As grandes regiões brasileiras e sua administração
1. Unidade 3 – Capítulo 7 AS GRANDES REGIÕES BRASILEIRAS Prof.º Luiz Fernando Wisniewski [email_address]
2. O Brasil possui a quinta maior área territorial do planeta e o quinto maior contingente populacional do mundo, com seus 26 estados e um distrito federal, capital do país. Corresponde a 47% da América do Sul e seu território equivale ao território de 15 Franças, 23 Alemanha ou até mesmo 92 Portugal. A PERGUNTA É: COMO ADMINISTRAR UM PAÍS TÃO GRANDE ? AS GRANDES REGIÕES BRASILEIRAS
3. A melhor solução encontrada foi a regionalização, ou seja, dividir a terra em áreas menores. Para isso devemos utilizar-se de critérios podendo ser econômicos,naturais e principalmente sociais para melhor administrar as regiões. A divisão regional que vamos utilizar para nossos estudos é a desenvolvida pelo Geógrafo Pedro Pinchas Geiger, dividindo o território brasileiro em três grandes regiões ou complexos regionais conforme baseada nas relações históricas e econômicas. AS GRANDES REGIÕES BRASILEIRAS
4. “ É importante lembrar que a classificação do IBGE leva em conta os limites dos estados, enquanto os complexos regionais delimitados por Pedro Pinchas são áreas mais abrangentes, que levam em conta fatores históricos e econômicos, não respeitando os limites estaduais.” AS GRANDES REGIÕES BRASILEIRAS
6. O COMPLEXO AMAZÔNICO Unidade 3 – Capítulo 7 Prof.º Luiz Fernando Wisniewski [email_address]
7. A floresta, aos poucos, está cedendo seu espaço para a grande lavoura comercial na região da Amazônia, que com auxílio da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias) tem realizado estudos para melhorar a produtividade bem como a qualidade de vida da população desta região. Para isso novos métodos de produção sem a utilização de queimadas, pesquisas na área de alimentação e melhoria genética de rebanhos foram implantadas. COMPLEXO AMAZÔNICO - AGROPECUÁRIA
8. A pecuária por sua vez está em franca expansão, transformando regiões de floresta em pasto. Como principal consequência teremos a compactação do solo e posteriormente a desertificação. O motivo desta expansão é o baixo custo das terras na região amazônica. COMPLEXO AMAZÔNICO - AGROPECUÁRIA
9. O látex extraído das seringueiras para a produção de borracha e a castanha-do-pará apresentam grande importância econômica para esta região. A variedade de espécies de peixes são importantes tanto para subsistência como comércio nesta região, porém a pesca indiscriminada tem ameaçado a extinção de algumas espécies. A mineração por garimpagem é outra forma de exploração, ocorrendo nas margens dos rios, porém há a contaminação das águas pelo mercúrio utilizado para facilitar a separação do ouro. COMPLEXO AMAZÔNICO - EXTRATIVISMO VEGETAL, PESCA E MINERAÇÃO
10. Porém esta vasta região vem sofrendo com a biopirataria, que é a exploração, transporte e pesquisa de recursos naturais, de um país para o outro, sem o conhecimento e autorização das autoridades locais. BIOPIRATARIA
11. O Sistema de Vigilância da Amazônia ou SIVAM é um projeto elaborado pelas forças armadas do Brasil com a finalidade de monitorar o espaço aéreo da Amazônia, com a finalidade de fazer frente a manifestações de líderes internacionais contra os direitos do povo brasileiro sobre esta região e coibir o tráfico de drogas e a outros empreendimentos ilícitos como desmatamentos e garimpos ilegais. SIVAM
12. Há dois tipos de conflitos: Entre fazendeiros e índios: quando os indígenas tentam proibir a exploração da floresta por fazendeiros e garimpeiros ou quando lutam pela demarcação de territórios Entre posseiros e movimentos sociais: Por meio de violência os posseiros tomam terras devolutas (públicas) expulsando os pequenos agricultores não permitindo que movimentos sociais e organizações não governamentais façam uma reforma agrária no local. CONFLITOS PELA POSSE DAS TERRAS
14. SUDAM SUDAM (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) é uma autarquia do governo federal do Brasil, com a finalidade de promover o desenvolvimento da região amazônica, gerando incentivos fiscais e financeiros especiais para atrair investidores privados, nacionais e internacionais, ela tem sede e foro em Belém.
15. ZONA FRANCA DE MANAUS Foi implantada durante a Ditadura Militar de 1967, o objetivo do governo brasileiro era atrair industrias para aquela região, proporcionando maior desenvolvimento e integrando a Amazônia com o restante do país. Muitas empresas multinacionais instalaram-se na capital amazonenses, atraídos pelos incentivos fiscais do governo, como a isenção de impostos. Essas empresas importam os componentes e peças em outros países e montam em suas industrias localizadas nesta região. Seus principais produtos são os eletrônicos: DVD, computadores televisores, máquinas fotográficas entro outros. Fábrica de Televisores da Sony Fábrica da Honda
16. O COMPLEXO NORDESTINO Unidade 3 – Capítulo 8 Prof.º Luiz Fernando Wisniewski [email_address]
17. O Complexo Nordestino é um dos grandes produtores nacionais de frutas para exportação, principalmente no Vale do São Francisco. Para melhor entendera produção agrícola do nordeste vamos dividir a região em algumas áreas como veremos à seguir: O COMPLEXO NORDESTINO Uvas em Petrolina, PE Melão, Rio Grande do Norte Tucumã,Mata de Cocais, TO
19. O COMPLEXO NORDESTINO Zona da Mata: Do litoral até 200 Km, no passado a região era coberta pela Mata Atlântica, explorada desde a colonização do Brasil. É a região aonde mais chove devido a influenciada pela FPA ( Frente Polar Atlântica). Cultiva-se a canda-de-açucar,, rapadura e álcool, em menor escala temos a produção de cacau na Bahia.
20. O COMPLEXO NORDESTINO Agreste: Faixa de transição entre a Zona da Mata e o Sertão Nordestino, é a mudança entre a zona úmida para mais árida. O plantio está destinado a subsistência, a pecuária extensiva e à produção de alimentos destinados a atender as necessidades dos centros urbanos do litoral nordestino.
21. O COMPLEXO NORDESTINO Sertão: grande período de estiagem sendo a região mais quente e seca do Brasil, o bioma aqui encontrado é a caatinga com plantas xerófitas. Conhecida como a região da “ Industria da Seca” pois muitos políticos se elegem prometendo o fim da seca. Nas regiões próximas ao São Francisco devido a disponibilidade de água, associada ao custa da terra, a mão de obra barata e a localização se tornou uma região exportadora permanente de produtos tropicais como manga, banana, uva, melão e melancia entre outros para os EUA e Europa.
22. O COMPLEXO NORDESTINO Meio-Norte: Localizada entre a Amazônia e o Sertão apresenta os biomas cerrado aonde se pratica a pecuária e mata dos cocais. A extração do babaçu e da carnaúba é importante fonte de renda familiar, produzida de forma sustentável.
23. TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO Seu objetivo é estimular a produção agropecuária no Sertão nordestino. O projeto prevê o desvio de apenas 1% da vazão total do rio com a finalidade de abastecer 12 milhões de pessoas. Acredita-se que isso possibilitará a permanência de muitos sertanejos em suas terras, diminuindo o fluxo migratório. Porém há impasses sobre os impactos ambientais bem como custo alto da construção.
24. COMPLEXO NORDESTINO - MINERAÇÃO Importante fonte de energia para o setor industrial podemos citar uma quantidade enorme de recursos naturais como: Urânio, tório, zinco, petróleo, gás, diamante, ouro, sal marinho entre outros, contando com 316 lavras.
25. COMPLEXO NORDESTINO - PESCA Ocupa entre todas as demais regiões a primeira posição na produção, segundo o Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), o volume total do Brasil é de 271.695,5 toneladas, das quais o Nordeste responde por 109.849 toneladas. No Brasil o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) faz o controle das atividades pesqueiras, estabelecendo as épocas apropriadas à pesca, contribuindo para o uso racional deste recurso natural.
26. COMPLEXO NORDESTINO - INDUSTRIALIZAÇÃO Foi a primeira região industrializada no Brasil, levando em conta os engenhos de açúcar no período colonial, porém foi superado pela região centro-sul onde se instalou grande parte das industrias até a década de 1980. No final dos anos 1950, foi criada a SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), incentivando as empresas a se instalarem na região, porém foi desativada no governo de Fernando Henrique, devido a processos de corrupção, e retomada pelo governo Lula.
27. SUDENE SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) é uma entidade de fomento econômico desenvolvimentista brasileira, destinada a promover soluções sócio-econômicas à Região Nordeste do Brasil, periodicamente afetada por estiagens e com populações com baixo poder aquisitivo e pouca instrução educacional.
28. COMPLEXO NORDESTINO - INDUSTRIALIZAÇÃO Á Partir de 1980 há uma descentralização da economia do centro-sul para outras regiões do Brasil como o Nordeste em virtudes oferecidas em outras localizações, com menores custos com salários, terrenos, matéria-prima, sindicatos menos expressivos e incentivos fiscais. Empresas instalaram-se na região como a Ford na Bahia, Companhia Siderúrgica Nacional no Ceara, Camaçari aonde se destaca o stor petrolífero e em Pernambuco está crescendo um pólo tecnológico, visando empresas voltadas a produção de softwares. Montadora da Ford na Bahia
29. COMPLEXO NORDESTINO - TRANSPORTES O complexo está integrado por diversas rodovias federais e estaduais, porém nos anos 1980 e 90 , muitas delas ficaram sem conservação. Os principais produtos de exportação deixam o Nordeste com destino a outros países, saem por terminais e portos como: Areia Branca (RN), Natal (RN), Recife (PE), Maceió (AL) e Salvador (BA) entre outros. O transporte ferroviário em 1998 foi comprada da estatal REFFSA pela Companhia Ferroviária do Nordeste atuando nos estados do Maranhão, Piauí, Ceára e Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe destacando-se no transporte de álcool, açúcar, derivados de petróleo, sal entre outros produtos. Entre os principais clientes estão: Votorantim, Petrobrás, Esso, Texaco entre outros. O transporte aeroportuário no Nordeste tem atuado nas áreas de turismo, agronegócios e da industria.
30. COMPLEXO NORDESTINO - URBANIZAÇÃO A concentração urbana do nordeste, segundo o IBGE, é de 69,10%, está taxa vem crescendo mas comparado com a média nacional, que é de 81,23%, percebemos que a urbanização do Nordeste ainda é pequena. A maior aglomeração se encontra no litoral e Agreste, devido questões históricas da ocupação portuguesa. Devido ao crescimento acelerado muitas cidades possuem problemas como desemprego, subemprego, déficit de habitação, transportes urbanos, fornecimento de água tratada, coleta e tratamento de esgotos.
31. O COMPLEXO CENTRO-SUL Unidade 3 – Capítulo 9 Prof.º Luiz Fernando Wisniewski [email_address]
32. COMPLEXO CENTRO SUL Apresenta 25% do território nacional e 68% da população absoluta do Brasil. O que mais se destaca é a economia, considerada a mais dinâmica do país, com elevados níveis de produção agrícola e agropecuária. Para melhor estudar este complexo o IBGE a dividiu em quatro sub-regiões, são elas: NOROESTE DO CENTRO-SUL NORDESTE DO CENTRO-SUL CENTRO ECONÔMICO NACIONAL SUL DO CENTRO-SUL
33. COMPLEXO CENTRO SUL Apresenta 25% do território nacional e 68% da população absoluta do Brasil. O que mais se destaca é a economia, considerada a mais dinâmica do país, com elevados níveis de produção agrícola e agropecuária. Para melhor estudar este complexo o IBGE a dividiu em quatro sub-regiões, são elas: NOROESTE DO CENTRO-SUL NORDESTE DO CENTRO-SUL CENTRO ECONÔMICO NACIONAL SUL DO CENTRO-SUL
34. NOROESTE DO CENTRO-SUL NOROESTE DO CENTRO-SUL: Agropecuária Predomina baixa densidade demográfica, 3 a 5 Hab/Km2. Encontramos as grandes propriedades para a criação de gado no sistema extensivo, os rebanhos são os mais numerosos do país e caracterizam pela alta qualidade. Os frigoríficos integram parte significativa da economia. A agricultura se desenvolve nas chamadas “ fronteiras agrícolas” avançando pelo domínio do Cerrado, em grandes propriedades mecanizadas. O aumento das áreas agricultáveis e criação de gado nessa áreas preocupam os ambientalistas, pois tanto o cerrado como o Pantanal estão sendo ameaçados.
35. NOROESTE DO CENTRO-SUL NOROESTE DO CENTRO-SUL: Recursos Minerais e Energéticos Localizado no Maciço Urucum, MS, grandes reservas de manganês e ferro, em Goiás há a extração de níquel, ouro, fosfato calcário agrícola entre outros. As condições naturais favorecem a construção de hidrelétricas como a de Jupiá, porém, parte da energia consumida é produzida por termoelétricas.
36. NOROESTE DO CENTRO-SUL NOROESTE DO CENTRO-SUL : Industrialização A grande distancia dos portos é uma barreira para a industrialização. A industria de calçados, confecções, química, têxtil, metalúrgica, bebidas, editorial e gráfica integram a maior parte da produção industrial. Devido ao potencial econômico das agroindústrias montadoras de máquinas agrícolas e automóveis investem nesta região.
37. NOROESTE DO CENTRO-SUL NORDESTE DO CENTRO-SUL : Agropecuária O cultivo do café em Minas Gerais e no Espírito Santo é uma importante fonte de renda, já que a produção é comercializada no mercado nacional e internacional. A criação intensiva de gado leiteiro em Minas Gerais abastece o mercado interno, e a produção de gado de corte é destinada para exportação.
38. NOROESTE DO CENTRO-SUL NORDESTE DO CENTRO-SUL : Recursos Minerais e Energéticos A exploração de minerais preciosos foi a principal atividade extrativista, atualmente são os principais recursos que impulsionam a economia regional e nacional. No espírito santo há a produção de petróleo, 3% do total nacional, mas importante para desenvolver a região. Temos hidrelétricas concentradas na Bacia do São Francisco, entre Minas Gerais e São Paulo. Reservatório da usina hidrelétrica de Sobradinho, no Rio São Francisco Ouro Aluvial
39. NOROESTE DO CENTRO-SUL Centro Econômico Nacional : Recursos Minerais e Energéticos Compreende os estado do Rio de Janeiro e São Paulo, possui uma alta densidade populacional e uma grande importância econômica. A intensa concentração de industrias e tecnopólos de vários ramos faz dessa região a mais produtiva do país. Sua importância atinge o cenário internacional, razão pela qual pode ser classificada como uma megalópole. Na última década, a Grande São Paulo passou por um processo de desconcentração industrial por regiões oferecerem melhor condições financeiras para as industrias bem como uma mão de obra mais barata. No Rio de Janeiro as principais industrias são de base como siderúrgica, metalúrgica, química e naval e em São Paulo caracteriza-se pela diversidades nos setores automobilísticos e de alta tecnologia entre outros.
40. NOROESTE DO CENTRO-SUL NORDESTE DO CENTRO-SUL : Industrialização Em Minas Gerais temos um setor diversificado entre a industria siderúrgica, metalúrgica, química, alimentícia, montadora de automóveis e peças. No Espírito Santo temos uma expressiva industria de celulose, metalúrgica e siderúrgica. O escoamento é feito pela rede ferroviária e pela proximidade com os portos. Industria da Mercedez Bens em Juiz de Fora - MG Vista do Complexo de Brucutu, em Minas Gerais, com a maior usina de minério de ferro do mundo.
41. NOROESTE DO CENTRO-SUL SUL DO CENTRO-SUL : Agropecuária Paraná e o Rio Grande do Sul, são classificados como “celeiro do Brasil”, com grandes propriedades mecanizadas respondem pela produção em larga escala para exportação de soja, algodão, arroz e milho. No interior de São Paulo é cultivada laranja e a cana de açúcar. Há também a produção de aves e suínos. As técnicas e equipamentos modernos são elementos determinantes para a elevada produtividade, considerando também os aspectos naturais como a fertilidade do solo e distribuição de chuvas.
42. NOROESTE DO CENTRO-SUL SUL DO CENTRO-SUL : Recursos Minerais e Energéticos Apresenta uma limitada produção mineral direcionada apenas para a industrias locais e nacionais com jazidas de chumbo e calcário no Paraná, Carvão Mineral em Santa Catarina e cobre e calcário no Rio Grande do Sul. Hidrelétricas são utilizadas pelos estados do Paraná e São Paulo e os estados do Rio Grande do Norte e Santa Catarina tanto hidrelétricas como termoelétricas. A Petrobrás explora reservas de xisto no Paraná, para a produção de óleo combustível. Itaipu – Fornece energia para os estados do Paraná e São Paulo Xisto encontrado em São Mateus do Sul - PR
43. NOROESTE DO CENTRO-SUL SUL DO CENTRO-SUL : Industrialização Distribui-se em todos os estados do Sul do Centro-Sul, embora em menor proporção que a indústria da Grande São Paulo. No interior de São Paulo temos indústrias de calçado, têxteis, aviões, química e alimentos. No Paraná localiza-se na região metropolitana de Curitiba. Joinville, destaca-se a produção nos ramos metal, mecânico, têxteis, softwares, produção de motores elétricos e malharia. Rio Grande do Sul, industria automotiva, bebidas, couros calçados e químicas. Linha de Montagem da Embraer – São José dos Campos - SP Industrias têxteis em Joinville - SC
44. BONS ESTUDOS !!! "ANTIGAMENTE A CIDADE ERA O MUNDO, HOJE O MUNDO É UMA CIDADE." (Lewis Mumford)
45. Professor Luiz Fernando Wisniewski - Geografia Blog do Professor: http://www.educacaoadventista.org.br/blog/lfwgeografia/ E-Mail: [email_address]