O documento discute pneumonia, definindo-a como um processo inflamatório do parênquima pulmonar geralmente causado por microorganismos. Ele classifica as pneumonias de acordo com a morfologia, agente etiológico, forma clínica e modo de aquisição, e discute fatores de risco, etiologia, manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e complicações possíveis.
2. Pneumonia:
Processo inflamatório do parênquima
pulmonar.
Na maioria das vezes,é causada por
microorganismos,mas causas não-
infecciosas também devem ser consideradas
tais como aspiração de substâncias
estranhas.
3. Classificações:
As pneumonias podem ser classificadas,de acordo com
a morfologia,agente etiológico,forma clínica e o modo
de aquisição.
Em nível morfológico:
Pneumonia Lobar.
Broncopneumonia.
Pneumonia Intersticial.
4. Classificações:
De acordo com o agente etiológico:
Pneumonia Viral.
Pneumonia Bacteriana.
Pneumonia por Broncoaspiração
De acordo com o modo de aquisição:
Adquirida na comunidade.
Adquirida no hospital:
Pneumonias adquiridas antes do nascimento.
Pneumonias adquiridas durante o nascimento.
Pneumonias adquiridas após o nascimento.
5. Epidemiologia:
5 milhões de óbitos em crianças abaixo de 5 anos, sendo
que em 70% dos casos são causados por pneumonia
No Brasil, dados de 2000, mostram que 10,2% de 15000
óbitos em menores de 10 anos, ocorreram por doenças
respiratórias. Sendo a terceira causa de mortalidade
infantil
Corresponde há 1% de todas as doenças respiratórias
na faixa etária pediátrica
6. Fatores de Risco:
Hospedeiro
Faixa etária, estado nutricional, estado imunitário, baixo peso ao
nascer, desmame precoce, viroses pregressas, malformações
anatômicas e patologias de bases,cobertura vacinal insuficiente.
Perinatais
Rotura prematura de membranas,asfixia perinatal e reanimação em
sala de parto mal conduzida.
Ambientais
Poluição atmosférica e intradomiciliar (cigarro, bolor), aglomerações
(creches, escolas).
Sócio-econômicos
Habitação, saneamento, vacinação, renda familiar e grau de
instrução dos pais.
7. Proteção Respiratória Natural
Fisiopatologia • Nariz
• Filtração das partículas
• Faringe e Traquéia
• Reflexo da epiglote
• Reflexo da tosse
• Adesão e expulsão de
partículas pelo muco
secretado pelas células
ciliadas
• Pulmão
• Substâncias imunes
locais (complemento,
antiproteases,
lisoenzimas e
fibronectina)
8. Fisiopatologia
A infecção ocorre quando um ou mais desses
mecanismos estão alterados e/ ou são suplantados pela
virulência do agente infeccioso.
Infecção viral prévia
↑ secreção
↓ atividade ciliar
↓ da ação bactericida dos macrófagos alveolares
Alteram a produção de anticorpos
9. Fisiopatologia
Aquisição de pneumonia por contigüidade:
Alterações na Defesa
+
Lesão Prévia
+
Foco Infeccioso
10. Etiologia
Pneumonia Bacteriana
O agente etiológico estará intimamente relacionado
com a faixa etária, com a competência imunológica da
criança e se há patologia de base.
Neonatos:Proveniente de complicações(Parto
prematuro,infecções maternas,ventilação mecânica).
Os principais responsáveis são:
Streptococcus pneumoniae
Haemophilus influenzae.
S. Auereus
S. B -hemolítico
13. Manifestações Clínicas
A pneumonia varia em seus sinais e sintomas,dependendo do
agente etiológico
Pneumonia Viral: tosse discreta, febre baixa e indisposição,
ou graves – tosse intensa, febre alta e prostração.
Geralmente, no início da doença a tosse não é produtiva e
através da auscultação podem ser percepcionados alguns
sibilos ou estertores.
14. Manifestações Clínicas
Pneumonia Bacteriana:
Os sinais e sintomas de uma pneumonia bacteriana
variam de acordo com o agente patológico, a idade da
criança, e a severidade da doença.
As crianças com pneumonia bacteriana, apresentam
um mau estar geral, além de demonstrarem
sinais/sintomas físicos gerais e localizados, tais como:
febre, anorexia taquipnéia, tosse (inicialmente seca e
depois produtiva) , dor toráxica (pode ser referida pela
criança no abdómen, e ser confundida com
apendicite), cefaleias, calafrios, dispneia, respiração
ruidosa, e sintomas meníngeos.
17. Diagnóstico
Laboratorial
HC: pouco valor, leucocitose com neutrofilia e desvio à
esquerda, anemia e plaquetopenia;
Hemocultura: não é indicada em pneumonia simples e sim nos
casos que requer internação
Cultura do trato respiratório;
Bacterioscopia do derrame pleural;
Biópsia pulmonar, transbrônquica.
18. Diagnóstico
Diagnóstico Diferencial
Doenças de vias aéreas superiores e inferiores e também as
doenças infecciosas não respiratórias;
Asma, infecções virais de vias aéreas superiores, pneumopatias
crônicas: displasia broncopulmonar, mucoviscidose,
atelectasia e corpo estranho;
Todo quadro de tosse com febre é suspeito de pneumonia até
que se exclua o diagnóstico.
22. Assistência de Enfermagem
Histórico de Enfermagem e exame físico:
Alterações na temperatura e pulso
Quantidade,odor e coloração das secreções
Frequência e intensidade da tosse
Grau de taquipnéia ou falta de ar
Alterações nos achados do exame
físico(principalmente avaliados através da inspeção e
ausculta torácica)
Alterações nos achados radiográficos
23. Diagnósticos de Enfermagem
Com bases nos dados do histórico,os principais diagnósticos
de enfermagem podem incluir os seguintes:
Depuração ineficaz da via aérea relacionada com as
secreções traqueobrônquicas copiosas.
Intolerância á atividade relacionada com a função
respiratória comprometida.
Risco de déficit de volume de líquidos relacionado com a
febre e frequência respiratória rápida.
Nutrição alterada:menor que as necessidades corporais.
Déficit de conhecimentos sobre o regime de tratamento
e medidas de prevenção.
24. Planejamento e metas
As principais metas podem incluir a melhora
da permeabilidade da via aérea,repouso para
conservar energia,manutenção do volume
de líquidos apropriado,manutenção da
nutrição adequada,uma compreensão do
acompanhante sobre o protocolo de
tratamento e das medidas de prevenção e
ausência de complicações.
25. Prescrições de Enfermagem
Melhorando a permeabilidade de via aérea.
Promovendo o Repouso e Prescrevendo a Energia.
Promovendo a Ingestão de Líquidos.
Mantendo a Nutrição.
Promovendo o Conhecimento dos Pacientes e
Acompanhantes(orientações pós alta hospitalar).
Monitorando e Tratando as Complicações Potencias
26. Evolução
Os resultados esperados podem incluir:
Demonstra melhora na permeabilidade da via aérea,conforme
evidenciado por oxigenação adequada da oximetria de pulso ou análise
da gasometria arterial,temperatura normal,sons respiratórios normais e
tosse efetiva.
Repousa e conserva a energia ao limitar as atividades,permanecendo no
leito enquanto sintomático e em seguida aumentando lentamente suas
atividades.
Mantêm a hidratação adequada,conforme evidenciado por uma
ingestão de líquidos e débito urinário adequados e turgor cutâneo
normal.
Consome a ingestão nutricional adequada,conforme evidenciado pela
manutenção ou aumento no peso corporal sem ganho excessivo de
liquido.
Adere as estratégias de tratamento.
Não exibe complicações.
Adere ao protocolo de tratamento e as estratégias de prevenção(família)