Esta apresentação aborda os principais aspectos relacionados à análise econômico-financeira de empresas. Trata-se um referencial teórico importante para a concessão de crédito.
2. CONTEÚDO
Balanço Patrimonial
Demonstração de Resultados
Fluxo de Caixa
Análise de Capital de Giro
Análise Vertical, “Focal” e Horizontal
Roteiro e Enfoques da Análise de Performance
Principais Indicadores Econômico-Financeiros
Dicas para elaboração do Parecer de Crédito
Exercícios Práticos
3. OBJETIVOS DA GESTÃO FINANCEIRA
DE UMA EMPRESA
Geração de lucros e crescimento auto sustentado
Preservação da liquidez e da capacidade de solvência
Maximização do valor patrimonial
4. BALANÇO PATRIMONIAL
Demonstra situação financeira e patrimonial num dado momento
Conjunto de bens, direitos e obrigações
Mostra como a empresa está aplicando seus recursos ($$) e
como está financiando suas atividades.
Instrumento estático de análise
ATIVO: Bens e Direitos; aplicação ou investimento de recursos
PASSIVO: Dívidas (com terceiros e sócios); fontes ou
financiamentos de recursos disponíveis
5. BALANÇO PATRIMONIAL
CIRCULANTE (<=360 dias)
◦ Disponível
◦ Ctas a Receber
◦ Estoques
◦ Créditos Tributários
◦ Outras
REALIZÁVEL A LONGO
PRAZO
◦ Dep. Judiciais
◦ Outras
PERMANENTE (ou Fixo)
◦ Investimentos
◦ Imobilizado
◦ Diferido
CIRCULANTE (<=360 dias)
◦ Fornecedores
◦ Empréstimos Bancários
◦ Salários
◦ Outras
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
◦ Financiamento de LP
◦ Outras
RES. EXERCÍCIOS FUTUROS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
◦ Capital Social
◦ Reservas
◦ Lucro/Prej. Acumulados
ATIVO (investimentos) PASSIVO (financiamentos)
Cap.
Terceiros
Cap.
Próprio
6. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO
EXERCÍCIO (DRE)
Demonstra a evolução econômica das receitas e custos/despesas
Apresenta o comportamento das vendas ao longo do tempo
Mostra como a empresa está gerindo seus custos e despesas
Reflete a capacidade de geração de lucro em determinado
período
Instrumento dinâmico de análise
7. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO
(DRE) Estrutura Básica para Análise
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
◦ (-)Impostos sobre Vendas/Devoluções
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
◦ (-)Custos dos Produtos Vendidos
LUCRO BRUTO
◦ (-)Despesas Gerais, Administrativas e Comerciais
◦ (+-)Outras Receitas/Despesas
LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO
◦ (+-)Receitas/Despesas Financeiras
◦ (+-)Receitas/Despesas Não Operacionais
◦ (+-)Resultado Não Operacional
◦ (+-)Resultado de Equivalência Patrimonial
LUCRO ANTES DO IMP. DE RENDA (IBT)
◦ (-)Imp. de renda PJ / Contr. Social sobre o Lucro
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
8. FLUXO DE CAIXA
Demonstra a geração de caixa das atividades operacionais
a partir do lucro gerado e dos recursos consumidos
Diferente e mais importante do que a geração de lucro
Mostra se as vendas e os lucros da empresa estão sendo
gerados de forma sustentável
Reflete a eficiência nas políticas de investimento e
financiamento
9. FLUXO DE CAIXA
- Estrutura Básica para análise -
LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO
◦ (+)Depreciações/Amortizações
◦ (+)Outras Despesas não monetárias
GERAÇÃO BRUTA DE CAIXA
◦ (-)Variação de Necessidade de Capital de Giro (NCG)
GERAÇÃO OPERACIONAL LÍQUIDA DE CAIXA
◦ (+)Variação de Empréstimos de Curto Prazo
GERAÇÃO CORRENTE DE CAIXA
10. FLUXO DE CAIXA
- Principais indicadores de geração de caixa -
Ger. Bruta de Caixa
Ger. Operacional de
Caixa
Ger. Corrente de
Caixa
O que revela?
o caixa gerado
pelas atividades
comerciais
o caixa gerado pelas
operações, incluindo
variação de NCG
o caixa gerado a
curto prazo
Financia operações de
compra, produção e venda
SIM NÃO NÃO
Paga dívidas bancárias de
curto prazo?
SIM SIM NÃO
Realiza investimentos? SIM SIM SIM
Amortiza dívidas de longo
prazo?
SIM SIM SIM
Reforça o caixa? SIM SIM SIM
11. ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO
Ativos Circulantes Operacionais (ACO) ou Cíclicos:
◦ Aplicações de recursos na atividade operacional; vinculados ao ciclo do negócio
◦ Contas a receber, estoques, adiantamento a fornecedores, etc.
Passivos Circulantes Operacionais (PCO) ou Cíclicos:
◦ Fontes não onerosas de recursos para financiar atividades operacionais;
vinculados ao ciclo operacional
◦ Fornecedores, provisões sociais e tributárias, adiantamento de cliente, etc.
Ativos Circulantes Financeiros (ACF) ou de Tesouraria:
◦ Recursos com grande liquidez (capacidade de conversão em moeda corrente)
◦ Ativos de curto prazo não necessariamente relacionado ao ciclo operacional; não
permanentes
◦ Caixa, aplicações financeiras de curto prazo, títulos e valores imobiliários
Passivos Circulantes Financeiros (PCF) ou de Tesouraria:
◦ Fontes onerosas de recursos
◦ Dívidas sem vínculo direto com o ciclo operacional; não permanentes
◦ Empréstimos Bancários de Curto Prazo, Debêntures, Provisão para IR,
Dividendos a Distribuir
12. ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO (NCG) = ACO – PCO
◦ Recursos necessários para financiar as atividades operacionais da
empresa (compras, estoques, produção, comercialização); Comum
para indústrias
SALDO DE TESOURARIA (T) = ACF – PCF
◦ Saldo de caixa e aplicações financeiras menos dívidas bancárias e
outras obrigações onerosas
CAPITAL DE GIRO = NCG + T ou AC - PC
◦ Fonte de fundos permanentes para financiar a NCG
PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE CLIENTES (PMR)
PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO A FORNECEDORES (PMP)
PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM (PME)
CICLO OPERACIONAL (working capital days) = PMR +
PME
CICLO FINANCEIRO: NCG/Vendas * Nº de dias do período
13. ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO
O Efeito “Tesoura”
CONCEITO >> conseqüência natural do crescimento acelerado do
nível de empréstimos bancários em função de demanda crescente
por recursos complementares. NCG cada vez maior que CDG.
FATORES INDICATIVOS:
◦ Ao longo do tempo: Variação NCG/Vendas > Autofinanciamento/Vendas
◦ Muitos investimentos em ativo fixo com prazos inadequados
◦ Redução de CDG, acompanhado de aumento de vendas e NCG
◦ Deterioração do ciclo financeiro
◦ Crise Geral na Economia, provocando queda nas vendas, inadimplência e
menores prazos de pagamento aos fornecedores
14. ANÁLISE VERTICAL, FOCAL E
HORIZONTAL
VERTICAL: percentual que cada conta representa do
total do Ativo (Balanço) ou da Receita Líquida (DRE)
HORIZONTAL: variação percentual de cada conta de um
período para outro; demonstra a evolução
FOCAL: análise das contas mais representativas do
Balanço que, juntas, somam mais de 80% do total do
Ativo
15. SUGESTÃO DE ROTEIRO DE ANÁLISE
Análise DRE: avaliação margens de lucro, evolução de
receitas, custos e despesas de um período para outro
Análise Fluxo de Caixa: observância da geração bruta
de caixa, depreciação, lucro operacional, variação de NCG
(estoques, ctas a receber, fornecedores)
Análise do Balanço: variações das principais contas
patrimoniais (análise focal, horizontal e vertical)
Análise de Indicadores: verificar evolução de um ano
para outro; relacionar com a análise de Balanço/Ger.
Caixa e DRE
16. ENFOQUES DA ANÁLISE
ENFOQUE ECONÔMICO
◦ Potencialidade de geração de lucros
◦ Fonte: DRE
ENFOQUE FINANCEIRO
◦ Capacidade de geração de caixa
◦ Fonte: Demonstração de Fluxo de Caixa
ENFOQUE PATRIMONIAL
◦ Otimização dos investimentos e das fontes de financiamento
◦ Fonte: Balanço Patrimonial
17. PRINCIPAIS INDICADORES
ECONÔMICO-FINANCEIROS
LUCRATIVIDADE E RENTABILIDADE
◦ Margens de Lucro (Bruta, Operacional, Líquida)
◦ EBITDA
◦ Retorno sobre: Ativos, PL, Investimento
RISCO
◦ Liquidez
◦ Endividamento
◦ Estrutura de Capital
ATIVIDADE
◦ Prazos Médios
◦ Giro de Estoques e de Ativos
◦ Ciclo Operacional e Financeiro
18. DICAS PARA ELABORAÇÃO DO PARECER
FINAL DE CRÉDITO
INTRODUÇÃO: 1 ou 2 frases resumindo, de forma genérica, a situação
econômico, financeira e patrimonial da empresa
ASPECTOS ECONÔMICOS: evolução das vendas, especialmente do último ano;
resultados (margens); principais causas (negócio do cliente, condições econômicas,
fatos isolados, etc.) que contribuíram para o aumento e/ou redução de
vendas/lucros/custos/despesas.
ASPECTOS FINANCEIROS: indicadores de liquidez, endividamento e fluxo de
caixa; fazer a relação causa >> efeito. Por exemplo: endividamento cresceu em
função da maior NCG decorrente de aumento significativo de prazo médio de
estocagem.
HISTÓRICO DE CRÉDITO/RELACIONAMENTO: breve comentário sobre
pontualidade do cliente, relacionamento comercial (volume de compras,
rentabilidade, etc.)
HISTÓRICO COM O SETOR E COM BANCOS: coleta de referência comerciais e
bancárias
RECOMENDAÇÃO FINAL: mensurar o limite de crédito recomendado e garantias
(quando necessárias)