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NAVEGAR NO EMDR Orientação da intervenção
Uma intervenção de 8 fases EMDR
As 8 fases Fase 1: Histórico  De que se queixa? Qual a sua história? Plano de sequenciação de alvos Fase 2: Preparação Explicação do processo. Lugar seguro e outras técnicas de regulação de emoções Fase 3: Avaliação Protocolo da memória a trabalhar Fase 4: Processamento Reprocessamento das redes associativas negativas
8 fases (cont.) Fase 5: Instalação (da CP) Reforço da ligação da memória a redes associativas positivas Fase 6: BodyScan Reprocessamento de sintomas corporais residuais associados à memória Fase 7: Fecho Sessão completa ou incompleta Fase 8: Avaliação Efeitos do tratamento e re-avaliação do plano de intervenção
Ajuda durante a sessão Para ter por perto
Para quando tem dúvidas Explicação mais pormenorizada
Fase 1 Historial genérico: recursos e fraquezas Plano de sequenciação de alvos: Qual é a queixa? Como se caracteriza (canais de memória) Quais as situações actuais que a precipitam? Ande para trás com base em: CN Emoção Corpo Vá anotando os eventos até chegar ao mais antigo recordado (normalmente, até 8 anos) Escolha a mais antiga ou a pior (análise rápida de Suds) Como o cliente gostaria que fosse o futuro (face à queixa) Mantenha este registo para voltar a ele após a conclusão de processamento de cada memória, para escolher a próxima
Fase 1 – Linha condutora
Fase 2 Explicar EMDR e possíveis consequências Ensinar estratégias de auto-regulação emocional – lembre-se: nunca sabe o que pode acontecer; cliente e terapeuta têm de se sentir em segurança! Instalar lugar seguro (aproveitando para introduzir a mecânica do EMDR) Metáforas e sinal de stop
Lugar seguro Presente ou passado, real ou imaginário De preferência sem pessoas Amplia 5 sentidos para maior associação ao lugar Atribui uma palavra que o descreva Verifica corpo: Activação sistema simpático? Escolha outro lugar Reacções de relaxamento e bem-estar? Amplie Verifique se ficou bem instalado Peça para aceder ao lugar seguro várias vezes ao longo do dia Associa corpo + palavra +lugar Verifica se ficou bem instalado
Lugar seguro – aspectos específicos Vá para lá (oposto do processamento emocional: traga para aqui a memória) Movimentos lentos e sets curtos (4-8) Anote as características principais do lugar seguro – vão ser precisas para conduzir/recordar o cliente em caso de necessidade de estabilização
Fase 3 Caracterização do Alvo (memória que vai ser trabalhada)= ICES (imagem, cognição, emoção, sensação) Anote (o protocolo) Imagem: CN: CP: VoC Emoção: Corpo: SUDS:
Fase 3 – questões específicas Imagem:  Terapeuta tem de “ver” a representação da memória que está dentro do cliente (“mostre-me”) A imagem pode não ser visual – pode ser qualquer representação dos 5 sentidos + interoceptivos Cognição negativa Crenças negativas, irracionais e auto-referenciadas Válidas actualmente (face à memória) Generalizáveis a outros aspectos relacionados ou focos de preocupação Fazem sentido face ao esquema emocional apresentado Não são descrições, nem têm por foco os outros Não são a expressão de uma emoção
Fase 3 – questões específicas CN: Para perguntar aos clientes: Quando pensa (memória) o que é que pensa sobre si?  O que é que (memória) diz de si como pessoa? O que é que lhe faz sentido pensar sobre si quando sente (emoção levantada)?  Nos seus piores momentos, o que pensa sobre si quando pensa na (memória)? Lembre-se das categorias: Responsabilidade (a causa do problema sou eu) Valor pessoal/vergonha  (Tenho algo de errado) Acção/culpa  (Fiz algo de errado) Segurança Escolhas/controlo
Fase 3 – questões específicas CP: Deve ser: Na mesma linha lógica da CN Auto-referenciada Com base em locus de controlo interno Na direcção desejada da mudança pretendida Generalizável a outras áreas/temas Realista, sem marcadores absolutos (sempre, nunca), e sem pensamento mágico Formuladas pela positiva
Fase 4 Onde a acção tem lugar :=) Active bem o protocolo e comece Sets longos (24 ou mais) e rápidos Siga sempre até que: Deixe de existir mudança Comece a surgir muito material positivo Passe muito tempo Nesses casos, volta ao alvo: quando se recorda, agora, de (apenas nomear o mínimo sobre a situação que está a ser trabalhada), o que é que surge? Se lhe parecer que a emoção diminuíu significativamente vale a pena avaliar SUDS. Se não, limite-se a pedir ao cliente que siga a partir daquilo que referiu na resposta. Ande rápido; entre sets não é para conversar! “Limpar o negativo” – De carga negativa para carga neutra Quando SUDS = 0, passa à fase 5
Fase 5 Verifique a adequação da CP Avalie novamente o VOC Instale imagem + CP : movimentos rápidos, sets mais curtos Da mesma forma que faz processamento, mas introduzindo instruções para “colar” as duas coisas Avalie o VOC após cada set “Integrar no positivo” – de carga neutra para carga positiva (no sentido de aprendizagem, crescimento, integração, visão periférica) Termina quando VOC = 7
Fase 6 Peça que cliente “vá para dentro”, junte imagem com CP, e verifique o corpo (sem EB) Sensações positivas: faça uns sets para amplificar Sensações negativas: reprocesse Quando bodyscanlimpo, passa à fase 7 Pode haver surpresas fortes nesta fase – não arrisque, se tiver pouco tempo… EB = Estimulação bilateral
Fase 7 Estabilizar o cliente (mais importante se sessão incompleta) Dizer sempre: O que ganhou de positivo hoje? Assegurar que foi um bom trabalho O processamento pode continuar entre sessões Pedir para anotar qualquer coisa que surja (insights, pensamentos, sonhos, comportamentos) Lembrar técnicas de regulação emocional Recordar contactos e disponibilidade do terapeuta
Fase 8 O que aconteceu de diferente? O que o cliente anotou para ser discutido/aproveitado como material para futuros alvos? Avalie especificamente: Mudanças nos sintomas, comportamentos, aspectos precipitantes do presente, novos pensamentos, insights ou informações, sonhos Novos aspectos da memória-alvo Activação de outras redes de memória associadas Se o alvo estava fechado, siga para o novo alvo, de acordo com a fase 1 Se o alvo estava incompleto, continue o processamento: “E, agora, quando recorda (imagem, mínimo de caracterização), o que é que lhe surge?”. “Vamos seguir a partir daí”
O fluir EMDR
Acção
www.oficinadepsicologia.com Supervisão clínica em EMDR Formação básica e avançada em EMDR Intervenção clínica com EMDR

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  • 1. NAVEGAR NO EMDR Orientação da intervenção
  • 2. Uma intervenção de 8 fases EMDR
  • 3. As 8 fases Fase 1: Histórico De que se queixa? Qual a sua história? Plano de sequenciação de alvos Fase 2: Preparação Explicação do processo. Lugar seguro e outras técnicas de regulação de emoções Fase 3: Avaliação Protocolo da memória a trabalhar Fase 4: Processamento Reprocessamento das redes associativas negativas
  • 4. 8 fases (cont.) Fase 5: Instalação (da CP) Reforço da ligação da memória a redes associativas positivas Fase 6: BodyScan Reprocessamento de sintomas corporais residuais associados à memória Fase 7: Fecho Sessão completa ou incompleta Fase 8: Avaliação Efeitos do tratamento e re-avaliação do plano de intervenção
  • 5. Ajuda durante a sessão Para ter por perto
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Para quando tem dúvidas Explicação mais pormenorizada
  • 11. Fase 1 Historial genérico: recursos e fraquezas Plano de sequenciação de alvos: Qual é a queixa? Como se caracteriza (canais de memória) Quais as situações actuais que a precipitam? Ande para trás com base em: CN Emoção Corpo Vá anotando os eventos até chegar ao mais antigo recordado (normalmente, até 8 anos) Escolha a mais antiga ou a pior (análise rápida de Suds) Como o cliente gostaria que fosse o futuro (face à queixa) Mantenha este registo para voltar a ele após a conclusão de processamento de cada memória, para escolher a próxima
  • 12. Fase 1 – Linha condutora
  • 13. Fase 2 Explicar EMDR e possíveis consequências Ensinar estratégias de auto-regulação emocional – lembre-se: nunca sabe o que pode acontecer; cliente e terapeuta têm de se sentir em segurança! Instalar lugar seguro (aproveitando para introduzir a mecânica do EMDR) Metáforas e sinal de stop
  • 14. Lugar seguro Presente ou passado, real ou imaginário De preferência sem pessoas Amplia 5 sentidos para maior associação ao lugar Atribui uma palavra que o descreva Verifica corpo: Activação sistema simpático? Escolha outro lugar Reacções de relaxamento e bem-estar? Amplie Verifique se ficou bem instalado Peça para aceder ao lugar seguro várias vezes ao longo do dia Associa corpo + palavra +lugar Verifica se ficou bem instalado
  • 15. Lugar seguro – aspectos específicos Vá para lá (oposto do processamento emocional: traga para aqui a memória) Movimentos lentos e sets curtos (4-8) Anote as características principais do lugar seguro – vão ser precisas para conduzir/recordar o cliente em caso de necessidade de estabilização
  • 16. Fase 3 Caracterização do Alvo (memória que vai ser trabalhada)= ICES (imagem, cognição, emoção, sensação) Anote (o protocolo) Imagem: CN: CP: VoC Emoção: Corpo: SUDS:
  • 17. Fase 3 – questões específicas Imagem: Terapeuta tem de “ver” a representação da memória que está dentro do cliente (“mostre-me”) A imagem pode não ser visual – pode ser qualquer representação dos 5 sentidos + interoceptivos Cognição negativa Crenças negativas, irracionais e auto-referenciadas Válidas actualmente (face à memória) Generalizáveis a outros aspectos relacionados ou focos de preocupação Fazem sentido face ao esquema emocional apresentado Não são descrições, nem têm por foco os outros Não são a expressão de uma emoção
  • 18. Fase 3 – questões específicas CN: Para perguntar aos clientes: Quando pensa (memória) o que é que pensa sobre si? O que é que (memória) diz de si como pessoa? O que é que lhe faz sentido pensar sobre si quando sente (emoção levantada)?  Nos seus piores momentos, o que pensa sobre si quando pensa na (memória)? Lembre-se das categorias: Responsabilidade (a causa do problema sou eu) Valor pessoal/vergonha (Tenho algo de errado) Acção/culpa (Fiz algo de errado) Segurança Escolhas/controlo
  • 19. Fase 3 – questões específicas CP: Deve ser: Na mesma linha lógica da CN Auto-referenciada Com base em locus de controlo interno Na direcção desejada da mudança pretendida Generalizável a outras áreas/temas Realista, sem marcadores absolutos (sempre, nunca), e sem pensamento mágico Formuladas pela positiva
  • 20. Fase 4 Onde a acção tem lugar :=) Active bem o protocolo e comece Sets longos (24 ou mais) e rápidos Siga sempre até que: Deixe de existir mudança Comece a surgir muito material positivo Passe muito tempo Nesses casos, volta ao alvo: quando se recorda, agora, de (apenas nomear o mínimo sobre a situação que está a ser trabalhada), o que é que surge? Se lhe parecer que a emoção diminuíu significativamente vale a pena avaliar SUDS. Se não, limite-se a pedir ao cliente que siga a partir daquilo que referiu na resposta. Ande rápido; entre sets não é para conversar! “Limpar o negativo” – De carga negativa para carga neutra Quando SUDS = 0, passa à fase 5
  • 21. Fase 5 Verifique a adequação da CP Avalie novamente o VOC Instale imagem + CP : movimentos rápidos, sets mais curtos Da mesma forma que faz processamento, mas introduzindo instruções para “colar” as duas coisas Avalie o VOC após cada set “Integrar no positivo” – de carga neutra para carga positiva (no sentido de aprendizagem, crescimento, integração, visão periférica) Termina quando VOC = 7
  • 22. Fase 6 Peça que cliente “vá para dentro”, junte imagem com CP, e verifique o corpo (sem EB) Sensações positivas: faça uns sets para amplificar Sensações negativas: reprocesse Quando bodyscanlimpo, passa à fase 7 Pode haver surpresas fortes nesta fase – não arrisque, se tiver pouco tempo… EB = Estimulação bilateral
  • 23. Fase 7 Estabilizar o cliente (mais importante se sessão incompleta) Dizer sempre: O que ganhou de positivo hoje? Assegurar que foi um bom trabalho O processamento pode continuar entre sessões Pedir para anotar qualquer coisa que surja (insights, pensamentos, sonhos, comportamentos) Lembrar técnicas de regulação emocional Recordar contactos e disponibilidade do terapeuta
  • 24. Fase 8 O que aconteceu de diferente? O que o cliente anotou para ser discutido/aproveitado como material para futuros alvos? Avalie especificamente: Mudanças nos sintomas, comportamentos, aspectos precipitantes do presente, novos pensamentos, insights ou informações, sonhos Novos aspectos da memória-alvo Activação de outras redes de memória associadas Se o alvo estava fechado, siga para o novo alvo, de acordo com a fase 1 Se o alvo estava incompleto, continue o processamento: “E, agora, quando recorda (imagem, mínimo de caracterização), o que é que lhe surge?”. “Vamos seguir a partir daí”
  • 27. www.oficinadepsicologia.com Supervisão clínica em EMDR Formação básica e avançada em EMDR Intervenção clínica com EMDR