Este documento discute a disciplina "Inovação e Tecnologia na Docência do Ensino Superior". Ele apresenta os objetivos da disciplina, que incluem compreender as Tecnologias de Informação e Comunicação e sua inserção na sociedade e educação. Também discute como as TIC influenciam professores e alunos e os novos paradigmas educacionais necessários para integrar as TIC de forma efetiva.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
Slide aula conceitual_i Inovacao Tecnologica na Docencia do Ensino superior parte 1
1. Inovação e Tecnologia na
Docência do Ensino
Superior – Unidade I
Profª. Me. Ludhiana Bertoncello
ludhiana@cesumar.br
Site: https://sites.google.com/site/educaticsuperior/
2. Objetivos da disciplina
Compreender o significado das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC).
Verificar a inserção e a correlação das TIC na
sociedade.
Estudar a integração das TIC na educação.
3. Objetivos da disciplina
Discutir os novos desafios para o educador
frente às novas mídias.
Conhecer os paradigmas educacionais que
fundamentam a utilização das TIC na Educação.
Verificar os níveis de inclusão digital e
apropriação pedagógica das TIC.
5. O que é TIC?
As tecnologias de Informação e Comunicação
popularizaram em nosso meio como TIC e tem sido
definida genericamente como um conjunto de
tecnologias e métodos para se comunicar.
Computadores e impressoras.
Câmeras de vídeo e foto para computador.
CDs e DVDs.
Os diversos suportes para guardar e portar
dados como os disquetes, discos rígidos,
pendrives.
Celulares.
6. O que é TIC?
TV ( aberta, a cabo, por assinatura).
Fotografia, cinema, som, TV digitais.
Internet: Correio eletrônico; Lista de
discussão; blogs e fotoblogs;
comunidades virtuais.
Tecnologias de acesso remoto (wireless).
7. Como as TIC influenciam o
nosso dia a dia
Somos sujeitos
globalizados, interconectados, consumidor
es, pós-modernos, imersos em relações
balizadas pelo virtual, pela cibercultura.
Vivemos um momento marcado pela
aceleração dos processos globais, pelas
distâncias mais curtas, que os eventos em
um determinado lugar têm impacto
imediato sobre os sujeitos e lugares
situados a uma grande distância.
8. Como as TIC influenciam o
nosso dia a dia
Formas diferentes/particulares de
conhecer e fazer.
Processo marcado pela revolução
digital em vários âmbitos do viver
humano.
A tecnologia mistura-se na
constituição física, cognitiva e afetiva
das pessoas.
10. Os computadores na sociedade
Um estudo divulgado em 2009 pela Computer
Industry Almanac aponta que nos Estados
Unidos deverão ter mais computadores em uso
do que pessoas no ano de 2013. No final de
2008, 86% dos americanos tinham um
computador, e a porcentagem deve chegar a
100% em 2013.
Fonte: Gazeta do Povo - 28 de janeiro de 2009
11. Dados do IBGE (Pnad - Pesquisa
Nacional por Amostra de
Domicílios/2009)
A internet já é acessada por 41,7% da população
acima de dez anos, o equivalente, em números
absolutos, a 67,9 milhões de pessoas.
O número representa crescimento de 112,9% na
comparação com os 31,9 milhões de usuários
registrados em 2005, equivalentes a 20,9% da
população.
12. Ranking das nações que mais tem PCs
Fonte: G1 - São Paulo
País
1. Estados Unidos
2. China
3. Japão
4. Alemanha
5. Reino Unido
6. França
7. Rússia
8. Itália
9. Coreia do Sul
10. Brasil
11. Índia
12. Canadá
13. México
14. Austrália
15. Espanha
Número de PCs
(em milhões)
Porcentagem
264,1
98,67
86,22
61,96
47,04
43,11
36,42
35,69
34,87
33,30
32,03
27,63
19,13
17,01
16,71
22,19
8,29
7,24
5,21
3,95
3,62
3,06
3
2,93
2,8
2,69
2,32
1,61
1,43
1,4
Juntos eles respondem por:
853,9 milhões, ou 71,7%, dos PCs usados em todo o mundo
13. Indicadores Nacionais sobre TIC segundo o Comitê Gestor da
Internet no Brasil
http://www.cetic.br/usuarios/tic/2008/index.htm
Dados de 2009 coletados por meio de 24.000 entrevistas
(inclusão de crianças de 5 a 9 anos)
Telefone celular atinge 78% da população.
A TV por assinatura passa de 7% para 10% na área
urbana e a antena parabólica vai de 20% para 26% no
total Brasil.
Computador de mesa cresce 7% e alcança 30% da
população brasileira.
Computadores portáteis estão em 5% dos lares
brasileiros (3% em 2008).
.
14. O que falar das TIC?
Software é a parte
que você xinga...
Hardware é a parte
que você chuta...
Autor: anônimo
Gostaria de criar
homepages, mas
não sei o que elas
comem!
Autor: anônimo
Errar é humano,
mas para estragar
tudo é preciso um
computador!
Autor: Paul Ehrlich
biólogo e ecologista
De que
lado
você
está?
Quando comecei a pilotar na
Fórmula 1 nos anos 1970, as
chances de sobreviver eram 7
para 1. Arriscadíssimo. Hoje em
dia, em função da tecnologia,
as chances são de 800 para
uma. Emerson Fittipaldi
Quando você quer fazer a lição
de casa, preencher seu
Imposto de Renda ou ver as
opções para uma viagem que
quer fazer, você precisa de um
PC. Bill Gates
Se a tecnologia pode criar
problemas, não é através da
ignorância que podemos
solucioná-los!
15.
16. Como as TIC influenciam a ação do
professor?
Situação 1: Alunos
Ensino Superior
Entrada: 2010
Ensino Superior: 2014
Mercado de trabalho
(+35 anos)
até 2049
Situação 2: Alunos no
Ensino Fundamental
1º ano do Ensino
Fundamental: 2010
Ensino Médio: 2019
Ensino Superior: 2023
Mercado de trabalho (+35 anos)
até 2058
17.
18. A pesquisadora
Carmem Maia concluiu:
+ 30 anos :
estrangeiros
- 30 anos: nativos
Não é possível inserir
tecnologia com
abordagem tradicional
de ensino
fundamentada nos 4
pilares.
REPITA
DECORE
LEIA
ESCUTE
19. Temos a oportunidade de
restabelecer um novo PARADIGMA
Paradigmas são comuns, úteis, definem regras e
padrões.
Estar aberto a mudanças
Pegar a doença da qualidade
O que é impossível hoje, pode ser possível amanhã
Passado glorioso não garante o sucesso no futuro
Coragem – acreditar em suas ideias
Disposição para fazer e inovar.
20. O que dizer sobre as mudanças de
paradigmas por meio das TIC
Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se
mudarmos simultaneamente os paradigmas
convencionais do ensino, que mantêm distantes
professores e alunos.
Caso contrário, conseguiremos dar um
verniz de modernidade, sem mexer no
essencial. A Internet é um novo meio de
comunicação, ainda incipiente, mas que
pode ajudar-nos a rever, a ampliar e a
modificar muitas das formas atuais de
ensinar e de aprender.
(Moran, 2001)
21. Com efeito, já não basta hoje
trabalhar com propostas de
modernização da educação.
Trata-se de repensar a
dinâmica do conhecimento no
seu sentido mais amplo, e as
novas funções do educador
como mediador deste
processo.
Ladislau Dowbor - http://www.dowbor.org
Não é apenas a
técnica de ensino
que muda,
incorporando uma
nova tecnologia. É a
própria concepção
do ensino que tem
de repensar os seus
caminhos.
Ladislau Dowbor http://www.dowbor.org
22. Concepção com foco na aprendizagem
Na Aquisição do conhecimento
Construção do conhecimento
Desenvolvimento do aluno
Construção social do conhecimento
Resultado
23. As TIC e o Paradigma da Complexidade
Do latim complexu: que abrange ou encerra muitos
elementos ou partes, complicado, confuso.
BEHRENS (1999) propõe uma alternativa baseada na
visão holística, na abordagem progressista e no ensino com
pesquisa
Abordagem
Progressista
Ensino com
pesquisa
Produção do
conhecimento
Tecnologias Inovadoras
Visão holística
O paradigma precisa ser
revisto!
24. Paradigma da Complexidade e a
VISÃO HOLÍSTICA
Proposta pelo americano Miller (1997)
Aluno
Ser pleno, único, original, indiviso, competente, contextualizado, dotado
de inteligências múltiplas.
Capaz de desenvolver-se completamente
Visto nas dimensões da sua totalidade como um ser físico, intelectual,
emocional e espiritual
Professor
facilitador de aprendizagem do conhecimento
Vê o aluno como um todo
preocupado com o homem que pretende formar
considera o “porquê” e “para que” está formando seus
estudantes
busca a formação de valores
Metodologia
Trabalhos em parcerias
Processo coletivo da construção do conhecimento
Prática pedagógica crítica, produtiva, reflexiva e transformadora
Possibilita as relações pessoais e interpessoais
Proposição de projetos criativos Inter-relação entre teoria e prática: a
teoria se constrói na prática e a prática se constrói na teoria
Avaliação
Realizada durante o processo
Está a serviço da construção do conhecimento, da harmonia, da
conciliação e da aceitação buscando melhor qualidade de vida
Ênfase para o aprender a aprender
25. Paradigma da Complexidade e a
Abordagem do ENSINO COM PESQUISA
Aluno
Sujeito gestor de projetos conjuntos que propiciem a produção do conhecimento
Corresponsável pela sua aprendizagem
Questionador, investigador, produtivo e criativo
Professor
Orquestrador da construção do conhecimento
Mediador, orientador, parceiro, articulador crítico e criativo
Provoca nos alunos o questionamento e a formulação própria
Instiga o posicionamento, a autonomia, a tomada de decisões, a
reflexão a decisão e a construção do conhecimento em seus alunos
Vê-se como sujeito da história
Grande contribuidor para a produção da ciência e da tecnologia com
criatividade e espírito transformador
Metodologia
Objetiva proposição dos projetos e enfatiza o trabalho coletivo, aliado ao individual.
Centra-se na produção do conhecimento com autonomia, criticidade e criatividade
Propõe-se a trabalhar com problematização e investigação
Valoriza a ação reflexiva, a curiosidade, o questionamento, a inquietação
Concebe a pesquisa como atividade inerente ao ser humano
Estimula um ambiente inovador e participativo em sala de aula
Utiliza recursos informatizados e literatura para a construção dos projetos
Avaliação
Deve ser contínua, processual e participativa e avalia o envolvimento, a
participação, a produção do conhecimento, o progresso, a qualidade do processo
educativo
Estabelecida pelo contrato que mostra com clareza as funções e os papéis do
professor e aluno
26. Paradigma da Complexidade e a
Abordagem PROGRESSISTA
Aluno
Sujeito do processo e participativo na aprendizagem
Participa da construção do conhecimento. É consciente da realidade
circundante
Caracteriza-se como sujeito sério, criativo, ativo, dinâmico e reflexivo
Professor
Sujeito do processo,´ético, democrático, autêntico, aprende enquanto
ensina
É crítico, EXIGENTE e coerente
Lidera o processo pela COMPETÊNCIA
Propõe sua leitura de mundo, mas apresenta outras leituras
diferentes da sua
Não se comporta como proprietário exclusivo do saber
Metodologia
ênfase na comunicação dialógica e no trabalho coletivo
privilegia a aquisição do saber vinculado às realidades sociais
contempla uma ação libertadora e democrática
procura problematizar o conteúdo e não só dissertar sobre ele ou
apresentá-lo como algo pronto
contempla uma abordagem dialética de ação/reflexão/ação
objetiva processos interativos com atividades de negociação e
renegociação
considera o saber da experiência feita
Avaliação
autoavaliação fundamentada na cosciência crítica
é contínua, processual e trasformadora
requer participação individual e coletiva
27. Os paradigmas do professor do
ENSINO SUPERIOR frente às TIC
COMPETÊNCIAS
ser, saber e
saber fazer
Conceituais
Conhecimento e
conteúdo
Procedimentais
Metodologias
Atitudinais
Conviver,
lidar com as
emoções
(UNESCO, LDB)
TIC
INOVAÇÃO
Romper com formas
conservadoras de
ensinar, aprender, pesqu
isar e avaliar
COMPROMISSOS
Ensino
produção de
conhecimento
Pesquisa
saber interrogar,
atividade reflexiva
Extensão
socialização,
conhecimento de
mundo
Diretrizes
Curriculares
(MEC e PPP) e
missão da IES
28. O computador como imigrante
Bastos (2001)
Como imigrante, o computador pode ser bem-vindo,
ignorado, evitado ou rejeitado.
Bem-vindo, mas talvez nunca seja considerado um
membro autêntico da cultura da IES.
Ignorado, e com isso muitos professores vão deixar de
fazer o exercício de descobrir o potencial do computador.
Evitado. Ele está lá e os professores não sabem
exatamente o que fazer com ele e deixam de explorá-lo.
Rejeitado, ou seja, a sua inserção é totalmente negada
e recusada à cultura vigente.
29. Você é um cidadão ou um professor
digitalmente incluído?
Ter condições
de acesso
público e/ou
privado de
qualidade
Saber interpretar
e usar para fins
individuais e/ou
coletivos, em
âmbito pessoal
e/ou profissional
TIC
Adquirir
autonomia
técnica
Fonte: BERTONCELLO, L. A inclusão digital na educação
superior...Dissertação de Mestrado, PUCPR
30. Fonte: BERTONCELLO, L. A inclusão digital na educação
superior...Dissertação de Mestrado, PUCPR.
Você é um cidadão digitalmente
incluído?
;
Não incluído
aquele que não tem acesso às TIC e não as utiliza de nenhuma forma.
Um pouco incluído
aquele que tem acesso às TIC e as utiliza de forma esporádica ou quando
necessário. Conhece poucas ferramentas e precisa de ajuda e suporte de
uma terceira pessoa.
Medianamente incluído
aquele que tem acesso cotidiano às TIC, usa algumas ferramentas com
certa autonomia, mas as utiliza para tarefas mais básicas. Esse grau
corresponde a um nível intermediário de inclusão digital.
31. Você é um cidadão digitalmente
incluído?
Parcialmente incluído
aquele que conhece softwares e tem competência e autonomia técnica para
realizar tarefas mais complicadas. Utiliza as TIC diariamente, bem como
ferramentas mais sofisticadas, mas não as utiliza em sua totalidade e
pluralidade dos diferentes contextos do ambiente digital.
Completamente incluído
aquele que utiliza as TIC diariamente e de forma frequente; é totalmente
independente na utilização, porque tem elevada competência técnica;
conhece as novas versões de softwares e programas e está sempre à frente
nesse quesito; usa as TIC e quase todas as suas ferramentas assiduamente,
seja em caráter pessoal seja profissionalmente; conhece o potencial das TIC
e as utiliza para fins pessoais, gerando benefícios de tempo e trabalho para
melhor qualidade de vida; conhece e domina os diferentes contextos e a
linguagem digital; realiza tarefas mais complicadas. Utiliza as TIC
diariamente, bem como ferramentas mais sofisticadas, mas não as utiliza em
sua totalidade e pluralidade dos diferentes contextos do ambiente digital.
32. Fonte: Sandholtz, J.H. Ensinando com as tecnologias:
criando sala de aula centrada nos alunos.1997.
Como professor, qual é a sua
habilidade com a tecnologia?
Estágios
Descrição (SANDHOLTZ, 1997)
1. Exposição
Neste nível, a aprendizagem dos professores se dá no âmbito bem inicial, e
os aspectos técnicos e de administração do equipamento tecnológico são as
preocupações mais visíveis.
2. Adoção
Aqui, os professores concentram-se menos nos aspectos técnicos e já tem
mais autonomia no uso do equipamento. Inicia-se o processo de integração
com a tecnologia com o objetivo de apoiar as práticas existentes, ou seja, o
uso da tecnologia se estende para apoiar a instrução já empregada na sala
de aula.
3. Adaptação
Neste nível, a nova tecnologia encontra-se bastante integrada à prática
tradicional em sala de aula, e os professores a utilizam com frequência,
ampliando a produtividade dos alunos quanto à aprendizagem. Há aqui o
uso significativo da tecnologia.
4. Apropriação
Aqui, os professores revelam ter total domínio das tecnologias,
introduzindo-as a novas práticas pedagógicas e não mais a práticas
tradicionais. Verifica-se uma mudança de atitude pessoal e a incorporação
da tecnologia no dia a dia.
5. Inovação
(Invenção)
Neste nível, a tecnologia é utilizada amplamente pelos professores para
criar novos ambientes de aprendizagem diferentes e variados. É o uso da
tecnologia por meio de experiências com novos padrões instrucionais.
33. Considerações circustanciais
A tecnologia pode ser uma ferramenta de auxílio ao processo de
ensino e aprendizagem. É um meio e não um fim.
O que pode acontecer no uso indevido?
extensão de um modelo tradicional;
instrumento de poder e discriminação;
tecnologia sozinha: não garante a comunicação
de duas vias, a participação real.
Equívoco:
as TIC permitem mais interação;
aulas com tecnologias são
mais participativas;
as mudanças acontecem
automaticamente.
34. Se o meu compromisso é
realmente com o homem
concreto, com a causa de sua
humanização, de sua
libertação, não posso por isso
mesmo prescindir da ciência,
nem da tecnologia, com as
quais me vou instrumentando
para melhor lutar por esta
causa (FREIRE, 1976, p. 22-23).
35. Inovação e Tecnologia na
Docência do Ensino Superior –
Unidade I
Profª. Me. Ludhiana Bertoncello
ludhiana@cesumar.br
Site: https://sites.google.com/site/educaticsuperior/