dir-se-ia que, súbito, minha alma abandonara o corpo, e uma perversidade mais do que diabólica, causada pela Genebra, fez vibrar todas as fibras de meu ser. Tirei do bolso um canivete, abri-o, agarrei o pobre animal pela garganta e, friamente, arranquei de sua órbita um dos olhos! Enrubesço, estremeço, abraso-me de vergonha, ao referir-me, aqui, a essa abominável atrocidade.” (p. 3)
  • 5.  Sentira horror e remorso, mas era apenas um sentimento superficial;  Homem perverso;
  • 6. “Uma manhã, a sangue frio, meti-lhe um nó corredio em torno do pescoço e enforquei-o no galho de uma árvore. Fi-lo com os olhos cheios de lágrimas, com o coração transbordante do mais amargo remorso. Enforquei-o porque sabia que ele me amara, e porque reconhecia que não me dera motivo algum para que me voltasse contra ele. Enforquei-o porque sabia que estava cometendo um pecado — um pecado mortal que comprometia a minha alma imortal, afastando-a, se é que isso era possível, da misericórdia infinita de um Deus infinitamente misericordioso e infinitamente terrível.” (p. 4)
  • 7.  A noite aconteceu um incêndio em sua casa; “Não pretendo estabelecer relação alguma entre causa e efeito - entre o desastre e a atrocidade por mim cometida. Mas estou descrevendo uma sequência de fatos, e não desejo omitir nenhum dos elos dessa cadeia de acontecimentos.” (p. 5) “Aproximei-me e vi, como se gravada em baixo-relevo sobre a superfície branca, a figura de um gato gigantesco. A imagem era de uma exatidão verdadeiramente maravilhosa. Havia uma corda em torno do pescoço do animal” (p. 5)
  • 8.  Passado alguns dias , começou a sentir algo que parecia ser remorso, mas dizia que não era. Passou a procurar um bichano para “substituir” Plutão. “Fazia já alguns minutos que olhava fixamente o alto do barril, e o que então me surpreendeu foi não ter visto antes o que havia sobre o mesmo. Aproximei-me e toquei-o com a mão. Era um gato preto, enorme — tão grande quanto Plutão — e que, sob todos os aspectos, salvo um, se assemelhava a ele. Plutão não tinha um único pêlo branco em todo o corpo — e o bichano que ali estava possuía uma mancha larga e branca, embora de forma indefinida, a cobrir-lhe quase toda a região do peito.” (p. 6)
  • 9.  Ao chegar em seu novo lar, o bichano tornou-se o animal preferido da esposa, o novo gato demonstrava amor, mas o homem não gostava disso, sentia aversão;
  • 10. “Sem dúvida, o que aumentou o meu horror pelo animal foi a descoberta, na manhã do dia seguinte ao que o levei para casa, que, como Plutão, também havia sido privado de um dos olhos. Tal circunstância, porém, apenas contribuiu para que minha mulher sentisse por ele maior carinho, pois, como já disse, era dotada, em alto grau, dessa ternura de sentimentos que constituíra, em outros tempos, um de meus traços principais, bem como fonte de muitos de meus prazeres mais simples e puros.” (p. 7)
  • 11.  O gato o seguira por todos os lados, isso o irritava, mas jamais maltratara o animal, pois sempre lembrava da atrocidade que fizera com Plutão;  A mancha branca que antes era indefinida começou a “ganhar” forma;
  • 12. “Era, agora, a imagem de um objeto cuja menção me faz tremer... E, sobretudo por isso, eu o encarava como a um monstro de horror e repugnância, do qual eu, se tivesse coragem, me teria livrado. Era agora, confesso, a imagem de uma coisa odiosa, abominável:
  • 13. a imagem da forca! Oh, lúgubre e terrível máquina de horror e de crime, de agonia e de morte!” (p. 8 – grifo nosso)
  • 14.  Tiveram que descer até o porão para fazer uma tarefa doméstica;  Machadinha;  Assassinou a própria mulher;
  • 15. “Ocorreram-me vários planos. Pensei, por um instante, em cortar o corpo em pequenos pedaços e destruí-los por meio do fogo. Resolvi, depois, cavar uma fossa no chão da adega. Em seguida, pensei em atirá-lo ao poço do quintal. Mudei de ideia e decidi metê-lo num caixote, como se fosse uma mercadoria, na forma habitual, fazendo com que um carregador o retirasse da casa. Finalmente, tive uma ideia que me pareceu muito mais prática: resolvi emparedá-lo na adega, como faziam os monges da Idade Média com as suas vítimas.” (p. 9 e 10)
  • 16. “Ao terminar, senti-me satisfeito, pois tudo correra bem. A parede não apresentava o menor sinal de ter sido rebocada. Limpei o chão com o maior cuidado e, lançando o olhar em torno, disse, de mim para comigo: "Pelo menos aqui, o meu trabalho não foi em vão".” (p. 10)
  • 17.  Após “enterrar” o corpo de sua mulher, foi procurar o principal causador – o gato; “Transcorreram o segundo e o terceiro dia — e o meu algoz não apareceu. Pude respirar, novamente, como homem livre. O monstro, aterrorizado fugira para sempre de casa. Não tomaria a vê-lo! Minha felicidade era infinita! A culpa de minha tenebrosa ação pouco me inquietava.” (p. 11)
  • 18.  No quarto dia chegaram inúmeros policiais, investigaram a casa, foram ao porão – nesse momento, o homem continuou em estado calmo, seu coração batia como de uma pessoa inocente – quando os policiais já estavam saindo, o homem começou a falar que sua casa era construída de forma rígida, bateu parte da bengala na parede que utilizou para “enterrar” sua esposa;
  • 19. “Que Deus me guarde e livre das garras de Satanás! Mal o eco das batidas mergulhou no silêncio, uma voz me respondeu do fundo da tumba, primeiro com um choro entrecortado e abafado, como os soluços de uma criança; depois, de repente, com um grito prolongado, estridente, contínuo, completamente anormal e inumano. Um uivo, um grito agudo, metade de horror, metade de triunfo, como somente poderia ter surgido do inferno, da garganta dos condenados, em sua agonia, e dos demônios exultantes com a sua condenação.” (p. 12)
  • 20.  Em seguida os policiais “atacaram” a parede e encontraram os cadáveres; “O cadáver, já em adiantado estado de decomposição, e coberto de sangue coagulado, apareceu, ereto, aos olhos dos presentes. Sobre sua cabeça, com a boca vermelha dilatada e o único olho chamejante, achava-se pousado o animal odioso, cuja astúcia me levou ao assassínio e cuja voz reveladora me entregava ao carrasco. Eu havia emparedado o monstro dentro da tumba!” (p. 12 e 13)
  • 21. “No imaginário do horror, os monstros são engendrados como imagens desmedidas, frequentemente concebidas como figuras persecutórias de excesso e/ou de exceção, e muitas vezes criadas com base na imediata oposição ao humano ou natural. [...] a presença do personagem semelhante na ficção deflagra um forte elemento persecutório, uma vez que a duplicação de um sujeito implica a materialização do lado negro da persona e, por isso mesmo, frequentemente torna-se um componente aliciador da morte e perpetrador de crimes.” (MARKENDORF, 2013).
  • 22.  Foi escrito em 1843 -> o uso temático da psicologia do terror, envolvendo o medo da monstruosidade 'diabólica' e da loucura 'degenerescente' despontava na literatura mundial;  O conto é prova da loucura, perturbação, precariedade humana de ter um vínculo emocional com alguém, ausência de culpa;  Apenas o gato tem identidade;  Segundo a Mitologia, Plutão era o imperador dos infernos;
  • 23. ->Poe como teórico da Arte propõe ->No conto O Gato Preto “ter sempre em mente o desfecho da narrativa e, de acordo com esse desfecho, dispor as cenas, criar a atmosfera, de modo a provocar no leitor um efeito definido”. Há o efeito de perplexidade Colocar-se contra o “moralismo da arte” O personagem narrador não tem culpa, nem autopiedade. Combater a “heresia do didatismo”. O personagem narrador conta fatos hediondos, mas “Não tentarei explicá-los”. Diferenciar Verdade de Beleza. Se misturadas, causam o “abastardamento”. O horror e o terror são construídos pela ilusão (ou seja, pelo oposto do que é verdadeiro ou real).
  • 24. Referências  Conto “O gato preto” <http://www.psb40.org.br/bib/b159.pdf> acesso dia 10 de setembrode2016  O gato preto <http://aoutrasombra.blogspot.com.br/2013/09/o-gato-preto.html > acessodia11desetembrode2016  O Duplo e a Unidade de Efeito no Conto O Gato Preto, de Edgar Alan Poe. Edna Domenica Merola. < http://aquecendoaescrita.blogspot.com.br/2015/07/o-duplo-e- unidade-de-efeito-no-contoo.html > acesso dia 11 de setembro de 2016