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UNIVERSIDADE DE LISBOA 
FACULDADE DE MEDICINA 
Programa Doutoral em Doenças Metabólicas e do Comportamento Alimentar 
Módulo de Genética 
24 Janeiro, 2014 
Sara Lopes Pereira 
Dietista
GENÓMICA NUTRICIONAL 
99,9% do DNA é igual em todos os humanos 
0,1% 
Diferentes respostas a alimentos, 
suplementos e medicamentos 
Kaput J et al. Physiol Genomics, 2004; 16(2): 166-77.
GENÓMICA NUTRICIONAL 
Princípios gerais: 
• Os compostos bioativos dos alimentos interferem com o 
genoma humano, direta ou indiretamente, alterando a 
expressão genética ou a estrutura do DNA 
• Em determinados indivíduos a dieta pode constituir um 
fator de risco significativo para diversas patologias 
• Alguns genes regulados pela dieta, e as suas variantes 
genéticas, desempenham um papel central na incidência, 
progressão e/ou gravidade de doenças crónicas 
Kaput J et al. Physiol Genomics, 2004; 16(2): 166-77.
GENÓMICA NUTRICIONAL 
• A influência da dieta nos estados de saúde e 
doença pode depender do espólio genético do 
indivíduo 
• A intervenção dietética baseada no conhecimento 
das necessidades nutricionais, do estado 
nutricional e do genótipo pode ser aplicada para 
prevenir, mitigar ou curar doenças crónicas 
(nutrição personalizada) 
Kaput J et al. Physiol Genomics, 2004; 16(2): 166-77.
GENÓMICA NUTRICIONAL 
Objetivos: 
• Otimizar a saúde e prevenir a doença através 
da personalização da dieta 
• Contribuir para aprofundar o conhecimento 
da complexa relação entre as moléculas 
nutricionais, os polimorfismos genéticos e o 
sistema biológico como um todo 
Mutch D et al. FASEB J. 2005; 19(12): 1602-16.
VANTAGENS 
• Aumento da eficácia das medidas preventivas e das 
intervenções nutricionais 
• Aconselhamento alimentar adaptado aos níveis ideais de 
ingestão dietética, utilização de suplementos e de alimentos 
funcionais 
• Modifica o risco genético e a predisposição para as doenças 
complexas através da intervenção nutricional 
• Permite identificar indivíduos suscetíveis a reações adversas 
provocadas pelo consumo de determinados nutrientes 
Hulimann T et al. Genes Nutr. 2014; 9(1): 370.
ABORDAGEM METODOLÓGICA 
• Análise do perfil genético 
Determinação simultânea de diversas variantes 
genéticas – 0,1% 
Kaput J et al. Physiol Genomics, 2004; 16(2): 166-77.
ABORDAGEM METOD. 
• Proteómica 
Estuda as variações e compara os 
perfis de expressão proteica, 
relacionando-os com efeitos causais 
– 1 gene ≈10 proteínas 
Kelner R. Fresenius J Anal Chem 2000; 366: 517–524
ABORDAGEM METODOLÓGICA 
• Metabolómica 
Estuda quantitativamente as respostas 
metabólicas do organismo a um estímulo 
fisiopatológico ou modificação genética, que 
se refletem em fenótipos distintos 
Facilita a investigação das vias metabólicas 
utilizando biomarcadores reconhecidos 
Preter V et al. World J Gastrointest Pharmacol Ther, 2013; 4(4): 97–107
ABORDAGEM METODOLÓGICA 
Preter V et al. World J Gastrointest Pharmacol Ther, 2013; 4(4): 97–107
ABORDAGEM METODOLÓGICA 
• Bioinformática 
Estudo dos processos informáticos nos sistemas 
biológicos, aplicando conhecimentos de ciência, 
matemática e biologia 
Permite aplicar métodos económicos e acessíveis na 
integração dos dados da genómica, proteómica e da 
metabolómica 
Whelan F et al. Front Immunol. 2013; 4:416.
GENÓMICA NUTRICIONAL 
Nutrigenética 
GENES SAÚDE 
DIETA 
Nutrigenómica
NUTRIGENÉTICA 
Estuda o impacto do espólio genético do 
Indivíduo na resposta do organismo a um padrão 
alimentar, alimento funcional ou suplemento, 
na origem de diferentes fenótipos 
Pressuposto geral 
A concentração ideal de nutrientes necessária 
para a prevenção da lesão do DNA depende da ocorrência de 
polimorfismos genéticos que modificam a função de genes 
envolvidos direta ou indiretamente na 
absorção e metabolismo dos nutrientes necessários 
para a reparação e replicação do DNA 
Fenech M. Food Chem Toxicol, 2008; 46(4):1365-70.
NUTRIGENÉTICA 
i J e t al. Science, 2008; 319(5866): 1100-4.
NUTRIGENÉTICA 
Objetivo: 
Identificar qual a melhor dieta para um determinado 
indivíduo de acordo com as suas características 
genéticas 
Nutrição Personalizada 
Fenech M. Food Chem Toxicol, 2008; 46(4):1365-70.
NUTRIGENÉTICA 
Seleção de genes candidatos 
(suscetibilidade a fatores ambientais) 
SNP (single nucleotide polymorphism) 
• Genes que são ativados durante um estado de doença e que 
demonstraram previamente serem modificáveis com a intervenção 
nutricional 
• Genes com variações funcionais importantes 
• Genes que apresentam papeis importantes na hierarquia das cascatas 
biológicas 
• Polimorfismos que são altamente prevalentes na população 
• Genes com biomarcardores associados 
Mutch D et al. FASEB J. 2005; 19(12): 1602-16.
NUTRIGENÉTICA 
Scriver C et al. Trend Gen. 1999; 15(7): 267-72.
LOCUS DO GENE MUTAÇÃO FENÓTIPO 
Scriver C et al. Trend Gen. 1999; 15(7): 267-72. 
EFEITOS 
NUTRICIONAIS 
DIETOTERAPIA 
PAH 
(fenilalanina 
desidroxilase) 
+500 Fenilcetonúria Intolerância 
alimentar grave à 
fenilalanina 
Exclusão carne, peixe, 
ovos, leite e derivados., 
oleaginosas, 
leguminosas 
refrigerantes light 
G6PD 
(glucose-6-fosfato 
desidrogenase) 
+140 Favismo e 
anemia 
hemolítica 
Intolerância aos 
compostos 
glicosídicos vicina 
e convicina 
Exclusão de 
leguminosas (favas, 
ervilhas, lentilhas, 
feijão, grão, soja); dieta 
rica em lípidos e pobre 
em HC simples 
GALT 
(galactose-1- 
fosfato 
uridiltransferase) 
+180 Galactosemia Intolerância 
alimentar à 
lactose 
Exclusão de leite, 
iogurtes, queijo e 
derivados 
NUTRIGENÉTICA
LOCUS DO GENE MUTAÇÃO FENÓTIPO 
Scriver C et al. Trend Gen. 1999; 15(7): 267-72. 
EFEITOS 
NUTRICIONAIS 
DIETOTERAPIA 
HLA 
(complexo 
antigénio 
leucocitário 
humano ) 
+100 Doença celíaca Intolerância 
alimentar grave à 
proteína do 
glúten, a gliadina 
Exclusão trigo, aveia, 
cevada e centeio 
HFE +20 Hemocromatose 
Porfiria 
Aumento da 
reabsorção e 
acumulação de 
ferro 
Dieta pobre em ferro 
(carne, peixe, ovos, 
legumes folha verde 
escura, citrinos…) 
NUTRIGENÉTICA
LOCUS DO GENE FENÓTIPO 
Scriver C et al. Trend Gen. 1999; 15(7): 267-72. 
EFEITOS 
NUTRICIONAIS/ 
CLÍNICOS 
DIETOTERAPIA 
Apolipoproteina A-I 
(APOA1) 
Síndrome 
metabólico, DCV 
Défice HDL-col, 
aumento TG 
Dieta hipolipídica 
Apolipoproteina B 
(APOB) 
Hipercolesterolemia 
e síndrome 
metabólico 
Défice de vitamina E 
e A, e de absorção 
de lípidos 
Dieta hipolipídica 
Apolipoproteina E 
(APOE) 
Hipercolesterolemia 
e doença coronária 
Hipercolesterolemia Dieta hipolipídica (variante 
E4) 
Recetor da leptina 
(LEPR) 
Síndrome 
metabólico 
(hipersinsulinemia) 
Aumento do apetite Dieta rica em n-3 e pobre 
em n-6 PUFA 
NUTRIGENÉTICA
LOCUS DO GENE FENÓTIPO 
Scriver C et al. Trend Gen. 1999; 15(7): 267-72. 
EFEITOS 
NUTRICIONAIS/ 
CLÍNICOS 
DIETOTERAPIA 
Recetor-delta ativado 
do proliferador de 
peroxisomas (PPAR-δ) 
Síndrome 
metabólico, 
diabetes, obesidade, 
lipodistrofia 
Alteração b-oxidação 
Dieta hipolipídica 
Fator de transcrição 7- 
like 2 (TCF7L2) 
Síndrome 
metabólico e 
insulinoresistência, 
DM 
Hiperglicemia Dieta hipolipídica pobre 
em gordura saturada 
Linfotoxina-α ( LTA) 
Interleucina 6 (IL-6) 
Fator de necrose 
tumoral -α (TNF-α) 
Síndrome 
metabólico, enfarte 
do miocárdio, DM1 
Inflamação Aumentar o rácio 
PUFA/gordura saturada 
Interleucina 1b Síntrome 
metabólico, 
carcinoma gastrico 
Inflamação Aumentar o consumo de 
n3-PUFA 
NUTRIGENÉTICA
LOCUS DO GENE FENÓTIPO 
Scriver C et al. Trend Gen. 1999; 15(7): 267-72. 
EFEITOS 
NUTRICIONAIS/ 
CLÍNICOS 
DIETOTERAPIA 
MTHFR 
(metilenotetrahidrof 
olato redutase) 
Hiperhomocisteinemia 
Anencefalia 
Espinha bífida 
DCV, cancro 
Défice de ácido 
fólico 
Dieta rica em ácido fólico 
e riboflavina 
Acetil-CoA 
carboxilase β (ACC2) 
Doença cardiovascular Alteração da 
beta-oxidação 
Dieta hipolipídica e pobre 
em n-6 PUFA 
Sintase endotelial 
do óxido nítrico 
(NOS3) 
Disfunção endotelial, 
DCV, DM2 
Défice de óxido 
nítrico e citrulina 
Dieta rica em dadores de 
NO (nitratos, nitritos), 
antioxidantes 
Sintase induzível do 
óxido nítrico 
(NOS2A) 
Inflamação, asma, 
obesidade, cancro 
Citotoxicidade de 
óxido nítrico 
Dieta rica em 
antioxidantes 
NUTRIGENÉTICA
NUTRIGENÉTICA 
4b/a, NOS3 
PD=0,017; PD*G=0,033 
4b4b Nitrosaminas (r=0,799; p=0,017) 
4b4a/4a4a Nitritos (r=0,988; p=0,012) 
Vitamina C (r=0,996; p=0,004) 
Vitamina E (r=0,956; p=0,004) 
+14C>T, NOS2 
PD=0,018 PD*G=0,003 
CT/TT MUFA (r= 0,902; p=0,014) 
N=12 
N=12
NUTRIGENÉTICA 
+14C>T, NOS2 
PD*G=0,044 
+88T>G, NOS2 
PD*G=0,020 
N=12 N=12 
CC Nitratos (r=0,711; p=0,021) GT/TT PAS (r= 0,938; p=0,018)
GENÓMICA NUTRICIONAL 
Nutrigenética 
GENES SAÚDE 
DIETA 
Nutrigenómica
NUTRIGENÓMICA 
Estuda o impacto da dieta na expressão genética, 
relacionando os fenótipos resultantes com as alterações 
metabólicas e genéticas do sistema biológico 
Pressuposto geral 
O risco de doenças degenerativas e do desenvolvimento aumenta 
com a lesão do DNA, que é dependente do estado nutricional 
Fenech M. Food Chem Toxicol, 2008; 46(4):1365-70.
NUTRIGENÓMICA 
Objetivo: 
Identificar qual a melhor dieta entre diferentes padrões 
alimentares existentes 
Fenech M. Food Chem Toxicol, 2008; 46(4):1365-70.
NUTRIGENÓMICA 
NUTRIENTES 
Ligandos para os 
recetores dos fatores de 
transcrição 
Farhud D, et al. Iran J Public Health. 2010; 39(4): 1–14. 
Utilizados em vias 
metabólicas primárias ou 
secundárias 
Modifica-se a concentração dos substratos ou intermediários 
Alteração positiva ou negativa das vias de sinalização celular 
Alteração da expressão genética
Kaput J. Ann N Y Acad Sci. 2006; 1055: 64-79.
NUTRIGENÓMICA 
NUTRIENTE EFEITOS NO GENOMA HUMANO 
Energia 
(dieta hipocalórica) 
•Aumenta a expressão de genes que codificam 
fatores envolvidos na síntese de nucleotidos, 
do DNA e no metabolismo da cromatina; 
•Diminui a expressão de genes envolvidos na 
síntese de PUFAs a partir do Acetil-CoA e do 
Malonil-CoA, bem como com a tradução de 
sinal, sinalização celular, resposta imunitária e 
metabolismo dos glúcidos 
Simopoulos A. Annu Ver Public Health, 2010; 31(4): 53-68.
NUTRIGENÓMICA 
NUTRIENTE EFEITOS NO GENOMA HUMANO 
Lípidos 
Colesterol Inibe a transcrição do gene β-hidroxi-β-metil-glutaril 
(HMG)-CoA redutase 
PUFAs Inibem a produção hepática de RNAm da sintetase de 
ácidos gordos – lipoproteinemia 
Ómega 3 Nas plaquetas reduzem os níveis de RNAm do fator 
de crescimento (PDGF) e de IL-1b (regulação ao nivel 
da transcrição) 
Glícidos 
Baixo IG Inibe a expressão de genes relacionados com as vias 
de sinalização da insulina e apoptose celular 
Elevado IG Estimula a expressão de genes associados ao stresse 
oxidativo, imunidade mediada por citocinas, 
quimiocinas e pela via das interleucinas 
Simopoulos A. Annu Ver Public Health, 2010; 31(4): 53-68.
NUTRIGENÓMICA 
“Results from a recent epidemiological study suggest that at least 
nine micronutrients affect genome stability in humans in vivo” 
Fenech M. Food Chem Toxicol, 2008; 46(4):1365-70.
NUTRIGENÓMICA 
DÉFICE NUTRICIONAL EFEITOS NO GENOMA HUMANO FENÓTIPO 
Ácido fólico Rutura de cromossomas e inibe a 
reparação/metilação do DNA 
Cancro do cólon, doença 
cardíaca, disfunção 
neurológica, infertilidade 
masculina, leucemia 
Vitamina B12 Rutura de cromossomas e inibe a 
reparação/metilação do DNA 
Idêntico ao do ácido fólico, 
perda de memória 
Vitamina B6 Rutura de cromossomas e inibe a 
reparação/metilação do DNA 
Idêntico ao do ácido fólico 
Vitamina C Mimetiza a lesão por radiação 
(oxidação do DNA) 
Cataratas; cancro 
Vitamina E Mimetiza a lesão por radiação 
(oxidação do DNA) 
Cancro do cólon; doença 
cardíaca; disfunção 
imunitária 
Vitamina D Mimetiza a lesão por radiação 
(oxidação do DNA) 
Cancro do cólon, mama e 
próstata 
Neeha V et al. J Food Sci Technol, 2013; 50(3): 415-28.
NUTRIENTE EFEITOS NO GENOMA HUMANO FENÓTIPO 
Vitamina A Inibe o gene PEPCK Interrupção da gravidez e 
morte fetal 
Niacina Inibe a reparação do DNA Sintomas neurológicos, 
perda de memória 
Ferro Rutura de cromossomas e mimetiza 
a lesão por radiação (oxidação do 
DNA) 
Disfunção neurológica, 
imunitária e cancro 
Zinco Rutura de cromossomas e mimetiza 
a lesão por radiação (oxidação do 
DNA) 
Disfunção neurológica, 
imunitária e cancro 
NUTRIGENÓMICA 
Neeha V et al. J Food Sci Technol, 2013; 50(3): 415-28.
NUTRIGENÓMICA 
NUTRIENTE COMPOSTOS 
Fitoquímicos Isotiocianatos, carotenóides, flavonóides, indoles, alil sulfur 
Zooquímicos Ácido linoleico conjugado (CLA), n3-PUFA 
Fungoquímicos B-glucanos, lentinanos, esquizofilanos e outros compostos dos 
cogumelos 
Bacterioquímicos Equol, butirato e outros compostos formados durante a 
fermentação bacteriana no trato gastrointestinal 
Farhud D et al. Iran J Public Health. 2010; 39(4): 1–14.
LIMITAÇÕES 
METODOLÓGICAS 
• Estudos de tamanho amostral reduzido que 
apresentam falta de consistência 
• Apenas uma pequena fração da componente 
genética das doenças é conhecida 
Hulimann T et al. Genes Nutr. 2014; 9(1): 370.
LIMITAÇÕES 
ÉTICAS 
• Abordagem reducionista menosprezando aspetos 
culturais e sociais da alimentação 
• Limita a liberdade de escolha 
• Depende da equidade do acesso aos alimentos 
indicados 
• Fortemente dependente da adesão individual à dieta 
Hulimann T et al. Genes Nutr. 2014; 9(1): 370.
PRESPETIVAS FUTURAS 
• Utilizar biomarcadores reconhecidos na análise dos 
fenótipos (metabolómica) 
• Determinar com precisão as variantes genéticas e do 
consumo alimentar (criação de BD nutricionais 
atualizadas) 
• Incluir a análise de fenómenos de epigenética 
• Aumentar o tamanho amostral dos estudos (criação 
de consórcios internacionais) 
Ordovas J et al. Ann Rev Genom Hum Gen. 2004; 5: 71-118.
PRESPECTIVAS FUTURAS 
• Identificar marcadores genéticos específicos para a 
variação étnica e cultural no estudo das interações 
gene-ambiente 
• Follow-up de estudos observacionais – estudos in 
vitro – estudos in vivo: compreensão dos 
mecanismos moleculares envolvidos na interação 
gene-ambiente 
• Desenvolver modelos estatísticos preditivos que 
permitam a análise da informação de vários genes, 
em combinação com a informação fenotípica e do 
meio ambiente 
Ordovas J et al. Ann Rev Genom Hum Gen. 2004; 5: 71-118.
PRESPECTIVAS FUTURAS 
• Desenvolver políticas socioeconómicas apropriadas 
para a implementação das recomendações 
nutricionais adaptadas 
Ordovas J et al. Ann Rev Genom Hum Gen. 2004; 5: 71-118.

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Nutrigenética e Nutrigenómica na Personalização da Dieta

  • 1. UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE MEDICINA Programa Doutoral em Doenças Metabólicas e do Comportamento Alimentar Módulo de Genética 24 Janeiro, 2014 Sara Lopes Pereira Dietista
  • 2. GENÓMICA NUTRICIONAL 99,9% do DNA é igual em todos os humanos 0,1% Diferentes respostas a alimentos, suplementos e medicamentos Kaput J et al. Physiol Genomics, 2004; 16(2): 166-77.
  • 3. GENÓMICA NUTRICIONAL Princípios gerais: • Os compostos bioativos dos alimentos interferem com o genoma humano, direta ou indiretamente, alterando a expressão genética ou a estrutura do DNA • Em determinados indivíduos a dieta pode constituir um fator de risco significativo para diversas patologias • Alguns genes regulados pela dieta, e as suas variantes genéticas, desempenham um papel central na incidência, progressão e/ou gravidade de doenças crónicas Kaput J et al. Physiol Genomics, 2004; 16(2): 166-77.
  • 4. GENÓMICA NUTRICIONAL • A influência da dieta nos estados de saúde e doença pode depender do espólio genético do indivíduo • A intervenção dietética baseada no conhecimento das necessidades nutricionais, do estado nutricional e do genótipo pode ser aplicada para prevenir, mitigar ou curar doenças crónicas (nutrição personalizada) Kaput J et al. Physiol Genomics, 2004; 16(2): 166-77.
  • 5. GENÓMICA NUTRICIONAL Objetivos: • Otimizar a saúde e prevenir a doença através da personalização da dieta • Contribuir para aprofundar o conhecimento da complexa relação entre as moléculas nutricionais, os polimorfismos genéticos e o sistema biológico como um todo Mutch D et al. FASEB J. 2005; 19(12): 1602-16.
  • 6. VANTAGENS • Aumento da eficácia das medidas preventivas e das intervenções nutricionais • Aconselhamento alimentar adaptado aos níveis ideais de ingestão dietética, utilização de suplementos e de alimentos funcionais • Modifica o risco genético e a predisposição para as doenças complexas através da intervenção nutricional • Permite identificar indivíduos suscetíveis a reações adversas provocadas pelo consumo de determinados nutrientes Hulimann T et al. Genes Nutr. 2014; 9(1): 370.
  • 7. ABORDAGEM METODOLÓGICA • Análise do perfil genético Determinação simultânea de diversas variantes genéticas – 0,1% Kaput J et al. Physiol Genomics, 2004; 16(2): 166-77.
  • 8. ABORDAGEM METOD. • Proteómica Estuda as variações e compara os perfis de expressão proteica, relacionando-os com efeitos causais – 1 gene ≈10 proteínas Kelner R. Fresenius J Anal Chem 2000; 366: 517–524
  • 9. ABORDAGEM METODOLÓGICA • Metabolómica Estuda quantitativamente as respostas metabólicas do organismo a um estímulo fisiopatológico ou modificação genética, que se refletem em fenótipos distintos Facilita a investigação das vias metabólicas utilizando biomarcadores reconhecidos Preter V et al. World J Gastrointest Pharmacol Ther, 2013; 4(4): 97–107
  • 10. ABORDAGEM METODOLÓGICA Preter V et al. World J Gastrointest Pharmacol Ther, 2013; 4(4): 97–107
  • 11. ABORDAGEM METODOLÓGICA • Bioinformática Estudo dos processos informáticos nos sistemas biológicos, aplicando conhecimentos de ciência, matemática e biologia Permite aplicar métodos económicos e acessíveis na integração dos dados da genómica, proteómica e da metabolómica Whelan F et al. Front Immunol. 2013; 4:416.
  • 12. GENÓMICA NUTRICIONAL Nutrigenética GENES SAÚDE DIETA Nutrigenómica
  • 13. NUTRIGENÉTICA Estuda o impacto do espólio genético do Indivíduo na resposta do organismo a um padrão alimentar, alimento funcional ou suplemento, na origem de diferentes fenótipos Pressuposto geral A concentração ideal de nutrientes necessária para a prevenção da lesão do DNA depende da ocorrência de polimorfismos genéticos que modificam a função de genes envolvidos direta ou indiretamente na absorção e metabolismo dos nutrientes necessários para a reparação e replicação do DNA Fenech M. Food Chem Toxicol, 2008; 46(4):1365-70.
  • 14. NUTRIGENÉTICA i J e t al. Science, 2008; 319(5866): 1100-4.
  • 15. NUTRIGENÉTICA Objetivo: Identificar qual a melhor dieta para um determinado indivíduo de acordo com as suas características genéticas Nutrição Personalizada Fenech M. Food Chem Toxicol, 2008; 46(4):1365-70.
  • 16. NUTRIGENÉTICA Seleção de genes candidatos (suscetibilidade a fatores ambientais) SNP (single nucleotide polymorphism) • Genes que são ativados durante um estado de doença e que demonstraram previamente serem modificáveis com a intervenção nutricional • Genes com variações funcionais importantes • Genes que apresentam papeis importantes na hierarquia das cascatas biológicas • Polimorfismos que são altamente prevalentes na população • Genes com biomarcardores associados Mutch D et al. FASEB J. 2005; 19(12): 1602-16.
  • 17. NUTRIGENÉTICA Scriver C et al. Trend Gen. 1999; 15(7): 267-72.
  • 18. LOCUS DO GENE MUTAÇÃO FENÓTIPO Scriver C et al. Trend Gen. 1999; 15(7): 267-72. EFEITOS NUTRICIONAIS DIETOTERAPIA PAH (fenilalanina desidroxilase) +500 Fenilcetonúria Intolerância alimentar grave à fenilalanina Exclusão carne, peixe, ovos, leite e derivados., oleaginosas, leguminosas refrigerantes light G6PD (glucose-6-fosfato desidrogenase) +140 Favismo e anemia hemolítica Intolerância aos compostos glicosídicos vicina e convicina Exclusão de leguminosas (favas, ervilhas, lentilhas, feijão, grão, soja); dieta rica em lípidos e pobre em HC simples GALT (galactose-1- fosfato uridiltransferase) +180 Galactosemia Intolerância alimentar à lactose Exclusão de leite, iogurtes, queijo e derivados NUTRIGENÉTICA
  • 19. LOCUS DO GENE MUTAÇÃO FENÓTIPO Scriver C et al. Trend Gen. 1999; 15(7): 267-72. EFEITOS NUTRICIONAIS DIETOTERAPIA HLA (complexo antigénio leucocitário humano ) +100 Doença celíaca Intolerância alimentar grave à proteína do glúten, a gliadina Exclusão trigo, aveia, cevada e centeio HFE +20 Hemocromatose Porfiria Aumento da reabsorção e acumulação de ferro Dieta pobre em ferro (carne, peixe, ovos, legumes folha verde escura, citrinos…) NUTRIGENÉTICA
  • 20. LOCUS DO GENE FENÓTIPO Scriver C et al. Trend Gen. 1999; 15(7): 267-72. EFEITOS NUTRICIONAIS/ CLÍNICOS DIETOTERAPIA Apolipoproteina A-I (APOA1) Síndrome metabólico, DCV Défice HDL-col, aumento TG Dieta hipolipídica Apolipoproteina B (APOB) Hipercolesterolemia e síndrome metabólico Défice de vitamina E e A, e de absorção de lípidos Dieta hipolipídica Apolipoproteina E (APOE) Hipercolesterolemia e doença coronária Hipercolesterolemia Dieta hipolipídica (variante E4) Recetor da leptina (LEPR) Síndrome metabólico (hipersinsulinemia) Aumento do apetite Dieta rica em n-3 e pobre em n-6 PUFA NUTRIGENÉTICA
  • 21. LOCUS DO GENE FENÓTIPO Scriver C et al. Trend Gen. 1999; 15(7): 267-72. EFEITOS NUTRICIONAIS/ CLÍNICOS DIETOTERAPIA Recetor-delta ativado do proliferador de peroxisomas (PPAR-δ) Síndrome metabólico, diabetes, obesidade, lipodistrofia Alteração b-oxidação Dieta hipolipídica Fator de transcrição 7- like 2 (TCF7L2) Síndrome metabólico e insulinoresistência, DM Hiperglicemia Dieta hipolipídica pobre em gordura saturada Linfotoxina-α ( LTA) Interleucina 6 (IL-6) Fator de necrose tumoral -α (TNF-α) Síndrome metabólico, enfarte do miocárdio, DM1 Inflamação Aumentar o rácio PUFA/gordura saturada Interleucina 1b Síntrome metabólico, carcinoma gastrico Inflamação Aumentar o consumo de n3-PUFA NUTRIGENÉTICA
  • 22. LOCUS DO GENE FENÓTIPO Scriver C et al. Trend Gen. 1999; 15(7): 267-72. EFEITOS NUTRICIONAIS/ CLÍNICOS DIETOTERAPIA MTHFR (metilenotetrahidrof olato redutase) Hiperhomocisteinemia Anencefalia Espinha bífida DCV, cancro Défice de ácido fólico Dieta rica em ácido fólico e riboflavina Acetil-CoA carboxilase β (ACC2) Doença cardiovascular Alteração da beta-oxidação Dieta hipolipídica e pobre em n-6 PUFA Sintase endotelial do óxido nítrico (NOS3) Disfunção endotelial, DCV, DM2 Défice de óxido nítrico e citrulina Dieta rica em dadores de NO (nitratos, nitritos), antioxidantes Sintase induzível do óxido nítrico (NOS2A) Inflamação, asma, obesidade, cancro Citotoxicidade de óxido nítrico Dieta rica em antioxidantes NUTRIGENÉTICA
  • 23. NUTRIGENÉTICA 4b/a, NOS3 PD=0,017; PD*G=0,033 4b4b Nitrosaminas (r=0,799; p=0,017) 4b4a/4a4a Nitritos (r=0,988; p=0,012) Vitamina C (r=0,996; p=0,004) Vitamina E (r=0,956; p=0,004) +14C>T, NOS2 PD=0,018 PD*G=0,003 CT/TT MUFA (r= 0,902; p=0,014) N=12 N=12
  • 24. NUTRIGENÉTICA +14C>T, NOS2 PD*G=0,044 +88T>G, NOS2 PD*G=0,020 N=12 N=12 CC Nitratos (r=0,711; p=0,021) GT/TT PAS (r= 0,938; p=0,018)
  • 25. GENÓMICA NUTRICIONAL Nutrigenética GENES SAÚDE DIETA Nutrigenómica
  • 26. NUTRIGENÓMICA Estuda o impacto da dieta na expressão genética, relacionando os fenótipos resultantes com as alterações metabólicas e genéticas do sistema biológico Pressuposto geral O risco de doenças degenerativas e do desenvolvimento aumenta com a lesão do DNA, que é dependente do estado nutricional Fenech M. Food Chem Toxicol, 2008; 46(4):1365-70.
  • 27. NUTRIGENÓMICA Objetivo: Identificar qual a melhor dieta entre diferentes padrões alimentares existentes Fenech M. Food Chem Toxicol, 2008; 46(4):1365-70.
  • 28. NUTRIGENÓMICA NUTRIENTES Ligandos para os recetores dos fatores de transcrição Farhud D, et al. Iran J Public Health. 2010; 39(4): 1–14. Utilizados em vias metabólicas primárias ou secundárias Modifica-se a concentração dos substratos ou intermediários Alteração positiva ou negativa das vias de sinalização celular Alteração da expressão genética
  • 29. Kaput J. Ann N Y Acad Sci. 2006; 1055: 64-79.
  • 30. NUTRIGENÓMICA NUTRIENTE EFEITOS NO GENOMA HUMANO Energia (dieta hipocalórica) •Aumenta a expressão de genes que codificam fatores envolvidos na síntese de nucleotidos, do DNA e no metabolismo da cromatina; •Diminui a expressão de genes envolvidos na síntese de PUFAs a partir do Acetil-CoA e do Malonil-CoA, bem como com a tradução de sinal, sinalização celular, resposta imunitária e metabolismo dos glúcidos Simopoulos A. Annu Ver Public Health, 2010; 31(4): 53-68.
  • 31. NUTRIGENÓMICA NUTRIENTE EFEITOS NO GENOMA HUMANO Lípidos Colesterol Inibe a transcrição do gene β-hidroxi-β-metil-glutaril (HMG)-CoA redutase PUFAs Inibem a produção hepática de RNAm da sintetase de ácidos gordos – lipoproteinemia Ómega 3 Nas plaquetas reduzem os níveis de RNAm do fator de crescimento (PDGF) e de IL-1b (regulação ao nivel da transcrição) Glícidos Baixo IG Inibe a expressão de genes relacionados com as vias de sinalização da insulina e apoptose celular Elevado IG Estimula a expressão de genes associados ao stresse oxidativo, imunidade mediada por citocinas, quimiocinas e pela via das interleucinas Simopoulos A. Annu Ver Public Health, 2010; 31(4): 53-68.
  • 32. NUTRIGENÓMICA “Results from a recent epidemiological study suggest that at least nine micronutrients affect genome stability in humans in vivo” Fenech M. Food Chem Toxicol, 2008; 46(4):1365-70.
  • 33. NUTRIGENÓMICA DÉFICE NUTRICIONAL EFEITOS NO GENOMA HUMANO FENÓTIPO Ácido fólico Rutura de cromossomas e inibe a reparação/metilação do DNA Cancro do cólon, doença cardíaca, disfunção neurológica, infertilidade masculina, leucemia Vitamina B12 Rutura de cromossomas e inibe a reparação/metilação do DNA Idêntico ao do ácido fólico, perda de memória Vitamina B6 Rutura de cromossomas e inibe a reparação/metilação do DNA Idêntico ao do ácido fólico Vitamina C Mimetiza a lesão por radiação (oxidação do DNA) Cataratas; cancro Vitamina E Mimetiza a lesão por radiação (oxidação do DNA) Cancro do cólon; doença cardíaca; disfunção imunitária Vitamina D Mimetiza a lesão por radiação (oxidação do DNA) Cancro do cólon, mama e próstata Neeha V et al. J Food Sci Technol, 2013; 50(3): 415-28.
  • 34. NUTRIENTE EFEITOS NO GENOMA HUMANO FENÓTIPO Vitamina A Inibe o gene PEPCK Interrupção da gravidez e morte fetal Niacina Inibe a reparação do DNA Sintomas neurológicos, perda de memória Ferro Rutura de cromossomas e mimetiza a lesão por radiação (oxidação do DNA) Disfunção neurológica, imunitária e cancro Zinco Rutura de cromossomas e mimetiza a lesão por radiação (oxidação do DNA) Disfunção neurológica, imunitária e cancro NUTRIGENÓMICA Neeha V et al. J Food Sci Technol, 2013; 50(3): 415-28.
  • 35. NUTRIGENÓMICA NUTRIENTE COMPOSTOS Fitoquímicos Isotiocianatos, carotenóides, flavonóides, indoles, alil sulfur Zooquímicos Ácido linoleico conjugado (CLA), n3-PUFA Fungoquímicos B-glucanos, lentinanos, esquizofilanos e outros compostos dos cogumelos Bacterioquímicos Equol, butirato e outros compostos formados durante a fermentação bacteriana no trato gastrointestinal Farhud D et al. Iran J Public Health. 2010; 39(4): 1–14.
  • 36. LIMITAÇÕES METODOLÓGICAS • Estudos de tamanho amostral reduzido que apresentam falta de consistência • Apenas uma pequena fração da componente genética das doenças é conhecida Hulimann T et al. Genes Nutr. 2014; 9(1): 370.
  • 37. LIMITAÇÕES ÉTICAS • Abordagem reducionista menosprezando aspetos culturais e sociais da alimentação • Limita a liberdade de escolha • Depende da equidade do acesso aos alimentos indicados • Fortemente dependente da adesão individual à dieta Hulimann T et al. Genes Nutr. 2014; 9(1): 370.
  • 38. PRESPETIVAS FUTURAS • Utilizar biomarcadores reconhecidos na análise dos fenótipos (metabolómica) • Determinar com precisão as variantes genéticas e do consumo alimentar (criação de BD nutricionais atualizadas) • Incluir a análise de fenómenos de epigenética • Aumentar o tamanho amostral dos estudos (criação de consórcios internacionais) Ordovas J et al. Ann Rev Genom Hum Gen. 2004; 5: 71-118.
  • 39. PRESPECTIVAS FUTURAS • Identificar marcadores genéticos específicos para a variação étnica e cultural no estudo das interações gene-ambiente • Follow-up de estudos observacionais – estudos in vitro – estudos in vivo: compreensão dos mecanismos moleculares envolvidos na interação gene-ambiente • Desenvolver modelos estatísticos preditivos que permitam a análise da informação de vários genes, em combinação com a informação fenotípica e do meio ambiente Ordovas J et al. Ann Rev Genom Hum Gen. 2004; 5: 71-118.
  • 40. PRESPECTIVAS FUTURAS • Desenvolver políticas socioeconómicas apropriadas para a implementação das recomendações nutricionais adaptadas Ordovas J et al. Ann Rev Genom Hum Gen. 2004; 5: 71-118.

Editor's Notes

  1. Proteomics currently enables geneticists to study the complete collection of proteins in a cell or tissue at any given time, and it will permit them to determine the role of proteins inside cells and even the role of the molecules with which they interact ordovas
  2. All these techniques can and should be combined to understand both the influence of specific nutrients and whole dietary patterns on the metabolic behavior of cells, organs, and the whole organism
  3. Nutrigenómica refere-se ao efeito da dieta na expressão genética Nutrigenética refere-se ao impacto que o espólio genético do indivíduo exerce na resposta a um padrão alimentar, alimento funcional ou suplemento em relação a um resultado de saúde específico
  4. Fluxo das migrações na origem da diversidade genética da população humana, e que também se traduz em diferentes respostas biológicas aos alimentos de acordo com o espólio genético do indivíduo Kaput
  5. Genetic polymorphisms can influence response to environmental elements, such as enzymatic activities changes that affect circulating concentrations and ultimately the effectiveness of chemicals and their metabolites 
  6. Genotype–phenotype relationship. The potential influence of genotype and non-genetic factors on the phenotype of various monogenic disorders. The equation VP = VG + VE (Ref. 61) implies that variation in genotype and environment contribute to variation in phenotype. The diagram indicates the estimated relative importance of background genotype and environment as contributors to the phenotype of several monogenic diseases. The figure does not include the effect of allelic variation at the major locus. Boxed entries are mentioned in the text.
  7. PAH – compromete a conversão da fenilalanina a tirosina G6PD – compromete a síntese de NADH e de glutatião reduzido, a defesa antioxidante principal do eritrócito, levando à sua lesão pelso radicais livres GALT – compromete a conversão da lactose a galactose
  8. HLA- relacionado com o complexo major de histocompatibilidade e o desenvolvimento de reações aut-imunes contra a gliadina HFE – regula a bsorção de ferro através da transferrina
  9. MTHFR – requer riboflavina eácido fólico como cofatores de estabilidade cromossomica
  10. MTHFR – requer riboflavina eácido fólico como cofatores de estabilidade cromossomica
  11. MTHFR – requer riboflavina eácido fólico como cofatores de estabilidade cromossomica
  12. População diabética
  13. População hipertensa
  14. Nutrigenómica refere-se ao efeito da dieta na expressão genética Nutrigenética refere-se ao impacto que o espólio genético do indivíduo exerce na resposta a um padrão alimentar, alimento funcional ou suplemento em relação a um resultado de saúde específico
  15. A nível celular os nutrientes podem agir como ligandos para os recetores dos fatores de transcrição (ativar a exprssão genética) ou serem metabolizados por vias metabólicas primárias ou secundárias. Assim modifica-se a concentração dos substratos ou dos intermediários e no fim, comprometem positiva ou negativamente as vias de sinalização celular. Os fatores de transcrição (TFs) são uma das moleculas chave pelas quais os nutrientes podem alterear a expressão genética
  16. Genisteina - soja Ácido docosahexanoico – omega 3 Ácido pristanico e fitanico – ácido gordos de cadeia muito longa Hiperforina – derivado da erva-de-são-joão Couumesterol – isoflavona soja Anrostenol – eencontrado nas trufas (cogumelos) Indole 3 carbinol – crucíferas couve flor, brócolos, couves de bruxelas
  17. MTHFR – requer riboflavina eácido fólico como cofatores de estabilidade cromossomica
  18. HMG-CoA – via metabólica que produz colesterol Quimiocinas são citocinas que ativam especificamente leucócitos
  19. the amount of micronutrients that appear to be protective against genome damage vary greatly between foods and careful choice is needed to design dietary patterns optimised for genome health maintenance. 
  20. the amount of micronutrients that appear to be protective against genome damage vary greatly between foods and careful choice is needed to design dietary patterns optimised for genome health maintenance. 
  21. PEPCK – fosfoenol piruvato carboxicinase – utilizado na neoglucogenese (síntese de glícidos a partir de ácidos gordos)
  22. Zooquímicos – compostos de origem animal
  23. Epigenética - incutem alterações subtis no genoma sem alterar a sequência do DNA (modulada por fatores nutricionais; DNA mitocondrial)
  24. Epigenética - incutem alterações subtis no genoma sem alterar a sequência do DNA (modulada por fatores nutricionais; DNA mitocondrial)
  25. Epigenética - incutem alterações subtis no genoma sem alterar a sequência do DNA (modulada por fatores nutricionais; DNA mitocondrial)
  26. Epigenética - incutem alterações subtis no genoma sem alterar a sequência do DNA (modulada por fatores nutricionais; DNA mitocondrial)