Esta é uma apresentação elaborada por Ana Paula Farias e Renata Tárrio referente ao livro "Os sete saberes necessários à educação do futuro" de Edgar Morin. A proposta é refletir sobre a importância da obra na Docência do Ensino Superior.
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Edgar Morin - Os 7 saberes necessários à Educação do Futuro
1. OS SETE SABERES NECESSÁRIOS À
EDUCAÇÃO DO FUTURO
EDGAR
MORIN
Ana Paula Farias
Renata Tárrio
2. Biografia
• Nasceu em 1921, em Paris, onde
vive atualmente;
• Morte da mãe em 1931;
• Estudou direito, história, filosofia,
sociologia e economia;
• Resistência à ocupação nazista
durante a Segunda Guerra Mundial.
• Sociologia Necessidade da
integração das diversas áreas do
saber;
• Estudos inter e transdisciplinares
foram inicialmente olhados com
desconfiança por grande parte da
comunidade científica;
3. • O método – seis volumes publicados entre
1978 e 2004;
• Pioneiro e principal teórico do paradigma
emergente da ciência na virada do século XX
para o XXI: o pensamento complexo;
• Morin é hoje considerado um dos mais
importantes pensadores vivos;
4. • Presidente da Associação para o Pensamento Complexo, Presidente
da Agência Europeia para a Cultura, membro fundador da Academia
da Latinidade, co-director do Centro de Estudos Transdisciplinares da
École des Hautes Etudes en Sciences Sociales. É também
investigador e membro honorário do Instituto Piaget;
• Edgar Morin produziu seu primeiro livro quando tinha apenas 25
anos, iniciando uma carreira longa e produtiva;
• Pelo menos 50 obras de relevância e significado são anotadas em
seu currículo.
5. O arquiteto da complexidade
• No lugar da especialização, da simplificação e da fragmentação de
saberes, Morin propõe o conceito de complexidade;
• A meta é a transdisciplinaridade. "Só convencido de que tudo se liga
a tudo e de que é urgente aprender a aprender, o educador adquirirá
uma nova postura diante da realidade, necessária para uma prática
pedagógica libertadora”.
6. Transdisciplinariedade
• Enfoque pluralista do conhecimento
• objetivo: através da articulação entre as inúmeras faces de
compreensão do mundo, alcançar a unificação do saber;
• Assim, unem-se as mais variadas disciplinas para que se torne
possível um exercício mais amplo da cognição humana;
• Este olhar múltiplo permite que se abranja a complexidade
crescente do mundo pós-moderno, o que justifica a definição da
transdisciplinaridade como um fluir de ideias e, mais
particularmente, um movimento de reflexão sobre estes
conceitos;
• Esta expressão foi criada pelo educador Jean Piaget;
7. • Desde o século XX, vem se desenvolvendo no meio acadêmico,
visando conectar o campo universitário ao restante da sociedade,
distanciados justamente pela tendência à máxima especialização
profissional;
• Usar a transdisciplinariedade permite transpor este abismo e formar
não mais especialistas, mas sim profissionais com uma bagagem
mais ampla, melhor preparados para enfrentar o competitivo e feroz
mercado de trabalho.
10. 1) As cegueiras do conhecimento: o
erro e a ilusão
• É preciso considerar o erro e a ilusão para que o conhecimento
avance;
• Todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão [...]
• A educação deve mostrar que não há conhecimento que não
esteja, em algum grau, ameaçado pelo erro e pela ilusão.
13. 2) Os princípios do conhecimento
pertinente
• Morin defende que não é preciso acabar com a ideia da disciplina, mas
rearticular a ideia da disciplina em outros contextos;
• Para que o conhecimento seja pertinente a educação deve tornar o
contexto, o global, o multidimensional e o complexo evidentes;
• Há ciências que já praticam o conhecimento pertinente, como a
Ecologia que junta outras áreas do conhecimento;
• Por isso, o conhecimento pertinente é uma
ideia contra a fragmentação.
15. 3) Ensinar a condição humana
• Precisamos entender que temos multidimensionalidades, além de
sermos culturais, somos também naturais, físicos, psíquicos, míticos e
imaginários;
• Ideia de Sapiens demens;
• Conhecer o humano é situá-lo no universo [...]
• [...] O homem somente se realiza
plenamente como ser humano pela cultura
e na cultura. Não há cultura sem cérebro
humano, mas não há mente, capacidade de
consciência e pensamento, sem cultura.
17. 4) Ensinar a identidade terrena
• A terra é a nossa pátria. A ideia da identidade terrena está ligada
a ideia da sustentabilidade;
• Construir um planeta sustentável significa construir um planeta
viável para as futuras gerações.
19. 5) Enfrentar as incertezas
• A ciência cartesiana construiu a ideia de que tudo que é
científico pertence ao reino da certeza;
• Seria preciso ensinar princípios de estratégia que permitissem
enfrentar os imprevistos, o inesperado e a incerteza, e modificar
seu desenvolvimento, em virtude das informações adquiridas ao
longo do tempo;
• A incerteza pode comandar o avanço do saber e da cultura.
21. 6) Ensinar a compreensão
• A compreensão deve ser o meio e o fim da comunicação
humana. A comunicação humana deve ser voltada para a
compreensão;
• Nossas instituições de ensino são caracterizadas pela
incompreensão: disciplinas que brigam com as outras...;
• A ideia da compreensão pode ser estendida ao planeta que
precisa de mais compreensão. O que caracteriza hoje nosso
planeta, enquanto terra pátria é a incompreensão políticas,
ideológicas e econômicas.
23. 7) A ética do gênero humano
• A antropoética é a ética do gênero humano. O ensino da
antropoética precisa ser reintroduzido nas escolas;
• Antropoética: Indivíduo Sociedade Espécie;
• Desenvolver a ética do gênero humano, através da consciência
de que o humano é, ao mesmo tempo, indivíduo, parte da
sociedade e parte da espécie.
• A importância da democracia
“Não desejar para os outros, aquilo que você não deseja para você”
24.
25. Quem também pensa assim?
• Bauman - Ambivalência
• Boaventura da Silva Santos – Ecologia dos saberes
• Paulo Freire – Educação bancária
26. O propósito dos 7 saberes para
a Educação no Ensino Superior
• Os sete saberes podem contribuir para juntar as disciplinas. Na
prática se propõe uma redefinição dos currículos que integrem os
saberes e propiciem a formação e as ações de um novo tipo de
professor;
• O pensamento complexo não é contra a disciplina, mas abre outros
campos para a disciplina. Sua introdução no ensino pode nos levar
possivelmente para rumos inovadores na construção do
conhecimento.
27. 1) Revisar currículos;
2) Integrar as disciplinas e religar os saberes;
3) Reorganizar o pensamento;
4) Abrir outros campos de saberes;
5) Recusar a separação entre razão e emoção, ciência e
arte, ciência e mito.
28. Referências
EDGAR MORIN. Disponível em: <http://www.edgarmorin.org/que-es-transdisciplinariedad.html>
Acesso em: 20 de Março de 2015
INFOESCOLA. Transdisciplinaridade. Disponível em: <http://www.infoescola.com/educacao/transdisciplinaridade/>
Acesso em: 20 de Março de 2015
INSTITUTO PIAGET. Biografia: Edgar Morin. Disponível em: <http://30anos.ipiaget.org/complexidade-valores-
educaocao-futuro-edgar-morin/programa/conferencistas/edgar-morin/conceitos-chave.htm> Acesso em: 18 de Março de
2015
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessário à educação do futuro. 2. ed. rev. São Paulo: Cortez; Brasília, DF:
UNESCO, 2011.
REVISTA ESCOLA. Edgar Morin: O arquiteto da complexidade. Disponível em:
<http://revistaescola.abril.com.br/formacao/arquiteto-complexidade-423130.shtml?page=2> Acesso em: 18 de Março de
2015
OS SETE SABERES. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/sandrasan10/os-sete-saberes-morin-sntese> Acesso em:
20 de Março de 2015
TRANSDISCIPLINARIDADE NA ESCOLA. Disponível em:
<https://transdisciplinaridade.wordpress.com/2012/07/20/edgar-morin-seu-pensamento-transdisciplinar-e-a-educacao-
planetaria/> Acesso em: 20 de Março de 2015