Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de História, no ano letivo 2013/2014. No seu conteúdo encontramos a influência da arquitetura de Antoni Gaudi na Arte Nova e algumas das suas obras mais importantes.
1. ARTE NOVA
A INFLUÊNCIA DE ANTONI GAUDÍ NA ARQUITETURA DA ARTE NOVA
Ana Sofia Pereira
Nº5 11ºJ
2. ÍNDICE
Contexto;
Contexto da Arte Nova em Barcelona;
A influência de Antoni Gaudí na arquitetura da Arte Nova:
- Biografia de Antoni Gaudí i Cornet (1852-1926);
- A arquitetura de Gaudí;
- Novas técnicas da arquitetura de Gaudí;
- Obra de Gaudí
Conclusão;
Bibliografia/Webgrafia
3. CONTEXTO
O desejo por um novo estilo artístico iniciou-se no século XIX, uma vez que os artistas e
arquitetos queriam inovar, de forma a individualizar a arte do seu tempo. Este desejo, na
viragem no século, levou à criação da Arte Nova, que se afirmou por negar os estilos antigos que
continuavam a inspirar a arte académica. A Arte Nova deu origem a múltiplas vertentes
nacionais, no entanto todas partilhavam a preocupação decorista, o predomínio da linha
ondulada e o recurso aos motivos florais e femininos.
Este estilo destacou-se nas artes aplicadas e na arquitetura.
4. CONTEXTO DA ARTE NOVA EM BARCELONA
Entre 1850 e 1900, Barcelona distinguia-se por
ser a verdadeira metrópole industrial do país.
Adquiriu e assegurou a sua fama com a
Exposição Universal que organizara, em 1888.
Predominava culturalmente, graças ao seu
número de equipamentos científicos e, também,
pelo célebre Liceo, Barcelona possuía a maior
Ópera do país.
Distinguiu-se na arquitetura, devido a Antoni
Gaudí que suscitou uma verdadeira polémica na
sua época, mas que na verdade teve um
impacte que ultrapassou o seu valor real. E
foram as suas obras que responderam aquilo
que era esperado da Arte Nova.
Representação de Barcelona no início do século XX
6. ANTONI GAUDÍ I CORNET (1852-1926)
→ Antoni Gaudí i Cornet nasceu em Reus, Catalunha, em 25 de Junho
de 1852.
→ Depois de concluir o seu bacharelato na “Escuelas Pías de Reus”,
mudou-se para Barcelona com o objetivo de estudar no “Instituto
de Enseñanza Media” e na “Facultad de Ciencias”.
→ Em 1873, ingressou na “Escuela Provincial de Arquitetura”, em
Barcelona, onde se formou em 1878, em Arquitetura.
→ Após ter aprendido inúmeras fontes artísticas como o neogótico, o
modernismo e até mesmo, movimentos orientais, no princípio do
século XX, Gaudí conseguiu criar um estilo pessoal, baseado na
observação da natureza e em formas geométricas como
o paraboloide hiperbólico, o hiperboloide, o helicoide e o conoide.
→ Durante grande parte de sua vida, Gaudí esteve intimamente
ligado à família Güell, de grande prestígio dentro do cenário
industrial e artístico da época, em Barcelona.
→ Faleceu a 10 de Junho de 1926, aos 74 anos de idade.
7.
8. ARQUITETURA DE GAUDÍ
A arquitetura de Gaudí ultrapassou algumas fases, no
entanto ele procurava aproximar-se bastante do gosto
do seu público, introduzindo o familiar entre o bizarro-
realizava construções de consonância gótica de forma a
evocar o apogeu da Catalunha, quer dos elementos
“mouriscos” quer das realizações naturalizantes.
Apesar das suas construções serem fascinantes, elas
tinha a sua lógica e coerência. Eram conhecidas pelo seu
caráter provocador, que marcou a Arte Nova.
Antoni Gaudí encontrava-se mais avançado que os
outros artistas, uma vez que era dez a vinte anos mais
velho que os que viviam a cena revolucionária por volta
de 1900. É, no entanto, apenas no início do século que
as suas criações atingem um patamar elevado no que
diz respeito à coerência e rigor. O Parque de Güell, em
Barcelona, representou o pico da fase madura da obra
de Gaudí, uma vez que ele passou a visar a globalidade. Parque Güell em Barcelona, 1900-1914
9. NOVAS TÉCNICAS DA ARQUITETURA DE GAUDÍ
O arco parabólico catenário foi
uma das suas técnicas mais
importantes e revolucionárias
daquilo que era usual, um dos
melhores exemplos da aplicação
desta técnica é a Sagrada
Família.
As suas construções destacaram-se ainda pela
utilização da liberdade de forma, cor, texturas
voluptuosas e materiais como o vidro, o azulejo e o
ferro. Podemos ver estas técnicas aplicadas, por
exemplo, à Casa Batlló.
10. OBRA DE ANTONI GAUDÍ
Barcelona:
Igreja de St. Pacià (1879)
Candeeiros de iluminação pública da Praça Real e da
Praça de Palau (1878)
Casa Vicens (1883-1888)
Templo Expiatório da Sagrada Família (1883-1926)
Pabellones de La Finca Güell (1884-1887)
Palácio Güell (1886-1889)
Colégio Teresiano (1888-1889)
Casa Calvet (1898-1899)
Torre de Bellesguard (1900-1909)
Parque Güell (1900-1914)
Porta Finca Miralles (1902)
Casa Batlló (1904-1906)
Casa Milá, ou La Pedrera (1906-1912)
Palácio Güell (1886-1889)
Porta Finca Miralles (1902)
11. Catalunha:
Cooperativa La Obrera Mataronense, em Mataró (1883)
Cellers Güell, em Garraf (1895-1901)
Primeiro Mistério da Glória Do Rosário Monumental, em Montserrat
(1900-1907)
Jardins Artigas, em La Pobla de Lillet (1905)
Refúgio Catllarás, em La Pobla de Lillet / Catllaràs (1905)
Cripta Güell, em Sta. Coloma de Cervelló – Igreja da Colônia Güell
(1908-1917)
Outras cidades da Espanha:
Casa de 'Los Botines', em Leon (1891-1892), com fachadas para quatro
ruas, tem uma torre em cada ângulo.
Vila 'El Capricho', em Comillas (1883-1885)
Palácio Episcopal de Astorga (1889-1893), mandado construir pelo
bispo Juan Bautista Grau Vallespinós. Foi declarado conjunto histórico-
artístico, em 1978.
Intervenções na Catedral de Palma de Mallorca (1903-1914)
Jardins Artigas, em La Pobla de Lillet (1905)
Vila 'El Capricho', em Comillas (1883-1885)
http://youtu.be/vHOPdddnLCc
12. CONCLUSÃO
A Arte Nova durou pouco tempo, no entanto, mostrou-se revolucionária e inovadora. Nela destacou-se a
arte plástica e a arquitetura. Na arquitetura destacou-se Antoni Gaudí, que foi fundamental para as
transformações artísticas da arquitetura da Arte Nova. As suas criações excêntricas e dotadas de um estilo
muito próprio, marcaram a história da arte com novas técnicas como a utilização do arco parabólico
catenário, a liberdade de formas, cores e até a utilização de novos materiais nas construções, como o vidro.
A Arte Nova, foi então nada mais que o início da descolagem da arte académica, para uma arte inovadora e
de criações fantásticas.
14. BIBLIOGRAFIA
COUTO, Célia Pinto, O Tempo da História, Porto Editora (da página 175 à 177)
SEMBACH, Klaus-Jürgen, Arte Nova, Taschen (da página 72 à 79)