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ANALISE ECONÔMICO-FINANCEIRA
DE EMPRESAS
RODOLFO SALVI
salvirodolfo@gmail.com
https://br.linkedin.com/in/rodolfosalvi
CONTEÚDO
 Balanço Patrimonial
 Demonstração de Resultados
 Fluxo de Caixa
 Análise de Capital de Giro
 Análise Vertical, “Focal” e Horizontal
 Roteiro e Enfoques da Análise de Performance
 Principais Indicadores Econômico-Financeiros
 Dicas para elaboração do Parecer de Crédito
 Exercícios Práticos
OBJETIVOS DA GESTÃO FINANCEIRA
DE UMA EMPRESA
 Geração de lucros e crescimento auto sustentado
 Preservação da liquidez e da capacidade de solvência
 Maximização do valor patrimonial
BALANÇO PATRIMONIAL
 Demonstra situação financeira e patrimonial num dado momento
 Conjunto de bens, direitos e obrigações
 Mostra como a empresa está aplicando seus recursos ($$) e
como está financiando suas atividades.
 Instrumento estático de análise
 ATIVO: Bens e Direitos; aplicação ou investimento de recursos
 PASSIVO: Dívidas (com terceiros e sócios); fontes ou
financiamentos de recursos disponíveis
BALANÇO PATRIMONIAL
 CIRCULANTE (<=360 dias)
◦ Disponível
◦ Ctas a Receber
◦ Estoques
◦ Créditos Tributários
◦ Outras
 REALIZÁVEL A LONGO
PRAZO
◦ Dep. Judiciais
◦ Outras
 PERMANENTE (ou Fixo)
◦ Investimentos
◦ Imobilizado
◦ Diferido
 CIRCULANTE (<=360 dias)
◦ Fornecedores
◦ Empréstimos Bancários
◦ Salários
◦ Outras
 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
◦ Financiamento de LP
◦ Outras
 RES. EXERCÍCIOS FUTUROS
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
◦ Capital Social
◦ Reservas
◦ Lucro/Prej. Acumulados
ATIVO (investimentos) PASSIVO (financiamentos)
Cap.
Terceiros
Cap.
Próprio
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO
EXERCÍCIO (DRE)
 Demonstra a evolução econômica das receitas e custos/despesas
 Apresenta o comportamento das vendas ao longo do tempo
 Mostra como a empresa está gerindo seus custos e despesas
 Reflete a capacidade de geração de lucro em determinado
período
 Instrumento dinâmico de análise
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO
(DRE) Estrutura Básica para Análise
 RECEITA OPERACIONAL BRUTA
◦ (-)Impostos sobre Vendas/Devoluções
 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
◦ (-)Custos dos Produtos Vendidos
 LUCRO BRUTO
◦ (-)Despesas Gerais, Administrativas e Comerciais
◦ (+-)Outras Receitas/Despesas
 LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO
◦ (+-)Receitas/Despesas Financeiras
◦ (+-)Receitas/Despesas Não Operacionais
◦ (+-)Resultado Não Operacional
◦ (+-)Resultado de Equivalência Patrimonial
 LUCRO ANTES DO IMP. DE RENDA (IBT)
◦ (-)Imp. de renda PJ / Contr. Social sobre o Lucro
 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
FLUXO DE CAIXA
 Demonstra a geração de caixa das atividades operacionais
a partir do lucro gerado e dos recursos consumidos
 Diferente e mais importante do que a geração de lucro
 Mostra se as vendas e os lucros da empresa estão sendo
gerados de forma sustentável
 Reflete a eficiência nas políticas de investimento e
financiamento
FLUXO DE CAIXA
- Estrutura Básica para análise -
 LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO
◦ (+)Depreciações/Amortizações
◦ (+)Outras Despesas não monetárias
 GERAÇÃO BRUTA DE CAIXA
◦ (-)Variação de Necessidade de Capital de Giro (NCG)
 GERAÇÃO OPERACIONAL LÍQUIDA DE CAIXA
◦ (+)Variação de Empréstimos de Curto Prazo
 GERAÇÃO CORRENTE DE CAIXA
FLUXO DE CAIXA
- Principais indicadores de geração de caixa -
Ger. Bruta de Caixa
Ger. Operacional de
Caixa
Ger. Corrente de
Caixa
O que revela?
o caixa gerado
pelas atividades
comerciais
o caixa gerado pelas
operações, incluindo
variação de NCG
o caixa gerado a
curto prazo
Financia operações de
compra, produção e venda
SIM NÃO NÃO
Paga dívidas bancárias de
curto prazo?
SIM SIM NÃO
Realiza investimentos? SIM SIM SIM
Amortiza dívidas de longo
prazo?
SIM SIM SIM
Reforça o caixa? SIM SIM SIM
ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO
 Ativos Circulantes Operacionais (ACO) ou Cíclicos:
◦ Aplicações de recursos na atividade operacional; vinculados ao ciclo do negócio
◦ Contas a receber, estoques, adiantamento a fornecedores, etc.
 Passivos Circulantes Operacionais (PCO) ou Cíclicos:
◦ Fontes não onerosas de recursos para financiar atividades operacionais;
vinculados ao ciclo operacional
◦ Fornecedores, provisões sociais e tributárias, adiantamento de cliente, etc.
 Ativos Circulantes Financeiros (ACF) ou de Tesouraria:
◦ Recursos com grande liquidez (capacidade de conversão em moeda corrente)
◦ Ativos de curto prazo não necessariamente relacionado ao ciclo operacional; não
permanentes
◦ Caixa, aplicações financeiras de curto prazo, títulos e valores imobiliários
 Passivos Circulantes Financeiros (PCF) ou de Tesouraria:
◦ Fontes onerosas de recursos
◦ Dívidas sem vínculo direto com o ciclo operacional; não permanentes
◦ Empréstimos Bancários de Curto Prazo, Debêntures, Provisão para IR,
Dividendos a Distribuir
ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO
 NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO (NCG) = ACO – PCO
◦ Recursos necessários para financiar as atividades operacionais da
empresa (compras, estoques, produção, comercialização); Comum
para indústrias
 SALDO DE TESOURARIA (T) = ACF – PCF
◦ Saldo de caixa e aplicações financeiras menos dívidas bancárias e
outras obrigações onerosas
 CAPITAL DE GIRO = NCG + T ou AC - PC
◦ Fonte de fundos permanentes para financiar a NCG
 PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE CLIENTES (PMR)
 PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO A FORNECEDORES (PMP)
 PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM (PME)
 CICLO OPERACIONAL (working capital days) = PMR +
PME
 CICLO FINANCEIRO: NCG/Vendas * Nº de dias do período
ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO
O Efeito “Tesoura”
 CONCEITO >> conseqüência natural do crescimento acelerado do
nível de empréstimos bancários em função de demanda crescente
por recursos complementares. NCG cada vez maior que CDG.
 FATORES INDICATIVOS:
◦ Ao longo do tempo: Variação NCG/Vendas > Autofinanciamento/Vendas
◦ Muitos investimentos em ativo fixo com prazos inadequados
◦ Redução de CDG, acompanhado de aumento de vendas e NCG
◦ Deterioração do ciclo financeiro
◦ Crise Geral na Economia, provocando queda nas vendas, inadimplência e
menores prazos de pagamento aos fornecedores
ANÁLISE VERTICAL, FOCAL E
HORIZONTAL
 VERTICAL: percentual que cada conta representa do
total do Ativo (Balanço) ou da Receita Líquida (DRE)
 HORIZONTAL: variação percentual de cada conta de um
período para outro; demonstra a evolução
 FOCAL: análise das contas mais representativas do
Balanço que, juntas, somam mais de 80% do total do
Ativo
SUGESTÃO DE ROTEIRO DE ANÁLISE
 Análise DRE: avaliação margens de lucro, evolução de
receitas, custos e despesas de um período para outro
 Análise Fluxo de Caixa: observância da geração bruta
de caixa, depreciação, lucro operacional, variação de NCG
(estoques, ctas a receber, fornecedores)
 Análise do Balanço: variações das principais contas
patrimoniais (análise focal, horizontal e vertical)
 Análise de Indicadores: verificar evolução de um ano
para outro; relacionar com a análise de Balanço/Ger.
Caixa e DRE
ENFOQUES DA ANÁLISE
 ENFOQUE ECONÔMICO
◦ Potencialidade de geração de lucros
◦ Fonte: DRE
 ENFOQUE FINANCEIRO
◦ Capacidade de geração de caixa
◦ Fonte: Demonstração de Fluxo de Caixa
 ENFOQUE PATRIMONIAL
◦ Otimização dos investimentos e das fontes de financiamento
◦ Fonte: Balanço Patrimonial
PRINCIPAIS INDICADORES
ECONÔMICO-FINANCEIROS
 LUCRATIVIDADE E RENTABILIDADE
◦ Margens de Lucro (Bruta, Operacional, Líquida)
◦ EBITDA
◦ Retorno sobre: Ativos, PL, Investimento
 RISCO
◦ Liquidez
◦ Endividamento
◦ Estrutura de Capital
 ATIVIDADE
◦ Prazos Médios
◦ Giro de Estoques e de Ativos
◦ Ciclo Operacional e Financeiro
DICAS PARA ELABORAÇÃO DO PARECER
FINAL DE CRÉDITO
 INTRODUÇÃO: 1 ou 2 frases resumindo, de forma genérica, a situação
econômico, financeira e patrimonial da empresa
 ASPECTOS ECONÔMICOS: evolução das vendas, especialmente do último ano;
resultados (margens); principais causas (negócio do cliente, condições econômicas,
fatos isolados, etc.) que contribuíram para o aumento e/ou redução de
vendas/lucros/custos/despesas.
 ASPECTOS FINANCEIROS: indicadores de liquidez, endividamento e fluxo de
caixa; fazer a relação causa >> efeito. Por exemplo: endividamento cresceu em
função da maior NCG decorrente de aumento significativo de prazo médio de
estocagem.
 HISTÓRICO DE CRÉDITO/RELACIONAMENTO: breve comentário sobre
pontualidade do cliente, relacionamento comercial (volume de compras,
rentabilidade, etc.)
 HISTÓRICO COM O SETOR E COM BANCOS: coleta de referência comerciais e
bancárias
 RECOMENDAÇÃO FINAL: mensurar o limite de crédito recomendado e garantias
(quando necessárias)

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Análise de Demonstrações Financeiras - Conceitos Básicos

  • 1. ANALISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE EMPRESAS RODOLFO SALVI salvirodolfo@gmail.com https://br.linkedin.com/in/rodolfosalvi
  • 2. CONTEÚDO  Balanço Patrimonial  Demonstração de Resultados  Fluxo de Caixa  Análise de Capital de Giro  Análise Vertical, “Focal” e Horizontal  Roteiro e Enfoques da Análise de Performance  Principais Indicadores Econômico-Financeiros  Dicas para elaboração do Parecer de Crédito  Exercícios Práticos
  • 3. OBJETIVOS DA GESTÃO FINANCEIRA DE UMA EMPRESA  Geração de lucros e crescimento auto sustentado  Preservação da liquidez e da capacidade de solvência  Maximização do valor patrimonial
  • 4. BALANÇO PATRIMONIAL  Demonstra situação financeira e patrimonial num dado momento  Conjunto de bens, direitos e obrigações  Mostra como a empresa está aplicando seus recursos ($$) e como está financiando suas atividades.  Instrumento estático de análise  ATIVO: Bens e Direitos; aplicação ou investimento de recursos  PASSIVO: Dívidas (com terceiros e sócios); fontes ou financiamentos de recursos disponíveis
  • 5. BALANÇO PATRIMONIAL  CIRCULANTE (<=360 dias) ◦ Disponível ◦ Ctas a Receber ◦ Estoques ◦ Créditos Tributários ◦ Outras  REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ◦ Dep. Judiciais ◦ Outras  PERMANENTE (ou Fixo) ◦ Investimentos ◦ Imobilizado ◦ Diferido  CIRCULANTE (<=360 dias) ◦ Fornecedores ◦ Empréstimos Bancários ◦ Salários ◦ Outras  EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ◦ Financiamento de LP ◦ Outras  RES. EXERCÍCIOS FUTUROS  PATRIMÔNIO LÍQUIDO ◦ Capital Social ◦ Reservas ◦ Lucro/Prej. Acumulados ATIVO (investimentos) PASSIVO (financiamentos) Cap. Terceiros Cap. Próprio
  • 6. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO (DRE)  Demonstra a evolução econômica das receitas e custos/despesas  Apresenta o comportamento das vendas ao longo do tempo  Mostra como a empresa está gerindo seus custos e despesas  Reflete a capacidade de geração de lucro em determinado período  Instrumento dinâmico de análise
  • 7. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO (DRE) Estrutura Básica para Análise  RECEITA OPERACIONAL BRUTA ◦ (-)Impostos sobre Vendas/Devoluções  RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA ◦ (-)Custos dos Produtos Vendidos  LUCRO BRUTO ◦ (-)Despesas Gerais, Administrativas e Comerciais ◦ (+-)Outras Receitas/Despesas  LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO ◦ (+-)Receitas/Despesas Financeiras ◦ (+-)Receitas/Despesas Não Operacionais ◦ (+-)Resultado Não Operacional ◦ (+-)Resultado de Equivalência Patrimonial  LUCRO ANTES DO IMP. DE RENDA (IBT) ◦ (-)Imp. de renda PJ / Contr. Social sobre o Lucro  LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
  • 8. FLUXO DE CAIXA  Demonstra a geração de caixa das atividades operacionais a partir do lucro gerado e dos recursos consumidos  Diferente e mais importante do que a geração de lucro  Mostra se as vendas e os lucros da empresa estão sendo gerados de forma sustentável  Reflete a eficiência nas políticas de investimento e financiamento
  • 9. FLUXO DE CAIXA - Estrutura Básica para análise -  LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO ◦ (+)Depreciações/Amortizações ◦ (+)Outras Despesas não monetárias  GERAÇÃO BRUTA DE CAIXA ◦ (-)Variação de Necessidade de Capital de Giro (NCG)  GERAÇÃO OPERACIONAL LÍQUIDA DE CAIXA ◦ (+)Variação de Empréstimos de Curto Prazo  GERAÇÃO CORRENTE DE CAIXA
  • 10. FLUXO DE CAIXA - Principais indicadores de geração de caixa - Ger. Bruta de Caixa Ger. Operacional de Caixa Ger. Corrente de Caixa O que revela? o caixa gerado pelas atividades comerciais o caixa gerado pelas operações, incluindo variação de NCG o caixa gerado a curto prazo Financia operações de compra, produção e venda SIM NÃO NÃO Paga dívidas bancárias de curto prazo? SIM SIM NÃO Realiza investimentos? SIM SIM SIM Amortiza dívidas de longo prazo? SIM SIM SIM Reforça o caixa? SIM SIM SIM
  • 11. ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO  Ativos Circulantes Operacionais (ACO) ou Cíclicos: ◦ Aplicações de recursos na atividade operacional; vinculados ao ciclo do negócio ◦ Contas a receber, estoques, adiantamento a fornecedores, etc.  Passivos Circulantes Operacionais (PCO) ou Cíclicos: ◦ Fontes não onerosas de recursos para financiar atividades operacionais; vinculados ao ciclo operacional ◦ Fornecedores, provisões sociais e tributárias, adiantamento de cliente, etc.  Ativos Circulantes Financeiros (ACF) ou de Tesouraria: ◦ Recursos com grande liquidez (capacidade de conversão em moeda corrente) ◦ Ativos de curto prazo não necessariamente relacionado ao ciclo operacional; não permanentes ◦ Caixa, aplicações financeiras de curto prazo, títulos e valores imobiliários  Passivos Circulantes Financeiros (PCF) ou de Tesouraria: ◦ Fontes onerosas de recursos ◦ Dívidas sem vínculo direto com o ciclo operacional; não permanentes ◦ Empréstimos Bancários de Curto Prazo, Debêntures, Provisão para IR, Dividendos a Distribuir
  • 12. ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO  NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO (NCG) = ACO – PCO ◦ Recursos necessários para financiar as atividades operacionais da empresa (compras, estoques, produção, comercialização); Comum para indústrias  SALDO DE TESOURARIA (T) = ACF – PCF ◦ Saldo de caixa e aplicações financeiras menos dívidas bancárias e outras obrigações onerosas  CAPITAL DE GIRO = NCG + T ou AC - PC ◦ Fonte de fundos permanentes para financiar a NCG  PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE CLIENTES (PMR)  PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO A FORNECEDORES (PMP)  PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM (PME)  CICLO OPERACIONAL (working capital days) = PMR + PME  CICLO FINANCEIRO: NCG/Vendas * Nº de dias do período
  • 13. ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO O Efeito “Tesoura”  CONCEITO >> conseqüência natural do crescimento acelerado do nível de empréstimos bancários em função de demanda crescente por recursos complementares. NCG cada vez maior que CDG.  FATORES INDICATIVOS: ◦ Ao longo do tempo: Variação NCG/Vendas > Autofinanciamento/Vendas ◦ Muitos investimentos em ativo fixo com prazos inadequados ◦ Redução de CDG, acompanhado de aumento de vendas e NCG ◦ Deterioração do ciclo financeiro ◦ Crise Geral na Economia, provocando queda nas vendas, inadimplência e menores prazos de pagamento aos fornecedores
  • 14. ANÁLISE VERTICAL, FOCAL E HORIZONTAL  VERTICAL: percentual que cada conta representa do total do Ativo (Balanço) ou da Receita Líquida (DRE)  HORIZONTAL: variação percentual de cada conta de um período para outro; demonstra a evolução  FOCAL: análise das contas mais representativas do Balanço que, juntas, somam mais de 80% do total do Ativo
  • 15. SUGESTÃO DE ROTEIRO DE ANÁLISE  Análise DRE: avaliação margens de lucro, evolução de receitas, custos e despesas de um período para outro  Análise Fluxo de Caixa: observância da geração bruta de caixa, depreciação, lucro operacional, variação de NCG (estoques, ctas a receber, fornecedores)  Análise do Balanço: variações das principais contas patrimoniais (análise focal, horizontal e vertical)  Análise de Indicadores: verificar evolução de um ano para outro; relacionar com a análise de Balanço/Ger. Caixa e DRE
  • 16. ENFOQUES DA ANÁLISE  ENFOQUE ECONÔMICO ◦ Potencialidade de geração de lucros ◦ Fonte: DRE  ENFOQUE FINANCEIRO ◦ Capacidade de geração de caixa ◦ Fonte: Demonstração de Fluxo de Caixa  ENFOQUE PATRIMONIAL ◦ Otimização dos investimentos e das fontes de financiamento ◦ Fonte: Balanço Patrimonial
  • 17. PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS  LUCRATIVIDADE E RENTABILIDADE ◦ Margens de Lucro (Bruta, Operacional, Líquida) ◦ EBITDA ◦ Retorno sobre: Ativos, PL, Investimento  RISCO ◦ Liquidez ◦ Endividamento ◦ Estrutura de Capital  ATIVIDADE ◦ Prazos Médios ◦ Giro de Estoques e de Ativos ◦ Ciclo Operacional e Financeiro
  • 18. DICAS PARA ELABORAÇÃO DO PARECER FINAL DE CRÉDITO  INTRODUÇÃO: 1 ou 2 frases resumindo, de forma genérica, a situação econômico, financeira e patrimonial da empresa  ASPECTOS ECONÔMICOS: evolução das vendas, especialmente do último ano; resultados (margens); principais causas (negócio do cliente, condições econômicas, fatos isolados, etc.) que contribuíram para o aumento e/ou redução de vendas/lucros/custos/despesas.  ASPECTOS FINANCEIROS: indicadores de liquidez, endividamento e fluxo de caixa; fazer a relação causa >> efeito. Por exemplo: endividamento cresceu em função da maior NCG decorrente de aumento significativo de prazo médio de estocagem.  HISTÓRICO DE CRÉDITO/RELACIONAMENTO: breve comentário sobre pontualidade do cliente, relacionamento comercial (volume de compras, rentabilidade, etc.)  HISTÓRICO COM O SETOR E COM BANCOS: coleta de referência comerciais e bancárias  RECOMENDAÇÃO FINAL: mensurar o limite de crédito recomendado e garantias (quando necessárias)