O documento discute conceitos fundamentais de desenho técnico em três frases ou menos:
1) Apresenta o desenho técnico como uma ferramenta essencial para mecânicos que é usada para criar, transmitir e analisar informações por meio de esboços e representações digitais.
2) Discutem modos de representação como perspectivas e vistas múltiplas, normas associadas como ABNT, e aspectos gerais como tipos de linhas, formatos de papel e legendas.
3) Explica conceitos
1. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALAGOAS
COORDENADORIA DO CURSO DE MECÂNICA
DESENHO TÉCNICO www.wix.com/ralecio/raa
Prof. Roberto Araújo Alécio
FEV/2011
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2. O DESENHO
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• É uma ferramenta
imprescindível para o dia-a-dia
do mecânico.
• É usado para criar, transmitir,
guardar, e analisar
informações.
• Se dá em primeira fase através
de esboços, depois ganham
complexidade, podendo passar
para suportes digitais
auxiliados por CAD (Computer
Aided Design).
• Usando interfaces adequadas Objeto simples desenhado em
entre CAD, CAE (Computer Perspectiva,
Aided Engineering) e CAM mas complicado de descrever
por palavras
(Computer Aided
Manufacturing).
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3. DESENHO TÉCNICO
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• Todo o processo de representação no âmbito
do desenho técnico fundamenta-se no
conceito de projeção.
– Vistas:
• É um dos tipos de representação mais usada em
mecânica.
• É baseada no conceito de projeção ortogonal.
• Obedece a determinadas normas e convenções de
representação.
– Perspectivas:
• É usada quando se quer ter uma visão espacial rápida
de determinado objeto.
• As informações apresentadas são menores do que na
representação em vistas múltiplas.
• Utilizada principalmente em montagens de peças e em
catálogos de publicidade, dando uma visão clara do
objeto.
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4. MODOS DE REPRESENTAÇÃO
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Visualização em perspectiva e definido pelas suas vistas múltiplas
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5. NORMAS ASSOCIADAS AO
DESENHO TÉCNICO www.wix.com/ralecio/raa
• Regras e convenções para que o desenho seja
universalmente entendido.
• Organismos internacionais que produzem normas
sobre vários assuntos inclusive o Desenho Técnico:
– A nível europeu existe a EM – Euro-normas, que é
semelhante a norma ISO (International Organization for
Standardzation), são as normas de maior aceitação e
aplicação;
– No continente americano a ANSI (American National
Standards Institute), de aplicações quase exclusiva.
• Organismos nacionais que acompanham organizaçoes
internacionais:
– Em Portugal o IPQ (Instituto Portugues de Qualidade);
– Na Inglaterra o BSI (Britsh Standards Institute);
– Na Alemanha a DIN (Deutsches Institut für Normung);
– No Brasil a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
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6. NORMAS ABNT
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NORMAS ABNT PARA O DESENHO TÉCNICO
NBR 8196 Desenho Técnico – Emprego de escalas
NBR 8402 Execução de caráter para escrita do desenho técnico
NBR 8403 Aplicação de linhas em desenho – Tipos de linhas –
Largura das linhas
NBR 10068 Folha de desenho – Layout e dimensões
NBR 10126 Cotagem em desenho técnico
NBR 10582 Apresentação da folha para desenho técnico
NBR 10647 Desenho técnico
NBR 13142 Desenho Técnico – Dobramento de cópia
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7. ASPECTOS GERAIS
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• Conjuntos de assuntos para
representação do desenho técnico:
– Tipos de escrita;
– Formato de papel;
– Legendas.
– Tipos de linhas;
– Espessuras de linhas;
– Dobramento dos desenhos;
– Escalas;
• Para todos os tópicos listados existe
um conjunto de normas aplicáveis.
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8. CALIGRAFIA TÉCNICA
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• As letras e algarismos a serem utilizadas
em desenho técnico são padronizadas
pela ABNT, conforme a NBR 8402 -
Execução de caractere para escrita em
desenho técnico.
• Essa norma fixa as condições exigíveis
para a escrita em desenhos técnicos.
Características da forma de escrita.
Fonte: NBR 8402 – Execução de caractere para escrita em
desenho técnico.
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9. ESCRITA NORMALIZADA
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Proporções e dimensões de símbolos gráficos.
Fonte: NBR 8402 – Execução de caractere para escrita em desenho técnico.
Características Relação Dimensões (mm)
Altura das letras
(10/10) h 2,5 3,5 5 7 10 14 20
Maiúsculas (h)
Altura das letras
(7/10) h - 2,5 3,5 5 7 10 14
minúscula (c)
Distância mínima
(2/10) h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4
ente caracteres (a)
Distancia mínima
entre linhas de base (14/10) h 3,5 5 7 10 14 20 28
(b)
Distancia mínima
(6/10) h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12
entre palavras (e)
Largura da linha (d) (1/10) h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2
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10. FORMATO DE PAPEL
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• O papel deve corresponder a um dos
formatos da série A, que são padronizados
pela ABNT, conforme NBR 10068
§ Folha de desenho.
§ Layout e dimensões.
• Para essa norma, todos os formatos desta
série derivam do formato A0:
– Retângulo de 841 mm x 1189 mm c/ 1 m2.
• Cada formato é representado pelas
dimensões de seus lados em milímetros ou
pelo respectivo símbolo.
§ Ex: 210 mm x 297 mm ou A4.
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11. FORMATO DE PAPEL
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Formatos da série “A”.
Formato Dimensão Margem
2 A0 1.189 x 1.632
A0 841 x 1.189 10
A1 594 x 841 10
A2 420 x 594 10
A3 297 x 420 10
A4 210 x 297 5
A5 148 x 210 5
A6 105 x 148 5
Obs.: A margem esquerda sempre tem a dimensão de 25 mm.
Fonte: NBR 10068 – Folha de desenho – Leiaute e dimensões.
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12. LEGENDA
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A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos
A3, A2, A1 e A0, ou ao longo da largura da folha de
desenho no formato A4.
A legenda consiste de :
1. Título do desenho;
2. Número do desenho;
3. Escala;
4. Empresa;
5. Data e nome;
6. Descrição dos componentes:
• Quantidade;
• Denominação;
• Peça;
• Material, normas, dimensões.
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13. LINHAS
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• O conhecimento dos tipos de linhas é
indispensável para a interpretação dos
desenhos.
• Tipos e Empregos
– Quanto à espessura, as linhas devem ser:
• Grossas
• Médias
• Finas
• A espessura da linha média deve ser a
metade da linha grossa e a espessura da
linha fina, metade da linha média.
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14. LINHAS
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• As linhas empregadas no desenho
técnico dividem-se em:
– Grossa (A e B);
– Média (C e D) e;
– Fina (E, F, e G).
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15. LINHAS DE CONTORNO
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• Contornos visíveis são de espessura grossa e de traço
contínuo.
• Contornos não visíveis são de espessura média e
tracejadas.
Linhas empregadas para desenho do contorno visível
Linhas empregadas para desenho de contorno invisível
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16. LINHAS DE CENTRO E COTAS
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• Centro e eixo de simetria são de espessura fina e formadas
por traços e pontos.
• Cotas, são de espessura fina, traço contínuo, limitadas por
setas nas extremidades.
Linhas empregadas para centro e eixo de simetria
Linhas empregadas para desenho de cotas
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17. LINHAS DE CHAMADA, EXTENSÃO
E CORTE www.wix.com/ralecio/raa
• Chamada ou extensão são de espessura fina e traço contínuo.
Não devem tocar o contorno do desenho e prolongam-se além
da última linha de cota que limitam.
• Linhas de corte são de espessura grossa, formadas por traços e
pontos. Servem para indicar cortes e seções.
Linhas empregadas para desenho de chamada
Linhas empregadas para desenho de cortes
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18. LINHAS DE HACHURA E RUPTURA
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• Hachuras são de espessura fina, traço contínuo ou tracejadas,
geralmente inclinadas a 45º e mostram as partes cortadas da peça.
Servem também para indicar o material de que é feita, de acordo
com as convenções recomendadas pela ABNT.
• Rupturas curtas, são de espessura média, traço contínuo e sinuoso
e servem para indicar pequenas rupturas e cortes parciais.
• Rupturas longas, são de espessura fina, traço contínuo e com zig-
zag, conforme figura abaixo.
Linhas empregadas para desenho de hachuras
Linhas empregadas para desenho de ruptura curtas e ruptura longas
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19. LINHAS REPRESENTAÇÕES
SIMPLIFICADAS www.wix.com/ralecio/raa
• Representações simplificadas, são de
espessura média, traço contínuo e servem
para indicar o fundo de filetes de roscas e
de dentes de engrenagens.
Linhas empregadas para representações simplificadas
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20. APLICAÇÃO DE LINHAS
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Tipos de linhas e seu emprego.
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21. APLICAÇÕES DE LINHAS www.wix.com/ralecio/raa
As linhas de centro deverão
cruzar-se em trechos
contínuos e não nos espaços.
As linhas tracejadas que
representam um detalhe não-
visível devem tocar uma linha
externa sem interrupção.
As tracejadas também se
encontram e se cruzam, e a
junção deve ser arranjada
como um “T” ou um “X”.
As linhas de centro não devem
estender-se para os espaços
entre as vistas e também não
devem terminar em outra
linha do desenho.
Quando um ângulo é formado por
linhas de simetria, traços
longos devem-se interceptar e
definir o ângulo.
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22. DOBRAMENTO DO PAPEL
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• Quando o formato a
utilizar no desenho for
maior do que o A4, há
necessidade de dobrá-
lo afim de arquivar, e
o resultado final da
dobragem deverá
corresponder às
dimensões do formato
A4, aparecendo a
legenda
obrigatoriamente na
face frontal. Dobramento de cópia para formatos A3.
Fonte NBR13142- Desenho técnico –
Dobramento de cópias.
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23. DOBRAMENTO
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Dobramento de cópia para formatos A0.
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24. ESCALA
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• Escala é a proporção definida
existente entre as dimensões de
uma peça e as do seu respectivo
desenho.
• O desenho de um elemento de
máquina pode estar em:
– Escala natural 1 : 1
– Escala de redução 1 : 5
– Escala de ampliação 2 : 1
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25. ESCALA DE REDUÇÃO www.wix.com/ralecio/raa
• Na representação
através de desenhos
executados em
escala de redução, as
dimensões do
desenho se reduzem
numa proporção
definida em relação
às dimensões reais
Na escala 1:2, significa que
das peças. 1mm no desenho
corresponde a 2mm na peça
1:2 1:5 1:10 1:20 1:50 1:100 real.
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26. ESCALA DE AMPLIAÇÃO www.wix.com/ralecio/raa
• Na representação
através de
desenhos
executados em
escala de
ampliação, as
dimensões do
desenho
aumentam numa
proporção definida
em relação às
dimensões reais
das peças.
Na escala 5:1, significa que 5mm
2:1 5:1 10:1 no desenho corresponde a 1mm na
peça real.
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27. Nomenclatura utilizada no
desenho técnico mecânico www.wix.com/ralecio/raa
• Aresta – reta comum a dois planos.
• Broca – peça usada para furações.
• Calço – peça (geralmente uma cunha) usada para firmar ou
nivelar.
• Chanfrar – realizar um chanfro em uma peça.
• Chanfro ou chanfradura – recorte em ângulo em uma
aresta da peça.
• Chaveta – peça colocada entre o eixo e a roda, com
finalidade de engatá-las.
• Concordância – união de duas linhas.
• Entalhe – corte feito por serra.
• Escarear – abrir um furo em uma forma cônica, geralmente
para alojar a cabeça de um parafuso.
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28. Nomenclatura utilizada no
desenho técnico mecânico www.wix.com/ralecio/raa
Esmerilhar – acabamento de uma superfície.
Estampagem – obra em folha metálica, em geral recortada.
Decapagem – forma de alisar, polir ou limpar uma peça.
Forjar – dar forma a um metal quente a partir de golpes.
Fresar – operação a partir de ferramentas de corte (fresadora).
Limar – acabamento de superfície com lima.
Matriz – peça empregada em conformar ou prensar uma forma
desejada.
Polir – alisar uma superfície com feltro ou semelhante.
Ranhura – sulco aberto em um eixo.
Rasgo de chaveta – sulco aberto para receber uma chaveta.
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29. Nomenclatura utilizada no
desenho técnico mecânico www.wix.com/ralecio/raa
• Rebaixo – parte cilíndrica alargada de um furo.
• Rebarba – excesso de metal resultante de uma operação.
• Rebite – pino usado como ligação permanente.
• Recartilhar – tornar uma superfície áspera por meio de um
serrilhado.
• Ressalto – saliência de forma circular.
• Retificar – executar acabamento em uma superfície a partir
de material abrasivo.
• Roscar – abrir uma rosca em um furo ou eixo.
• Tarraxa – ferramenta para abrir roscas externas.
• Tornear – operação de usinagem com tornos.
• Vértice – canto de uma peça; ponto comum a duas retas.
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