Os astecas eram grupos étnicos que dominaram grande parte da Mesoamérica entre os séculos XIV e XVI, construindo a cidade de Tenochtitlan no lago Texcoco. Eles formaram um império tributário que se expandiu através de conquistas. A cultura asteca atingiu notáveis realizações, mas também praticava sacrifícios humanos em larga escala antes de ser conquistada pelos espanhóis em 1521.
1. Os povos astecas ou aztecas eram certos
grupos étnicos da região central do atual
México, em particular os grupos que
falavam a língua náuatle e que dominaram
grande parte da Mesoamérica entre os
séculos XIV e XVI. As palavras em náuatle
aztecatl (singular) e aztecah (plural)
significam "povos de Aztlán", um lugar
mitológico para a cultura de língua náuatle
e mais tarde adotado como termo definidor
da própria cultura. Muitas vezes o termo
"asteca" refere-se exclusivamente aos
povos astecas da cidade de Tenochtitlan
(hoje o local da Cidade do México), que
localizava-se em uma ilha no antigo lago
Texcoco e que se referiam a si mesmos
como Mexica Tenochca ou Cōlhuah Mexicas.
CALENDÁRIO ASTECA
Os Astecas
2. Os Astecas
Horóscopo asteca
A partir do século XIII, o Vale do México era o
coração da civilização asteca: aqui a capital da
Aliança Asteca, a cidade de Tenochtitlan, foi
construída sobre ilhotas levantadas sobre o lago
Texcoco. A Tríplice Aliança formava um império
tributário que expandiu sua hegemonia política
para além do Vale do México, conquistando outras
cidades-Estado em toda a Mesoamérica. No seu
auge, a cultura asteca teve tradições mitológicas e
religiosas ricas e complexas, bem como atingiu
notáveis realizações arquitetônicas e artísticas. Em
1521, o espanhol Hernán Cortés, juntamente com
um grande número de aliados nativos falantes da
língua náuatle, conquistou Tenochtitlan e derrotou
a Tríplice Aliança Asteca, então sob a liderança de
Moctezuma II. Posteriormente, o espanhol fundou o
novo assentamento da Cidade do México sobre o
local das ruínas da antiga capital asteca, de onde
prosseguiu com o processo de colonização da
América Central.
3. Os Astecas
A cultura e história asteca são conhecidas
principalmente por meio de evidências
arqueológicas encontradas em escavações,
tais como a do famoso Templo Mayor na
Cidade do México; códices de papel
nativos; através de relatos de testemunhas
oculares por conquistadores espanhóis,
como Hernán Cortés e Bernal Díaz del
Castillo; e, especialmente, a partir de
descrições do século XVI e XVII de cultura
e história asteca escritos por clérigos
espanhóis e astecas alfabetizados na
língua espanhola ou náuatle, como o
famoso Códice Florentino, compilado pelo
monge franciscano Bernardino de Sahagún
com a ajuda de informantes astecas
nativos.
4. Os Astecas
O controle político do populoso e fértil vale do México
ficou confuso após 1100. Gradualmente, os astecas, uma
tribo do norte, assumiram o poder depois de 1200. Os
astecas eram um povo indígena da América do Norte,
pertencente ao grupo nahua. Os astecas também podem
ser chamados de mexicas (daí México). Migraram para o
vale do México (ou Anahuác) no princípio do século XIII e
assentaram-se, inicialmente, na maior ilha do lago de
Texcoco (depois todo drenado pelos espanhóis), seguindo
instruções de seus deuses para se fixarem onde vissem
uma águia pousada em um cacto, devorando uma
cobra.A partir dessa base formaram uma aliança com
duas outras cidades – Texcoco e Tlacopán – contra
Atzcapotzalco, derrotaram-no e continuaram a
conquistar outras cidades do vale durante o século XV,
quando controlavam todo o centro do México como um
Império ou Confederação Asteca, cuja base econômico-política
era o modo de produção tributário. No princípio
do século XVI, seus domínios se estendiam de costa a
costa, tendo ao norte os desertos e ao sul o território
maia.
5. Os Astecas
Os astecas, que atingiram alto grau de sofisticação
tecnológica e cultural, eram governados por uma
monarquia eletiva, e organizavam-se em diversas
classes sociais, tais como nobres, sacerdotes,
guerreiros, comerciantes e escravos, além de
possuírem uma escrita pictográfica e dois
calendários (astronômico e litúrgico).
Ao estudar a cultura asteca, deve-se prestar
especial atenção a três aspectos: a religião, que
demandava sacrifícios humanos em larga escala,
particularmente ao deus da guerra, Huitzilopochtli;
a tecnologia avançada, como a utilização eficiente
das chinampas (ilhas artificiais construídas no lago,
com canais divisórios) e a vasta rede de comércio e
sistema de administração tributária.
6. Os Astecas
Expansão e império
O império asteca era formado por uma
organização complexa que os sobrepôs
militarmente a diversos povos e comunidades
na Meso-América. Os astecas possuíam uma
superioridade cultural e isso justificaria seu
controle político sobre as inúmeras
comunidades nestas regiões, o que era
argumentado por eles mesmos.
No período anterior a sua expansão os astecas
estavam no mesmo estágio cultural de seus
vizinhos de outras etnias. Por um processo
muito específico, numa expansão rápida,
passaram a subjugar, dominar e tributar os
povos das redondezas, outrora seus iguais. É
importante lembrar estes aspectos pelo fato de
terem se tornado dominantes por uma
expansão militar, e não por uma suposta
sofisticação cultural própria e autônoma.
7. Os Astecas
Apesar de sacrifícios humanos serem uma
prática constante e muito antiga na
Mesoamérica, os astecas se destacaram por
fazer deles um pilar de sua sociedade e
religião. Segundo mitos astecas, sangue
humano era necessário ao sol, como alimento,
para que o astro pudesse nascer a cada dia.
Sacrifícios humanos eram realizados em grande
escala; algumas centenas em um dia só não era
incomum. Os corações eram arrancados de
vítimas vivas, e levantados ao céu em honra aos
deuses. Os sacrifícios eram conduzidos do alto
de pirâmides para estar perto dos deuses e o
sangue escorria pelos degraus. A economia
asteca estava baseada primordialmente no
milho, e as pessoas acreditavam que as
colheitas dependiam de provisão regular de
sangue por meio dos sacrifícios.
8. Os Astecas
Em 1521, soldados espanhóis liderados
por Hernán Cortés invadiram o Império
Asteca e ocuparam e saquearam sua
capital, Tenochtitlán (atual Cidade do
México).
Durante os tempos de paz, "guerras"
eram realizadas como campeonatos de
coragem e de habilidades de guerreiros,
e com o intuito de capturar mais
vítimas. Eles lutavam com clavas de
madeira para mutilar e atordoar, e não
matar. Quando lutavam para matar,
colocava-se nas clavas uma lâmina de
obsidiana.