Empresas familiares dentro da nova ordem econômica mundial (2)
Ética e Responsabilidade Social
1. O QUE É SER ÉTICO?
Profa. Silvia Helena Carvalho Ramos Valladão de Camargo
Doutoranda em Administração na FEARP – USP
Graduada em Ciências Contábeis e Administração e Mestre em Administração
3. DEFINIÇÃO DE ÉTICA
Maximiano
(1974)
Disciplina ou campo do conhecimento que trata da definição e avaliação
de pessoas e organizações, dispondo sobre o comportamento adequado
e os meios de implementá-lo.
Ferreira
(1986)
Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana, suscetível
de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a
determinada sociedade, seja de modo absoluto.
Daft (1991) Código de princípios e valores morais que governam o comportamento
de uma pessoa ou grupo, no tocante ao que é certo ou errado.
Wyley
(1997)
Obrigação moral, responsabilidade e justiça social que refletem a
natureza ou o caráter do indivíduo e das empresas, uma vez que estas
são formadas por um conjunto de indivíduos.
4. DEFINICÃO DE ÉTICA
Reale (1999) Ciência normativa dos comportamentos humanos.
Marcílio &
Ramos
(1999)
Arte que torna bom aquilo que é feito (operatum) e
quem o faz (operantem).
Vázquez
(2001)
Teoria ou a ciência do comportamento moral dos
homens em sociedade.
Valls (2001) Estudo ou uma reflexão, científica ou filosófica, e
eventualmente até teológica, sobre os costumes
ou sobre as ações humanas, podendo ser
representada pelo estudo das ações e dos
costumes, ou pela própria realização de um tipo
de comportamento.
5. DEFINIÇÃO DE ÉTICA
Arruda et al.
(2001)
Parte da filosofia que estuda a moralidade dos atos humanos
como sendo livres e ordenados. De modo natural, a inteligência
adverte a bondade ou a malícia dos atos livres, haja vista o
remorso ou a satisfação que se experimenta por ações
livremente realizadas. Sempre cabe a dúvida, no entanto, sobre
o que é o bem e o mal, ou por que tal ação é boa ou má.
Ferrel et al.
(2001)
Problema, situação ou oportunidade que exige que um indivíduo
decida entre vários cursos de ação que precisam ser avaliados
como sendo certos ou errados, éticos ou antiéticos.
Moreira
(2002)
Disciplina integrante da ciência da filosofia e conjunto de regras.
Como parte da filosofia, a ética é o estudo das avaliações do
ser humano em relação às suas condutas ou em relação às
condutas dos outros. Essas avaliações são feitas sob a ótica do
bem e do mal, de acordo com um critério que geralmente é
ditado pela moral. Como conjunto de regras, a ética é o rol dos
conceitos aplicáveis às ações humanas, que fazem delas
atitudes compatíveis com a concepção geral do bem e da
moral.
6. BÍBLIA
Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito;Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito;
e quem é infiel no pouco, é infiel no muito.e quem é infiel no pouco, é infiel no muito.
7. ÉTICA NOS NEGÓCIOS E NAS
EMPRESAS
• Marron (2005), comenta que a noção do lucro
aparece freqüentemente nas discussões de um
negócio e na sua finalidade, mas dentro dessa
finalidade devem ser discutidas as normas e
perspectivas éticas.
• Os envolvidos nesse negócio devem descrever
os elementos chaves da conduta do negócio e
desenvolver uma estrutura ética que incluam
critérios para avaliar todo organizacional.
8. DIVERSOS
• Infelizmente o mercado se divide entre
aqueles que defendem que os fins
(lucros) justificam os meios (atitudes
ilícitas) e aqueles que defendem que a
moral e os bons costumes estão acima
de qualquer coisa (inclusive o dinheiro).
9. ÉTICA É UMA QUESTÃO
COMPLEXA E UNIVERSAL
Gutiérrez (1994) existem, dentro do contexto organizacional, seis aspectos que justificam o
surgimento dessas preocupações, por parte das empresas, no que se refere à sua gestão:
• Maiores exigências de responsabilidades social e econômica para empresários e gerentes das
organizações.
• Grande desconhecimento, por parte do quadro gerencial nas organizações, das características
básicas dos seres humanos.
• Maior consciência de que os aumentos de produtividade estão condicionados à elevação da
qualidade de vida organizacional.
• A questão ética torna-se rentável, uma vez que coloca as preocupações vitais na cultura
organizacional.
• O surgimento de vantagens competitivas se relaciona com o desenvolvimento de habilidades
internas nas organizações.
• Incoerências entre os valores do ambiente e aqueles que são comunicados pela cultura
organizacional.
10. COMPORTAMENTOS
• Que não são nem éticos nem legais.
• Que são éticos, porém não são legais.
• Considerados legais que, porém, não são
éticos.
• Legais e éticos, segundo os padrões daquele
grupo.
11. RESPONSABILIDADE SOCIAL
• Carrol (1999), o conceito de responsabilidade
social é o mesmo no passado e no presente;
• o que mudou foram as questões enfrentadas
pelas empresas e as práticas de
responsabilidade social, principalmente porque
a sociedade, as empresas e a relação
existente entre elas mudaram.
12. Luca (1998)
• “... a empresa, além de um agente econômico
com a missão de produzir riqueza, é também
um agente social e, como um dos
componentes da sociedade, deve prestar
contas aos demais. A sociedade vem, cada vez
mais, exigindo respostas aos problemas
socioeconômicos decorrentes do desempenho
das empresas”.
13. PORTARIA Nº 300, DE 30 DE JANEIRO DE 2006
MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Aprova, em extrato, o Instrumento de Avaliação Externa de Instituições
de Educação Superior do – SINAES.
A responsabilidade social da instituição,
considerada especialmente no que se refere à
sua contribuição em relação à inclusão social,
ao desenvolvimento econômico e social, à
defesa do meio ambiente, da memória cultural,
da produção artística e do patrimônio cultural.
FERNANDO HADDAD
(Publicada no D.O.U n. 22 Seção 1 - terça-feira-feira, 31 de janeiro de 2006)
14. A R.S. E O MERCADO
• Em relação a atuação das organizações no mercado
constatam-se que:
1. Cada vez mais adotam em suas estratégias de
marketing o discurso da RS – não sendo reflexo
necessariamente de uma prática institucional real;
2. Dissemina-se a prática de distribuir o Balanço Social
em impressos sofisticados como se fossem cartões
de visita;
3. A grande mídia tornou-se meio de divulgação de
ações de R.S.;
4. Os círculos empresariais voltados à disseminação
da R.S., como nova forma de gestão das empresas,
tornaram espaços freqüentados pelas organizações
15. Grandes outdoors
• Universidade Solidária;
• Instituto Sou da Paz; (Rede Globo)
• Programa de alfabetização Solidária;
• Empresas em geral promovem campanhas de
arrecadação, festas de integração.
16. INVESTIMENTO
O investimento em responsabilidade social
é uma prática real, séria e consistente, ou
não passa de estratégia apelativa de
marketing?
17. RESPONSABILIDADE SOCIAL
• Pode ser entendida como uma forma de conduzir os
negócios da empresa de tal maneira que a torna
parceira e co-responsável pelo desenvolvimento
social.
• A empresa socialmente responsável é aquela que
possui a capacidade de ouvir os interesses das
diferentes partes (acionistas, funcionários,
prestadores de serviços, fornecedores, consumidores,
comunidade, governo e meio-ambiente) e conseguir
incorporá-los no planejamento de suas atividades,
buscando atender às demandas de todos e não
apenas dos acionistas ou proprietários.
18. INSTITUTO ETHOS
• Uma empresa socialmente responsável tenderá a
tratar da poluição ambiental que está provocando se
dispondo a aplicar parte dos seus lucros para minorar
o problema.
• R.S. significa também cuidar da própria sobrevivência,
investindo na educação, no progresso, saúde e
alimentação de seus funcionários, tendendo, ao
mesmo tempo, a colher mais em produtividade,
compromisso e dedicação.
• O engajamento das empresas nestas atividades
também é importante porque atrai mais consumidores
para seus produtos, podendo constituir-se em
importante fator de marketing
19. EMPRESA PRIVADA
• Reduzir a pobreza;
• Desenvolvimento humano e social;
• Mundo mais humano e justo;
• Desigualdade Social;
• Assistência a Saúde;
• Assistência jurídica;
• Terceiro Setor: (entidades filantrópicas, ONGs,
OSCIPs, movimentos sociais, institutos de origem
empresarial )
20. GESTÃO
• A gestão de sucesso dependerá da
participação, da co-responsabilidade e da
capacidade do exercício democrático em
processos de planejamento, decisão e
avaliação, ao lado da formação qualitativa
dos envolvidos.
21. EXPECTATIVA DE VIDA
• Religiosidade;
• Saúde preventiva;
• Lazer (jogos adequados, passeios, viagens, visitas)
• Validação da sabedoria;
• Estética;
• Relacionamento;
• Acesso às artes;
• Fomento ao artesanato;
• Programas de leitura;
• Programas que possibilitem a contribuição do idoso para:
contar histórias, fazer grupos e amigos, novas formas de
solidariedade, etc.
22. TENDÊNCIAS PARA O NOVO
SÉCULO
• O modelo comunitário pode ser uma alternativa
a ser estimulada, uma vez que se trata de um
sistema, cuja concepção, alicerçada na
cooperação, além de cumprir sua atividade fim,
através de um processo de gestão
compartilhada, apresenta um custo reduzido;
23. TENDÊNCIAS PARA O NOVO
SÉCULO
A dinâmica que se exige do novo
homem/mulher, o espírito empreendedor
solidário, o conhecimento e a “educação
integral devem ser vivenciados no dia a
dia dos povos”.
• A grande pergunta que fica:
• Como entrelaçar saber e vida?