Este documento resume os conteúdos ensinados no 1o bimestre de 2015 em uma escola de ensino médio. Os tópicos incluem elementos visuais básicos como ponto, linha, cor e forma, além do estilo artístico pós-moderno no Brasil, com foco no Concretismo e Neoconcretismo. Artistas como Picasso, Sacilotto, Clark e Oiticica foram mencionados.
2. Conteúdos do 1º bimestreConteúdos do 1º bimestre
Elementos Visuais básicos: ponto, linha,
cor, textura, forma, sombra e luz;
Arte no século XX: Pós-modernismo no
Brasil (Concretismo e Neoconcretismo);
Principais artistas mencionados em aula:
Pablo Picasso, Luiz Sacilotto, Lygia Clark,
Hélio Oiticica.
4. O PontoO Ponto
É um sinal visual mínimo e elementar,
Quando imaginamos um ponto,
normalmente pensamos nele como um
pequeno círculo. No entanto, o ponto
pode ter outras formas, como um
quadrado ou uma mancha, por
exemplo. Então, o que é um ponto? É
um elemento pequeno se
compararmos com o restante da
imagem; é o menor de todos os
elementos da linguagem visual e, no
entanto, com ele construímos
imagens. Se o ponto estivesse unido a
outro, e este a outro, e assim
sucessivamente, o que viríamos seria
uma linha.
6. A LinhaA Linha
É uma marca contínua ou com aparência
de contínua, também pode ser definida
como um ponto em movimento, quando
traçada com a ajuda de qualquer
instrumento sobre uma superfície, chama-
se linha gráfica. As linhas definem as
formas e as figuras, é o sinal mais versátil
e essencial do desenho, pois pode sugerir
sentimentos, movimento, ritmo,
velocidade...
7. A LinhaA Linha
RETA: A linha reta traçada de maneira firme, contínua, pode dar uma impressão de
rigidez e dureza. Ela pode ser:
VERTICAL: Indica equilíbrio. Aparece em muitas obras de arte como expressão de
espiritualidade e elevação.
HORIZONTAL: Indica repouso. Também pode expressar quietude.
INCLINADA: Faz parecer que algo satã prestes a se movimentar. Sugere
instabilidade, movimento.
CURVA: A linha curva pode sugerir suavidade e sinuosidade. Pode ser classificada em
CÔNCAVA e CONVEXA. E se apresenta também como outros dois tipos:
ONDULADA: Sugere movimento suave e rítmico.
ESPIRAL: Indica um movimento envolvente, que vai do centro para fora ou o
contrário.
QUEBRADA: Indica movimento. Forma-se combinando-se linhas retas.
MISTA: Também indica movimento. Se forma a partir da mistura de linhas retas e curvas.
8. TIPOS DE LINHATIPOS DE LINHA
Reta - Vertical Reta - Horizontal Reta - Diagonal
Curva - Côncava Curva - Convexa Quebrada
Curva - Ondulada Curva - Espiral Mista
10. A CorA Cor
A cor não tem existência material. Ela é uma
informação visual, uma sensação provocada
pela ação da luz (ondas eletromagnéticas
refletidas pelos objetos) sobre os olhos e
decodificada pelo cérebro.
11. Cores Primárias e SecundáriasCores Primárias e Secundárias
Para estudar as cores, o primeiro
passo é sabermos que existem
cores primárias e secundárias. As
cores primárias são cores puras,
sem mistura. É através das cores
primárias que se formam todas as
outras cores. As cores primárias
são VERMELHO, AZUL e
AMARELO.
As secundárias, ao contrário, são
as que resultam da mistura de
duas cores primárias: ROXO,
VERDE e LARANJA
13. Cores Quentes e FriasCores Quentes e Frias
Algumas cores são mais alegres, mais vivas,
que classificamos como quentes. Elas nos
lembram o fogo, o sol, e transmitem o
dinamismo, a aventura, o estímulo, o calor. São
elas: vermelho, laranja e amarelo.
Outras são mais tristes, e as classificamos
como cores frias. Transmitem a calma, o
repouso, o frio, a sombra, a harmonia, a paz.
São elas: verde, azul e roxo.
Quentes Frias
14. Observe esta pintura à
esquerda, de Pieter Brueghel,
pintor renascentista. As cores
desta pintura são
predominantemente frias.
Agora observe esta outra pintura à
direita do mesmo pintor. Esta tela
tem cores predominantemente
quentes.
Cores Quentes e FriasCores Quentes e Frias
15. Cores ComplementaresCores Complementares
A cor primária que não faz parte da mistura da cor
secundária é chamada de cor complementar. São
aquelas que ocupam lugares opostos no círculo
cromático.
As cores complementares são:
Vermelho e verde
Laranja e azul
Amarelo e roxo
Obs.: Tanto as cores complementares quanto o preto e
o branco, quando estão juntos, criam um efeito
contrastante, vibrante:
16. Cores ComplementaresCores Complementares
Observe esta tela de Stuart Davis, artista
americano expressionista abstrato. Ele usou
cores puras, vibrantes, contrastantes, como as
cores complementares, o preto e o branco.
17. Cores AnálogasCores Análogas
Cores análogas são as que
aparecem lado a lado no disco de
cores.
São análogas porque há nelas
uma mesma cor básica. Por
exemplo o amarelo-ouro e o
laranja –avermelhado tem em
comum a cor laranja.
Elas são usadas para dar a
sensação de uniformidade.
A composição em cores análogas
são consideradas elegantes, e
podem ser equilibradas com uma
cor complementar.
O Rio, 1868 - Claude Monet
Nesta pintura, Monet usou
predominantemente as cores análogas
verde, amarelo esverdeado e azul
esverdeado
18. Círculo CromáticoCírculo Cromático
Cores Complementares e AnálogasCores Complementares e Análogas
Basicamente, as
cores
complementares
são sempre
opostas na
organização do
círculo cromático;
enquanto que as
análogas estão
lado a lado, são
vizinhas.
19. Monocromia e PolicromiaMonocromia e Policromia
Chamamos de
monocromia quando
utilizamos somente
uma cor, com suas
variações de tons,
obtidas com o auxílio
da cor branca ou preta.
Policromia é a
harmonia conseguida
através de várias cores
e seus tons.
Policromia
Obras das fases azul e rosa –
Pablo Picasso
(Monocromia)
20. A TexturaA Textura
Algumas coisas têm um relevo em sua
superfície, a que chamamos de textura. Nós
podemos perceber a textura dos objetos ao
tocá-los (textura tátil) ou apenas observando a
sua superfície atentamente (textura ótica).
A textura pode ser macia, áspera, lisa, enrugada
etc. E pode nos transmitir sensações e
sentimentos, como:
Textura lisa: tranquilidade, suavidade, frio.
Textura áspera: raiva, calor.
Textura macia: conforto, aconchego.
Textura enrugada: tristeza, umidade.
21. A TexturaA Textura
Quanto à forma que se apresenta pode ser:Quanto à forma que se apresenta pode ser:
GeométricaGeométrica – a organização de formas– a organização de formas
geométricas num padrão dentro de uma área ougeométricas num padrão dentro de uma área ou
superfície acaba dando a esta a característicasuperfície acaba dando a esta a característica
de uma textura. Isto acontece por quede uma textura. Isto acontece por que
agrupamos muito próximos visualmente osagrupamos muito próximos visualmente os
elementos semelhantes.elementos semelhantes.
OrgânicaOrgânica – a superfície possui uma aparência– a superfície possui uma aparência
de algo natural, iludindo o olho como sede algo natural, iludindo o olho como se
pudesse ser percebida pelo toque.pudesse ser percebida pelo toque.
23. A FormaA Forma
Nas Artes Visuais, existem três formas
básicas: o triângulo equilátero, o
quadrado e o círculo.
A forma é caracterizada pela união de
várias linhas dispostas a fim de
contornarem um espaço vazio. A forma
delimita e separa um espaço então interno,
de um espaço externo, infinito.
Ela pode se apresentar como figurativa,
figurativa estilizada e abstrata (orgânica,
geométrica, ornamentais e simbólicas)
24. Formas figurativasFormas figurativas
As formas figurativas
são representações
de coisas conhecidas,
verdadeiras cópias
da realidade.
“A leiteira” (1659-1660), de Vermeer
25. Formas figurativas estilizadasFormas figurativas estilizadas
As formas figurativas podem ser estilizadas, pois o
artista pode interpretar as coisas do mundo com seu
traço particular. Observe esta tela de Fernand Léger,
pintor francês cubista, onde as figuras humanas estão
geometrizadas.
"Mulheres em um
interior" (1921),
de Fernand Léger
26. Formas abstratasFormas abstratas
● FORMAS ABSTRATAS
ORGÂNICAS
Formas orgânicas são formas
irregulares e assimétricas.
Observe esta obra de Barbara
Hepworth, escultora inglesa
moderna. Ela usava o espaço
vazio em suas obras.
“Hieroglyph”, de Barbara
Hepworth
27. FORMAS ABSTRATAS GEOMÉTRICAS
Formas geométricas são aquelas que correspondem às figuras
geométricas como os quadrados, retângulos, triângulos.
Observe este exemplo de arquitetura contemporânea.
Finlândia
Hall, em
Helsinki,
Finlândia
.
28. FORMAS ABSTRATAS
ORNAMENTAIS
Formas ornamentais
são usadas como
padrões ou estampas de
tecido, por exemplo.
Observe este tapete:
Este tapete foi feito para a
mesquita-mausoléu em
Ardabil, Irã. O motivo
central, em forma de
medalhão, é típico dos
tapetes das mesquitas.
29. FORMAS ABSTRATAS
SIMBÓLICAS
Outro tipo de formas são
as simbólicas. São formas
figurativas que perdem
seu significado original
porque o artista lhes deu
outro significado. Observe
esta instalação de
George Segal, escultor
americano
contemporâneo. Ele
utilizou elementos do
cotidiano para expressar
solidão.
Instalação “A cortina” (1974), de
George Segal
30. A Luz e a SombraA Luz e a Sombra
A luz e a sombra são elementos fundamentais da
linguagem visual. Com elas podemos criar no desenho,
na pintura e escultura efeitos como o de dilatação do
espaço, o de profundidade e o de valorização da parte
mais iluminada. Podemos também variar o significado
das imagens, criando efeitos dramáticos, irônicos,
grotescos e poéticos.
Todo objeto não transparente exposto à luz determina
uma sombra. Vamos estudar cada elemento importante
da luz e da sombra. Começando pela luz, que pode ser
natural ou artificial:
31. A LuzA Luz
Luz natural: é quando o objeto recebe luz do sol.
Luz artificial: é quando o objeto recebe luz de maneira
artificial (lâmpada, vela, etc.).
Você poderá observar que, quando um foco luminoso
(natural ou artificial) emite seus raios sobre um objeto,
este se apresentará com uma zona iluminada e outra
sombreada. O objeto então projeta, sobre o chão ou
sobre outros objetos próximos, a sombra de si próprio.
32. A SombraA Sombra
Sombra: é a parte privada de luz. Iluminar um objeto é
banhá-lo de luz.
Sombra própria: é a que está no próprio objeto e aparece
sempre que ele esteja voltado para um ponto de luz: a parte
iluminada do objeto faz sombra na parte que ficou atrás. A
sombra própria varia de intensidade: fica mais escura ou mais
clara de acordo com a intensidade de luz sobre o objeto.
Sombra projetada: é a que aparece fora do objeto; decorre
do mesmo ponto de luz que, incidindo sobre o objeto, forma a
sombra própria.
33.
34. A Luz e a Sombra na ArteA Luz e a Sombra na Arte
35. A Luz e a Sombra na ArteA Luz e a Sombra na Arte
Moça com brinco de pérola (1665 – 1666) – Vermeer
36. Arte no século XX:Arte no século XX:
Pós-modernismo no Brasil (1950 – 1960)Pós-modernismo no Brasil (1950 – 1960)
CONCRETISMOCONCRETISMO:
Expressão dada pelo holandês Van Doesburg para designar os
artistas que “construíam” uma nova estrutura de cor e
espaço com suas obras;
As obras do Concretismo fogem da realidade e negam os
conceitos acadêmicos da arte;
No Brasil tem duas vertentes de trabalho com ideias e maneiras
de produzir arte diferentes: o Grupo Ruptura (SP) e o Grupo
Frente (RJ).
37. Concretismo: Grupo Ruptura/SPConcretismo: Grupo Ruptura/SP
Um grupo de sete artistas, a maioria de origem estrangeira residentes
em São Paulo: Anatol Wladyslaw, Leopoldo Haa, Lothar Charoux,
Féjer, Geraldo de Barros, Luiz Sacilotto, e o porta-voz oficial do
grupo, Waldemar Cordeiro.
Ideias gerais do Grupo Ruptura:
Rompem com as maneiras antigas de fazer arte, com o
naturalismo e com os produtos do gosto gratuito;
Toda obra de arte possui uma base racional, em geral
matemática;
Recusam o uso de tonalidades de cor;
Utilizam recursos óticos para a criação do movimento virtual;
Usam materiais como esmalte, tinta industrial, acrílico e
aglomerado de madeira, etc.
39. Concretismo: Grupo Frente/RJConcretismo: Grupo Frente/RJ
Formado por Ivan Serpa, Ferreira Gullar, Lygia Clark, Lygia
Pape, Aluísio Carvão, Carlos Val, João José da Silva Costa,
Vicent Ibberson, Emil Baruch, Franz Weissmann, César
Oiticica, Hélio Oiticica, Rubem Ludolf, Elisa Martins da Silveira,
Décio Vieira e Abraham Palatinik, Athos Bulcão, entre outros.
Ideias gerais:
Usam as cores e formas de maneira mais livre;
Não utilizam as regras da matemática e da geometria para produzir;
Estudam e se deixam influenciar palos trabalhos de artistas da Op Arte
e da Arte Cinética;
Permitem o uso de novas linguagens e as aprimoram a fim de
avançarem em suas pesquisas.
40. NeoconcretismoNeoconcretismo
A 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta,
organizada pelo Grupo Ruptura (SP) com a colaboração
do Grupo Frente (RJ) torna evidente a distância entre os
dois núcleos concretistas.
Após a mostra, o Grupo Frente (RJ) rompe com os
artistas de São Paulo e começa a se desintegrar. Dois
anos depois, alguns de seus integrantes se agruparam
para iniciar o Movimento Neoconcreto um dos mais
significativos da Arte brasileira.
41. NeoconcretismoNeoconcretismo
A ruptura neoconcreta na arte brasileira data de março de 1959, com a
publicação do Manifesto Neoconcreto pelo grupo de mesmo nome, e deve
ser compreendida a partir do movimento concreto no país;
Ideias gerais:
Aproximação entre trabalho artístico e industrial;
Afastamento de qualquer significado lírico ou simbólico da arte .
Defesa da liberdade de experimentação, do retorno à expressão artística
e o sujeito passa a ter papel principal;
Recuperação das possibilidades criadoras do artista;
Incorporação efetiva do observador, que ao tocar e manipular as obras
torna-se parte delas, ou seja, passa de observador a participante;
Renovação da linguagem geométrica.
44. Fontes de ConsultaFontes de Consulta
FERRARI, Solange dos Santos Utuari. et al. POR TODA
PARTE: Volume único – 1ª ed. – São Paulo: FTD, 2013.
http://douglasdim.blogspot.com.br/ (visitado em
25/03/2015)
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/arte/
(visitado em 24/03/2015)
http://www.escudeiro.com/aulas/teoria_cor.html (visitado
em 24/03/2015)
http://www.ideiavisual.com/ (visitado em 24/03/2015)
http://pointdaarte.webnode.com.br/news/os-elementos-
da-linguagem-visual1/ (visitado em 24/03/2015)