SlideShare a Scribd company logo
1 of 117
Download to read offline
Historia do
Design
TICIANNE DARIN
Construtivismo
Influência das vanguardas europeias
1900 1910 1920
Art Nouveau
Cubismo
Futurismo
Dadaísmo Surrealismo
De Stijl
Construtivismo
Bauhaus
Art Decó
I Guerra
Mundial
Linha do tempo baseada no conteúdo do Livro História do Design Gráfico (Meggs, P., Purvis A.W, 2009)
REVOLUÇÃO
RUSSA
1917
Rússia, 1917
7
8
Antes da generalização do rádio, somente um orador num
comício podia relatar os eventos políticos;
Numa sociedade semi-analfabeta, as palavras e imagens se
tornaram agentes da revolução;
Três tipos distintos de design de cartazes: ilustração
política, xilogravura e linoleogravuras.
Papel da comunicação visual
Dmitri Moor
Morte ao imperialismo
mundial (1919)
Ilustração
Política
Dmitri Moor
Você se voluntariou?
(1920)
Ilustração
Política
Mikhail Cheremnykh (1921)
Xilogra
vura
Mikhail Cheremnykh (1921)
Xilogravura
Vladimir Lebedev
Camponês, se você não quer
alimentar i proprietário da terra,
alimente a frente de batalha (192o)
linoleogravura
14
A nova sociedade projetada no contexto revolucionário
mobiliza os artistas em torno de uma arte nova, que se
coloca a serviço da revolução e de produções concretas
para a vida do povo.
Contexto
15
16
18
Papel grosseiro, métodos de produção artesanal e
acréscimos manuais;
Tudo isso expressava a pobreza da sociedade camponesa e
os recursos escassos dos artistas e escritores.
Cubo-futurismo
19
David e Vladímir Búrliuk
Wladímir Maiakóvski:
Tragédia (1914)
20
Kasimir Malevich,
Retrato de Mathuchin
(1913)
21
A arte, inspirada pelas novas conquistas do novo Estado
Operário, deveria se inspirar nas novas perspectivas
abertas pela máquina e pela industrialização servindo a
objetivos sociais e a construção de um mundo socialista.
Esse processo foi acelerado pela revolução, pois a arte
recebeu um papel social que raramente lhe era atribuído.
Cubo-futurismo
"Eu sentia apenas noite dentro
de mim, e foi então que concebi
a nova arte, que chamei
Suprematismo.”
Kasimir Malevich
24
Movimento russo de arte abstrata que surge por volta de
1913;
Sistematização teórica (1925):
Manifesto Do Cubismo ao Futurismo ao Suprematismo: o Novo
Realismo na Pintura , por Kazimir Malevich (1878-1935) em
colaboração com o poeta Vladimir Maiakóvski (1894-1930);
Estilo de pintura composto de elementos absolutos
fundamentais;
Suprematismo (1913 | 1925)
25
"Eu me transformei no zero da
forma e me puxei para fora do
lodaçal sem valor da arte
acadêmica. Eu destruí o círculo do
horizonte e fugi do círculo dos
objetos, do anel do horizonte que
aprisionou o artista e as formas da
natureza. O quadrado não é uma
forma subconsciente. É a criação
da razão intuitiva. O rosto da nova
arte. O quadrado é o infante real,
vivo. É o primeiro passo da criação
pura em arte“
Malevich em Trecho do Manifesto de 1915
26
Realismo: mundo não-objetivo, “energia espiritual abstrata”,
molécula pictórica;
Cria uma abstração geométrica elementar e totalmente não-
objetiva;
Abandono da função utilitária e da representação figurativa;
“Expressão do sentimento sem procurar nenhum valor prático,
nenhuma ideia, nenhuma terra prometida".
Suprematismo
27
Sala Suprematista
de Kazimir Malevich
na Exposição «0, 10»
(São Petersburgo ,
Dezembro 1915)
28
A forma visual se tornava o conteúdo e qualidades expressivas de
desenvolviam da organização de formas e cores;
Os artistas de esquerda haviam se oposto à velha ordem e sua arte
visual conservadora;
Por volta de 1920, desenvolveu-se uma profunda cisão ideológica
quanto ao papel do artista no novo Estado comunista. Alguns deles
entre os quais Kadinsky e Malevitch afirmam que a arte deveria
continuar a ser uma atividade essencialmente espiritual.
Suprematismo
29
Kasímir Maliévitch
Quadro Negro (1913)
Já sabemos que o quadrado preto representa o homem. Logo, o significado da figura será definido
pelos significados atribuídos a essa forma (o quadrado) e a esse conteúdo material (o negro). O
quadrado é uma figura eminentemente estática: ela denota a permanência, a imobilidade. Por isso
constitui a expressão do terrestre em oposição ao celeste (ao divino). Figura convexa, o quadrado
carrega certa agressividade em razão de seus ângulos retos, mas é uma violência contida por sua
simetria. Seu equilíbrio e sua homogeneidade enquadram seus vetores oblíquos (que tendem a
avançar para o exterior) e sua configuração geral apresenta certa tranquilidade aparente.
Mas a figura não apresenta apenas essa forma material, mas também um conteúdo imaterial: o
preto. Ora, o preto denota a escuridão, a negatividade, o não-ser. É a expressão do mal, da tristeza e
da infelicidade: ele constitui a forma de manifestação de uma vida interior sombria, perpassada por
sentimentos negativos. Representa a velhice, a morte e o fim. Constitui a expressão da violência, da
autoridade e da agressividade (do poder, da repressão). O quadrado preto é uma alegoria do
homem. O homem contemporâneo é um ente essencialmente negativo: seu conteúdo é o mal, a
tristeza, a infelicidade. O emprego do preto revela ainda um distanciamento entre o homem e o
mundo - uma aversão do sujeito pelo objeto. Ele denota a introversão da libido, a dissociação entre
o sujeito e o objeto. O quadrado preto é, portanto, uma alegoria do homem dissociado de seu
mundo.
Uma breve análise
Mas esse mundo (o fundo branco) também é um quadrado e, como tal, agressivo e estável,
violento e tranquilo. Seu conteúdo (o branco), porém, é completamente diverso. Há pois um
antagonismo inconciliável entre o homem e o mundo, uma disjunção que não permite
nenhuma aproximação, nenhuma síntese. Em oposição ao preto, o branco é a expressão da
vida, do bem, da felicidade. Como dizia Kafka, existe felicidade no mundo, uma felicidade
infinita, mas ela não existe para nós. Não podemos alcançar o bem. O branco do fundo
adquire aí um significado negativo. Ele denota a positividade, mas uma positividade
indeterminada, vazia, oca. O homem é infeliz, porém denso; o mundo é feliz, mas vazio. Essa
felicidade constitui apenas um ideal, uma miragem que esmaga o homem com seu peso. O
mundo é árido, seco, frio - uma terra desolada. A esfera pública (o mundo) é a esfera da luz -
o lugar da claridade, da luminosidade e da transparência. Mas essa claridade, luminosidade
e transparência constituem na verdade os fundamentos da repressão ao homem: a luz é a
condição para que o outro possa nos vigiar, nos controlar: ela é o pressuposto do olhar do
outro. Por isso a escuridão se tornou a esfera da contestação ao poder, o início da revolta
contra a alienação. A cisão entre homem e mundo é completa: não há conciliação possível.
Por essa razão esse significado exige um significante abstrato.
Texto extraído, com algumas modificações, do capítulo 3 do livro "O Significado da PinturaAbstrata"
32
Kasímir Maliévitch
Composição Suprematista
(1915)
33
El Lissítzki
Bêi Biélakh Krasnâm Klínom
(1919)
“Uma arte construtiva
que não decora, mas
organiza a vida.”
El Lissitzky, 1922
36
O termo arte construtivista foi introduzida pela primeira vez por
Malevich para descrever o trabalho de Rodchenko em 1917;
A pintura e a escultura são pensadas como construções - e não
como representações -, guardando proximidade com a
arquitetura em termos de materiais, procedimentos e
objetivos;
Liderados por Vladímir Tátlin e Aleksandr Ródtchenko, 25
artistas apresentaram o ponto de vista contrário a produzir
coisas inúteis e voltam-se para o cartaz.
Construtivismo
Konstructivism
Aleksiei Gan (1922)
Crítica aos pintores abstratos;
Declarava que o construtivismo
passou de trabalho de laboratório
à aplicação prática;
Três princípios do construtivismo:
Tectônica, textura e construção.
IDEAIS
39
Rejeitavam a ideia de que uma obra de arte era única;
Demolir a divisão entre arte e trabalho;
Abraçaram a produção mecânica de imagens através da
fotografia e a reprodução industrial através de impressoras.
Estética e Conceitos
40
El Lissitzky
Dlia Golossa (1923)
41
El Lissitzky
O construtor (1924)
Principais
Vladmir
tatlin
44
Vladimir Tatlin
Monumento à Terceira Internacional,
Torre de Tatlin (1915)
45
“União de formas puramente plásticas (pintura, escultura e
arquitetura) para um propósito utilitário“;
Vladmir Tatlin
Sergei
Einsenstein
47
Notabilizou-se por seus filmes mudos Strike, O Couraçado
Potemkin e Outubro: Dez Dias que Abalaram o Mundo, assim
como os épicos históricos Alexander Nevsky e Ivan, o Terrível.
Sergei Einsenstein
48
Sergei Eisenstein
Bronenosets Potyomkin
(1925)
Alexander
Rodchencko
51
Alexander Rodchencko
Construction no. 127
(1920)
52
Alexander Rodchencko
Linha e compasso
(1915)
53
Em 1921, abandona a pintura e se volta à comunicação
social;
Suas convicções sociais exigiam um senso de
responsabilidade para com a sociedade em lugar da
expressão pessoal;
Fotografia como um meio privilegiado de expressão e
registro pictórico da nova Rússia.
Alexander rodchencko
54
Alexander Rodchencko
(1928)
55
Alexander Rodchencko
(1932)
56
Alexander Rodchencko
(1932)
57
Alexander Rodchencko
(1932)
58
Alexander Rodchencko
(1935)
59
Alexander Rodchencko
(1935)
60
Alexander Rodchencko
(1936)
61
Alexander Rodchencko
(1936)
62
Alexander Rodchencko
(1936)
63
Alexander Rodchencko
(1936)
64
Alexander Rodchencko
(1936)
65
Fotografias de Alexander
Rodchenko
66
Fotografias de Alexander
Rodchenko
67
Alexander Rodchencko
(1944)
68
Sua perspectiva fotográfica original influenciou de perto o
cinema de Sergei Eisenstein;
Trouxe um espírito inventivo e de experimentação à
tipografia, à montagem e à fotografia;
Marcas do estilo são layouts assimétricos, o uso grid, tipos
sans-serif como Akzidenz Grotesk, e alinhados à esquerda,
texto da direita irregular.
Alexander rodchencko
69
Alexander Rodchencko
Cartaz para a companhia
aérea estatal russa
Dobrolet (1923)
70
Alexander Rodchencko
Invólucro para a Nossa
Indústria de caramelos da
fábrica Oktiabr Krasnyi (1923)
71
Alexander Rodchencko
Pin para a companhia aérea
estatal Dobrolet (1924-26)
72
Alexander Rodchencko
Cartaz dos biscoitos da fábrica
Oktiabr Krasnyi
73
Alexander Rodchencko
Pro eto (Sobre isto) - 1923
74
Alexander Rodchencko
Poster filme “A sexta parte do
mundo” (1926)
75
Alexander Rodchencko
Kgini (1925)
76
Alexander Rodchencko
(1924)
77
Sua pesada escrita manual deu origem aos tipos negritos sem
serifa que foram amplamente usados na União Soviética.
Alexander rodchencko
78
Alexander Rodchencko
Capa da revista LEF (1923)
79
Alexander Rodchencko
Capa LEF – Retrato Osip Brik
(1924)
80
El
Lissitzki
81
Trabalhou um longo tempo com Malevitch;
Ali desenvolveu um estilo de pintura que chamou de
PROUNS;
O PROUNS contrastava com a planaridade absoluta de
Maliévitch, que introduzia a ideia de ilusão tridimensional.
El Lissitzki
82
Não foi o mais importante designer da Revolução Russa,
mas o que mais contribuiu com o desenvolvimento de
ideias gráficas de vanguarda;
Juntou ao construtivismo o refinamento e a elegância
europeia;
Criação de layouts tipográficos
El Lissitzki
83
Suas concepções sobre tipografia e fotomecânica
assimétricas marcaram profundamente o estilo nos anos
20;
Seu trabalho gerou um padrão de qualidade, base do
sistema de diagramação e de design atual.
El Lissitzki
84
El Lissítzki
Arte da capa para a Veshch
(1921-22)
85
El Lissítzki
Proun poster (1923)
86
El Lissítzki
Proun 99 (1924)
87
El Lissítzki
Proun 99 (1924)
88
El Lissítzki
Cartaz para a tinta Pelikan
(1924)
89
El Lissítzki
Capa de Dlia Golosa (1923)
90
El Lissítzki
Dlia Golosa (1923)
91
El Lissítzki
Capa de Die Kunstismen
(1924)
92
El Lissítzki
Die Kunstismen (1924)
93
El Lissítzki
Die Kunstismen (1924)
94
El Lissítzki
Die Kunstismen (1924)
95
El Lissítzki
Die Kunstismen (1924)
97
Ilya Golosov
Zuev Workers’ Club (1927)
98
Konstantin Melnikoc
Rusakov Workers’ Club
(1927)
100
O movimento entrou para a obscuridade a partir da década
de 30 na Rússia;
O Stalinismo buscou eliminá-lo;
Declínio
101
E em seguida, com sua morte e a queda de Lunacharsky, a
nova burocracia stalinista reduziu a arte a um instrumento
de propaganda política e de divulgação cultural chamado
Realismo Socialista;
A vanguarda foi desautorizada e reprimida; os padrões
acadêmicos de determinado realismo do século XIX,
revalorizados.
Declínio
103
Até o surgimento do Construtivismo, nenhum movimento
na evolução da arte moderna tinha sido uma expressão tão
inserida numa realidade revolucionária concreta, ou tinha
colocado tão explicitamente a função social da arte como
uma questão política;
Afinal, a produção artística deveria ser funcional e
informativa.
A composição palavra-imagem depois influenciaria o
fotojornalismo.
Legado
104
O construtivismo também iniciou novas técnicas visuais:
fotomontagem, fotografas e superposição;
O exílio dos artistas contribui para a disseminação dos
ideais estéticos da vanguarda russa que vão impactar a
Bauhaus na Alemanha, o De Stijl, nos Países Baixos, e o
grupo Abstraction-Création [Abstração-Criação], na França.
Legado
106
Não são pequenas as influências do construtivismo na América
Latina, em geral, e no Brasil, em particular, no período após a
Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Marcas da vanguarda
russa podem ser observadas no movimento concreto de São
Paulo, Grupo Ruptura, e no Rio de Janeiro, Grupo Frente.
Influências
107
A ruptura neoconcreta estabelecida com o manifesto de
1959 - que reúne Amilcar de Castro (1920 - 2002), Ferreira
Gullar (1930), Franz Weissmann (1911 - 2005), Lygia Clark
(1920 - 1988), Lygia Pape (1927 - 2004), Reynaldo Jardim
(1926) e Theon Spanudis (1915) - não afasta as influências
do construtivismo russo, sobretudo na vertente inaugurada
por Pevsner.
Influências
Exemplos
109
Grupo Ruptura
Luiz Sacilotto
Concreção
110
111
112
113
114
115
Feliz é o homem que acha
sabedoria, e o homem que adquire
entendimento.
Provérbios 3:13

More Related Content

What's hot

Arte no Séc. XX
 Arte no Séc. XX Arte no Séc. XX
Arte no Séc. XXomniblog
 
Ruptura e inovação nas artes e na literatura
Ruptura e inovação nas artes e na literaturaRuptura e inovação nas artes e na literatura
Ruptura e inovação nas artes e na literaturaJorge Almeida
 
Expressionismo Alemão
Expressionismo AlemãoExpressionismo Alemão
Expressionismo AlemãoMichele Pó
 
Arte, revolução e século XX
Arte, revolução e século XXArte, revolução e século XX
Arte, revolução e século XXNuria Barbosa
 
Hd 2016.1 aula.16 - panorama do design no brasil
Hd 2016.1 aula.16 - panorama do design no brasilHd 2016.1 aula.16 - panorama do design no brasil
Hd 2016.1 aula.16 - panorama do design no brasilTicianne Darin
 
As vanguardas artísticas
As vanguardas artísticasAs vanguardas artísticas
As vanguardas artísticascr962019
 
Vanguardas Europeias - I Modernismo
Vanguardas Europeias - I ModernismoVanguardas Europeias - I Modernismo
Vanguardas Europeias - I ModernismoCarlos Vieira
 
Surrealismo e neorealismo
Surrealismo e neorealismoSurrealismo e neorealismo
Surrealismo e neorealismoAna Barreiros
 
Arte Sec Xx
Arte Sec XxArte Sec Xx
Arte Sec Xxjassis
 
Movimentos artísticos
Movimentos artísticosMovimentos artísticos
Movimentos artísticosDaniele Duque
 
Pp inovações na arte do século xx
Pp inovações na arte do século xxPp inovações na arte do século xx
Pp inovações na arte do século xxisabel mgm
 
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das Artes
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das ArtesAs Vanguardas: Ruturas com os Cânones das Artes
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das ArtesJorge Fernandes
 

What's hot (20)

Arte no Séc. XX
 Arte no Séc. XX Arte no Séc. XX
Arte no Séc. XX
 
Pintura sec xx
Pintura sec xxPintura sec xx
Pintura sec xx
 
Ruptura e inovação nas artes e na literatura
Ruptura e inovação nas artes e na literaturaRuptura e inovação nas artes e na literatura
Ruptura e inovação nas artes e na literatura
 
Expressionismo Alemão
Expressionismo AlemãoExpressionismo Alemão
Expressionismo Alemão
 
Arte, revolução e século XX
Arte, revolução e século XXArte, revolução e século XX
Arte, revolução e século XX
 
Arte Século XX
Arte Século XXArte Século XX
Arte Século XX
 
Anos 20
Anos 20Anos 20
Anos 20
 
Movimentos Artísticos
Movimentos ArtísticosMovimentos Artísticos
Movimentos Artísticos
 
Hd 2016.1 aula.16 - panorama do design no brasil
Hd 2016.1 aula.16 - panorama do design no brasilHd 2016.1 aula.16 - panorama do design no brasil
Hd 2016.1 aula.16 - panorama do design no brasil
 
As vanguardas artísticas
As vanguardas artísticasAs vanguardas artísticas
As vanguardas artísticas
 
Vanguardas Europeias
Vanguardas EuropeiasVanguardas Europeias
Vanguardas Europeias
 
Vanguardas Europeias - I Modernismo
Vanguardas Europeias - I ModernismoVanguardas Europeias - I Modernismo
Vanguardas Europeias - I Modernismo
 
HCA grupo B
HCA   grupo BHCA   grupo B
HCA grupo B
 
Arte século xx 2
Arte século xx  2Arte século xx  2
Arte século xx 2
 
Surrealismo e neorealismo
Surrealismo e neorealismoSurrealismo e neorealismo
Surrealismo e neorealismo
 
Vanguardas modernistas
Vanguardas modernistasVanguardas modernistas
Vanguardas modernistas
 
Arte Sec Xx
Arte Sec XxArte Sec Xx
Arte Sec Xx
 
Movimentos artísticos
Movimentos artísticosMovimentos artísticos
Movimentos artísticos
 
Pp inovações na arte do século xx
Pp inovações na arte do século xxPp inovações na arte do século xx
Pp inovações na arte do século xx
 
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das Artes
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das ArtesAs Vanguardas: Ruturas com os Cânones das Artes
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das Artes
 

Similar to Hd 2016.1 aula.10_construtivismo russo

04 a nova complexidade material
04 a nova complexidade material04 a nova complexidade material
04 a nova complexidade materialVítor Santos
 
Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018
Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018
Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018CLEBER LUIS DAMACENO
 
Revisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneo
Revisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneoRevisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneo
Revisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneoCLEBER LUIS DAMACENO
 
A arte da 1ª metade do séc beatriz
A arte da 1ª metade do séc   beatrizA arte da 1ª metade do séc   beatriz
A arte da 1ª metade do séc beatrizBioquinha
 
Vanguardas européias
Vanguardas européiasVanguardas européias
Vanguardas européiasISJ
 
Concretismo Brasileiro - Arte Concreta
Concretismo Brasileiro  - Arte ConcretaConcretismo Brasileiro  - Arte Concreta
Concretismo Brasileiro - Arte ConcretaAndrea Dressler
 
7 01 parte_2_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx
7 01 parte_2_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx7 01 parte_2_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx
7 01 parte_2_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xxVítor Santos
 
12º O Modernismo Na Pintura Ana Paula Torres
12º   O Modernismo Na Pintura  Ana Paula Torres12º   O Modernismo Na Pintura  Ana Paula Torres
12º O Modernismo Na Pintura Ana Paula TorresProfessores História
 
12º O Modernismo Na Pintura Ana Paula Torres
12º   O Modernismo Na Pintura  Ana Paula Torres12º   O Modernismo Na Pintura  Ana Paula Torres
12º O Modernismo Na Pintura Ana Paula TorresProfessores História
 

Similar to Hd 2016.1 aula.10_construtivismo russo (20)

04 a nova complexidade material
04 a nova complexidade material04 a nova complexidade material
04 a nova complexidade material
 
Arte vanguarda.pptx
Arte vanguarda.pptxArte vanguarda.pptx
Arte vanguarda.pptx
 
Arte 2
Arte   2Arte   2
Arte 2
 
23 arte abstrata 2020
23 arte abstrata 202023 arte abstrata 2020
23 arte abstrata 2020
 
Aula 9
Aula 9Aula 9
Aula 9
 
Vanguardas europeias
Vanguardas europeiasVanguardas europeias
Vanguardas europeias
 
1.vanguardas historicas
1.vanguardas historicas1.vanguardas historicas
1.vanguardas historicas
 
Arte abstrata 2019
Arte abstrata 2019Arte abstrata 2019
Arte abstrata 2019
 
Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018
Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018
Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018
 
Revisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneo
Revisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneoRevisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneo
Revisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneo
 
A arte da 1ª metade do séc beatriz
A arte da 1ª metade do séc   beatrizA arte da 1ª metade do séc   beatriz
A arte da 1ª metade do séc beatriz
 
Vanguardas européias
Vanguardas européiasVanguardas européias
Vanguardas européias
 
Expressionismo
ExpressionismoExpressionismo
Expressionismo
 
Abstracionismo
AbstracionismoAbstracionismo
Abstracionismo
 
Concretismo Brasileiro - Arte Concreta
Concretismo Brasileiro  - Arte ConcretaConcretismo Brasileiro  - Arte Concreta
Concretismo Brasileiro - Arte Concreta
 
O Modernismo na Arte
O Modernismo na ArteO Modernismo na Arte
O Modernismo na Arte
 
7 01 parte_2_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx
7 01 parte_2_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx7 01 parte_2_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx
7 01 parte_2_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx
 
As experiências das vanguardas
As experiências das vanguardasAs experiências das vanguardas
As experiências das vanguardas
 
12º O Modernismo Na Pintura Ana Paula Torres
12º   O Modernismo Na Pintura  Ana Paula Torres12º   O Modernismo Na Pintura  Ana Paula Torres
12º O Modernismo Na Pintura Ana Paula Torres
 
12º O Modernismo Na Pintura Ana Paula Torres
12º   O Modernismo Na Pintura  Ana Paula Torres12º   O Modernismo Na Pintura  Ana Paula Torres
12º O Modernismo Na Pintura Ana Paula Torres
 

More from Ticianne Darin

Ihc2016.2 aula. 13 Avaliação em IHC
Ihc2016.2 aula. 13  Avaliação em IHCIhc2016.2 aula. 13  Avaliação em IHC
Ihc2016.2 aula. 13 Avaliação em IHCTicianne Darin
 
Ihc2016.2 aula. 12 construindo versões interativas dos designs
Ihc2016.2 aula. 12   construindo versões interativas dos designsIhc2016.2 aula. 12   construindo versões interativas dos designs
Ihc2016.2 aula. 12 construindo versões interativas dos designsTicianne Darin
 
Ihc2016.2 aula. 11 projetando a interação
Ihc2016.2 aula. 11   projetando a interaçãoIhc2016.2 aula. 11   projetando a interação
Ihc2016.2 aula. 11 projetando a interaçãoTicianne Darin
 
Ihc2016.2 aula. 10 coleta e análise de dados
Ihc2016.2 aula. 10  coleta e análise de dadosIhc2016.2 aula. 10  coleta e análise de dados
Ihc2016.2 aula. 10 coleta e análise de dadosTicianne Darin
 
Hd 2016.1 aula.15 - design pós-moderno
Hd 2016.1 aula.15 - design pós-modernoHd 2016.1 aula.15 - design pós-moderno
Hd 2016.1 aula.15 - design pós-modernoTicianne Darin
 
Ihc2016.2 aula 9 engenharia cognitiva e teoria da ação
Ihc2016.2 aula 9    engenharia cognitiva e teoria da açãoIhc2016.2 aula 9    engenharia cognitiva e teoria da ação
Ihc2016.2 aula 9 engenharia cognitiva e teoria da açãoTicianne Darin
 
Ihc2016.2 aula 7 critérios de qualidade de uso
Ihc2016.2 aula 7   critérios de qualidade de usoIhc2016.2 aula 7   critérios de qualidade de uso
Ihc2016.2 aula 7 critérios de qualidade de usoTicianne Darin
 
Hd 2016.1 aula.14 - art deco e streamline
Hd 2016.1 aula.14 - art deco e streamlineHd 2016.1 aula.14 - art deco e streamline
Hd 2016.1 aula.14 - art deco e streamlineTicianne Darin
 
Ihc2016.2 aula 6 interface e modelo de interação
Ihc2016.2 aula 6   interface e modelo de interaçãoIhc2016.2 aula 6   interface e modelo de interação
Ihc2016.2 aula 6 interface e modelo de interaçãoTicianne Darin
 
Hd 2016.1 aula.13 - estilo internacional
Hd 2016.1 aula.13 - estilo internacionalHd 2016.1 aula.13 - estilo internacional
Hd 2016.1 aula.13 - estilo internacionalTicianne Darin
 
Ihc2016.2 aula 5 contexto de uso e interação
Ihc2016.2 aula 5   contexto de uso e interaçãoIhc2016.2 aula 5   contexto de uso e interação
Ihc2016.2 aula 5 contexto de uso e interaçãoTicianne Darin
 
Hd 2016.1 aula.12 - de stijl
Hd 2016.1 aula.12 - de stijlHd 2016.1 aula.12 - de stijl
Hd 2016.1 aula.12 - de stijlTicianne Darin
 
Ihc2016.2 aula 4 design conceitual
Ihc2016.2 aula 4   design conceitualIhc2016.2 aula 4   design conceitual
Ihc2016.2 aula 4 design conceitualTicianne Darin
 
Hd 2016.1 aula.11_bauhaus
Hd 2016.1 aula.11_bauhausHd 2016.1 aula.11_bauhaus
Hd 2016.1 aula.11_bauhausTicianne Darin
 
Hd 2016.1 aula 7_influências das vanguardas europeias - futurismo
Hd 2016.1 aula 7_influências das vanguardas europeias - futurismoHd 2016.1 aula 7_influências das vanguardas europeias - futurismo
Hd 2016.1 aula 7_influências das vanguardas europeias - futurismoTicianne Darin
 
Ihc2016.2 aula 3 introdução ao design de interação
Ihc2016.2 aula 3   introdução ao design de interaçãoIhc2016.2 aula 3   introdução ao design de interação
Ihc2016.2 aula 3 introdução ao design de interaçãoTicianne Darin
 
Hd 2016.1 aula 6_influências das vanguardas europeias - cubismo
Hd 2016.1 aula 6_influências das vanguardas europeias - cubismoHd 2016.1 aula 6_influências das vanguardas europeias - cubismo
Hd 2016.1 aula 6_influências das vanguardas europeias - cubismoTicianne Darin
 
Ihc2016.2 aula 2 design centrado no usuário e processos de design
Ihc2016.2 aula 2 design centrado no usuário e processos de designIhc2016.2 aula 2 design centrado no usuário e processos de design
Ihc2016.2 aula 2 design centrado no usuário e processos de designTicianne Darin
 
Ihc2016.2 aula 1 introdução a ihc
Ihc2016.2 aula 1 introdução a ihcIhc2016.2 aula 1 introdução a ihc
Ihc2016.2 aula 1 introdução a ihcTicianne Darin
 
Ihc2016.2 aula 0 apresentação da disciplina de IHC
Ihc2016.2 aula 0 apresentação da disciplina de IHCIhc2016.2 aula 0 apresentação da disciplina de IHC
Ihc2016.2 aula 0 apresentação da disciplina de IHCTicianne Darin
 

More from Ticianne Darin (20)

Ihc2016.2 aula. 13 Avaliação em IHC
Ihc2016.2 aula. 13  Avaliação em IHCIhc2016.2 aula. 13  Avaliação em IHC
Ihc2016.2 aula. 13 Avaliação em IHC
 
Ihc2016.2 aula. 12 construindo versões interativas dos designs
Ihc2016.2 aula. 12   construindo versões interativas dos designsIhc2016.2 aula. 12   construindo versões interativas dos designs
Ihc2016.2 aula. 12 construindo versões interativas dos designs
 
Ihc2016.2 aula. 11 projetando a interação
Ihc2016.2 aula. 11   projetando a interaçãoIhc2016.2 aula. 11   projetando a interação
Ihc2016.2 aula. 11 projetando a interação
 
Ihc2016.2 aula. 10 coleta e análise de dados
Ihc2016.2 aula. 10  coleta e análise de dadosIhc2016.2 aula. 10  coleta e análise de dados
Ihc2016.2 aula. 10 coleta e análise de dados
 
Hd 2016.1 aula.15 - design pós-moderno
Hd 2016.1 aula.15 - design pós-modernoHd 2016.1 aula.15 - design pós-moderno
Hd 2016.1 aula.15 - design pós-moderno
 
Ihc2016.2 aula 9 engenharia cognitiva e teoria da ação
Ihc2016.2 aula 9    engenharia cognitiva e teoria da açãoIhc2016.2 aula 9    engenharia cognitiva e teoria da ação
Ihc2016.2 aula 9 engenharia cognitiva e teoria da ação
 
Ihc2016.2 aula 7 critérios de qualidade de uso
Ihc2016.2 aula 7   critérios de qualidade de usoIhc2016.2 aula 7   critérios de qualidade de uso
Ihc2016.2 aula 7 critérios de qualidade de uso
 
Hd 2016.1 aula.14 - art deco e streamline
Hd 2016.1 aula.14 - art deco e streamlineHd 2016.1 aula.14 - art deco e streamline
Hd 2016.1 aula.14 - art deco e streamline
 
Ihc2016.2 aula 6 interface e modelo de interação
Ihc2016.2 aula 6   interface e modelo de interaçãoIhc2016.2 aula 6   interface e modelo de interação
Ihc2016.2 aula 6 interface e modelo de interação
 
Hd 2016.1 aula.13 - estilo internacional
Hd 2016.1 aula.13 - estilo internacionalHd 2016.1 aula.13 - estilo internacional
Hd 2016.1 aula.13 - estilo internacional
 
Ihc2016.2 aula 5 contexto de uso e interação
Ihc2016.2 aula 5   contexto de uso e interaçãoIhc2016.2 aula 5   contexto de uso e interação
Ihc2016.2 aula 5 contexto de uso e interação
 
Hd 2016.1 aula.12 - de stijl
Hd 2016.1 aula.12 - de stijlHd 2016.1 aula.12 - de stijl
Hd 2016.1 aula.12 - de stijl
 
Ihc2016.2 aula 4 design conceitual
Ihc2016.2 aula 4   design conceitualIhc2016.2 aula 4   design conceitual
Ihc2016.2 aula 4 design conceitual
 
Hd 2016.1 aula.11_bauhaus
Hd 2016.1 aula.11_bauhausHd 2016.1 aula.11_bauhaus
Hd 2016.1 aula.11_bauhaus
 
Hd 2016.1 aula 7_influências das vanguardas europeias - futurismo
Hd 2016.1 aula 7_influências das vanguardas europeias - futurismoHd 2016.1 aula 7_influências das vanguardas europeias - futurismo
Hd 2016.1 aula 7_influências das vanguardas europeias - futurismo
 
Ihc2016.2 aula 3 introdução ao design de interação
Ihc2016.2 aula 3   introdução ao design de interaçãoIhc2016.2 aula 3   introdução ao design de interação
Ihc2016.2 aula 3 introdução ao design de interação
 
Hd 2016.1 aula 6_influências das vanguardas europeias - cubismo
Hd 2016.1 aula 6_influências das vanguardas europeias - cubismoHd 2016.1 aula 6_influências das vanguardas europeias - cubismo
Hd 2016.1 aula 6_influências das vanguardas europeias - cubismo
 
Ihc2016.2 aula 2 design centrado no usuário e processos de design
Ihc2016.2 aula 2 design centrado no usuário e processos de designIhc2016.2 aula 2 design centrado no usuário e processos de design
Ihc2016.2 aula 2 design centrado no usuário e processos de design
 
Ihc2016.2 aula 1 introdução a ihc
Ihc2016.2 aula 1 introdução a ihcIhc2016.2 aula 1 introdução a ihc
Ihc2016.2 aula 1 introdução a ihc
 
Ihc2016.2 aula 0 apresentação da disciplina de IHC
Ihc2016.2 aula 0 apresentação da disciplina de IHCIhc2016.2 aula 0 apresentação da disciplina de IHC
Ihc2016.2 aula 0 apresentação da disciplina de IHC
 

Hd 2016.1 aula.10_construtivismo russo

  • 3. 1900 1910 1920 Art Nouveau Cubismo Futurismo Dadaísmo Surrealismo De Stijl Construtivismo Bauhaus Art Decó I Guerra Mundial Linha do tempo baseada no conteúdo do Livro História do Design Gráfico (Meggs, P., Purvis A.W, 2009)
  • 4.
  • 7. 7
  • 8. 8 Antes da generalização do rádio, somente um orador num comício podia relatar os eventos políticos; Numa sociedade semi-analfabeta, as palavras e imagens se tornaram agentes da revolução; Três tipos distintos de design de cartazes: ilustração política, xilogravura e linoleogravuras. Papel da comunicação visual
  • 9. Dmitri Moor Morte ao imperialismo mundial (1919) Ilustração Política
  • 10. Dmitri Moor Você se voluntariou? (1920) Ilustração Política
  • 13. Vladimir Lebedev Camponês, se você não quer alimentar i proprietário da terra, alimente a frente de batalha (192o) linoleogravura
  • 14. 14 A nova sociedade projetada no contexto revolucionário mobiliza os artistas em torno de uma arte nova, que se coloca a serviço da revolução e de produções concretas para a vida do povo. Contexto
  • 15. 15
  • 16. 16
  • 17.
  • 18. 18 Papel grosseiro, métodos de produção artesanal e acréscimos manuais; Tudo isso expressava a pobreza da sociedade camponesa e os recursos escassos dos artistas e escritores. Cubo-futurismo
  • 19. 19 David e Vladímir Búrliuk Wladímir Maiakóvski: Tragédia (1914)
  • 21. 21 A arte, inspirada pelas novas conquistas do novo Estado Operário, deveria se inspirar nas novas perspectivas abertas pela máquina e pela industrialização servindo a objetivos sociais e a construção de um mundo socialista. Esse processo foi acelerado pela revolução, pois a arte recebeu um papel social que raramente lhe era atribuído. Cubo-futurismo
  • 22.
  • 23. "Eu sentia apenas noite dentro de mim, e foi então que concebi a nova arte, que chamei Suprematismo.” Kasimir Malevich
  • 24. 24 Movimento russo de arte abstrata que surge por volta de 1913; Sistematização teórica (1925): Manifesto Do Cubismo ao Futurismo ao Suprematismo: o Novo Realismo na Pintura , por Kazimir Malevich (1878-1935) em colaboração com o poeta Vladimir Maiakóvski (1894-1930); Estilo de pintura composto de elementos absolutos fundamentais; Suprematismo (1913 | 1925)
  • 25. 25 "Eu me transformei no zero da forma e me puxei para fora do lodaçal sem valor da arte acadêmica. Eu destruí o círculo do horizonte e fugi do círculo dos objetos, do anel do horizonte que aprisionou o artista e as formas da natureza. O quadrado não é uma forma subconsciente. É a criação da razão intuitiva. O rosto da nova arte. O quadrado é o infante real, vivo. É o primeiro passo da criação pura em arte“ Malevich em Trecho do Manifesto de 1915
  • 26. 26 Realismo: mundo não-objetivo, “energia espiritual abstrata”, molécula pictórica; Cria uma abstração geométrica elementar e totalmente não- objetiva; Abandono da função utilitária e da representação figurativa; “Expressão do sentimento sem procurar nenhum valor prático, nenhuma ideia, nenhuma terra prometida". Suprematismo
  • 27. 27 Sala Suprematista de Kazimir Malevich na Exposição «0, 10» (São Petersburgo , Dezembro 1915)
  • 28. 28 A forma visual se tornava o conteúdo e qualidades expressivas de desenvolviam da organização de formas e cores; Os artistas de esquerda haviam se oposto à velha ordem e sua arte visual conservadora; Por volta de 1920, desenvolveu-se uma profunda cisão ideológica quanto ao papel do artista no novo Estado comunista. Alguns deles entre os quais Kadinsky e Malevitch afirmam que a arte deveria continuar a ser uma atividade essencialmente espiritual. Suprematismo
  • 30. Já sabemos que o quadrado preto representa o homem. Logo, o significado da figura será definido pelos significados atribuídos a essa forma (o quadrado) e a esse conteúdo material (o negro). O quadrado é uma figura eminentemente estática: ela denota a permanência, a imobilidade. Por isso constitui a expressão do terrestre em oposição ao celeste (ao divino). Figura convexa, o quadrado carrega certa agressividade em razão de seus ângulos retos, mas é uma violência contida por sua simetria. Seu equilíbrio e sua homogeneidade enquadram seus vetores oblíquos (que tendem a avançar para o exterior) e sua configuração geral apresenta certa tranquilidade aparente. Mas a figura não apresenta apenas essa forma material, mas também um conteúdo imaterial: o preto. Ora, o preto denota a escuridão, a negatividade, o não-ser. É a expressão do mal, da tristeza e da infelicidade: ele constitui a forma de manifestação de uma vida interior sombria, perpassada por sentimentos negativos. Representa a velhice, a morte e o fim. Constitui a expressão da violência, da autoridade e da agressividade (do poder, da repressão). O quadrado preto é uma alegoria do homem. O homem contemporâneo é um ente essencialmente negativo: seu conteúdo é o mal, a tristeza, a infelicidade. O emprego do preto revela ainda um distanciamento entre o homem e o mundo - uma aversão do sujeito pelo objeto. Ele denota a introversão da libido, a dissociação entre o sujeito e o objeto. O quadrado preto é, portanto, uma alegoria do homem dissociado de seu mundo. Uma breve análise
  • 31. Mas esse mundo (o fundo branco) também é um quadrado e, como tal, agressivo e estável, violento e tranquilo. Seu conteúdo (o branco), porém, é completamente diverso. Há pois um antagonismo inconciliável entre o homem e o mundo, uma disjunção que não permite nenhuma aproximação, nenhuma síntese. Em oposição ao preto, o branco é a expressão da vida, do bem, da felicidade. Como dizia Kafka, existe felicidade no mundo, uma felicidade infinita, mas ela não existe para nós. Não podemos alcançar o bem. O branco do fundo adquire aí um significado negativo. Ele denota a positividade, mas uma positividade indeterminada, vazia, oca. O homem é infeliz, porém denso; o mundo é feliz, mas vazio. Essa felicidade constitui apenas um ideal, uma miragem que esmaga o homem com seu peso. O mundo é árido, seco, frio - uma terra desolada. A esfera pública (o mundo) é a esfera da luz - o lugar da claridade, da luminosidade e da transparência. Mas essa claridade, luminosidade e transparência constituem na verdade os fundamentos da repressão ao homem: a luz é a condição para que o outro possa nos vigiar, nos controlar: ela é o pressuposto do olhar do outro. Por isso a escuridão se tornou a esfera da contestação ao poder, o início da revolta contra a alienação. A cisão entre homem e mundo é completa: não há conciliação possível. Por essa razão esse significado exige um significante abstrato. Texto extraído, com algumas modificações, do capítulo 3 do livro "O Significado da PinturaAbstrata"
  • 33. 33 El Lissítzki Bêi Biélakh Krasnâm Klínom (1919)
  • 34.
  • 35. “Uma arte construtiva que não decora, mas organiza a vida.” El Lissitzky, 1922
  • 36. 36 O termo arte construtivista foi introduzida pela primeira vez por Malevich para descrever o trabalho de Rodchenko em 1917; A pintura e a escultura são pensadas como construções - e não como representações -, guardando proximidade com a arquitetura em termos de materiais, procedimentos e objetivos; Liderados por Vladímir Tátlin e Aleksandr Ródtchenko, 25 artistas apresentaram o ponto de vista contrário a produzir coisas inúteis e voltam-se para o cartaz. Construtivismo
  • 37. Konstructivism Aleksiei Gan (1922) Crítica aos pintores abstratos; Declarava que o construtivismo passou de trabalho de laboratório à aplicação prática; Três princípios do construtivismo: Tectônica, textura e construção. IDEAIS
  • 38.
  • 39. 39 Rejeitavam a ideia de que uma obra de arte era única; Demolir a divisão entre arte e trabalho; Abraçaram a produção mecânica de imagens através da fotografia e a reprodução industrial através de impressoras. Estética e Conceitos
  • 44. 44 Vladimir Tatlin Monumento à Terceira Internacional, Torre de Tatlin (1915)
  • 45. 45 “União de formas puramente plásticas (pintura, escultura e arquitetura) para um propósito utilitário“; Vladmir Tatlin
  • 47. 47 Notabilizou-se por seus filmes mudos Strike, O Couraçado Potemkin e Outubro: Dez Dias que Abalaram o Mundo, assim como os épicos históricos Alexander Nevsky e Ivan, o Terrível. Sergei Einsenstein
  • 49.
  • 53. 53 Em 1921, abandona a pintura e se volta à comunicação social; Suas convicções sociais exigiam um senso de responsabilidade para com a sociedade em lugar da expressão pessoal; Fotografia como um meio privilegiado de expressão e registro pictórico da nova Rússia. Alexander rodchencko
  • 68. 68 Sua perspectiva fotográfica original influenciou de perto o cinema de Sergei Eisenstein; Trouxe um espírito inventivo e de experimentação à tipografia, à montagem e à fotografia; Marcas do estilo são layouts assimétricos, o uso grid, tipos sans-serif como Akzidenz Grotesk, e alinhados à esquerda, texto da direita irregular. Alexander rodchencko
  • 69. 69 Alexander Rodchencko Cartaz para a companhia aérea estatal russa Dobrolet (1923)
  • 70. 70 Alexander Rodchencko Invólucro para a Nossa Indústria de caramelos da fábrica Oktiabr Krasnyi (1923)
  • 71. 71 Alexander Rodchencko Pin para a companhia aérea estatal Dobrolet (1924-26)
  • 72. 72 Alexander Rodchencko Cartaz dos biscoitos da fábrica Oktiabr Krasnyi
  • 73. 73 Alexander Rodchencko Pro eto (Sobre isto) - 1923
  • 74. 74 Alexander Rodchencko Poster filme “A sexta parte do mundo” (1926)
  • 77. 77 Sua pesada escrita manual deu origem aos tipos negritos sem serifa que foram amplamente usados na União Soviética. Alexander rodchencko
  • 78. 78 Alexander Rodchencko Capa da revista LEF (1923)
  • 79. 79 Alexander Rodchencko Capa LEF – Retrato Osip Brik (1924)
  • 81. 81 Trabalhou um longo tempo com Malevitch; Ali desenvolveu um estilo de pintura que chamou de PROUNS; O PROUNS contrastava com a planaridade absoluta de Maliévitch, que introduzia a ideia de ilusão tridimensional. El Lissitzki
  • 82. 82 Não foi o mais importante designer da Revolução Russa, mas o que mais contribuiu com o desenvolvimento de ideias gráficas de vanguarda; Juntou ao construtivismo o refinamento e a elegância europeia; Criação de layouts tipográficos El Lissitzki
  • 83. 83 Suas concepções sobre tipografia e fotomecânica assimétricas marcaram profundamente o estilo nos anos 20; Seu trabalho gerou um padrão de qualidade, base do sistema de diagramação e de design atual. El Lissitzki
  • 84. 84 El Lissítzki Arte da capa para a Veshch (1921-22)
  • 88. 88 El Lissítzki Cartaz para a tinta Pelikan (1924)
  • 89. 89 El Lissítzki Capa de Dlia Golosa (1923)
  • 91. 91 El Lissítzki Capa de Die Kunstismen (1924)
  • 96.
  • 99.
  • 100. 100 O movimento entrou para a obscuridade a partir da década de 30 na Rússia; O Stalinismo buscou eliminá-lo; Declínio
  • 101. 101 E em seguida, com sua morte e a queda de Lunacharsky, a nova burocracia stalinista reduziu a arte a um instrumento de propaganda política e de divulgação cultural chamado Realismo Socialista; A vanguarda foi desautorizada e reprimida; os padrões acadêmicos de determinado realismo do século XIX, revalorizados. Declínio
  • 102.
  • 103. 103 Até o surgimento do Construtivismo, nenhum movimento na evolução da arte moderna tinha sido uma expressão tão inserida numa realidade revolucionária concreta, ou tinha colocado tão explicitamente a função social da arte como uma questão política; Afinal, a produção artística deveria ser funcional e informativa. A composição palavra-imagem depois influenciaria o fotojornalismo. Legado
  • 104. 104 O construtivismo também iniciou novas técnicas visuais: fotomontagem, fotografas e superposição; O exílio dos artistas contribui para a disseminação dos ideais estéticos da vanguarda russa que vão impactar a Bauhaus na Alemanha, o De Stijl, nos Países Baixos, e o grupo Abstraction-Création [Abstração-Criação], na França. Legado
  • 105.
  • 106. 106 Não são pequenas as influências do construtivismo na América Latina, em geral, e no Brasil, em particular, no período após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Marcas da vanguarda russa podem ser observadas no movimento concreto de São Paulo, Grupo Ruptura, e no Rio de Janeiro, Grupo Frente. Influências
  • 107. 107 A ruptura neoconcreta estabelecida com o manifesto de 1959 - que reúne Amilcar de Castro (1920 - 2002), Ferreira Gullar (1930), Franz Weissmann (1911 - 2005), Lygia Clark (1920 - 1988), Lygia Pape (1927 - 2004), Reynaldo Jardim (1926) e Theon Spanudis (1915) - não afasta as influências do construtivismo russo, sobretudo na vertente inaugurada por Pevsner. Influências
  • 110. 110
  • 111. 111
  • 112. 112
  • 113. 113
  • 114. 114
  • 115. 115
  • 116.
  • 117. Feliz é o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire entendimento. Provérbios 3:13