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GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E DOENÇAS
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: ESTUDO E
PREVENÇÃO
Taíssa Roberta Ribas - professora PDE
Bertoldo Schneider Júnior - orientador UTFPR
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Taíssa Roberta Ribas – professora PDE
(ribastaissa@yahoo.com.br)
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RESUMO
Proposta de material didático-pedagógico, com subsídios teórico-metodológicos
aos professores, que prioriza o envolvimento dos educandos no estudo da gravidez na
adolescência e das doenças sexualmente transmissíveis.
OBJETIVO
A precocidade da iniciação sexual entre os jovens e a curiosidade própria da
idade em relação à sexualidade exige do professor preparo para trabalhar esse tema
complexo com os adolescentes.
Infelizmente, os livros didáticos ao apresentarem o conteúdo de reprodução
humana, limitam-se a descrever a anatomia e fisiologia dos sistemas reprodutores
masculino e feminino e o mecanismo de reprodução. Problemas relacionados a este
conteúdo, como as doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez precoce ou
indesejada na adolescência, são apresentados de forma superficial e
descontextualizada do universo dos educandos. Este material pretende fornecer
subsídios teórico-metodológicos aos professores sobre as doenças sexualmente
transmissíveis e a gravidez na adolescência, contribuindo para um enriquecimento de
sua prática em sala de aula.
PÚBLICO-ALVO
Professores de Ciências do Ensino Fundamental.
PROBLEMATIZAÇÃO
“A Organização Mundial da Saúde estima que ocorram no mundo, cerca de
340 milhões de doenças sexualmente transmissíveis por ano.”(MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2007a). No Brasil, as estimativas são de 10 milhões de novos casos por ano,
excluídos os casos de AIDS. Em 2003, segundo a Coordenação Nacional de
DST/AIDS, foi diagnosticado um total de 9.762 novos casos de AIDS (Adquired Immune
Deficiency Syndrome), sendo 18,5% deles entre jovens de 13 a 24 anos de idade.
Também se estima um aumento de 26% na taxa de fecundidade entre adolescentes a
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partir de 1990. A gravidez e a maternidade precoce são apontados como fatores que
colaboram para a evasão escolar entre jovens na faixa etária de 15 a 19 anos.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000).
Estes dados revelam a precocidade das relações sexuais entre adolescentes,
associado ao não uso de preservativos, tornando-os vulneráveis às infecções sexuais e
à gravidez precoce ou indesejada.
Pautando-se nestes dados e no que diz o Art. 2º, inciso 2 da Portaria
Interministerial nº 796, de 29 de maio de 1992 (Ministério da Educação/Ministério da
Saúde): “Os conteúdos programáticos do projeto educativo devem estar em
consonância com as Diretrizes do Programa Nacional de Controle das DSTs e AIDS do
Ministério da Saúde”, a escola deve assumir sua parcela de responsabilidade na
prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez precoce entre
adolescentes. Dessa forma, o professor ao propiciar a apreensão de informações
adequadas e atualizadas do ponto de vista científico e, ao promover discussões e
reflexões sobre sexualidade contribuirá para que os educandos desenvolvem atitudes
saudáveis e responsáveis.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A sexualidade é tema que tem prioridade para os jovens, provoca debates,
polêmicas e grande interesse. Informações equivocadas sobre sexualidade contribuem
para a vulnerabilidade dos adolescentes frente às doenças sexualmente transmissíveis
e à gravidez precoce ou indesejada. Portanto, é na educação que se identifica um
caminho para a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez
precoce ou indesejada.
 ADOLESCÊNCIA E SEXUALIDADE
Reconhecer a sexualidade como construção social assemelha-se a dizer que
as práticas e desejos são também construídos culturalmente, dependendo da
diversidade de povos, concepções de mundo e costumes existentes; mesmo
quando integrados em um só país, como ocorre no Brasil. (FIGUEIREDO apud
ABRAMOVAY, 2004, p.33)
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A sexualidade é uma das dimensões do ser humano que além dos aspectos
reprodutivos e emocionais, envolve também elementos sócio-histórico-culturais. Ela
pode ser expressa em pensamentos, atitudes e nas relações afetivas e sexuais. A
relação sexual é apenas uma das formas de expressão da sexualidade e a
adolescência é o momento em que a sua experimentação tem início.
Estudo da Unicef de 2002 comprova este comportamento, revelando que 32,8%
dos adolescentes brasileiros na faixa etária entre 12 e 17 anos já tiveram relações
sexuais. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007b).
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a adolescência compreende a faixa
etária entre 10 e 19 anos. Este período caracteriza-se por mudanças físicas,
psicológicas e sociais na vida do adolescente que se encontra repleto de dúvidas e
inseguranças.
O despreparo inicial dos adolescentes para compreender e desfrutar de sua
sexualidade, o seu sentimento ilusório de proteção e poder sobre a vida, a sua
dificuldade em tomar decisões e a necessidade de ser aceito pelo outro, são
características que os tornam extremamente vulneráveis a comportamentos sexuais de
risco. Segundo parecer do Ministério da Saúde (2000), o estado de vulnerabilidade dos
adolescentes a comportamentos sexuais de risco envolve diversas dimensões.
A vulnerabilidade é aqui entendida como o “conjunto de fatores de natureza
biológica, epidemiológica, social e cultural cuja interação amplia ou reduz o
risco ou a proteção de uma pessoa ou população frente a uma determinada
doença, condição ou dano. A falta de acesso ou ações e serviços de saúde e
educação é considerado um fator “programático” de ampliação da
vulnerabilidade” (MS/CN-DST/AIDS). A vulnerabilidade pode agregar diversas
dimensões: a individual, que se relaciona aos comportamentos adotados pelo
indivíduo e que pode favorecer oportunidade de se infectar, como por exemplo
o não uso do preservativo; a social, que implica questões econômicas e sociais
que influenciam o aumento da violência sexual, prostituição e tráfico de drogas;
a institucional, que se relaciona à ausência de políticas públicas que tenham
por objetivo controle da epidemia em populações e/ou localidades.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000, p.6).
Observa-se assim, a estreita relação entre as dimensões individual, social e
institucional, destacando-se que a pobreza, a baixa escolaridade e a violência
contribuem para que os adolescentes exponham-se às doenças sexualmente
transmissíveis e à gravidez precoce ou indesejada.
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 ESTATÍSTICAS NO BRASIL: DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS,
GRAVIDEZ PRECOCE E ABORTO.
“Nos países industrializados ocorre um novo caso de doença sexualmente
transmissível em cada 100 pessoas por ano, e nos países em desenvolvimento, as
doenças sexualmente transmissíveis estão entre as cinco principais causas de procura
por serviços de saúde.”(BARRAVIERA & BARRAVIERA, 2003, p.5).
No Brasil os dados sobre a prevalência de doenças sexualmente transmissíveis
em adolescentes são insuficientes e o número de casos notificados está bem abaixo
das estimativas, talvez porque apenas a sífilis e a AIDS sejam infecções sexuais de
notificação compulsória e cerca de 70% das pessoas com DST procurem tratamento
em farmácias. (TARQUETTE; VILHENA; PAULA, 2004)-. No entanto, os dados do
Ministério da Saúde de 2007, apontam a ocorrência do HPV (Papiloma vírus humano) e
de herpes genital com índices de 25% e 17%, respectivamente, na faixa etária de 10 a
24 anos.
Com relação à ocorrência de AIDS entre adolescentes os números também são
preocupantes. Em 2003, segundo dados da Coordenação Nacional de DST/AIDS, foi
diagnosticado um total de 9.762 novos casos de AIDS, sendo 7,2% deles entre jovens
homens de 13 a 24 anos de idade e 11,3% entre jovens mulheres na mesma faixa
etária. Estes dados apontam a maior prevalência de AIDS entre jovens e adolescentes
do sexo feminino, indicando a “feminização” da epidemia e uma maior vulnerabilidade
deste grupo à infecção.
Uma grave conseqüência da AIDS é o impacto na vida dos órfãos de pais
portadores do HIV. Estes órfãos, privados da convivência com seus pais, tornam-se
mais suscetíveis à pobreza, ao fracasso e abandono escolar, à violência e à falta de
acesso à saúde.
Quanto à questão da gravidez precoce, no Relatório Mundial sobre População
da ONU, o Brasil aparece “como um dos países que apresentam taxas acima da média
mundial de gravidez na adolescência. A taxa brasileira é maior do que a de alguns
países pobres, como Sudão, Iraque e Índia.” (ABRAMOVAY, 2004, p.133).
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Segundo pesquisas do Ministério da Saúde, de 1940 a 2000, houve um
decréscimo na taxa de fecundidade entre mulheres como um todo, porém entre
adolescentes ocorreu o contrário. Desde 1990, a taxa de fecundidade entre
adolescentes aumentou 26%. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007b).
“Uma brasileira entre 10 e 14 anos dá à luz a cada 15 minutos... Ao todo, 700
mil meninas têm filhos anualmente em um país onde 2/3 de adolescentes pertencem às
classes baixas...” (ABRAMOVAY, 2004, p.134).
Não há como negar as conseqüências da gravidez precoce no futuro das
adolescentes. De acordo com dados do PNDS/1996, a gravidez e a maternidade
precoce são fatores importantes que contribuem para aumentar as taxas de evasão
escolar de meninas adolescentes na faixa etária de 15 a 19 anos. (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2000).
A gravidez não planejada, quando indesejada, pode conduzir ao aborto e
comprometer a saúde física, emocional e psicológica da adolescente. Segundo dados
do Ministério da Saúde de 2003 “as internações por gravidez, parto e puerpério
correspondem a 37% das internações entre mulheres de 10 a 19 anos, no SUS”
(Sistema Único de Saúde). (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007b, p.18).
Com relação ao aborto provocado, a “Organização Mundial de Saúde (OMS)
adverte que na América do Sul, ocorre o maior número de abortos clandestinos do
mundo” (ABRAMOVAY, 2004, p. 219) e no Brasil as estimativas apontam que sejam
realizados um milhão de abortos clandestinos por ano.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o aborto provocado constitui a quinta
maior causa de internação de jovens: 146 internações por dia. Assim como, é a
terceira causa de morte materna no país. Alguns autores cogitam que o aborto
ilegal ocuparia, nos grandes centros urbanos brasileiros, o segundo lugar entre
os motivos de morte materna. (ABRAMOVAY, 2004, p.221)
Estes dados mostram que as adolescentes constituem um grupo em situação
de risco ao aborto ilegal, sendo urgentes ações eficazes de prevenção a esta prática.
No Brasil o direito ao aborto é assegurado pelo artigo 128 do Código Penal de
1940, ou seja, quando a gravidez indesejada resulta de violência sexual ou quando há
risco de morte para a gestante.
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 DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Doenças sexualmente transmissíveis são aquelas transmitidas de uma pessoa
a outra através de relações sexuais. A maioria delas é causada por agentes
microscópicos como vírus, bactérias, fungos e outros microorganismos que geralmente
se alojam nos órgãos genitais. Se não forem tratadas a tempo podem deixar seqüelas
ou até levar à morte, como por exemplo , a sífilis e a AIDS.
Historicamente as doenças sexualmente transmissíveis foram denominadas de
doenças venéreas em alusão a Vênus, a deusa grega do amor. Há relatos dessas
doenças em diversas descrições bíblicas (BARRAVIERA & BARRAVIERA, 2003)
sendo, que muitos homens e mulheres padeceram em conseqüência de suas
complicações.
Com o passar dos séculos e o advento de diversas formas de pesquisa, dentre
elas a microscopia e as técnicas genéticas, foram identificados microorganismos que se
associavam a tais doenças. No início dos anos 80, com o surgimento da AIDS, as
doenças sexualmente transmissíveis passaram a ter prioridade na esfera da Saúde
Pública, em função da estreita relação presente entre estas e a transmissão do HIV
(Human Immunodeficiency Virus). (ELEUTÉRIO JÚNIOR, 2002).
Em função da gravidade de algumas doenças sexualmente transmissíveis,
torna-se urgente que a população e, em especial, os jovens adolescentes que estão
iniciando sua vida sexual tenham conhecimentos básicos sobre essas doenças, tendo
como alvo a prevenção. Portanto, é fundamental:
 Conhecer as formas de transmissão e de prevenção das doenças
sexualmente transmissíveis;
 Identificar sintomas que indiquem a presença de uma DST;
 Reconhecer a necessidade da busca precoce de auxílio médico para evitar
complicações;
 Evitar comportamentos de risco como grande número de parceiros e
demora em buscar tratamento médico.
“A Organização Mundial de Saúde (OMS) catalogou mais de 25 tipos de
doenças sexualmente transmissíveis”. (OLIVEIRA, 1998, p.72). Alguns autores
classificam as DSts em três grupos:
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 Doenças essencialmente transmitidas pelo ato sexual: este grupo
compreende as doenças em que a sua transmissão ocorre através das relações
sexuais e outra forma de contágio é praticamente inexistente. São elas: cancro mole,
gonorréia, linfogranuloma venéreo, sífilis.
 Doenças freqüentemente transmitidas pelo ato sexual: este grupo é formado
por aquelas em que a forma de transmissão mais comum é a sexual mas não é
exclusiva e existe a possibilidade de outras vias de contágio serem eficientes. São elas:
AIDS, candidíase, condiloma acuminado, doença inflamatória pélvica, donovanose,
herpes genital, tricomoníase.
 Doenças eventualmente transmitidas pelo ato sexual: são aquelas em que a
transmissão pelo ato sexual não é a principal para que ocorra a doença. São elas:
amebíase, escabiose, hepatite A, hepatite B e pediculose.
Sobre o assunto pode ser consultado o trabalho “Doenças sexualmente
transmissíveis: por que preveni-las?” de autoria de Taíssa Roberta Ribas e orientação
de Bertoldo Schneider Júnior no seguinte endereço eletrônico:
http://www.pessoal.utfpr.edu.br/bertoldo/Downloads/DST.pdf
 GRAVIDEZ PRECOCE E CONTRACEPÇÃO
Considera-se gravidez na adolescência aquela que ocorre na faixa etária entre
10 a 19 anos.
A OMS - Organização Mundial de Saúde – define este período da vida humana
com base no aparecimento inicial das características sexuais secundárias para
a maturidade sexual; pelo desenvolvimento de processos psicológicos e de
padrões de identificação que evoluem da fase infantil para a adulta, e pela
transição de um estado de dependência para outro de relativa autonomia.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000, p.39)
Um olhar crítico revela que a concepção de adolescência não está atrelada
somente a fatores físicos e psicológicos, mas também a fatores sócio-econômicos que
determinam o modelo de sociedade de cada época. Tome-se como exemplo o Brasil do
século passado, quando meninas entre 12 e 14 anos estavam “aptas” para o
casamento recebendo a bênção da igreja.
Atualmente, a sociedade atribui à fase da adolescência a atividade escolar e a
preparação profissional. Os pais desejam para seus filhos uma trajetória de vida
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definida como a ideal, ou seja, formação escolar, trabalho, autonomia financeira e
constituição familiar.
Assim, a gravidez e a maternidade na adolescência rompem com essa trajetória
apontada como ideal e natural e emergem socialmente como problema e risco a serem
evitados.
Dentre as causas da gravidez precoce geralmente destacam-se as condições
sócio-econômicas das adolescentes, a falta de informação sobre o próprio corpo e
sobre os métodos contraceptivos, além da dificuldade de acesso aos serviços de saúde
pública. “Alguns estudos têm explorado a relação entre gravidez na faixa etária de 10 a
14 anos e a ocorrência de violência sexual”. (CAVASIN, 2004 apud MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2007b, p.18).
Portanto, um olhar crítico sobre a situação revela que a violência sexual, a
prostituição e até mesmo o desejo de se tornar mãe e de constituir família contribuem
para aumentar o número de adolescentes grávidas. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007b).
Pelo exposto, torna-se necessário o cuidado com análises simplistas em função
da complexidade do tema e de seus múltiplos significados. Segundo CATHERINO &
GIFFIN(2002:26) citados por ABRAMOVAY (2004:135), a maternidade para muitas
adolescentes pode representar poder, mesmo este sendo ilusório:
Grande parte das análises que abordam esse fenômeno perde de vista a
contextualização da problemática que, a nosso ver, não se reduz a
ponderações maniqueístas, tal como: bom/mau; certo/errado; mas que requer
uma análise que desvele seus fundamentos históricos, sociais, políticos e
psicológicos. Não se trata aqui, de fazer a condenação ou o elogio da gravidez
na adolescência, Trata-se, sim, de trazer à cena uma realidade que, sem
negligenciar os perfis epidemiológicos, nos remetem a histórias: trajetórias que
contêm sonhos, esperanças, dores, desilusões e que permitem às meninas se
apropriar das adversidades, para transformar – mesmo que ilusoriamente – o
seu cotidiano em algo que valha a pena ser vivido. Ser mãe para estas
meninas, talvez seja uma das poucas formas que lhes restam, no sentido de se
colocarem no mundo como sujeitos sociais. (ABROMAVAY, 2004, p.135)
Porém, o reconhecimento do fato de que a gravidez pode expressar o desejo
dos jovens não significa ser dispensável a informação sobre métodos contraceptivos
para ambos os sexos. Os métodos contraceptivos asseguram a escolha do momento
conveniente para a gravidez desejada e planejada.
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A literatura faz referência a complicações obstétricas em adolescentes,
destacando problemas decorrentes da falta de cuidados pré-natais, complicações no
trabalho de parto, anemias, hemorragias, desproporção cefalopélvica, hipertensão,
maior incidência de eclâmpsia, entre outras. Tais complicações podem resultar em
mortalidade infantil e materna.
Segundo CAMARANO (1998:116) apud ABRAMOVAY (2004:133) em 1987, “a
taxa de mortalidade dos filhos de mulheres de 15 a 19 anos era 42,5% mais elevada do
que a dos filhos de mulheres situadas em grupo de idade posterior.” Dados do Sistema
Único de Saúde (SUS) mostram que entre 1993 de 1997, houve um aumento de 20%
no total de partos em mulheres de 10 a 14 anos. Ainda de acordo com dados do SUS
apresentados por ABRAMOVAY (2004) o parto é a primeira causa de internação de
meninas entre 10 e 14 anos nos sistemas públicos de saúde. O exposto representa um
sinal de alerta que pede pronta investigação e implementação de programas de
prevenção específicos para adolescentes de ambos os sexos.
Cabe destacar que além dos riscos físicos associados a pouca idade, a
gravidez na adolescência desencadeia problemas de ordem emocional como medo,
insegurança, solidão e o risco do aborto provocado. Também há de se considerar os
prejuízos sociais na vida das adolescentes.
Para ABRAMOVAY (2004) é importante a análise de discriminações e
preconceitos sofridos por adolescentes grávidas e mães solteiras no ambiente escolar.
Estas questões também contribuem para aumentar as taxas de evasão escolar por
adolescentes grávidas e jovens mães além da falta de políticas públicas que favoreçam
a permanência na escola destas jovens.
E uma realidade alarmante é que a maioria das escolas brasileiras não dispõe
de estrutura e flexibilidade de horários adequados que permitam à jovem mãe
continuar seus estudos. O resultado é que a mãe deixa a escola durante ou
após a gestação, trazendo conseqüências gravíssimas para seu futuro
profissional. (GIOPPO, 1999, p.168)
Neste contexto, o conhecimento dos métodos contraceptivos assegura a
escolha do momento conveniente para a gravidez desejada e planejada. De acordo
com Pesquisa Nacional sobre Violência, Aids e Drogas nas Escolas realizada em 2001
pela Unesco com alunos dos Ensinos Fundamental e Médio das maiores capitais do
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Brasil, os métodos contraceptivos citados pelos alunos foram: o DIU (dispositivo intra-
uterino), o preservativo masculino, a camisinha feminina, o diafragma, os espermicidas,
a tabelinha, o coito interrompido, a vasectomia e a laqueadura. Nesta mesma pesquisa,
os métodos citados em ordem de utilização foram: camisinha (48% a 70%), pílula
anticoncepcional (17% a 38%), seguidos pela tabelinha e injeção anticoncepcional em
terceiro lugar. Os outros métodos anticoncepcionais não são citados em proporções
significativas.
No entanto, apenas as informações sobre métodos contraceptivos não bastam
para evitar a gravidez, pois a negociação quanto ao uso destes métodos esbarra nas
relações de gênero. Isto se sustenta a partir do fato de que a maioria dos métodos
contraceptivos é para ser utilizado pelas mulheres. Tal comportamento se vincula
historicamente à idéia de que a reprodução biológica e o seu controle sejam
socialmente compreendidos como responsabilidade das mulheres e ao homem caberia
desempenhar o papel de prevenir as doenças sexualmente transmissíveis.
ABORDAGEM
Neste momento, apresenta-se algumas atividades que colocam os educandos
como protagonistas em situações que exigem responsabilidade diante da sexualidade.
Tais atividades destacam a importância da informação, da vivência e da prevenção.
Assim, pretende-se levar os educandos a uma reflexão das atitudes de risco
contribuindo para que desenvolvam comportamentos sexuais seguros.
ABORDAGEM 1
 Ser pai, ser mãe
 Objetivo
 Proporcionar aos alunos uma experiência com a paternidade e a maternidade.
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 Procedimento
 Entregar para cada aluno(a) uma bola de isopor explicando que essa bola
representa um bebê e que ele(a) será o pai ou a mãe.
 Levar cartões rosas e azuis num saco e pedir que cada aluno pegue um deles.
Se o cartão for azul, o filho é um menino e se for rosa, é uma menina. Não há
possibilidade de escolha.
 Agora os alunos podem desenhar o rosto do seu bebê, vesti-lo e dar-lhe um
nome.
 Cada aluno levará o bebê para sua casa e ficará com ele um final de semana.
Lembrar que precisa amamentar, trocar fraldas, dar banho...
Após essa experiência, discutir com o grupo algumas questões:
1. Você precisou mudar sua rotina para atender o bebê?
2. Como você se sentiu cuidando do bebê?
3. Você se sente capaz de ser pai/mãe neste momento de sua vida?
4. Como sustentou (alimentou, vestiu, medicou) seu filho?
5. Estaria disposto a mudar seus planos para atender seu bebê?
6. Como sua família reagiu quando você chegou com o bebê? Mostraram-se
dispostos a ajudá-lo (a)?
Discutir com o grupo a questão da responsabilidade dos pais em relação aos
filhos. (Adaptado de: Prevenir é sempre melhor. Brasília: Ministério da Saúde, 2000, p.
47).
ABORDAGEM 2
 Objetivo
 Promover momento de esclarecimento aos educandos sobre a situação das
doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez precoce e indesejada.
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 Procedimento
 Palestra com profissionais da saúde sobre doenças sexualmente transmissíveis,
gravidez precoce e indesejada.
ABORDAGEM 3
 Objetivos
 Envolver os alunos no estudo das doenças sexualmente transmissíveis, da
gravidez na adolescência e dos métodos contraceptivos, associando esse estudo às
medidas de prevenção.
 Orientar os alunos na elaboração de um projeto de pesquisa. Sugestão de roteiro:
 Título
 Objetivo
 Justificativa
 Metodologia
 Cronograma
 Resultados
 Referências bibliográficas
 Procedimento
 Dividir os alunos em grupos de 4 a 5 alunos para a realização dos projetos.
Sugere-se alguns temas para a elaboração dos projetos. O professor poderá
acrescentar outros de acordo com a sua realidade.
A) Estudo sobre a gravidez na adolescência.
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Taíssa Roberta Ribas – professora PDE
(ribastaissa@yahoo.com.br)
14
 O grupo poderá pesquisar as causas da gravidez na adolescência e os riscos à
saúde da adolescente gestante.
B) Adolescentes grávidas do município em que os alunos residem.
 O grupo poderá buscar na maternidade do município o número de internações de
adolescentes por parto entre os anos de 2000 a 2007 e elaborar gráficos.
C) Métodos contraceptivos.
 O grupo poderá elaborar e aplicar um questionário, entre os adolescentes da
escola, para verificar o nível de conhecimento destes sobre os métodos
contraceptivos. Elaborar gráficos.
D) Métodos contraceptivos: cada grupo realizará pesquisa sobre os tipos de métodos
contraceptivos existentes, apresentando as vantagens e desvantagens de cada um
deles.
 Naturais: tabelinha, muco cervical, temperatura basal, coito interrompido.
 Barreira ou bloqueio: preservativo masculino, preservativo feminino, diafragma.
 Hormonais: pílula, anticoncepcional injetável, implante hormonal, pílula do dia
seguinte.
 Químicos: creme, espuma, esponja e gel espermicida.
 Mecânico: dispositivo intra-uterino (DIU).
 Cirúrgicos: vasectomia e laqueadura.
E) Aborto:
 Pesquisar o que a lei brasileira diz sobre o aborto, as estimativas de aborto no
Brasil e em outros países, relacionando as possíveis causas para a ocorrência desta
prática.
F) Doenças sexualmente transmissíveis:
 O grupo poderá elaborar e aplicar um questionário, entre os adolescentes da
escola, para verificar o grau de conhecimento destes sobre as DSTs.
G) Doenças sexualmente transmissíveis:
 Cada grupo poderá pesquisar uma ou duas DSTs descrevendo o agente
etiológico, formas de transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção. Por
exemplo: AIDS, condiloma acuminado (HPV), gonorréia, sífilis, herpes genital,
candidíase, linfogranuloma venéreo.
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Taíssa Roberta Ribas – professora PDE
(ribastaissa@yahoo.com.br)
15
Professores, seria importante sugerir aos grupos alguns procedimentos para a
obtenção de informações corretas e atualizadas, como por exemplo:
 Visitas a regional de saúde para levantamento estatístico de: adolescentes
grávidas no município ou estado e de doenças sexualmente transmissíveis.
 Visita a Biblioteca Municipal.
 Entrevistas com profissionais da saúde.
 Sugestões de sites para as pesquisas:
www.aids.gov.br
www.adolesite.aids.gov.br
www.scielo.br
www.abiaids.org.br
www.saude.gov.br
ABORDAGEM 4
 Objetivo
 Divulgar na comunidade escolar e no município os resultados dos trabalhos.
 Procedimento
 Confeccionar folderes e banners para exposição na escola.
 Apresentar na rádio local os resultados dos trabalhos.
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Taíssa Roberta Ribas – professora PDE
(ribastaissa@yahoo.com.br)
16
POSSÍVEIS DIFICULDADES
 Envolver os alunos no estudo da gravidez precoce e das doenças sexualmente
transmissíveis sem causar constrangimento entre eles.
 A realização dos trabalhos em grupo que requer tempo extra-classe.
 Dificuldade de acesso à internet, caso a escola não possua computadores.
 Profissional habilitado para a realização da palestra.
 Apoio dos professores de matemática para a elaboração dos gráficos.
 Recursos financeiros para a produção de folderes e banners para a exposição dos
trabalhos.
FORMAS DE CONTORNO
 Enviar recado aos pais informando-os da necessidade de seus filhos de tempo
extra-classe na escola ou na biblioteca para a realização dos trabalhos.
 Caso a escola não possua computadores para os alunos, o diretor poderá entrar
em contato com outra escola próxima solicitando autorização para os alunos utilizarem
os computadores. Também a biblioteca municipal geralmente oferece este recurso para
uso comunitário.
 Solicitar à Direção da escola recursos financeiros do Fundo Rotativo para a
produção de banners e folderes. Caso não seja possível, cartolinas poderão ser
utilizadas em substituição aos banners e folderes.
 Cartolinas poderão ser utilizadas em substituição aos folderes e banners.
REFERÊNCIAS
ABRAMOVAY, Miriam; CASTRO, Maria Garcia; SILVA, Maria Bernadete da.
Juventudes e Sexualidade. Brasília: UNESCO, 2004. 428 p.
BARRAVIERA, Silvia Regina Catharino Sartori & BARRAVIERA, Benedito. Doenças
sexualmente transmissíveis. São Paulo: EPUB, 2003. 72 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e Aids. Prevenir é
sempre melhor. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. 93p.
GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS:::
EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO
Taíssa Roberta Ribas – professora PDE
(ribastaissa@yahoo.com.br)
17
______. Ministério da Saúde. DST em números. Disponível em :
<http://www.aids.gov.br/data/Pages/LUMISD1F318A31TEMID55D35FOO70A24175BB4
.htm > Acesso em: 23 jun. 2007 a.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Marco teórico e referencial: saúde sexual e reprodutiva
de adolescentes e jovens. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007b. 56p.
______. Portaria Interministerial nº 796, de 29 de maio de 1992. Veda práticas
discriminatórias, no âmbito da educação, a pessoas portadoras de HIV. Disponível
em: <http://www.mp.rs.gov.br/infância/legislação/id2096.htm>. Acesso em: 24 jul. 2007.
ELEUTÉRIO JÚNIOR, José. Doenças sexualmente transmissíveis. São Paulo:
Contexto, 2002. 71p.
FENWICK, Elizabeth & WALKER, Richard. O sexo em sua vida. São Paulo: CÍRCULO
DO LIVRO, 1995.
GIOPPO, Christiane. A produção do saber no ensino de ciências: uma proposta de
intervenção. 20 ed. Curitiba: IBEPEX, 1999. 228p.
OLIVEIRA, Alexandre Roberto Diogo de et al. Sexo, prazer e segurança. Rio de
Janeiro: Biologia e Saúde, 1998. 131p.
TARQUETTE, Stella R.;VILHENA, Maria Mello de & PAULA, Mariana Campos de.
Doenças sexualmente transmissíveis na adolescência: estudo de fatores de risco.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Uberaba, v.37, n 3, p.1-10,
mai/jun, 2004.

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Gravidez na adolescência

  • 1. GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: ESTUDO E PREVENÇÃO Taíssa Roberta Ribas - professora PDE Bertoldo Schneider Júnior - orientador UTFPR
  • 2. GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS::: EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO Taíssa Roberta Ribas – professora PDE (ribastaissa@yahoo.com.br) 2 RESUMO Proposta de material didático-pedagógico, com subsídios teórico-metodológicos aos professores, que prioriza o envolvimento dos educandos no estudo da gravidez na adolescência e das doenças sexualmente transmissíveis. OBJETIVO A precocidade da iniciação sexual entre os jovens e a curiosidade própria da idade em relação à sexualidade exige do professor preparo para trabalhar esse tema complexo com os adolescentes. Infelizmente, os livros didáticos ao apresentarem o conteúdo de reprodução humana, limitam-se a descrever a anatomia e fisiologia dos sistemas reprodutores masculino e feminino e o mecanismo de reprodução. Problemas relacionados a este conteúdo, como as doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez precoce ou indesejada na adolescência, são apresentados de forma superficial e descontextualizada do universo dos educandos. Este material pretende fornecer subsídios teórico-metodológicos aos professores sobre as doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez na adolescência, contribuindo para um enriquecimento de sua prática em sala de aula. PÚBLICO-ALVO Professores de Ciências do Ensino Fundamental. PROBLEMATIZAÇÃO “A Organização Mundial da Saúde estima que ocorram no mundo, cerca de 340 milhões de doenças sexualmente transmissíveis por ano.”(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007a). No Brasil, as estimativas são de 10 milhões de novos casos por ano, excluídos os casos de AIDS. Em 2003, segundo a Coordenação Nacional de DST/AIDS, foi diagnosticado um total de 9.762 novos casos de AIDS (Adquired Immune Deficiency Syndrome), sendo 18,5% deles entre jovens de 13 a 24 anos de idade. Também se estima um aumento de 26% na taxa de fecundidade entre adolescentes a
  • 3. GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS::: EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO Taíssa Roberta Ribas – professora PDE (ribastaissa@yahoo.com.br) 3 partir de 1990. A gravidez e a maternidade precoce são apontados como fatores que colaboram para a evasão escolar entre jovens na faixa etária de 15 a 19 anos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000). Estes dados revelam a precocidade das relações sexuais entre adolescentes, associado ao não uso de preservativos, tornando-os vulneráveis às infecções sexuais e à gravidez precoce ou indesejada. Pautando-se nestes dados e no que diz o Art. 2º, inciso 2 da Portaria Interministerial nº 796, de 29 de maio de 1992 (Ministério da Educação/Ministério da Saúde): “Os conteúdos programáticos do projeto educativo devem estar em consonância com as Diretrizes do Programa Nacional de Controle das DSTs e AIDS do Ministério da Saúde”, a escola deve assumir sua parcela de responsabilidade na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez precoce entre adolescentes. Dessa forma, o professor ao propiciar a apreensão de informações adequadas e atualizadas do ponto de vista científico e, ao promover discussões e reflexões sobre sexualidade contribuirá para que os educandos desenvolvem atitudes saudáveis e responsáveis. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A sexualidade é tema que tem prioridade para os jovens, provoca debates, polêmicas e grande interesse. Informações equivocadas sobre sexualidade contribuem para a vulnerabilidade dos adolescentes frente às doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez precoce ou indesejada. Portanto, é na educação que se identifica um caminho para a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez precoce ou indesejada.  ADOLESCÊNCIA E SEXUALIDADE Reconhecer a sexualidade como construção social assemelha-se a dizer que as práticas e desejos são também construídos culturalmente, dependendo da diversidade de povos, concepções de mundo e costumes existentes; mesmo quando integrados em um só país, como ocorre no Brasil. (FIGUEIREDO apud ABRAMOVAY, 2004, p.33)
  • 4. GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS::: EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO Taíssa Roberta Ribas – professora PDE (ribastaissa@yahoo.com.br) 4 A sexualidade é uma das dimensões do ser humano que além dos aspectos reprodutivos e emocionais, envolve também elementos sócio-histórico-culturais. Ela pode ser expressa em pensamentos, atitudes e nas relações afetivas e sexuais. A relação sexual é apenas uma das formas de expressão da sexualidade e a adolescência é o momento em que a sua experimentação tem início. Estudo da Unicef de 2002 comprova este comportamento, revelando que 32,8% dos adolescentes brasileiros na faixa etária entre 12 e 17 anos já tiveram relações sexuais. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007b). Segundo a Organização Mundial de Saúde, a adolescência compreende a faixa etária entre 10 e 19 anos. Este período caracteriza-se por mudanças físicas, psicológicas e sociais na vida do adolescente que se encontra repleto de dúvidas e inseguranças. O despreparo inicial dos adolescentes para compreender e desfrutar de sua sexualidade, o seu sentimento ilusório de proteção e poder sobre a vida, a sua dificuldade em tomar decisões e a necessidade de ser aceito pelo outro, são características que os tornam extremamente vulneráveis a comportamentos sexuais de risco. Segundo parecer do Ministério da Saúde (2000), o estado de vulnerabilidade dos adolescentes a comportamentos sexuais de risco envolve diversas dimensões. A vulnerabilidade é aqui entendida como o “conjunto de fatores de natureza biológica, epidemiológica, social e cultural cuja interação amplia ou reduz o risco ou a proteção de uma pessoa ou população frente a uma determinada doença, condição ou dano. A falta de acesso ou ações e serviços de saúde e educação é considerado um fator “programático” de ampliação da vulnerabilidade” (MS/CN-DST/AIDS). A vulnerabilidade pode agregar diversas dimensões: a individual, que se relaciona aos comportamentos adotados pelo indivíduo e que pode favorecer oportunidade de se infectar, como por exemplo o não uso do preservativo; a social, que implica questões econômicas e sociais que influenciam o aumento da violência sexual, prostituição e tráfico de drogas; a institucional, que se relaciona à ausência de políticas públicas que tenham por objetivo controle da epidemia em populações e/ou localidades. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000, p.6). Observa-se assim, a estreita relação entre as dimensões individual, social e institucional, destacando-se que a pobreza, a baixa escolaridade e a violência contribuem para que os adolescentes exponham-se às doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez precoce ou indesejada.
  • 5. GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS::: EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO Taíssa Roberta Ribas – professora PDE (ribastaissa@yahoo.com.br) 5  ESTATÍSTICAS NO BRASIL: DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, GRAVIDEZ PRECOCE E ABORTO. “Nos países industrializados ocorre um novo caso de doença sexualmente transmissível em cada 100 pessoas por ano, e nos países em desenvolvimento, as doenças sexualmente transmissíveis estão entre as cinco principais causas de procura por serviços de saúde.”(BARRAVIERA & BARRAVIERA, 2003, p.5). No Brasil os dados sobre a prevalência de doenças sexualmente transmissíveis em adolescentes são insuficientes e o número de casos notificados está bem abaixo das estimativas, talvez porque apenas a sífilis e a AIDS sejam infecções sexuais de notificação compulsória e cerca de 70% das pessoas com DST procurem tratamento em farmácias. (TARQUETTE; VILHENA; PAULA, 2004)-. No entanto, os dados do Ministério da Saúde de 2007, apontam a ocorrência do HPV (Papiloma vírus humano) e de herpes genital com índices de 25% e 17%, respectivamente, na faixa etária de 10 a 24 anos. Com relação à ocorrência de AIDS entre adolescentes os números também são preocupantes. Em 2003, segundo dados da Coordenação Nacional de DST/AIDS, foi diagnosticado um total de 9.762 novos casos de AIDS, sendo 7,2% deles entre jovens homens de 13 a 24 anos de idade e 11,3% entre jovens mulheres na mesma faixa etária. Estes dados apontam a maior prevalência de AIDS entre jovens e adolescentes do sexo feminino, indicando a “feminização” da epidemia e uma maior vulnerabilidade deste grupo à infecção. Uma grave conseqüência da AIDS é o impacto na vida dos órfãos de pais portadores do HIV. Estes órfãos, privados da convivência com seus pais, tornam-se mais suscetíveis à pobreza, ao fracasso e abandono escolar, à violência e à falta de acesso à saúde. Quanto à questão da gravidez precoce, no Relatório Mundial sobre População da ONU, o Brasil aparece “como um dos países que apresentam taxas acima da média mundial de gravidez na adolescência. A taxa brasileira é maior do que a de alguns países pobres, como Sudão, Iraque e Índia.” (ABRAMOVAY, 2004, p.133).
  • 6. GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS::: EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO Taíssa Roberta Ribas – professora PDE (ribastaissa@yahoo.com.br) 6 Segundo pesquisas do Ministério da Saúde, de 1940 a 2000, houve um decréscimo na taxa de fecundidade entre mulheres como um todo, porém entre adolescentes ocorreu o contrário. Desde 1990, a taxa de fecundidade entre adolescentes aumentou 26%. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007b). “Uma brasileira entre 10 e 14 anos dá à luz a cada 15 minutos... Ao todo, 700 mil meninas têm filhos anualmente em um país onde 2/3 de adolescentes pertencem às classes baixas...” (ABRAMOVAY, 2004, p.134). Não há como negar as conseqüências da gravidez precoce no futuro das adolescentes. De acordo com dados do PNDS/1996, a gravidez e a maternidade precoce são fatores importantes que contribuem para aumentar as taxas de evasão escolar de meninas adolescentes na faixa etária de 15 a 19 anos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000). A gravidez não planejada, quando indesejada, pode conduzir ao aborto e comprometer a saúde física, emocional e psicológica da adolescente. Segundo dados do Ministério da Saúde de 2003 “as internações por gravidez, parto e puerpério correspondem a 37% das internações entre mulheres de 10 a 19 anos, no SUS” (Sistema Único de Saúde). (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007b, p.18). Com relação ao aborto provocado, a “Organização Mundial de Saúde (OMS) adverte que na América do Sul, ocorre o maior número de abortos clandestinos do mundo” (ABRAMOVAY, 2004, p. 219) e no Brasil as estimativas apontam que sejam realizados um milhão de abortos clandestinos por ano. Segundo dados do Ministério da Saúde, o aborto provocado constitui a quinta maior causa de internação de jovens: 146 internações por dia. Assim como, é a terceira causa de morte materna no país. Alguns autores cogitam que o aborto ilegal ocuparia, nos grandes centros urbanos brasileiros, o segundo lugar entre os motivos de morte materna. (ABRAMOVAY, 2004, p.221) Estes dados mostram que as adolescentes constituem um grupo em situação de risco ao aborto ilegal, sendo urgentes ações eficazes de prevenção a esta prática. No Brasil o direito ao aborto é assegurado pelo artigo 128 do Código Penal de 1940, ou seja, quando a gravidez indesejada resulta de violência sexual ou quando há risco de morte para a gestante.
  • 7. GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS::: EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO Taíssa Roberta Ribas – professora PDE (ribastaissa@yahoo.com.br) 7  DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS Doenças sexualmente transmissíveis são aquelas transmitidas de uma pessoa a outra através de relações sexuais. A maioria delas é causada por agentes microscópicos como vírus, bactérias, fungos e outros microorganismos que geralmente se alojam nos órgãos genitais. Se não forem tratadas a tempo podem deixar seqüelas ou até levar à morte, como por exemplo , a sífilis e a AIDS. Historicamente as doenças sexualmente transmissíveis foram denominadas de doenças venéreas em alusão a Vênus, a deusa grega do amor. Há relatos dessas doenças em diversas descrições bíblicas (BARRAVIERA & BARRAVIERA, 2003) sendo, que muitos homens e mulheres padeceram em conseqüência de suas complicações. Com o passar dos séculos e o advento de diversas formas de pesquisa, dentre elas a microscopia e as técnicas genéticas, foram identificados microorganismos que se associavam a tais doenças. No início dos anos 80, com o surgimento da AIDS, as doenças sexualmente transmissíveis passaram a ter prioridade na esfera da Saúde Pública, em função da estreita relação presente entre estas e a transmissão do HIV (Human Immunodeficiency Virus). (ELEUTÉRIO JÚNIOR, 2002). Em função da gravidade de algumas doenças sexualmente transmissíveis, torna-se urgente que a população e, em especial, os jovens adolescentes que estão iniciando sua vida sexual tenham conhecimentos básicos sobre essas doenças, tendo como alvo a prevenção. Portanto, é fundamental:  Conhecer as formas de transmissão e de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis;  Identificar sintomas que indiquem a presença de uma DST;  Reconhecer a necessidade da busca precoce de auxílio médico para evitar complicações;  Evitar comportamentos de risco como grande número de parceiros e demora em buscar tratamento médico. “A Organização Mundial de Saúde (OMS) catalogou mais de 25 tipos de doenças sexualmente transmissíveis”. (OLIVEIRA, 1998, p.72). Alguns autores classificam as DSts em três grupos:
  • 8. GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS::: EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO Taíssa Roberta Ribas – professora PDE (ribastaissa@yahoo.com.br) 8  Doenças essencialmente transmitidas pelo ato sexual: este grupo compreende as doenças em que a sua transmissão ocorre através das relações sexuais e outra forma de contágio é praticamente inexistente. São elas: cancro mole, gonorréia, linfogranuloma venéreo, sífilis.  Doenças freqüentemente transmitidas pelo ato sexual: este grupo é formado por aquelas em que a forma de transmissão mais comum é a sexual mas não é exclusiva e existe a possibilidade de outras vias de contágio serem eficientes. São elas: AIDS, candidíase, condiloma acuminado, doença inflamatória pélvica, donovanose, herpes genital, tricomoníase.  Doenças eventualmente transmitidas pelo ato sexual: são aquelas em que a transmissão pelo ato sexual não é a principal para que ocorra a doença. São elas: amebíase, escabiose, hepatite A, hepatite B e pediculose. Sobre o assunto pode ser consultado o trabalho “Doenças sexualmente transmissíveis: por que preveni-las?” de autoria de Taíssa Roberta Ribas e orientação de Bertoldo Schneider Júnior no seguinte endereço eletrônico: http://www.pessoal.utfpr.edu.br/bertoldo/Downloads/DST.pdf  GRAVIDEZ PRECOCE E CONTRACEPÇÃO Considera-se gravidez na adolescência aquela que ocorre na faixa etária entre 10 a 19 anos. A OMS - Organização Mundial de Saúde – define este período da vida humana com base no aparecimento inicial das características sexuais secundárias para a maturidade sexual; pelo desenvolvimento de processos psicológicos e de padrões de identificação que evoluem da fase infantil para a adulta, e pela transição de um estado de dependência para outro de relativa autonomia. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000, p.39) Um olhar crítico revela que a concepção de adolescência não está atrelada somente a fatores físicos e psicológicos, mas também a fatores sócio-econômicos que determinam o modelo de sociedade de cada época. Tome-se como exemplo o Brasil do século passado, quando meninas entre 12 e 14 anos estavam “aptas” para o casamento recebendo a bênção da igreja. Atualmente, a sociedade atribui à fase da adolescência a atividade escolar e a preparação profissional. Os pais desejam para seus filhos uma trajetória de vida
  • 9. GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS::: EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO Taíssa Roberta Ribas – professora PDE (ribastaissa@yahoo.com.br) 9 definida como a ideal, ou seja, formação escolar, trabalho, autonomia financeira e constituição familiar. Assim, a gravidez e a maternidade na adolescência rompem com essa trajetória apontada como ideal e natural e emergem socialmente como problema e risco a serem evitados. Dentre as causas da gravidez precoce geralmente destacam-se as condições sócio-econômicas das adolescentes, a falta de informação sobre o próprio corpo e sobre os métodos contraceptivos, além da dificuldade de acesso aos serviços de saúde pública. “Alguns estudos têm explorado a relação entre gravidez na faixa etária de 10 a 14 anos e a ocorrência de violência sexual”. (CAVASIN, 2004 apud MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007b, p.18). Portanto, um olhar crítico sobre a situação revela que a violência sexual, a prostituição e até mesmo o desejo de se tornar mãe e de constituir família contribuem para aumentar o número de adolescentes grávidas. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007b). Pelo exposto, torna-se necessário o cuidado com análises simplistas em função da complexidade do tema e de seus múltiplos significados. Segundo CATHERINO & GIFFIN(2002:26) citados por ABRAMOVAY (2004:135), a maternidade para muitas adolescentes pode representar poder, mesmo este sendo ilusório: Grande parte das análises que abordam esse fenômeno perde de vista a contextualização da problemática que, a nosso ver, não se reduz a ponderações maniqueístas, tal como: bom/mau; certo/errado; mas que requer uma análise que desvele seus fundamentos históricos, sociais, políticos e psicológicos. Não se trata aqui, de fazer a condenação ou o elogio da gravidez na adolescência, Trata-se, sim, de trazer à cena uma realidade que, sem negligenciar os perfis epidemiológicos, nos remetem a histórias: trajetórias que contêm sonhos, esperanças, dores, desilusões e que permitem às meninas se apropriar das adversidades, para transformar – mesmo que ilusoriamente – o seu cotidiano em algo que valha a pena ser vivido. Ser mãe para estas meninas, talvez seja uma das poucas formas que lhes restam, no sentido de se colocarem no mundo como sujeitos sociais. (ABROMAVAY, 2004, p.135) Porém, o reconhecimento do fato de que a gravidez pode expressar o desejo dos jovens não significa ser dispensável a informação sobre métodos contraceptivos para ambos os sexos. Os métodos contraceptivos asseguram a escolha do momento conveniente para a gravidez desejada e planejada.
  • 10. GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS::: EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO Taíssa Roberta Ribas – professora PDE (ribastaissa@yahoo.com.br) 10 A literatura faz referência a complicações obstétricas em adolescentes, destacando problemas decorrentes da falta de cuidados pré-natais, complicações no trabalho de parto, anemias, hemorragias, desproporção cefalopélvica, hipertensão, maior incidência de eclâmpsia, entre outras. Tais complicações podem resultar em mortalidade infantil e materna. Segundo CAMARANO (1998:116) apud ABRAMOVAY (2004:133) em 1987, “a taxa de mortalidade dos filhos de mulheres de 15 a 19 anos era 42,5% mais elevada do que a dos filhos de mulheres situadas em grupo de idade posterior.” Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) mostram que entre 1993 de 1997, houve um aumento de 20% no total de partos em mulheres de 10 a 14 anos. Ainda de acordo com dados do SUS apresentados por ABRAMOVAY (2004) o parto é a primeira causa de internação de meninas entre 10 e 14 anos nos sistemas públicos de saúde. O exposto representa um sinal de alerta que pede pronta investigação e implementação de programas de prevenção específicos para adolescentes de ambos os sexos. Cabe destacar que além dos riscos físicos associados a pouca idade, a gravidez na adolescência desencadeia problemas de ordem emocional como medo, insegurança, solidão e o risco do aborto provocado. Também há de se considerar os prejuízos sociais na vida das adolescentes. Para ABRAMOVAY (2004) é importante a análise de discriminações e preconceitos sofridos por adolescentes grávidas e mães solteiras no ambiente escolar. Estas questões também contribuem para aumentar as taxas de evasão escolar por adolescentes grávidas e jovens mães além da falta de políticas públicas que favoreçam a permanência na escola destas jovens. E uma realidade alarmante é que a maioria das escolas brasileiras não dispõe de estrutura e flexibilidade de horários adequados que permitam à jovem mãe continuar seus estudos. O resultado é que a mãe deixa a escola durante ou após a gestação, trazendo conseqüências gravíssimas para seu futuro profissional. (GIOPPO, 1999, p.168) Neste contexto, o conhecimento dos métodos contraceptivos assegura a escolha do momento conveniente para a gravidez desejada e planejada. De acordo com Pesquisa Nacional sobre Violência, Aids e Drogas nas Escolas realizada em 2001 pela Unesco com alunos dos Ensinos Fundamental e Médio das maiores capitais do
  • 11. GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS::: EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO Taíssa Roberta Ribas – professora PDE (ribastaissa@yahoo.com.br) 11 Brasil, os métodos contraceptivos citados pelos alunos foram: o DIU (dispositivo intra- uterino), o preservativo masculino, a camisinha feminina, o diafragma, os espermicidas, a tabelinha, o coito interrompido, a vasectomia e a laqueadura. Nesta mesma pesquisa, os métodos citados em ordem de utilização foram: camisinha (48% a 70%), pílula anticoncepcional (17% a 38%), seguidos pela tabelinha e injeção anticoncepcional em terceiro lugar. Os outros métodos anticoncepcionais não são citados em proporções significativas. No entanto, apenas as informações sobre métodos contraceptivos não bastam para evitar a gravidez, pois a negociação quanto ao uso destes métodos esbarra nas relações de gênero. Isto se sustenta a partir do fato de que a maioria dos métodos contraceptivos é para ser utilizado pelas mulheres. Tal comportamento se vincula historicamente à idéia de que a reprodução biológica e o seu controle sejam socialmente compreendidos como responsabilidade das mulheres e ao homem caberia desempenhar o papel de prevenir as doenças sexualmente transmissíveis. ABORDAGEM Neste momento, apresenta-se algumas atividades que colocam os educandos como protagonistas em situações que exigem responsabilidade diante da sexualidade. Tais atividades destacam a importância da informação, da vivência e da prevenção. Assim, pretende-se levar os educandos a uma reflexão das atitudes de risco contribuindo para que desenvolvam comportamentos sexuais seguros. ABORDAGEM 1  Ser pai, ser mãe  Objetivo  Proporcionar aos alunos uma experiência com a paternidade e a maternidade.
  • 12. GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS::: EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO Taíssa Roberta Ribas – professora PDE (ribastaissa@yahoo.com.br) 12  Procedimento  Entregar para cada aluno(a) uma bola de isopor explicando que essa bola representa um bebê e que ele(a) será o pai ou a mãe.  Levar cartões rosas e azuis num saco e pedir que cada aluno pegue um deles. Se o cartão for azul, o filho é um menino e se for rosa, é uma menina. Não há possibilidade de escolha.  Agora os alunos podem desenhar o rosto do seu bebê, vesti-lo e dar-lhe um nome.  Cada aluno levará o bebê para sua casa e ficará com ele um final de semana. Lembrar que precisa amamentar, trocar fraldas, dar banho... Após essa experiência, discutir com o grupo algumas questões: 1. Você precisou mudar sua rotina para atender o bebê? 2. Como você se sentiu cuidando do bebê? 3. Você se sente capaz de ser pai/mãe neste momento de sua vida? 4. Como sustentou (alimentou, vestiu, medicou) seu filho? 5. Estaria disposto a mudar seus planos para atender seu bebê? 6. Como sua família reagiu quando você chegou com o bebê? Mostraram-se dispostos a ajudá-lo (a)? Discutir com o grupo a questão da responsabilidade dos pais em relação aos filhos. (Adaptado de: Prevenir é sempre melhor. Brasília: Ministério da Saúde, 2000, p. 47). ABORDAGEM 2  Objetivo  Promover momento de esclarecimento aos educandos sobre a situação das doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez precoce e indesejada.
  • 13. GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS::: EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO Taíssa Roberta Ribas – professora PDE (ribastaissa@yahoo.com.br) 13  Procedimento  Palestra com profissionais da saúde sobre doenças sexualmente transmissíveis, gravidez precoce e indesejada. ABORDAGEM 3  Objetivos  Envolver os alunos no estudo das doenças sexualmente transmissíveis, da gravidez na adolescência e dos métodos contraceptivos, associando esse estudo às medidas de prevenção.  Orientar os alunos na elaboração de um projeto de pesquisa. Sugestão de roteiro:  Título  Objetivo  Justificativa  Metodologia  Cronograma  Resultados  Referências bibliográficas  Procedimento  Dividir os alunos em grupos de 4 a 5 alunos para a realização dos projetos. Sugere-se alguns temas para a elaboração dos projetos. O professor poderá acrescentar outros de acordo com a sua realidade. A) Estudo sobre a gravidez na adolescência.
  • 14. GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS::: EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO Taíssa Roberta Ribas – professora PDE (ribastaissa@yahoo.com.br) 14  O grupo poderá pesquisar as causas da gravidez na adolescência e os riscos à saúde da adolescente gestante. B) Adolescentes grávidas do município em que os alunos residem.  O grupo poderá buscar na maternidade do município o número de internações de adolescentes por parto entre os anos de 2000 a 2007 e elaborar gráficos. C) Métodos contraceptivos.  O grupo poderá elaborar e aplicar um questionário, entre os adolescentes da escola, para verificar o nível de conhecimento destes sobre os métodos contraceptivos. Elaborar gráficos. D) Métodos contraceptivos: cada grupo realizará pesquisa sobre os tipos de métodos contraceptivos existentes, apresentando as vantagens e desvantagens de cada um deles.  Naturais: tabelinha, muco cervical, temperatura basal, coito interrompido.  Barreira ou bloqueio: preservativo masculino, preservativo feminino, diafragma.  Hormonais: pílula, anticoncepcional injetável, implante hormonal, pílula do dia seguinte.  Químicos: creme, espuma, esponja e gel espermicida.  Mecânico: dispositivo intra-uterino (DIU).  Cirúrgicos: vasectomia e laqueadura. E) Aborto:  Pesquisar o que a lei brasileira diz sobre o aborto, as estimativas de aborto no Brasil e em outros países, relacionando as possíveis causas para a ocorrência desta prática. F) Doenças sexualmente transmissíveis:  O grupo poderá elaborar e aplicar um questionário, entre os adolescentes da escola, para verificar o grau de conhecimento destes sobre as DSTs. G) Doenças sexualmente transmissíveis:  Cada grupo poderá pesquisar uma ou duas DSTs descrevendo o agente etiológico, formas de transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção. Por exemplo: AIDS, condiloma acuminado (HPV), gonorréia, sífilis, herpes genital, candidíase, linfogranuloma venéreo.
  • 15. GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS::: EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO Taíssa Roberta Ribas – professora PDE (ribastaissa@yahoo.com.br) 15 Professores, seria importante sugerir aos grupos alguns procedimentos para a obtenção de informações corretas e atualizadas, como por exemplo:  Visitas a regional de saúde para levantamento estatístico de: adolescentes grávidas no município ou estado e de doenças sexualmente transmissíveis.  Visita a Biblioteca Municipal.  Entrevistas com profissionais da saúde.  Sugestões de sites para as pesquisas: www.aids.gov.br www.adolesite.aids.gov.br www.scielo.br www.abiaids.org.br www.saude.gov.br ABORDAGEM 4  Objetivo  Divulgar na comunidade escolar e no município os resultados dos trabalhos.  Procedimento  Confeccionar folderes e banners para exposição na escola.  Apresentar na rádio local os resultados dos trabalhos.
  • 16. GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS::: EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO Taíssa Roberta Ribas – professora PDE (ribastaissa@yahoo.com.br) 16 POSSÍVEIS DIFICULDADES  Envolver os alunos no estudo da gravidez precoce e das doenças sexualmente transmissíveis sem causar constrangimento entre eles.  A realização dos trabalhos em grupo que requer tempo extra-classe.  Dificuldade de acesso à internet, caso a escola não possua computadores.  Profissional habilitado para a realização da palestra.  Apoio dos professores de matemática para a elaboração dos gráficos.  Recursos financeiros para a produção de folderes e banners para a exposição dos trabalhos. FORMAS DE CONTORNO  Enviar recado aos pais informando-os da necessidade de seus filhos de tempo extra-classe na escola ou na biblioteca para a realização dos trabalhos.  Caso a escola não possua computadores para os alunos, o diretor poderá entrar em contato com outra escola próxima solicitando autorização para os alunos utilizarem os computadores. Também a biblioteca municipal geralmente oferece este recurso para uso comunitário.  Solicitar à Direção da escola recursos financeiros do Fundo Rotativo para a produção de banners e folderes. Caso não seja possível, cartolinas poderão ser utilizadas em substituição aos banners e folderes.  Cartolinas poderão ser utilizadas em substituição aos folderes e banners. REFERÊNCIAS ABRAMOVAY, Miriam; CASTRO, Maria Garcia; SILVA, Maria Bernadete da. Juventudes e Sexualidade. Brasília: UNESCO, 2004. 428 p. BARRAVIERA, Silvia Regina Catharino Sartori & BARRAVIERA, Benedito. Doenças sexualmente transmissíveis. São Paulo: EPUB, 2003. 72 p. BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e Aids. Prevenir é sempre melhor. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. 93p.
  • 17. GGGRRRAAAVVVIIIDDDEEEZZZ NNNAAA AAADDDOOOLLLEEESSSCCCÊÊÊNNNCCCIIIAAA EEE DDDOOOEEENNNÇÇÇAAASSS SSSEEEXXXUUUAAALLLMMMEEENNNTTTEEE TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÍÍÍVVVEEEIIISSS::: EEESSSTTTUUUDDDOOO EEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO Taíssa Roberta Ribas – professora PDE (ribastaissa@yahoo.com.br) 17 ______. Ministério da Saúde. DST em números. Disponível em : <http://www.aids.gov.br/data/Pages/LUMISD1F318A31TEMID55D35FOO70A24175BB4 .htm > Acesso em: 23 jun. 2007 a. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Marco teórico e referencial: saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e jovens. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007b. 56p. ______. Portaria Interministerial nº 796, de 29 de maio de 1992. Veda práticas discriminatórias, no âmbito da educação, a pessoas portadoras de HIV. Disponível em: <http://www.mp.rs.gov.br/infância/legislação/id2096.htm>. Acesso em: 24 jul. 2007. ELEUTÉRIO JÚNIOR, José. Doenças sexualmente transmissíveis. São Paulo: Contexto, 2002. 71p. FENWICK, Elizabeth & WALKER, Richard. O sexo em sua vida. São Paulo: CÍRCULO DO LIVRO, 1995. GIOPPO, Christiane. A produção do saber no ensino de ciências: uma proposta de intervenção. 20 ed. Curitiba: IBEPEX, 1999. 228p. OLIVEIRA, Alexandre Roberto Diogo de et al. Sexo, prazer e segurança. Rio de Janeiro: Biologia e Saúde, 1998. 131p. TARQUETTE, Stella R.;VILHENA, Maria Mello de & PAULA, Mariana Campos de. Doenças sexualmente transmissíveis na adolescência: estudo de fatores de risco. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Uberaba, v.37, n 3, p.1-10, mai/jun, 2004.