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TRE
LINHAS
ILVERTE COSTA
MARIANA DALLAQUA
MIKAELLA XAVIER
TRICIA FERNANDES
O QUE ACONTECE ONDE NÃO SE PODE
VER?
O EBOOK "ENTRELINHAS" É
DESENVOLVIDO POR UM GRUPO DE
DISCENTES DE PEDAGOGIA, PARA
VOCÊ, QUE TEM ALUNOS DO 1º AO
4º ANO E GOSTARIA DE TRABALHAR
A PREVEÇÃO DO ABUSO SEXUAL
INFANTIL COM SEUS ALUNOS.
ESTE, POR SUA VEZ, CONTA COM
ORIENTAÇÕES SOBRE COMO O
ABUSO OCORRE, SUAS
CONSEQUÊNCIAS, COMO
DENUNCIAR E SUGESTÕES DE
TRABALHO DESTE TEMA EM SALA
DE AULA.
QUERIDO
PROFESSOR,
ESPERAMOS QUE ESTE EBOOK
TE AJUDE A AJUDAR SUAS
CRIANÇAS E TORNAR O MUNDO
CADA VEZ MAIS SEGUROS PARA
TODAS ELAS.
LEMBRE-SE SEMPRE DE
UTILIZAR A ESCUTA ATENTA E A
EMPATIA.
E AH! SE FOR UTILIZAR NOSSO
CONTEÚDO, BASTA
REFERENCIAR, A ORIENTAÇÃO
ESTARÁ NA PAGINA SEGUINTE!
COSTA, ILVERTE; DALLAQUA,
MARIANA; XAVIER, MIKAELLA;
FERNANDES, TRICIA.
ENTRELINHAS: O QUE
ACONTECE ONDE NÃO SE
PODER VER?. SÃO PAULO 2021.
COMO
REFERENCIAR
NOSSO TRABALHO
Sumário
O QUE É VIOLÊNCIA
SEXUAL?....................................7
QUEM PROTEGE A CRIANÇA E
AO ADOLESCENTE?....................8
QUAIS SÃO OS TIPOS DE
VIOLÊNCIA SEXUAL?................10
QUEM SÃO OS
ABUSADORES?.........................13
COMO IDENTIFICAR QUE UMA
CRIANÇA SOFREU
ABUSO?...................................14
AS CONSEQUÊNCIAS DO ABUSO
SEXUAL....................................23
ONDE DENUNCIAR?.................29
COMO POSSO AJUDAR?...........33
SUGESTÕES DE LIVROS E
PRÁTICAS.................................34
CONSIDERAÇÕES FINAIS.........49
AGRADECIMENTO....................50
REFERÊNCIAS...........................51
O QUE É VIOLÊNCIA
SEXUAL?
O abuso sexual é um ato grave de
violência contra criança que
ocorre quando um adulto ou
adolescente mais velho sexualiza
uma criança com objetivo de se
satisfazer, ou satisfazer outra
pessoa, não necessariamente se
trata do contato fisico com a
genital da criança, mas também
de caricias em locais
inapropriados, exposição a
conteudo erotico ou sexual, falas
de natureza sexual, exibicionismo
ou prática de voyeurismo (ato de
observar outra pessoa nua sem
que ela saiba ou tenha
consentido).
7
QUEM PROTEGE A
CRIANÇA E AO
ADOLESCENTE?
8
Além do previsto na constituição
federal, existem leis especificas
que dão suporte e proteção as
crianças e adolescentes.
Na constituição federal, o artigo
227 prevê ser dever da família e
do estado assegurar direitos
básicos para o bem viver da
criança e do adolescente. O inciso
4º diz que a lei punirá
severamente o abuso, a violência
e a exploração sexual da criança
e do adolescente.
9
Com a Lei 8.072, de 25 de julho de
1990, o estupro e o atentado
violento ao pudor passaram a ser
considerados crimes hediondos;
·Os autores de crimes hediondos
não têm direito a fiança, indulto
ou diminuição de pena por bom
comportamento.
No artigo 5º, o ECA especifica que
nenhuma criança deverá sofrer
negligência discriminação,
exploração, violência, crueldade e
opressão, punido na forma da lei
qualquer atentado.
Além disso, alguns artigos do código
penal, citam crimes como estupro,
atentado violento ao pudor, sedução,
corrupção de menores e pornografia.
Algumas Informações importantes:
10
QUAIS SÃO OS
TIPOS DE
VIOLÊNCIA
SEXUAL?
A violência sexual se divide em
duas formas: 1) Abuso Sexual e 2)
Exploração sexual. A diferença
está no fato de que na
exploração sexual, há uma
utilização sexual de crianças e de
adolescentes com fins comerciais
e lucrativos. Quase sempre
existe a participação de um (a)
aliciador (a), ou seja, alguém que
lucra intermediando a relação
com o usuário e o cliente.
(ARIQUEMES, 2018)
11
O Abuso Sexual é caracterizado
pela relação sexual entre um
adulto e uma criança, visando
satisfazer o desejo pessoal.
Geralmente, os adultos ou
adolescente que praticam o
abuso, o fazem por meio da
coação.
A Exploração Sexual ocorre
quando crianças são
persuadidas, seja por meio de
violência física ou psicológica, a
manterem relações sexuais com
pessoas mais velhas ou atuarem
em vídeos pornográficos, a
diferença é que neste caso, há o
envolvimento de fins lucrativos,
têm-se como objetivo ganhar
dinheiro com o ato.
12
Ser forçado(a) a tocar nos órgãos
sexuais de outra pessoa;
Também se caracteriza por
violência sexual:
Um comentário, um contato ou
uma interação de natureza sexual
indesejados, ou a sua tentativa,
mas quando os atos sexuais
acontecem com uma criança ou
jovem que tenha menos de 14 anos,
não interessa se esta pessoa
mostrou ou não vontade de se
envolver sexualmente com alguém
– a Lei indica que isto é sempre
crime.
Além disso:
Ser penetrado(a) por via oral,
vaginal ou anal por pênis, por
outras partes do corpo (ex: dedos)
ou objetos, ou ser obrigado(a) a
fazer isto com outra pessoa.
QUEM
SÃO
OS
ABUSADORES?
13
Quando se trata de abuso
sexual infantil, não existe
nenhuma regra que caracteriza
o abusador, pode ser qualquer
pessoa, homem ou mulher,
adolescente ou idoso, o crime
sexual pode vir de qualquer
um.
Porém, na grande maioria dos
casos registrados, o crime é
cometido por um parente ou
alguém de confiança da
família, que tem fácil acesso a
criança.
COMO
IDENTIFICAR
QUE UMA
CRIANÇA
SOFREU ABUSO?
14
Geralmente, as vítimas
demonstram uma grande
variedade de comportamentos
enquanto crescem, mas esteja
alerta para mudanças nas
emoções e comportamentos
que parecem fora do comum
em seu filho (a) ou aluno (a).
Esteja alerta, mas não seja
alarmista – esses são
indicadores possíveis, não
sinais indiscutíveis.
Mudança de comportamento:
Se a criança /adolescente
nunca agiu de determinada
forma e, de repente, passa a
agir; se começa a apresentar
medos que não tinha antes –
do escuro, de ficar sozinha ou
perto de determinadas
pessoas; ou então mudanças
extremas no humor: era ‘super
extrovertida’ e passa a ser
muito introvertida. ‘Era super
calma e passa a ser agressiva’.
Como a maioria dos abusos
acontece com pessoas da
família, às vezes, apresentam
rejeição a essa pessoa, fica em
pânico quando estão perto
dela. E a família estranha: 'Por
que você não vai
cumprimentar fulano? Vá lá!'.
15
Proximidade excessiva:
Se ao chegar à casa de
familiares ou conhecidos, a
criança desaparece por horas
brincando com um primo mais
velho, tio ou padrinho ou se é
alvo de um interesse incomum
de adultos da família em
situações em que ficam
sozinhos sem supervisão, é
preciso atenção. Muitas vezes,
o abusador manipula
emocionalmente a vítima que
nem sequer percebe estar
sendo vítima naquela etapa da
vida, o que pode levar ao
silêncio por sensação de culpa.
Essa culpa pode se manifestar
em comportamentos graves no
futuro como a autolesões e até
ideias suicidas ou suicídio.
16
Regressão:
A vítima pode apresentar
comportamentos que já
havia abandonado, como
fazer xixi na cama ou
voltar a chupar o dedo. Ou
ainda começar a chorar
sem motivo aparente. Se
isolar com medo, não ficar
perto de amigos, não
confiar em ninguém, não
sorrir ou usar roupas
incompatíveis com o clima
como mangas longas,
capuz (pode ser sinal de
autolesão) ou fugir de
qualquer contato físico.
17
Segredos:
Para manter o silêncio da
vítima, o abusador pode
fazer ameaças de violência
física e de expor fotos suas.
É comum também que usem
presentes, dinheiro ou outro
tipo de benefício material
para construir a relação
com a vítima. É preciso
explicar aos filhos ou alunos
que nenhum adulto ou
criança mais velha deve
manter segredos com ela
que não possam ser
compartilhados com adultos
de confiança, como a mãe
ou o pai.
18
Hábitos:
Uma vítima de abuso
também apresenta
alterações de hábito
repentinas. Pode ser desde
um mau desempenho
escolar, falta de
concentração recusa a
participar de atividades,
mudanças na alimentação
(anorexia, bulimia),
distúrbio do sono como
pesadelos e insônias, medo
de ficar sozinha e mudança
na aparência e forma de se
vestir.
19
Questões de sexualidade:
As vítimas podem reproduzir o
comportamento do abusador
em outras
crianças/adolescentes. Como
exemplo, chamar os
amiguinhos para brincadeiras
que têm algum cunho sexual,
fazer desenhos que mostram
genitais ou ainda apresentar
comportamentos como: em vez
de abraçar um familiar, dá
beijo e acaricia onde não deve.
Também pode usar palavras
diferentes das aprendidas em
casa para se referir às partes
íntimas – nesse caso, vale
perguntar onde seu filho
aprendeu tal expressão.
20
Questões físicas:
Existem situações em que a
criança/adolescente acaba até
mesmo contraindo infecções
sexualmente transmissíveis
ou gravidez. Deve-se ficar
atento a possíveis
traumatismos físicos, lesões
que possam aparecer, roxos
ou dores e inchaços nas
regiões genitais ou anal,
roupas rasgadas, vestígios de
sangue ou esperma, dores ao
evacuar ou urinar. Dores
inespecíficas como abdominal,
cefaleia, em membros,
torácica (afastadas as
hipóteses biológicas) podem
indicar sinais de alerta.
21
Negligência:
Muitas vezes, o abuso sexual
em crianças vem
acompanhado de outros tipos
de maus tratos que ela sofre
em casa, como a negligência.
Filhos que passam horas sem
supervisão ou que não tem o
apoio emocional da família,
com o diálogo aberto com os
pais, estarão em situação de
maior vulnerabilidade a este
tipo de abuso ou outros. Ou
tempo em excesso de tela –
podendo ser vítimas de apelos
sexuais pela internet.
22
AS
CONSEQUÊNCIAS
DO ABUSO
SEXUAL...
As consequências do abuso
sexual para a criança podem
ser divididas em físicas,
emocionais, sexuais e sociais
(comportamento interpessoal)
Além disso, a literatura refere-
se a comportamentos
indicadores de vitimização
sexual, úteis para o
diagnóstico, que são os
próprios efeitos do abuso
sexual.
23
Segundo Furniss (1993) e
Knutson (1995), o grau de
severidade dos efeitos do
abuso sexual varia de acordo
com:
·A idade da criança no início do
abuso sexual: não se sabe em
qual idade há maior prejuízo;
·Duração do abuso: algumas
evidências sugerem que maior
duração produz consequências
mais negativas;
·O grau de violência: uso de
força pelo perpetrador resulta
em consequências mais
negativas tanto a curto como a
longo prazo;
24
·A diferença de idade entre a
pessoa que cometeu o abuso e
a vítima: quando maior a
diferença, mais grave são as
consequências;
·A importância da relação
entre abusador e vítima:
quanto maior a proximidade e
intimidade, piores as
consequências - também
apontado por Kendall-Tackett,
Williams e Finkelhor (1993);
·A ausência de figuras
parentais protetoras e de
apoio social: nesses casos, o
dano psicológico é agravado;
·O grau de segredo e de
ameaças contra a criança.
25
·Kendall-Tackett, Williams e
Finkelhor (1993) analisaram os
estudos recentes sobre os efeitos
do abuso sexual e dividiram as
consequências de acordo com as
idades pré-escolar (0 a 6 anos),
escolar (7 a 12 anos) e
adolescência (13 a 18 anos).
Os sintomas mais comuns em pré-
escolares são: ansiedade,
pesadelos, transtorno de stress
pós-traumático e comportamento
sexual inapropriado.
Para as crianças em idade
escolar, os sintomas mais comuns
incluem: medo, distúrbios
neuróticos, agressão, pesadelos,
problemas escolares,
hiperatividade e comportamento
regressivo.
26
Na adolescência, os sintomas
comuns são: depressão,
isolamento, comportamento
suicida, autoagressão,
queixas somáticas, atos
ilegais, fugas, abuso de
substâncias e
comportamento sexual
inadequado.
Sintomas comuns às três
fases de desenvolvimento
são: pesadelos, depressão,
retraimento, distúrbios
neuróticos, agressão e
comportamento regressivo.
Isso leva a pensar em efeitos
a longo prazo causados pela
experiência de abuso sexual
na infância.
27
"...Ter vivido um trauma físico e
psicológico faz com que a vítima
questione sua capacidade de
defender-se... Ela aprende a odiar
seu corpo porque ele a faz lembrar
de más experiências. Ela tem
respostas dissociadas, apresenta
dificuldade de intimidade e é
emocionalmente distante. Ela
aprende que não pode controlar
seu corpo e que outra pessoa pode
tocá-la sem o seu consentimento...
Ela não confia na sua memória,
nos seus pensamentos e no seu
senso de realidade. Essas
conseqüências afetam não só a
vítima, mas também a sociedade
em geral porque uma criança
traumatizada torna-se
eventualmente um adulto que
pode adotar comportamentos
agressivos ou passivos para
resolver as situações e o estresse."
(Blanchard, 1996, p.7)
28
No brasil, o principal canal de
denúncia é o número 100, no qual a
denúncia é feita de forma anônima, via
telefone e encaminhada aos órgãos de
proteção, defesa e responsabilização
em direitos humanos, respeitando as
competências de cada órgão.
Há também outras opções, como
ONG’s que atuam na proteção a
infância, como a ChildFund Brasil,
que propõe o apadrinhamento
financeiro de crianças de todas as
partes do país, visando propor
auxílio à crianças em situação de
vulnerabilidade social, proteger seus
direitos humanos e sociais,
erradicando a violência, seja ela de
qualquer tipo.
ONDE
DENUNCIAR?
29
Para saber mais sobre o projeto de
apadrinhamento financeiro e conhecer
melhor o fundo, basta acessar o site
“https://www.childfundbrasil.org.br/”.
Figura 1 - Página Inicial ChildFund. (Fonte: https://www.childfundbrasil.org.br/)
A Safernet acolhe denúncias de crimes que
acontecem contra os direitos humanos na
internet, incluindo pornografia infantil e
tráfico de pessoas, trabalhando para
promover a conscientização de como usar a
internet de maneira livre e segura, sempre
resguardando os princípios da liberdade e
dos Direitos Humanos. (Safernet, 2010)
Por meio deste site é possível denunciar de
forma online, sites, comentários, imagens,
vídeos ou qualquer tipo de mídia digital que
faça alusão ou apresente abuso sexual de
crianças e adolescentes. O site é intuitivo e,
ao clicar em “denuncie”, abre-se uma nova
aba que solicita o link que o usuário deseja
denunciar.
30
O conselho tutelar também é um dos órgãos que
auxilia na proteção de crianças e adolescentes,
sendo responsável por atender as vítimas de
abuso, acolher as famílias e, também, afastá-las
quando necessário. Além disto, é o órgão que
pode usar das forças da lei para proteger as
vítimas e punir seus agressores. É possível
encontrar o conselho tutelar mais próximo
pesquisando na internet “Conselho Tutelar + o
nome sua cidade”.
Para os professores, ao receberem um relato
feito por uma criança, devem-se preparar para
uma escuta ativa e empática, esclarecendo para
a criança de que forma poderá ajudá-la, de
forma que a criança não se sinta traída ou
desconfie do processo. Além disso, o educador
deve procurar não encurralar ou fazer muitas
perguntas para a criança, deixando com que ela
conte até onde se sinta confortável. É
importante anotar, se possível, as informações
dadas pela criança, pois pode servir de provas
legais como testemunha neste processo.
Figura 2 - Página Inicial Safernet. (Fonte: https://new.safernet.org.br/)
31
Se a direção não quiser assumir a
denúncia, que poderia fazer o
professor?
Mais uma vez, é importante ressaltar que
o educador que ouvir relato de violência
sexual ou suspeitar da sua ocorrência
deve procurar ajuda. Ouvir crianças que
sofrem violências pode ser angustiante.
Ajudá-las poderá ser difícil sem apoio da
equipe de trabalho. É preferível que a
direção da escola assuma a tarefa da
notificação. Caso a direção da escola se
omita ou decline de fazê-lo, é importante
lembrar que a notificação é obrigatória e
a responsabilidade do profissional de
educação é intransferível e pode ser
legalmente cobrada. (MEC, 2014, p. 71)
Desta forma, o caso deve ser
encaminhado ao conselho tutelar mais
próximo, contando com o apoio de
professores e da direção escolar, visando
manter a criança segura, anônima para os
curiosos e devidamente assistida.
32
COMO POSSO
AJUDAR?
E chegando até esta parte do livro.
você, professor, deve estar se
perguntando de que forma pode
ajudar seus alunos. Além de
denunciar e oferecer apoio ao
aluno que ocasionalmente sofra
algum abuso, você poderá
trabalhar atividades que mostrem
as crianças, modos sutis de evitar
ou relatar um abuso, caso
aconteça.
Nas próximas páginas, daremos
sugestões de histórias e atividades
lúdicas para trabalhar este tema
de forma simples e direta,
protegendo e dando suporte as
suas crianças.
33
34
35
A camara dos deputados brasileira,
desenvolveu o site “Plenarinho – O jeito
criança de ser cidadão” , que aborda diveros
temas sociais como o abuso sexual inafntil,
questões raciais, bullying, capacitismo,
diversidade, entre outros.
Na edição de número 2, do ano cinco, a
história em quadrinhos da turma do
plenarinho lida com o sumiço de diversas
crianças do bairro, descobrindo no final que
se tratava de um esquema de “trasnformar”
crianças em bonecos, fzendo alusão ao
trafico de crianças com o objetivo de
comercializá-las sexualmente. A revistinha,
claro, aborda o tema de forma lúdica, sem
evidenciar o ato, mas mostrando que se
trata de um crime.
Figura 3 - Capa da HQ "Turma do Plenarinho", nº 2, ano 5.
(Fonte: https://plenarinho.leg.br/wp-
content/uploads/2020/07/Exploracao_Sexual_Julho_2020.pdf)
Você, docente, pode realizar uma atividade
extremamente simples, promovendo uma
roda de leitura e conversa sobre a história.
Após isto, pode-se solicitar que os alunos
façam um texto curto sobre o tema da
história, ilustrando com um desenho a parte
que mias chamou a atenção. A atividade é
indicada para alunos do ensino fundamental
I, ou seja, de 1º a 4º ano, adaptando a escrita
a cada turma.
A propria história em quadrinhos apresenta
atividades e passatempos após a história,
caso queira, pode-se trabalhar com elas
também.
36
Figura 4 - Animação Isabela Todabela. (Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=uy_HlR5cQFI
Nesta animação, também do site Plenarinho,
conheceremos a história de Isabela, uma
menina muito bonita e que adorava
conversar, até mesmo com seu vizinho mais
velho Rodolfo. Isabela se vê diante de uma,
situação de abuso sexual e, graças a
orientação e conversas com os pais,
conseguem pedir ajuda e escapar desta
situação.
A sugestão de atividade, neste caso, é
reproduzir a animação em sala de aula e
pausar exatamente no momento em que a
menina se dá conta de que está diante de
uma situação de abuso sexual, questionando
os alunos e propondo que, em grupos de 4
alunos, escrevam um final para a história,
pensando em formas de finalizar a história
de forma positiva.
37
Conta a história de uma tartaruga que
foi vítima de abuso sexual, mas não
consegue contar para ninguém.
Figura 5 - O segredo da Tartanina.
(Fonte: https://www.tartanina.org.br/loja/)
38
Nesta obra, somos apresentados a
Leila, um filhote de jubarte, vítima de
abuso sexual, que após muita angústia
e sofrimento, encara seu trauma e se
liberta de seu abusador o
denunciando.
Tanto "O segredo da Tartanina" quanto
"Leila" são ótimas opções de leitura
para iniciar uma roda de conversa
sobre confiança, saber quem são os
adultos em que os alunos confiam e o
porquê, identificar comportamentos de
crianças que são ou foram vítimas de
abuso sexual e até mesmo encoraja-las
a contarem sobre seu abusador, assim
como fizeram as personagens dos
livros.
Figura 6 - Leila. (Fonte:
https://www.amazon.com.br/Leila-Tino-
Freitas/dp/8594680333)
39
Figura 7 - A mão boa e a mão boba. (Fonte:
https://www.lojaeditoraramalhete.com.br/produto/3
16501/a-mao-boa-e-a-mao-boba)
Livro criado com intuito de ajudar
tanto os pais quanto as crianças a
diferenciarem toques de carinho e
toques abusivos e orientar os
responsáveis a ouvirem e identificarem
pedidos de socorro vindos de suas
crianças.
Para os educadores, o ideal seria que
ao ler este livro para as crianças,
desenvolvesse com elas atividades
lúdicas para reforçar os ensinamentos
da leitura realizada, enfatizando onde
as crianças não devem ser tocadas.
Abaixo, uma atividade desenvolvida
por nós, idealizadores, que o professor
pode realizar com seus alunos:
As imagens
representam
as peças do
jogo, composto
por dois
personagens,
Clarissa e
Henrique
cartas com
certo e errado
e polegares
representando
positivo e
negativo.
40
Figura 8 - peças do jogos; (Fonte: do Autor).
Figura 9 - Momentos do jogo. (Fonte: do Autor.
A seta branca
deverá
apontar para
um local
escolhido pela
professora e
cada grupo de
crianças deve
discutir se o
toque é de
carinho ou
abusivo,
indicando com
os polegares e
cartas de certo
ou errado.
Figura 10 - Momentos do jogo. (Fonte: do Autor.
Figura 11 - Meu corpo, meu corpinho! (Fonte:
https://www.amazon.com.br/Meu-corpo-corpinho-
Roseli-Mendon%C3%A7a/dp/65092201X)
41
Com rimas, o livro fala de forma leve
sobre consentimento, explica quais
são as partes íntimas, orienta como
cuidar do próprio corpo e fala sobre
a importância de ter um adulto de
confiança com quem a criança se
sinta segura para falar sobre seus
sentimentos e se expressar
livremente.
Como educador, ao apresentar este
livro aos alunos, seria interessante
realizar atividades que enfatizem o
conhecimento de seus corpos, e a
importância de falar não, dando
exemplos de situações hipotéticas
onde dizer não seria necessário.
42
Figura 12 - Não me toca seu boboca! (Fonte:
https://www.amazon.com.br/N%C3%A3o-me-toca-
seu-boboca/dp/8595260036)
O livro conta a história da valente
Ritoca, que reconhece uma situação
de violência e mostra como se
defender. A autora mostra situações
nas quais as crianças não devem se
submeter, de forma simples e direta
para que nossas crianças
identifiquem e denunciem.
Para fortalecer o aprendizado que o
livro busca trazer, damos a sugestão
para que os professores peçam as
crianças um breve relato do que
entenderam ou acharam do livro, se
gostaram ou não, e o motivo da
resposta.
43
Figura 12 - Tom, Elis e Chico. (Fonte:
https://www.pirulitei.com.br/tag/livro-tom-elis-e-
chico/)
A história narra como os 3 irmãos
perdem a alegria quando um tio que
parecia ser legal, faz ‘’brincadeiras’’
malvadas com as mãos dele que
machucam os macaquinhos.
Buscando proteger as crianças,
incentivamos que, após a leitura, os
responsáveis conversem com as
crianças o que elas acharam do livro,
ilustrando com um desenho a parte
que acharam mais relevante ou
marcante.
44
Figura 13 - Precisamos falar sobre isso.
(Fonte:https://www.amazon.com.br/Precisamos-
Preven%C3%A7%C3%A3o-viol%C3%AAncia-
inf%C3%A2ncia-infantil/dp/6590048207)
Este livro é um kit (2 livros em 1)
composto pelo Manual do Adulto e o
Livro Infantil. O manual do adulto é
indicado para pais, profissionais,
educadores e todos os adultos
interessados no tema. Através desse
manual compreenderá essa
problemática de saúde pública, o
que é o abuso sexual e quais as
formas de abuso, perfil do abusador,
sinais de alerta, consequências do
abuso, perigos na internet, mitos e
como agir diante da revelação do
abuso.
O livro infantil é indicado para
crianças a partir dos 4 anos. Todo
ilustrado, interativo, as crianças se
identificam com os personagens.
45
Figura 14 - Jogo da memoria e ilustração do corpo do livro "Precisamos falar
sobre isso". (Fonte: https://www.instagram.com/vivikids_educativo/)
46
Figura 15 - Pipo e Fifi. (Fonte:
https://www.amazon.com.br/Pipo-Fifi-Paranaense-
Caroline-Arcari/dp/8592468205)
O livro é uma ferramenta de proteção,
que explica às crianças a partir de 4 anos
conceitos básicos sobre o corpo,
sentimentos e emoções. De forma simples
e descomplicada, ensina a diferenciar
toques de amor de toques abusivos,
apontando caminhos para o diálogo,
proteção e ajuda. O livro apresenta
também atividades interativas, para
desenvolver conceitos e promover a
reflexão. Sabe-se que a informação é a
forma mais eficaz de prevenção da
violência sexual infantil, diminuindo a
vulnerabilidade das crianças. Crianças
bem-informadas crescem mais seguras e
felizes e estarão preparadas para os
desafios da atualidade, em que
ferramentas como a TV e a internet fazem
parte do seu cotidiano.
guia mostra como nem sempre toques e
caricias são sinônimos de amor e que há
pessoas mal-intencionadas que utilizam
destes gestos para machucar as crianças,
assim o guia busca ajudar professores e
responsáveis a como abordar este
delicado tema de forma lúdica e saudável.
47
Figura 16 - Meu corpo é especial. (Fonte:
https://www.paulus.com.br/loja/meu-corpo-e-
especial-um-guia-para-que-a-familia-converse-sobre-
abuso-sexual_p_1536.html)
Figura 17 - Segredo Segredíssimo. (Fonte:
https://www.amazon.com.br/Segredo-
Segred%C3%ADssimo-Odivia-Barros-
ebook/dp/B07VKQ9KLL)
O conto apresenta como Alice
ajuda sua amiga Adriana a
criar coragem para denunciar
um tio que queria fazer
‘’brincadeiras’’ de gente grande
com ela.
Nós educadores e responsáveis
precisamos conscientizar
nossas crianças de toque e
brincadeiras que não devem
ocorrer, explicar para elas que
caso ocorra, ela não tem culpa
e deve procurar ajuda.
Diferente de outros livros
sobre abuso sexual, este
mostra como uma criança
ajuda a outra após identificar a
situação de abuso e como a
família procede após saber do
ocorrido.
48
49
E aí, gostou das nossas dicas?!
Não se limite apenas às sugestões
de leitura postas aqui, procure
sempre se atualizar e buscar
novos materiais!
Trabalhando sempre com muita
empatia e cuidado, deixaremos
nossas crianças seguras e
protegidas.
De nós, os idealizadores, o
nosso muito obrigado por ter
lido até aqui.
Esperamos que nosso trabalho
possa, de alguma forma, ajudar
em sua atuação docente e no
trabalho contra o abuso sexual
infantil.
Faça bonito, proteja nossas
crianças e adolescentes.
50
REFERÊNCIAS
[1] Agência Patrícia Galvão. Três Crianças
Ou Adolescentes São Abusadas
Sexualmente No Brasil A Cada Hora.
Disponível em:
<https://agenciapatriciagalvao.org.br/viol
encia/violencia-sexual/tres-criancas-ou-
adolescentes-sao-abusadas-sexualmente-
no-brasil-a-cada-hora/>. Acesso em: 16 de
maio de 2021.
[2] Cartilha Abuso Sexual. Conselho da
Criança. Disponível em:
<http://www.conselhodacrianca.al.gov.br/
sala-de-imprensa/publicacoes/Cartilha-
abuso.pdf>. Acesso em: 15 de mar de
2021.
[3] CATRACA LIVRE. Como denunciar
casos de abuso infantil e como orientar a
criança. Disponível em:
<https://catracalivre.com.br/cidadania/co
mo-denunciar-abuso-infantil/>. Acesso
em: 16 de maio de 2021.
51
[4] Chega de Silêncio: enfrentando a violência
sexual contra crianças e adolescentes / Alcilene
de Souza Araújo Conroy, Eliane Melnic Vieira.
Ariquemes: Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Social, 4.ed. 2018.
[5] CHILDFUND BRASIL. Página Inicial.
Disponível em:
<https://www.childfundbrasil.org.br/>. Acesso
em: 16 de maio de 2021.
[6] CHILDHOOD. Tipos de abuso sexual de
crianças e adolescentes. Disponível em:
<https://www.childhood.org.br/tipos-de-abuso-
sexual-de-criancas-e-
adolescentes#:~:text=Eles%20podem%20ser%2
0legalmente%20tipificados,podem%20ser%20co
nsiderados%20abuso%20sexual>. Acesso em:
16 de maio de 2021.
[7] HERDY, Thiago. ESTATÍSTICAS - Três crianças
ou adolescentes são abusadas sexualmente no
Brasil a cada hora. Ministério Público do
Paraná, 2020. Disponível em:
<http://crianca.mppr.mp.br/2020/03/231/ESTAT
ISTICAS-Tres-criancas-ou-adolescentes-sao-
abusadas-sexualmente-no-Brasil-a-cada-
hora.html>. Acesso em: 15 de mar de 2021.
52
[8] KOLLER, Elena Silvia e AMAZARRAY, Mayte
Raya. Alguns aspectos observados no
desenvolvimento de crianças vítimas de abuso
sexual. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0102-
79721998000300014>. Acesso em: 16 de maio
de 2021.
[9] MEC. Guia Escolar. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/g
uiaescolar/guiaescolar_p066_071.pdf>. Acesso
em: 16 de maio de 2021.
[10] Ministério divulga dados de violência
sexual contra crianças e adolescentes. Governo
Federal, 2020. Disponível em:
<https://www.gov.br/mdh/pt-
br/assuntos/noticias/2020-2/maio/ministerio-
divulga-dados-de-violencia-sexual-contra-
criancas-e-adolescentes>. Acesso em: 16 de
mar de 2021.
[11] MOREIRAS, Lígia. ABUSO SEXUAL NA
INFÂNCIA – Quem São Os Abusadores? Como
Identificar Sinais? O Que Fazer. Disponível em:
<http://portal.cientistaqueviroumae.com.br/abu
so-sexual-na-infancia-como-identificar-sinais-o-
que-fazer/>. Acesso em: 16 de maio de 2021.
53
[12] MPPR. Alguns aspectos sobre o abuso
sexual contra crianças. Disponível em:
<http://crianca.mppr.mp.br/pagina-75.html>.
Acesso em: 16 de maio de 2021.
[13] MPSC. Legislação Específica. Disponível em:
<https://www.mpsc.mp.br/combate-a-violencia-
e-a-exploracao-sexual-infanto-
juvenil/legislacao-especifica>. Acesso em: 16 de
maio de 2021.
[14] Projeto CARE. O que é Violência Sexual.
Disponível em:
<https://apav.pt/care/index.php/violencia-
sexual-contra-criancas-e-jovens/o-que-e-
violencia-sexual>. Acesso em: 16 de maio de
2021.
[15] SAFERNET. Página Inicial. Disponível em:
<https://new.safernet.org.br/>. Acesso em: 16
de maio de 2021.
[16] TJRR. Como identificar os sinais de abuso
sexual em crianças e adolescentes – Parte 2.
Coordenadoria da Infância e Juventude.
Disponível em:
<https://www.tjrr.jus.br/cij/index.php/noticias/4
78-como-identificar-os-sinais-de-abuso-sexual-
em-criancas-e-adolescentes-parte-2>. Acesso
em: 16 de maio de 2021.
54
[12] MPPR. Alguns aspectos sobre o abuso
sexual contra crianças. Disponível em:
<http://crianca.mppr.mp.br/pagina-75.html>.
Acesso em: 16 de maio de 2021.
[13] MPSC. Legislação Específica. Disponível em:
<https://www.mpsc.mp.br/combate-a-violencia-
e-a-exploracao-sexual-infanto-
juvenil/legislacao-especifica>. Acesso em: 16 de
maio de 2021.
[14] Projeto CARE. O que é Violência Sexual.
Disponível em:
<https://apav.pt/care/index.php/violencia-
sexual-contra-criancas-e-jovens/o-que-e-
violencia-sexual>. Acesso em: 16 de maio de
2021.
[15] SAFERNET. Página Inicial. Disponível em:
<https://new.safernet.org.br/>. Acesso em: 16
de maio de 2021.
[16] TJRR. Como identificar os sinais de abuso
sexual em crianças e adolescentes – Parte 2.
Coordenadoria da Infância e Juventude.
Disponível em:
<https://www.tjrr.jus.br/cij/index.php/noticias/4
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em-criancas-e-adolescentes-parte-2>. Acesso
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E-book - "Entrelinhas: O que acontece onde não se poder ver?"

  • 1. EN TRE LINHAS ILVERTE COSTA MARIANA DALLAQUA MIKAELLA XAVIER TRICIA FERNANDES O QUE ACONTECE ONDE NÃO SE PODE VER?
  • 2. O EBOOK "ENTRELINHAS" É DESENVOLVIDO POR UM GRUPO DE DISCENTES DE PEDAGOGIA, PARA VOCÊ, QUE TEM ALUNOS DO 1º AO 4º ANO E GOSTARIA DE TRABALHAR A PREVEÇÃO DO ABUSO SEXUAL INFANTIL COM SEUS ALUNOS. ESTE, POR SUA VEZ, CONTA COM ORIENTAÇÕES SOBRE COMO O ABUSO OCORRE, SUAS CONSEQUÊNCIAS, COMO DENUNCIAR E SUGESTÕES DE TRABALHO DESTE TEMA EM SALA DE AULA. QUERIDO PROFESSOR,
  • 3. ESPERAMOS QUE ESTE EBOOK TE AJUDE A AJUDAR SUAS CRIANÇAS E TORNAR O MUNDO CADA VEZ MAIS SEGUROS PARA TODAS ELAS. LEMBRE-SE SEMPRE DE UTILIZAR A ESCUTA ATENTA E A EMPATIA. E AH! SE FOR UTILIZAR NOSSO CONTEÚDO, BASTA REFERENCIAR, A ORIENTAÇÃO ESTARÁ NA PAGINA SEGUINTE!
  • 4. COSTA, ILVERTE; DALLAQUA, MARIANA; XAVIER, MIKAELLA; FERNANDES, TRICIA. ENTRELINHAS: O QUE ACONTECE ONDE NÃO SE PODER VER?. SÃO PAULO 2021. COMO REFERENCIAR NOSSO TRABALHO
  • 5. Sumário O QUE É VIOLÊNCIA SEXUAL?....................................7 QUEM PROTEGE A CRIANÇA E AO ADOLESCENTE?....................8 QUAIS SÃO OS TIPOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL?................10 QUEM SÃO OS ABUSADORES?.........................13 COMO IDENTIFICAR QUE UMA CRIANÇA SOFREU ABUSO?...................................14 AS CONSEQUÊNCIAS DO ABUSO SEXUAL....................................23 ONDE DENUNCIAR?.................29
  • 6. COMO POSSO AJUDAR?...........33 SUGESTÕES DE LIVROS E PRÁTICAS.................................34 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........49 AGRADECIMENTO....................50 REFERÊNCIAS...........................51
  • 7. O QUE É VIOLÊNCIA SEXUAL? O abuso sexual é um ato grave de violência contra criança que ocorre quando um adulto ou adolescente mais velho sexualiza uma criança com objetivo de se satisfazer, ou satisfazer outra pessoa, não necessariamente se trata do contato fisico com a genital da criança, mas também de caricias em locais inapropriados, exposição a conteudo erotico ou sexual, falas de natureza sexual, exibicionismo ou prática de voyeurismo (ato de observar outra pessoa nua sem que ela saiba ou tenha consentido). 7
  • 8. QUEM PROTEGE A CRIANÇA E AO ADOLESCENTE? 8 Além do previsto na constituição federal, existem leis especificas que dão suporte e proteção as crianças e adolescentes. Na constituição federal, o artigo 227 prevê ser dever da família e do estado assegurar direitos básicos para o bem viver da criança e do adolescente. O inciso 4º diz que a lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.
  • 9. 9 Com a Lei 8.072, de 25 de julho de 1990, o estupro e o atentado violento ao pudor passaram a ser considerados crimes hediondos; ·Os autores de crimes hediondos não têm direito a fiança, indulto ou diminuição de pena por bom comportamento. No artigo 5º, o ECA especifica que nenhuma criança deverá sofrer negligência discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado. Além disso, alguns artigos do código penal, citam crimes como estupro, atentado violento ao pudor, sedução, corrupção de menores e pornografia. Algumas Informações importantes:
  • 10. 10 QUAIS SÃO OS TIPOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL? A violência sexual se divide em duas formas: 1) Abuso Sexual e 2) Exploração sexual. A diferença está no fato de que na exploração sexual, há uma utilização sexual de crianças e de adolescentes com fins comerciais e lucrativos. Quase sempre existe a participação de um (a) aliciador (a), ou seja, alguém que lucra intermediando a relação com o usuário e o cliente. (ARIQUEMES, 2018)
  • 11. 11 O Abuso Sexual é caracterizado pela relação sexual entre um adulto e uma criança, visando satisfazer o desejo pessoal. Geralmente, os adultos ou adolescente que praticam o abuso, o fazem por meio da coação. A Exploração Sexual ocorre quando crianças são persuadidas, seja por meio de violência física ou psicológica, a manterem relações sexuais com pessoas mais velhas ou atuarem em vídeos pornográficos, a diferença é que neste caso, há o envolvimento de fins lucrativos, têm-se como objetivo ganhar dinheiro com o ato.
  • 12. 12 Ser forçado(a) a tocar nos órgãos sexuais de outra pessoa; Também se caracteriza por violência sexual: Um comentário, um contato ou uma interação de natureza sexual indesejados, ou a sua tentativa, mas quando os atos sexuais acontecem com uma criança ou jovem que tenha menos de 14 anos, não interessa se esta pessoa mostrou ou não vontade de se envolver sexualmente com alguém – a Lei indica que isto é sempre crime. Além disso: Ser penetrado(a) por via oral, vaginal ou anal por pênis, por outras partes do corpo (ex: dedos) ou objetos, ou ser obrigado(a) a fazer isto com outra pessoa.
  • 13. QUEM SÃO OS ABUSADORES? 13 Quando se trata de abuso sexual infantil, não existe nenhuma regra que caracteriza o abusador, pode ser qualquer pessoa, homem ou mulher, adolescente ou idoso, o crime sexual pode vir de qualquer um. Porém, na grande maioria dos casos registrados, o crime é cometido por um parente ou alguém de confiança da família, que tem fácil acesso a criança.
  • 14. COMO IDENTIFICAR QUE UMA CRIANÇA SOFREU ABUSO? 14 Geralmente, as vítimas demonstram uma grande variedade de comportamentos enquanto crescem, mas esteja alerta para mudanças nas emoções e comportamentos que parecem fora do comum em seu filho (a) ou aluno (a). Esteja alerta, mas não seja alarmista – esses são indicadores possíveis, não sinais indiscutíveis.
  • 15. Mudança de comportamento: Se a criança /adolescente nunca agiu de determinada forma e, de repente, passa a agir; se começa a apresentar medos que não tinha antes – do escuro, de ficar sozinha ou perto de determinadas pessoas; ou então mudanças extremas no humor: era ‘super extrovertida’ e passa a ser muito introvertida. ‘Era super calma e passa a ser agressiva’. Como a maioria dos abusos acontece com pessoas da família, às vezes, apresentam rejeição a essa pessoa, fica em pânico quando estão perto dela. E a família estranha: 'Por que você não vai cumprimentar fulano? Vá lá!'. 15
  • 16. Proximidade excessiva: Se ao chegar à casa de familiares ou conhecidos, a criança desaparece por horas brincando com um primo mais velho, tio ou padrinho ou se é alvo de um interesse incomum de adultos da família em situações em que ficam sozinhos sem supervisão, é preciso atenção. Muitas vezes, o abusador manipula emocionalmente a vítima que nem sequer percebe estar sendo vítima naquela etapa da vida, o que pode levar ao silêncio por sensação de culpa. Essa culpa pode se manifestar em comportamentos graves no futuro como a autolesões e até ideias suicidas ou suicídio. 16
  • 17. Regressão: A vítima pode apresentar comportamentos que já havia abandonado, como fazer xixi na cama ou voltar a chupar o dedo. Ou ainda começar a chorar sem motivo aparente. Se isolar com medo, não ficar perto de amigos, não confiar em ninguém, não sorrir ou usar roupas incompatíveis com o clima como mangas longas, capuz (pode ser sinal de autolesão) ou fugir de qualquer contato físico. 17
  • 18. Segredos: Para manter o silêncio da vítima, o abusador pode fazer ameaças de violência física e de expor fotos suas. É comum também que usem presentes, dinheiro ou outro tipo de benefício material para construir a relação com a vítima. É preciso explicar aos filhos ou alunos que nenhum adulto ou criança mais velha deve manter segredos com ela que não possam ser compartilhados com adultos de confiança, como a mãe ou o pai. 18
  • 19. Hábitos: Uma vítima de abuso também apresenta alterações de hábito repentinas. Pode ser desde um mau desempenho escolar, falta de concentração recusa a participar de atividades, mudanças na alimentação (anorexia, bulimia), distúrbio do sono como pesadelos e insônias, medo de ficar sozinha e mudança na aparência e forma de se vestir. 19
  • 20. Questões de sexualidade: As vítimas podem reproduzir o comportamento do abusador em outras crianças/adolescentes. Como exemplo, chamar os amiguinhos para brincadeiras que têm algum cunho sexual, fazer desenhos que mostram genitais ou ainda apresentar comportamentos como: em vez de abraçar um familiar, dá beijo e acaricia onde não deve. Também pode usar palavras diferentes das aprendidas em casa para se referir às partes íntimas – nesse caso, vale perguntar onde seu filho aprendeu tal expressão. 20
  • 21. Questões físicas: Existem situações em que a criança/adolescente acaba até mesmo contraindo infecções sexualmente transmissíveis ou gravidez. Deve-se ficar atento a possíveis traumatismos físicos, lesões que possam aparecer, roxos ou dores e inchaços nas regiões genitais ou anal, roupas rasgadas, vestígios de sangue ou esperma, dores ao evacuar ou urinar. Dores inespecíficas como abdominal, cefaleia, em membros, torácica (afastadas as hipóteses biológicas) podem indicar sinais de alerta. 21
  • 22. Negligência: Muitas vezes, o abuso sexual em crianças vem acompanhado de outros tipos de maus tratos que ela sofre em casa, como a negligência. Filhos que passam horas sem supervisão ou que não tem o apoio emocional da família, com o diálogo aberto com os pais, estarão em situação de maior vulnerabilidade a este tipo de abuso ou outros. Ou tempo em excesso de tela – podendo ser vítimas de apelos sexuais pela internet. 22
  • 23. AS CONSEQUÊNCIAS DO ABUSO SEXUAL... As consequências do abuso sexual para a criança podem ser divididas em físicas, emocionais, sexuais e sociais (comportamento interpessoal) Além disso, a literatura refere- se a comportamentos indicadores de vitimização sexual, úteis para o diagnóstico, que são os próprios efeitos do abuso sexual. 23
  • 24. Segundo Furniss (1993) e Knutson (1995), o grau de severidade dos efeitos do abuso sexual varia de acordo com: ·A idade da criança no início do abuso sexual: não se sabe em qual idade há maior prejuízo; ·Duração do abuso: algumas evidências sugerem que maior duração produz consequências mais negativas; ·O grau de violência: uso de força pelo perpetrador resulta em consequências mais negativas tanto a curto como a longo prazo; 24
  • 25. ·A diferença de idade entre a pessoa que cometeu o abuso e a vítima: quando maior a diferença, mais grave são as consequências; ·A importância da relação entre abusador e vítima: quanto maior a proximidade e intimidade, piores as consequências - também apontado por Kendall-Tackett, Williams e Finkelhor (1993); ·A ausência de figuras parentais protetoras e de apoio social: nesses casos, o dano psicológico é agravado; ·O grau de segredo e de ameaças contra a criança. 25
  • 26. ·Kendall-Tackett, Williams e Finkelhor (1993) analisaram os estudos recentes sobre os efeitos do abuso sexual e dividiram as consequências de acordo com as idades pré-escolar (0 a 6 anos), escolar (7 a 12 anos) e adolescência (13 a 18 anos). Os sintomas mais comuns em pré- escolares são: ansiedade, pesadelos, transtorno de stress pós-traumático e comportamento sexual inapropriado. Para as crianças em idade escolar, os sintomas mais comuns incluem: medo, distúrbios neuróticos, agressão, pesadelos, problemas escolares, hiperatividade e comportamento regressivo. 26
  • 27. Na adolescência, os sintomas comuns são: depressão, isolamento, comportamento suicida, autoagressão, queixas somáticas, atos ilegais, fugas, abuso de substâncias e comportamento sexual inadequado. Sintomas comuns às três fases de desenvolvimento são: pesadelos, depressão, retraimento, distúrbios neuróticos, agressão e comportamento regressivo. Isso leva a pensar em efeitos a longo prazo causados pela experiência de abuso sexual na infância. 27
  • 28. "...Ter vivido um trauma físico e psicológico faz com que a vítima questione sua capacidade de defender-se... Ela aprende a odiar seu corpo porque ele a faz lembrar de más experiências. Ela tem respostas dissociadas, apresenta dificuldade de intimidade e é emocionalmente distante. Ela aprende que não pode controlar seu corpo e que outra pessoa pode tocá-la sem o seu consentimento... Ela não confia na sua memória, nos seus pensamentos e no seu senso de realidade. Essas conseqüências afetam não só a vítima, mas também a sociedade em geral porque uma criança traumatizada torna-se eventualmente um adulto que pode adotar comportamentos agressivos ou passivos para resolver as situações e o estresse." (Blanchard, 1996, p.7) 28
  • 29. No brasil, o principal canal de denúncia é o número 100, no qual a denúncia é feita de forma anônima, via telefone e encaminhada aos órgãos de proteção, defesa e responsabilização em direitos humanos, respeitando as competências de cada órgão. Há também outras opções, como ONG’s que atuam na proteção a infância, como a ChildFund Brasil, que propõe o apadrinhamento financeiro de crianças de todas as partes do país, visando propor auxílio à crianças em situação de vulnerabilidade social, proteger seus direitos humanos e sociais, erradicando a violência, seja ela de qualquer tipo. ONDE DENUNCIAR? 29
  • 30. Para saber mais sobre o projeto de apadrinhamento financeiro e conhecer melhor o fundo, basta acessar o site “https://www.childfundbrasil.org.br/”. Figura 1 - Página Inicial ChildFund. (Fonte: https://www.childfundbrasil.org.br/) A Safernet acolhe denúncias de crimes que acontecem contra os direitos humanos na internet, incluindo pornografia infantil e tráfico de pessoas, trabalhando para promover a conscientização de como usar a internet de maneira livre e segura, sempre resguardando os princípios da liberdade e dos Direitos Humanos. (Safernet, 2010) Por meio deste site é possível denunciar de forma online, sites, comentários, imagens, vídeos ou qualquer tipo de mídia digital que faça alusão ou apresente abuso sexual de crianças e adolescentes. O site é intuitivo e, ao clicar em “denuncie”, abre-se uma nova aba que solicita o link que o usuário deseja denunciar. 30
  • 31. O conselho tutelar também é um dos órgãos que auxilia na proteção de crianças e adolescentes, sendo responsável por atender as vítimas de abuso, acolher as famílias e, também, afastá-las quando necessário. Além disto, é o órgão que pode usar das forças da lei para proteger as vítimas e punir seus agressores. É possível encontrar o conselho tutelar mais próximo pesquisando na internet “Conselho Tutelar + o nome sua cidade”. Para os professores, ao receberem um relato feito por uma criança, devem-se preparar para uma escuta ativa e empática, esclarecendo para a criança de que forma poderá ajudá-la, de forma que a criança não se sinta traída ou desconfie do processo. Além disso, o educador deve procurar não encurralar ou fazer muitas perguntas para a criança, deixando com que ela conte até onde se sinta confortável. É importante anotar, se possível, as informações dadas pela criança, pois pode servir de provas legais como testemunha neste processo. Figura 2 - Página Inicial Safernet. (Fonte: https://new.safernet.org.br/) 31
  • 32. Se a direção não quiser assumir a denúncia, que poderia fazer o professor? Mais uma vez, é importante ressaltar que o educador que ouvir relato de violência sexual ou suspeitar da sua ocorrência deve procurar ajuda. Ouvir crianças que sofrem violências pode ser angustiante. Ajudá-las poderá ser difícil sem apoio da equipe de trabalho. É preferível que a direção da escola assuma a tarefa da notificação. Caso a direção da escola se omita ou decline de fazê-lo, é importante lembrar que a notificação é obrigatória e a responsabilidade do profissional de educação é intransferível e pode ser legalmente cobrada. (MEC, 2014, p. 71) Desta forma, o caso deve ser encaminhado ao conselho tutelar mais próximo, contando com o apoio de professores e da direção escolar, visando manter a criança segura, anônima para os curiosos e devidamente assistida. 32
  • 33. COMO POSSO AJUDAR? E chegando até esta parte do livro. você, professor, deve estar se perguntando de que forma pode ajudar seus alunos. Além de denunciar e oferecer apoio ao aluno que ocasionalmente sofra algum abuso, você poderá trabalhar atividades que mostrem as crianças, modos sutis de evitar ou relatar um abuso, caso aconteça. Nas próximas páginas, daremos sugestões de histórias e atividades lúdicas para trabalhar este tema de forma simples e direta, protegendo e dando suporte as suas crianças. 33
  • 34. 34
  • 35. 35 A camara dos deputados brasileira, desenvolveu o site “Plenarinho – O jeito criança de ser cidadão” , que aborda diveros temas sociais como o abuso sexual inafntil, questões raciais, bullying, capacitismo, diversidade, entre outros. Na edição de número 2, do ano cinco, a história em quadrinhos da turma do plenarinho lida com o sumiço de diversas crianças do bairro, descobrindo no final que se tratava de um esquema de “trasnformar” crianças em bonecos, fzendo alusão ao trafico de crianças com o objetivo de comercializá-las sexualmente. A revistinha, claro, aborda o tema de forma lúdica, sem evidenciar o ato, mas mostrando que se trata de um crime. Figura 3 - Capa da HQ "Turma do Plenarinho", nº 2, ano 5. (Fonte: https://plenarinho.leg.br/wp- content/uploads/2020/07/Exploracao_Sexual_Julho_2020.pdf)
  • 36. Você, docente, pode realizar uma atividade extremamente simples, promovendo uma roda de leitura e conversa sobre a história. Após isto, pode-se solicitar que os alunos façam um texto curto sobre o tema da história, ilustrando com um desenho a parte que mias chamou a atenção. A atividade é indicada para alunos do ensino fundamental I, ou seja, de 1º a 4º ano, adaptando a escrita a cada turma. A propria história em quadrinhos apresenta atividades e passatempos após a história, caso queira, pode-se trabalhar com elas também. 36 Figura 4 - Animação Isabela Todabela. (Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=uy_HlR5cQFI Nesta animação, também do site Plenarinho, conheceremos a história de Isabela, uma menina muito bonita e que adorava conversar, até mesmo com seu vizinho mais velho Rodolfo. Isabela se vê diante de uma,
  • 37. situação de abuso sexual e, graças a orientação e conversas com os pais, conseguem pedir ajuda e escapar desta situação. A sugestão de atividade, neste caso, é reproduzir a animação em sala de aula e pausar exatamente no momento em que a menina se dá conta de que está diante de uma situação de abuso sexual, questionando os alunos e propondo que, em grupos de 4 alunos, escrevam um final para a história, pensando em formas de finalizar a história de forma positiva. 37 Conta a história de uma tartaruga que foi vítima de abuso sexual, mas não consegue contar para ninguém. Figura 5 - O segredo da Tartanina. (Fonte: https://www.tartanina.org.br/loja/)
  • 38. 38 Nesta obra, somos apresentados a Leila, um filhote de jubarte, vítima de abuso sexual, que após muita angústia e sofrimento, encara seu trauma e se liberta de seu abusador o denunciando. Tanto "O segredo da Tartanina" quanto "Leila" são ótimas opções de leitura para iniciar uma roda de conversa sobre confiança, saber quem são os adultos em que os alunos confiam e o porquê, identificar comportamentos de crianças que são ou foram vítimas de abuso sexual e até mesmo encoraja-las a contarem sobre seu abusador, assim como fizeram as personagens dos livros. Figura 6 - Leila. (Fonte: https://www.amazon.com.br/Leila-Tino- Freitas/dp/8594680333)
  • 39. 39 Figura 7 - A mão boa e a mão boba. (Fonte: https://www.lojaeditoraramalhete.com.br/produto/3 16501/a-mao-boa-e-a-mao-boba) Livro criado com intuito de ajudar tanto os pais quanto as crianças a diferenciarem toques de carinho e toques abusivos e orientar os responsáveis a ouvirem e identificarem pedidos de socorro vindos de suas crianças. Para os educadores, o ideal seria que ao ler este livro para as crianças, desenvolvesse com elas atividades lúdicas para reforçar os ensinamentos da leitura realizada, enfatizando onde as crianças não devem ser tocadas. Abaixo, uma atividade desenvolvida por nós, idealizadores, que o professor pode realizar com seus alunos:
  • 40. As imagens representam as peças do jogo, composto por dois personagens, Clarissa e Henrique cartas com certo e errado e polegares representando positivo e negativo. 40 Figura 8 - peças do jogos; (Fonte: do Autor). Figura 9 - Momentos do jogo. (Fonte: do Autor.
  • 41. A seta branca deverá apontar para um local escolhido pela professora e cada grupo de crianças deve discutir se o toque é de carinho ou abusivo, indicando com os polegares e cartas de certo ou errado. Figura 10 - Momentos do jogo. (Fonte: do Autor. Figura 11 - Meu corpo, meu corpinho! (Fonte: https://www.amazon.com.br/Meu-corpo-corpinho- Roseli-Mendon%C3%A7a/dp/65092201X) 41
  • 42. Com rimas, o livro fala de forma leve sobre consentimento, explica quais são as partes íntimas, orienta como cuidar do próprio corpo e fala sobre a importância de ter um adulto de confiança com quem a criança se sinta segura para falar sobre seus sentimentos e se expressar livremente. Como educador, ao apresentar este livro aos alunos, seria interessante realizar atividades que enfatizem o conhecimento de seus corpos, e a importância de falar não, dando exemplos de situações hipotéticas onde dizer não seria necessário. 42 Figura 12 - Não me toca seu boboca! (Fonte: https://www.amazon.com.br/N%C3%A3o-me-toca- seu-boboca/dp/8595260036)
  • 43. O livro conta a história da valente Ritoca, que reconhece uma situação de violência e mostra como se defender. A autora mostra situações nas quais as crianças não devem se submeter, de forma simples e direta para que nossas crianças identifiquem e denunciem. Para fortalecer o aprendizado que o livro busca trazer, damos a sugestão para que os professores peçam as crianças um breve relato do que entenderam ou acharam do livro, se gostaram ou não, e o motivo da resposta. 43 Figura 12 - Tom, Elis e Chico. (Fonte: https://www.pirulitei.com.br/tag/livro-tom-elis-e- chico/)
  • 44. A história narra como os 3 irmãos perdem a alegria quando um tio que parecia ser legal, faz ‘’brincadeiras’’ malvadas com as mãos dele que machucam os macaquinhos. Buscando proteger as crianças, incentivamos que, após a leitura, os responsáveis conversem com as crianças o que elas acharam do livro, ilustrando com um desenho a parte que acharam mais relevante ou marcante. 44 Figura 13 - Precisamos falar sobre isso. (Fonte:https://www.amazon.com.br/Precisamos- Preven%C3%A7%C3%A3o-viol%C3%AAncia- inf%C3%A2ncia-infantil/dp/6590048207)
  • 45. Este livro é um kit (2 livros em 1) composto pelo Manual do Adulto e o Livro Infantil. O manual do adulto é indicado para pais, profissionais, educadores e todos os adultos interessados no tema. Através desse manual compreenderá essa problemática de saúde pública, o que é o abuso sexual e quais as formas de abuso, perfil do abusador, sinais de alerta, consequências do abuso, perigos na internet, mitos e como agir diante da revelação do abuso. O livro infantil é indicado para crianças a partir dos 4 anos. Todo ilustrado, interativo, as crianças se identificam com os personagens. 45 Figura 14 - Jogo da memoria e ilustração do corpo do livro "Precisamos falar sobre isso". (Fonte: https://www.instagram.com/vivikids_educativo/)
  • 46. 46 Figura 15 - Pipo e Fifi. (Fonte: https://www.amazon.com.br/Pipo-Fifi-Paranaense- Caroline-Arcari/dp/8592468205) O livro é uma ferramenta de proteção, que explica às crianças a partir de 4 anos conceitos básicos sobre o corpo, sentimentos e emoções. De forma simples e descomplicada, ensina a diferenciar toques de amor de toques abusivos, apontando caminhos para o diálogo, proteção e ajuda. O livro apresenta também atividades interativas, para desenvolver conceitos e promover a reflexão. Sabe-se que a informação é a forma mais eficaz de prevenção da violência sexual infantil, diminuindo a vulnerabilidade das crianças. Crianças bem-informadas crescem mais seguras e felizes e estarão preparadas para os desafios da atualidade, em que ferramentas como a TV e a internet fazem parte do seu cotidiano.
  • 47. guia mostra como nem sempre toques e caricias são sinônimos de amor e que há pessoas mal-intencionadas que utilizam destes gestos para machucar as crianças, assim o guia busca ajudar professores e responsáveis a como abordar este delicado tema de forma lúdica e saudável. 47 Figura 16 - Meu corpo é especial. (Fonte: https://www.paulus.com.br/loja/meu-corpo-e- especial-um-guia-para-que-a-familia-converse-sobre- abuso-sexual_p_1536.html) Figura 17 - Segredo Segredíssimo. (Fonte: https://www.amazon.com.br/Segredo- Segred%C3%ADssimo-Odivia-Barros- ebook/dp/B07VKQ9KLL)
  • 48. O conto apresenta como Alice ajuda sua amiga Adriana a criar coragem para denunciar um tio que queria fazer ‘’brincadeiras’’ de gente grande com ela. Nós educadores e responsáveis precisamos conscientizar nossas crianças de toque e brincadeiras que não devem ocorrer, explicar para elas que caso ocorra, ela não tem culpa e deve procurar ajuda. Diferente de outros livros sobre abuso sexual, este mostra como uma criança ajuda a outra após identificar a situação de abuso e como a família procede após saber do ocorrido. 48
  • 49. 49 E aí, gostou das nossas dicas?! Não se limite apenas às sugestões de leitura postas aqui, procure sempre se atualizar e buscar novos materiais! Trabalhando sempre com muita empatia e cuidado, deixaremos nossas crianças seguras e protegidas.
  • 50. De nós, os idealizadores, o nosso muito obrigado por ter lido até aqui. Esperamos que nosso trabalho possa, de alguma forma, ajudar em sua atuação docente e no trabalho contra o abuso sexual infantil. Faça bonito, proteja nossas crianças e adolescentes. 50
  • 51. REFERÊNCIAS [1] Agência Patrícia Galvão. Três Crianças Ou Adolescentes São Abusadas Sexualmente No Brasil A Cada Hora. Disponível em: <https://agenciapatriciagalvao.org.br/viol encia/violencia-sexual/tres-criancas-ou- adolescentes-sao-abusadas-sexualmente- no-brasil-a-cada-hora/>. Acesso em: 16 de maio de 2021. [2] Cartilha Abuso Sexual. Conselho da Criança. Disponível em: <http://www.conselhodacrianca.al.gov.br/ sala-de-imprensa/publicacoes/Cartilha- abuso.pdf>. Acesso em: 15 de mar de 2021. [3] CATRACA LIVRE. Como denunciar casos de abuso infantil e como orientar a criança. Disponível em: <https://catracalivre.com.br/cidadania/co mo-denunciar-abuso-infantil/>. Acesso em: 16 de maio de 2021. 51
  • 52. [4] Chega de Silêncio: enfrentando a violência sexual contra crianças e adolescentes / Alcilene de Souza Araújo Conroy, Eliane Melnic Vieira. Ariquemes: Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, 4.ed. 2018. [5] CHILDFUND BRASIL. Página Inicial. Disponível em: <https://www.childfundbrasil.org.br/>. Acesso em: 16 de maio de 2021. [6] CHILDHOOD. Tipos de abuso sexual de crianças e adolescentes. Disponível em: <https://www.childhood.org.br/tipos-de-abuso- sexual-de-criancas-e- adolescentes#:~:text=Eles%20podem%20ser%2 0legalmente%20tipificados,podem%20ser%20co nsiderados%20abuso%20sexual>. Acesso em: 16 de maio de 2021. [7] HERDY, Thiago. ESTATÍSTICAS - Três crianças ou adolescentes são abusadas sexualmente no Brasil a cada hora. Ministério Público do Paraná, 2020. Disponível em: <http://crianca.mppr.mp.br/2020/03/231/ESTAT ISTICAS-Tres-criancas-ou-adolescentes-sao- abusadas-sexualmente-no-Brasil-a-cada- hora.html>. Acesso em: 15 de mar de 2021. 52
  • 53. [8] KOLLER, Elena Silvia e AMAZARRAY, Mayte Raya. Alguns aspectos observados no desenvolvimento de crianças vítimas de abuso sexual. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0102- 79721998000300014>. Acesso em: 16 de maio de 2021. [9] MEC. Guia Escolar. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/g uiaescolar/guiaescolar_p066_071.pdf>. Acesso em: 16 de maio de 2021. [10] Ministério divulga dados de violência sexual contra crianças e adolescentes. Governo Federal, 2020. Disponível em: <https://www.gov.br/mdh/pt- br/assuntos/noticias/2020-2/maio/ministerio- divulga-dados-de-violencia-sexual-contra- criancas-e-adolescentes>. Acesso em: 16 de mar de 2021. [11] MOREIRAS, Lígia. ABUSO SEXUAL NA INFÂNCIA – Quem São Os Abusadores? Como Identificar Sinais? O Que Fazer. Disponível em: <http://portal.cientistaqueviroumae.com.br/abu so-sexual-na-infancia-como-identificar-sinais-o- que-fazer/>. Acesso em: 16 de maio de 2021. 53
  • 54. [12] MPPR. Alguns aspectos sobre o abuso sexual contra crianças. Disponível em: <http://crianca.mppr.mp.br/pagina-75.html>. Acesso em: 16 de maio de 2021. [13] MPSC. Legislação Específica. Disponível em: <https://www.mpsc.mp.br/combate-a-violencia- e-a-exploracao-sexual-infanto- juvenil/legislacao-especifica>. Acesso em: 16 de maio de 2021. [14] Projeto CARE. O que é Violência Sexual. Disponível em: <https://apav.pt/care/index.php/violencia- sexual-contra-criancas-e-jovens/o-que-e- violencia-sexual>. Acesso em: 16 de maio de 2021. [15] SAFERNET. Página Inicial. Disponível em: <https://new.safernet.org.br/>. Acesso em: 16 de maio de 2021. [16] TJRR. Como identificar os sinais de abuso sexual em crianças e adolescentes – Parte 2. Coordenadoria da Infância e Juventude. Disponível em: <https://www.tjrr.jus.br/cij/index.php/noticias/4 78-como-identificar-os-sinais-de-abuso-sexual- em-criancas-e-adolescentes-parte-2>. Acesso em: 16 de maio de 2021. 54
  • 55. [12] MPPR. Alguns aspectos sobre o abuso sexual contra crianças. Disponível em: <http://crianca.mppr.mp.br/pagina-75.html>. Acesso em: 16 de maio de 2021. [13] MPSC. Legislação Específica. Disponível em: <https://www.mpsc.mp.br/combate-a-violencia- e-a-exploracao-sexual-infanto- juvenil/legislacao-especifica>. Acesso em: 16 de maio de 2021. [14] Projeto CARE. O que é Violência Sexual. Disponível em: <https://apav.pt/care/index.php/violencia- sexual-contra-criancas-e-jovens/o-que-e- violencia-sexual>. Acesso em: 16 de maio de 2021. [15] SAFERNET. Página Inicial. Disponível em: <https://new.safernet.org.br/>. Acesso em: 16 de maio de 2021. [16] TJRR. Como identificar os sinais de abuso sexual em crianças e adolescentes – Parte 2. Coordenadoria da Infância e Juventude. Disponível em: <https://www.tjrr.jus.br/cij/index.php/noticias/4 78-como-identificar-os-sinais-de-abuso-sexual- em-criancas-e-adolescentes-parte-2>. Acesso em: 16 de maio de 2021. 55