SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
Baixar para ler offline
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
RESSIGNIFICAÇÕES DO CANGAÇO ATRAVÉS DA CONSTRUÇÃO
DE PARÓDIAS MUSICAIS NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA
Tissiane Emanuella Albuquerque Gomes1
; Auricélia Lopes Pereira2
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), tissiane_emanu@hotmail.com; Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB), auricelialpereira@yahoo.com.br.
Resumo: No período conhecido como Primeira República, o semiárido brasileiro nordestino serviu de
palco principal para atuação da figura do coronel. Em contrapartida existiam os cangaceiros,
considerados por muitos como os defensores do povo das injustiças cometidas por esses senhores da
terra na época, enquanto para outros se conformam na representação de bandidos, pois roubavam,
torturavam, sequestravam e matavam. O cangaço transformou homens em mitos e em bandidos
famosos e a saga desse movimento, presente no imaginário social, foi divulgada por meio de várias
produções, que alimentaram e alimentam a dualidade herói/bandido atribuída aos cangaceiros. Assim,
faz-se importante discutir com o aluno da Educação Básica, quando é ministrado o assunto “Primeira
República”, as construções históricas empreendidas em torno da figura do
cangaço/cangaceiro/Lampião, estimulando-os a refletir criticamente, dando a possibilidade dos
mesmos também construírem suas versões do passado. O material didático escolhido para o aluno
ressignificar o assunto histórico desdobrou-se na paródia musical, por esta atuar como agente
motivador da aprendizagem, estimular a reflexão crítica do aluno com a presença da criatividade e do
humor, bem como por desenvolver a leitura e a escrita – capacidades inerentes a aprendizagem eficaz.
Dito isto, o objetivo por meio do trabalho é relatar uma experiência com a produção de paródias
musicais – sobre o assunto histórico cangaço – enquanto ferramenta didática que aproxima a área do
saber do aluno e consequentemente a motivação deste para aprender, e desenvolve o seu senso crítico,
a criatividade, o humor, a leitura e a escrita, promovendo a aprendizagem significativa. O descrito se
processou no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID/CAPES de
História da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB/Campus I, numa turma de 9º Ano, do Ensino
Fundamental II, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena, em Campina
Grande – PB, no ano de 2017. Os resultados alcançados através da experiência relatada apontaram que
a paródia musical instiga os alunos a aprender História e desenvolve nos mesmos, habilidades e
competências para um aprendizado com propriedade – a reflexão crítica com criatividade e humor,
bem como a leitura e a escrita – configurando a paródia musical como uma ferramenta didática que
proporciona um aprendizado de forma prática e dinâmica com o engajamento do aluno.
Palavras-Chave: Cangaço, Material pedagógico, Paródia musical, Ensino-aprendizagem de
História, PIBID.
1
Graduanda do Departamento de História da Universidade Estadual da Paraíba. Bolsista PIBID/CAPES.
2
Professora Doutora do Departamento de História da Universidade Estadual da Paraíba. Bolsista PIBID/CAPES.
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
Introdução
O semiárido brasileiro abrange a maior parte dos estados da região Nordeste e
caracteriza-se pelo baixo índice de chuvas. Nesse ambiente hostil de seca e pobreza, afastado
dos centros urbanos, no período conhecido como Primeira República (1889-1930) a economia
tinha como fonte a agricultura, fundamentada em grandes unidades produtoras, palco
principal da figura do coronel (ALMEIDA, 2016).
Nessa economia agrária não havia espaço para os pequenos produtores ou para a
agricultura familiar, restando as populações pobres trabalhar para os latifundiários. Diante
dessa situação e da ausência do Estado, os grandes proprietários de terras passaram a exercer
grande influência nessas populações, tornando-se os chefes locais: os coronéis eram a “Lei”.
Através da posse da terra ele tinha influência sobre a população que vivia dentro ou nas
proximidades de suas terras – forma de poder exercida pelos coronéis que se convencionou
chamar de mandonismo. Ao proporcionar uma série de benefícios a essa população, o coronel
ganhava sua subserviência – essa troca de favores foi chamada de clientelismo (IOKOI et al.
2015).
Os autores supracitados confirmam que muitos homens que não aceitaram viver sob o
jugo dos coronéis passaram a fazer parte de bandos, com regras próprias, chefiadas por um
líder que respeitavam e a quem obedeciam, permanecendo em constante movimento pelos
sertões. Vivendo como “foras da lei”, tais sujeitos integraram o movimento conhecido como
cangaço, cuja origem remonta ao século XIX e a do seu termo ao século XVIII, mas seu auge
se dá no início do século XX.
Vieira (2015) com base em Hobsbawm destaca três tipos de banditismo presentes na
imagem do cangaceiro. O banditismo vingador – provocado pela sede de vingança; o
banditismo puro – como forma de resistência a ordem social imposta combate-se as
autoridades em benefício próprio, roubando para si; o banditismo nobre – rouba-se dos ricos
para ajudar aos mais pobres.
Nesse contexto, os indivíduos entraram para o cangaço pelos mais variados motivos –
um familiar agredido ou assassinado por uma família rival ou pela polícia era motivo
suficiente para tornar-se um cangaceiro. Por buscar fazer justiça com as próprias mãos, esses
homens eram muitas vezes considerados heróis pelos camponeses e perseguidos pelas
autoridades (VIEIRA, 2015).
Como teoricamente os cangaceiros se voltaram contra os coronéis, muitas pessoas os
consideraram e os consideram como os defensores do povo
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
das injustiças cometidas por esses senhores da terra na época. Não obstante, se para alguns, os
cangaceiros foram justiceiros e defensores dos mais humildes, para outros são a representação
de bandidos. Esses bandoleiros roubavam, torturavam, sequestravam e matavam. Eles
realmente enfrentaram muitos coronéis, mas também acobertavam e até defendiam coronéis
aliados. Os cangaceiros não possuíam um projeto político de futuro para a sociedade tal qual
tinham os revolucionários, nem queriam transformar as estruturas da sociedade. Tais sujeitos
buscavam sobreviver, afrontando os donos do poder e da lei (IOKOI, 2015). Isso leva a crer
que os cangaceiros não se manifestaram contra a estrutura da sociedade da época, nem contra
o coronelismo, apenas defendiam interesses próprios.
Dessa forma, enquanto movimento que se concentrou na região Nordeste do Brasil
entre fins do século XIX e as quatro primeiras décadas do século XX, o cangaço transformou
homens em mitos e em bandidos famosos, tal como Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião
(VIEIRA, 2015).
O mais famoso dos cangaceiros, em alguns momentos também foi retratado como
herói e em outros episódios foi colocado como bandido. Iokoi e outros (2015) destacam que a
visibilidade empregada em torno da figura de Lampião e de seu bando deveu-se a tecnologia
existente em sua época que permitiu uma ampla documentação, sendo o mesmo e seu bando
muito fotografado e filmado em ação.
Nessa perspectiva, a saga do cangaço, presente no imaginário social, foi divulgada por
meio de várias produções, tais como cordéis, xilogravuras, romances, músicas, espetáculos
teatrais, filmes, quadrinhos, games, dentre outras, as quais alimentaram e alimentam a
dualidade herói/bandido atribuída aos cangaceiros. Assim, faz-se importante discutir com o
aluno da Educação Básica, quando é ministrado o assunto “Primeira República”, as
construções históricas empreendidas em torno da figura do cangaço/cangaceiro/Lampião,
estimulando-os a refletir criticamente, dando a possibilidade dos mesmos também construírem
suas versões do passado. Para tanto, se faz importante escolher um material didático adequado
para essa produção, tal como a paródia musical.
A opção por essa ferramenta para o aluno ressignificar o assunto histórico deveu-se a
mesma atuar como agente motivador da aprendizagem, possibilitando estimular a reflexão
crítica do aluno com a presença da criatividade e do humor, bem como por desenvolver a
leitura e escrita – capacidades inerentes a aprendizagem eficaz. Conforme Bonifácio e
Barbosa (2014), a presença do crítico e do humor nas paródias desperta interesse nos alunos,
enquanto a necessidade de modificar as ideias de um texto
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
base para criar uma maneira nova e diferente de ler o convencional, presente na linguagem da
paródia, possibilita uma tomada de consciência crítica do autor, o qual deixa na criação sua
marca pessoal.
Além de estimular a aprendizagem do aluno, colocando-o como parte do processo da
aprendizagem, bem como de ajudar na formação de sujeitos críticos, para as autoras aludidas
acima, o gênero paródia contribui para a aprendizagem da língua, ao promover o exercício da
leitura e da escrita, estimula a criatividade, desenvolve a autoestima, na medida em que se
entende e se utiliza do próprio linguajar e de outros, e promove a aprendizagem do assunto
quando a produção textual condiz com o proposto.
Com essa proposta de recurso pedagógico é possível contribuir para superação do
ensino de História, enquanto espaço distante e inerte, desconectado da vida dos alunos, que
ajuda a afastar crianças e jovens da escola. Com base em pesquisas educacionais, Moran
(2012) afirma que o que mais provoca o distanciamento desses sujeitos do Ensino
Fundamental II da escola é o desinteresse, ressaltando que esse ambiente é pouco atraente.
Nessa perspectiva, intenta-se relatar uma experiência com a produção de paródias
musicais – sobre o assunto histórico cangaço – enquanto ferramenta didática que aproxima a
área do saber do aluno e consequentemente a motivação deste para aprender, bem como o
desenvolvimento de seu senso crítico, da criatividade, do humor, da leitura e da escrita,
promovendo a aprendizagem significativa.
Para tanto, primeiramente, serão esboçados os métodos empregados para alcançar o
objetivo proposto. Em seguida, serão relacionados aspectos conceituais acerca da paródia,
tipos e características, ressaltando o desenvolvimento de habilidades promotoras da
aprendizagem quando a mesma é utilizada enquanto material didático. Esta revisão teórica
será concatenada a experiência refrente a atividade de construção de paródias musicais na aula
de História, destacando a importância desse material para promoção da aprendizagem
significativa de assuntos históricos. Se finda este trabalho com algumas considerações
apontadas pelos resultados da experiência relatada.
Metodologia
Para atingir o objetivo proposto foi realizada uma revisão bibliográfica acerca da
paródia, sobretudo como ferramenta didática no processo de ensino-aprendizagem. As
contribuições teóricas foram relacionadas a aplicação da atividade de confecção de paródias
musicais pelos discentes na aula de História.
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
A referida atividade se processou no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência – PIBID/CAPES de História da Universidade Estadual da Paraíba –
UEPB/Campus I, numa turma de 9º Ano, do Ensino Fundamental II, da Escola Estadual de
Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena, em Campina Grande – PB, no ano de 2017.
A sequência didática se deu a partir da iniciativa de cinco pibidianos, juntamente com o
professor supervisor, atuantes no subprojeto História e responsáveis por desenvolverem
materiais pedagógicos mais atrativos no ensino de História.
Nessa perspectiva, com o assunto “Primeira República” exposto pelo professor,
através de aulas expositivas e dialogadas, bem como trabalhado pelos pibidianos através de
recursos didáticos diversos, foram discutidas versões históricas construídas em torno do
movimento cangaço. Primeiramente, foi debatido com os alunos um texto introdutório
intitulado “O cangaço”. Posteriormente foi feita a exibição de slides de mesmo título,
destacando materiais diversos que enfocam perspectivas diferentes acerca do
cangaço/cangaceiro/Lampião. Seguiu-se com a apresentação de slides abordando aspectos
conceituais, objetivo, tipologia, estrutura e exemplos de paródias, bem como dicas que
facilitam sua construção.
Depois de concedido esse aparato aos alunos, foi solicitado que os mesmos
construíssem paródias musicas – individualmente ou em grupos formados livremente e
usando como base músicas de sua escolha – que abordassem em sua letra o que foi trabalhado
na aula, isto é, qualquer aspecto da temática cangaço, enfocando na sua versão para o
movimento e para seus atores.
Estratégia de ensino com a ferramenta didática paródia: aproximando o assunto
histórico cangaço do aluno para promoção de sua aprendizagem
A paródia configura-se na recriação de uma obra já existente, em tom engraçado,
crítico, irônico ou satírico, alterando-se a imagem, a fala ou o texto e suas abordagens. A
paródia muitas vezes é confundida com a paráfrase, pois nas duas ocorre a intertextualidade,
tendo em vista que ambas se referem a outras obras. Porém, enquanto a paráfrase reafirma a
ideia da obra original, a paródia altera a ideia desta com o objetivo de transmitir uma
mensagem de forma divertida e/ou crítica ao espectador, ouvinte ou leitor (BONIFÁCIO;
BARBOSA, 2014).
Dependendo qual é a obra base, as paródias podem variar quanto aos tipos. Pode ser
uma paródia dramática, ao se tomar como referência peça
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
ou filme; poética, ao se basear em poema ou poesia; bem como gráfica, se feita em cima de
charges, cartuns, HQs; dentre outras tipologias, sendo mais conhecida a musical, a qual se
referencia numa música (MACHADO, 2015).
Por se fazer presente no nosso cotidiano, seja através do rádio, da televisão, da
memória do celular e etc. , a música liga-se as nossas emoções. A mesma traz a possibilidade
de rememorar algo vivido, pois sua melodia relacionada a alguma experiência aciona a
memória, colocando-a como ferramenta potencial para ajudar a memorizar algo. Por isso, a
paródia musical é tão utilizada em campanhas eleitorais, ajudando a arquivar na memória
números e siglas de candidatos. Além disso, presente na vida dos sujeitos desde a mais tenra
idade, a música se relaciona com o meio onde se vive, fazendo parte da identidade cultural do
indivíduo (MACHADO, 2015).
Dito isto, depreende-se que a música pode auxiliar no entendimento dos conceitos
históricos ao promover a memorização de assuntos específicos da disciplina e através dela
também é possível se aproximar da realidade do aluno ao trabalhar áreas da vida desse
indivíduo. Sobre esses aspectos Ferreira citado por André e outros (2016, p. 3) destaca:
As músicas fazem parte do nosso cotidiano, traduzindo sentimentos,
situações, informações acerca dos seres vivos, dos processos científicos e
dos espaços em que vivemos. Pode-se observar que o campo das formas
musicais é verdadeiramente fértil e de fácil assimilação, portanto, útil para o
trabalho do professor que deseja renovar, dinamizar e buscar maior
eficiência de aprendizado em seu modo de explicar a matéria (FERREIRA
apud ANDRÉ et al. 2016, p. 3).
Para construção de uma paródia musical, produz-se um novo texto (letra) para uma
música, conservando-se os aspectos melódicos, harmônicos e rítmicos desta, necessários para
encaixar a letra construída na métrica da canção. Entretanto, o sentido do texto é alterado com
o intuito de passar uma informação com um efeito cômico, provocativo, que aborda algum
tema do contexto político, histórico ou social (SIMÕES, 2012). Assim, modifica-se a letra
para criticar algo em tom jocoso, utilizando-se músicas conhecidas pelo público a ser
atingido, o que facilita alcançar o objetivo (MACHADO, 2015).
Conforme Bonifácio e Barbosa (2014), a mensagem crítica a ser passada propõe uma
reflexão e permite usar a criatividade com humor e ampliar conhecimentos, podendo abarcar
os mais diversos temas. Nesse sentido, ao promover a memorização de conceitos, bem como a
aproximação com a vivência dos alunos, o senso crítico permeado pela criatividade e pelo
humor, a atividade de construção de paródias musicais pelos
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
estudantes do 9º Ano sobre a sua visão acerca do assunto histórico cangaço, se mostrou
relevante para formação do saber desses jovens.
Os alunos puderam escolher para parodiar a música de sua preferência, presente em
seu dia a dia, relacionadas as suas vivências, ou seja, músicas mais populares entre os jovens,
que tocam nas rádios e na televisão, mais fáceis para parodiar, para decorar a nova letra ao ser
associada a melodia original. Isso aproximou o aluno do assunto histórico, tornando-o mais
interessante, gerando a motivação do discente para aprender.
Para Xavier (2014) a iniciativa dos alunos é estimulada ao se considerar seus saberes
como ponto de partida, tornando-os partícipes da construção do seu próprio conhecimento.
Em consonância com o ressaltado, ao construírem a nova letra com base no assunto cangaço,
os alunos foco da intervenção pedagógica descrita neste trabalho, produziram sua versão do
passado, se apropriando da prática historiográfica, participando ativamente da produção de
seu saber.
O autor acima referenciado revela ainda que a letra parodiada pelo aluno desdobra-se
na vontade dos mesmos se expressarem, o que muitas vezes não é permitido. Diante dessa
constatação, pode-se ressaltar que os alunos, atores da experiência relatada, através das letras
parodiadas, puderam externar, de maneira crítica e permeada de argumentos, a opinião,
fundamentada historicamente, sobre o evento histórico cangaço.
Com isso, foi gerado um perfil de escola mais atraente para os estudantes, conforme
defende Moran (2012). De acordo com este para que os alunos se sintam atraídos pela escola
é preciso transformá-la num lugar vivo, agradável e estimulante, investindo em currículos que
se relacionem com a realidade desses indivíduos e em metodologias mais dialógicas, que os
aloquem enquanto sujeitos ativos, enquanto pesquisadores.
Segundo Simões (2012), ao se construir uma versão de letra sobre uma temática
histórica é gerado um processo multidisciplinar de interação entre as áreas do saber Português
e História, provocando a criatividade no âmbito de um processo de ensino-aprendizagem
expressivo para o estudante.
Isso se faz importante, pois, dentre outras questões, principalmente a partir do Ensino
Fundamental II, a escola torna-se fragmentada, com disciplinas soltas, sem conexão com a
vida do aluno, contribuindo para o desinteresse do mesmo pelo espaço escolar (MORAN,
2012).
Essa interdisciplinaridade entre campos do conhecimento também alcança uma
necessidade das escolas na atual conjuntura, no que
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
concerne ao aperfeiçoamento dos discentes quanto a língua, colocando os gêneros textuais,
como a paródia, enquanto fortes aliados na busca da leitura e escrita efetivas. Isso tendo em
vista que a realidade do ensino hoje mostra que muitos estudantes brasileiros sabem ler e
escrever, mas não compreendem a mensagem do texto (XAVIER, 2014).
Mesmo com o progresso no que concerne à universalização do ensino escolar no
Brasil, a escola não tem cumprido com a sua função principal: gerar o domínio da linguagem
culta aos estudantes brasileiros. Avaliações do ensino tem revelado o fraco desempenho dos
alunos brasileiros na leitura. Os estudantes das séries finais do Ensino Fundamental tem
mostrado o domínio superficial das técnicas de alfabetização, mas não entendem a lógica de
comunicação e organização dos textos (SILVA, 2011).
Dessa forma, foi também com o intuito de contribuir para a formação de cidadãos
letrados, que foi escolhido o gênero textual paródia, excelente veículo para trabalhar a leitura
e escrita na Educação Básica, habilidades mais desenvolvidas no ensino de Língua Portuguesa
e que foram exercitadas no ensino de História. Assim, ao criarem uma nova letra, dando novo
sentido a música parodiada e ao assunto cangaço, foi desenvolvida também a leitura e escrita
com conhecimento, gerando a interdisciplinaridade entre os campos do saber Língua
Portuguesa e História, cooperando com um ensino integrado e baseado na racionalidade
letrada.
A leitura e escrita precárias geram dificuldades na aprendizagem dos assuntos
específicos de cada campo do conhecimento e se os discentes não conseguem compreender
análises simples, fica evidenciado que não conseguirão dominar as análises históricas que
costumam ser mais complexas e exigem noções críticas mais amplas para gerar a capacidade
escrita (SILVA, 2004). Atentando para as vantagens do uso da paródia para propiciar a
aprendizagem do assunto específico da disciplina História, Xavier (2014) ressalta que a
ferramenta ajuda a aguçar nos alunos as percepções referentes a disciplina a ser tratada na
mesma.
Nesse sentido, para se tornarem autores de suas interpretações e construírem paródias
condizentes com o tema enfocado, foi gerada a necessidade de rememorar a temática cangaço
com vistas a planejar e decidir o que tratar na produção. Acerca disso, Machado (2015) aponta
que para composição das paródias os alunos tem que associar o assunto a melodia escolhida,
necessitando rever o conteúdo para acomodá-lo na letra da paródia. Enquanto Cavalcanti
(2011) com base em Carvalho destaca que ao se construir uma paródia, é ressignificado um
mundo já instituído por outro, gerando a necessidade de
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
análise reflexiva do tema a ser trabalhado para que o mesmo se encaixe na melodia da música
original. Dessa forma, os alunos puderam expressar o que foi aprendido de maneira dinâmica
e descontraída como fruto de sua própria criação.
Considerações Finais
A busca por estratégias de ensino que cativem mais os discentes, tornando as aulas
mais dinâmicas e contextualizadas é o que move os estudantes e professores atuantes no
PIBID de História da UEPB a desenvolverem estratégias de ensino que façam uso de
materiais didáticos como o enfocado neste trabalho, principalmente, quando o assunto
histórico trabalhado por meio da ferramenta requer uma capacidade reflexiva mais ampla,
como no caso do cangaço. Nessa perspectiva, diante do exposto, é possível compreender que
a paródia musical pode ser utilizada como instrumento de ensino, instigando os alunos a
aprender História.
Através da música, presente no dia a dia e que integra a cultura dos discentes, é
propiciada a relação deles com o conhecimento, despertando a atenção, motivando-os a se
inserir no processo de ensino-aprendizagem. Alcançada a disposição dos alunos para aprender
através da paródia musical, por meio desta também se consegue desenvolver nos alunos
habilidades e competências para um aprendizado com propriedade – a reflexão crítica com
criatividade e humor, bem como a leitura e a escrita.
A incorporação do assunto histórico a nova letra construída configura a paródia
musical num exercício criativo e crítico de aplicação de conteúdos teóricos, proporcionando
um aprendizado de forma prática e dinâmica com o engajamento do aluno. Com isso, pode-se
afirmar que a composição de paródia musical como material didático no ensino de História
contribui com a aprendizagem acerca de conteúdos dessa área do conhecimento. Isso, através
de uma proposta que valoriza a participação ativa do aluno em sala de aula e de uma
aprendizagem estimulante e significativa.
Fomento
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) – Instituição
reguladora e fomentadora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
(PIBID).
Referências
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
ALMEIDA, Erivelton Nunes de. A evolução da criminalidade no semiárido nordestino: do
cangaço ao crime organizado. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DA DIVERSIDADE
DO SEMIÁRIDO, 1., 2016, Campina Grande. Anais... Campina Grande: Realize, 2016. p. 1-
9, v. 1. Disponível em:
<https://editorarealize.com.br/revistas/conidis/trabalhos/TRABALHO_EV064_MD1_SA12_I
D1714_09102016105810.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2017.
ANDRÉ, Jaíne Pereira de et al. O uso de paródias como alternativa no ensino de ciências:
poríferos e cnidários. In: CONGRESO NACIONAL DE EDUCAÇAÕ, 3., 2016, Natal.
Anais... Campina Grande: Realize, 2016. p. 1-4. v. 1. Disponível em:
<http://editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV056_MD4_SA18_I
D5933_13082016182938.pdf>. Acesso em: 13 set. 2017.
BONIFÁCIO, Carla Alecsandra de Melo; BARBOSA, Alessandra de Carvalho. Gêneros
textuais em sala de aula: a relevância da paródia na educação básica no ensino de língua
portuguesa. In: CONGRESO INTERNACIONAL ASOCIACIÓN DE LINGÜÍSTICA Y
FILOLOGÍA DE AMÉRICA LATINA, 17., 2014, João Pessoa. Anais... João Pessoa: Ideia,
2014. p. 1-14. Disponível em: < http://www.mundoalfal.org/CDAnaisXVII/trabalhos/R1143-
1.pdf>. Acesso em: 13 set. 2017.
CAVALCANTI; V. S. Composição de Paródias: Um Recurso Didático Para
Compreensão Sobre Conceitos de Circunferência. 2011. 163f. Dissertação (Mestrado) -
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, Campina Grande, 2011. Disponível em:
<http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/1965>. Acesso em: 21 set. 2017.
IOKOI, Zilda Márcia Grícoli. Cangaço: Insurgentes do Nordeste - Origens no século XIX.
Trabalho apresentado no 1º Semestre de 2015 para a disciplina "História do Brasil
Independente I". Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos
da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, São Paulo, 2015. Disponível
em:
<http://diversitas.fflch.usp.br/sites/diversitas.fflch.usp.br/files/Canga%C3%A7o.%20Insurgen
tes%20do%20Nordeste.%20Origens%20no%20S%C3%A9culo%20XIX%20(joined).pdf>.
Acesso em: 21 set. 2017.
MACHADO, Luiz André Rospa. A paródia como objeto de aprendizagem. 2015. 37 f.
Monografia (Especialização) - Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015. Disponível em:
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/134394/000986817.pdf?sequence=1>.
Acesso em: 13 set. 2017.
MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá.
Campinas: Papirus, 2012. 5 ed.
SILVA, Marco Antônio. Letramento no Ensino de História. Cadernos de História, Belo
Horizonte, v.12, n. 17, p. 111-130, 2º sem. 2011. Disponível em:
<http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoshistoria/article/viewFile/P.2237-
8871.2011v12n17p111/4132>. Acesso em: 30 mai. 2017.
SILVA, Vitória Rodrigues e. Estratégias de leitura e competência leitora: contribuições para a
prática de ensino em História. História, São Paulo, v.23,
n.1-2, p.69-83, 2004. Disponível em:
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
<http://www.scielo.br/pdf/his/v23n1-2/a05v2312.pdf>. Acesso em: 30 mai. 2017.
SIMÕES, Alan Caldas. O gênero paródia em aulas de língua portuguesa: uma abordagem
criativa entre letra e música. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ENSINO DA LÍNGUA
PORTUGUESA, 4., 2012, Uberlândia. Anais... Uberlândia: EDUFU, 2012. p. 1-15. v. 2. n. 1.
Disponível em: < http://www.ileel.ufu.br/anaisdosielp/wp-
content/uploads/2014/06/volume_2_artigo_006.pdf >. Acesso em: 21 set. 2017.
VIEIRA, Marcelo Dídimo Souza. O cangaço no cinema brasileiro. 2007. 418 f. Tese
(Doutorado) - Programa de Pós-graduação em Multimeios, Instituto de Artes da UNICAMP,
Campinas, 2007. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/285053>.
Acesso em: 21 set. 2017.
XAVIER, Rafael Aparecido Gonçalves. O uso de paródias em abordagens conceituais:
vivência na formação inicial para a docência. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE
EDUCAÇÃO SUPERIOR. 2014, Sorocaba. Anais... Sorocaba: Uniso, 2014. p. 1-10.
Disponível em:
<http://uniso.br/publicacoes/anais_eletronicos/2014/4_es_praticas_educacionais/12.pdf>.
Acesso em: 21 set. 2017.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

4 cchladlcvmt06
4 cchladlcvmt064 cchladlcvmt06
4 cchladlcvmt06Geraa Ufms
 
C:\Fakepath\Em Defesa Dos Quadrinhos
C:\Fakepath\Em Defesa Dos QuadrinhosC:\Fakepath\Em Defesa Dos Quadrinhos
C:\Fakepath\Em Defesa Dos QuadrinhosEneida da Rosa
 
A voz e vez dos barqueiros: um diálogo crítico de reinvenção freireana frente...
A voz e vez dos barqueiros: um diálogo crítico de reinvenção freireana frente...A voz e vez dos barqueiros: um diálogo crítico de reinvenção freireana frente...
A voz e vez dos barqueiros: um diálogo crítico de reinvenção freireana frente...revistas - UEPG
 
Sede de-ler-digital-n-011
Sede de-ler-digital-n-011Sede de-ler-digital-n-011
Sede de-ler-digital-n-011Viviane Teles
 
história e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africanahistória e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africanaculturaafro
 
A importancia do estudo das mitologias
A importancia do estudo das mitologiasA importancia do estudo das mitologias
A importancia do estudo das mitologiasEduardo Gehrke
 
A internet e o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana
A internet e o ensino da história e cultura  afro-brasileira e  africanaA internet e o ensino da história e cultura  afro-brasileira e  africana
A internet e o ensino da história e cultura afro-brasileira e africanaculturaafro
 
Artigo: Pintando Identidades: “O grito do Ipiranga” em sala de aula.
Artigo: Pintando Identidades: “O grito do Ipiranga” em sala de aula.Artigo: Pintando Identidades: “O grito do Ipiranga” em sala de aula.
Artigo: Pintando Identidades: “O grito do Ipiranga” em sala de aula.PIBID HISTÓRIA
 
Comunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdf
Comunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdfComunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdf
Comunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdfSemônica Silva
 
Produção pedagógica sobre a internet e o ensino da história e cultura afr...
Produção  pedagógica sobre  a  internet e o ensino da  história e cultura afr...Produção  pedagógica sobre  a  internet e o ensino da  história e cultura afr...
Produção pedagógica sobre a internet e o ensino da história e cultura afr...culturaafro
 
Inclusao da historia cultura afro-brasileira e indigena nos currículos
Inclusao da historia cultura afro-brasileira e indigena nos currículosInclusao da historia cultura afro-brasileira e indigena nos currículos
Inclusao da historia cultura afro-brasileira e indigena nos currículosWilson
 
Projeto Interdisciplinar sobre o Balneário Cassino: História, Arte e Literatu...
Projeto Interdisciplinar sobre o Balneário Cassino: História, Arte e Literatu...Projeto Interdisciplinar sobre o Balneário Cassino: História, Arte e Literatu...
Projeto Interdisciplinar sobre o Balneário Cassino: História, Arte e Literatu...Verônica Silveira
 
Culturas e História Indígena no Currículo Escolar
Culturas e História Indígena no Currículo EscolarCulturas e História Indígena no Currículo Escolar
Culturas e História Indígena no Currículo Escolarguest243097
 
história e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africanahistória e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africanaculturaafro
 
Antropologia e Educação
Antropologia e EducaçãoAntropologia e Educação
Antropologia e EducaçãoIrmão Jáder
 
Tcc fernanda paulo
Tcc fernanda pauloTcc fernanda paulo
Tcc fernanda pauloaeppa
 

Mais procurados (19)

4 cchladlcvmt06
4 cchladlcvmt064 cchladlcvmt06
4 cchladlcvmt06
 
e-bookiv-sesat.pdf
e-bookiv-sesat.pdfe-bookiv-sesat.pdf
e-bookiv-sesat.pdf
 
C:\Fakepath\Em Defesa Dos Quadrinhos
C:\Fakepath\Em Defesa Dos QuadrinhosC:\Fakepath\Em Defesa Dos Quadrinhos
C:\Fakepath\Em Defesa Dos Quadrinhos
 
A voz e vez dos barqueiros: um diálogo crítico de reinvenção freireana frente...
A voz e vez dos barqueiros: um diálogo crítico de reinvenção freireana frente...A voz e vez dos barqueiros: um diálogo crítico de reinvenção freireana frente...
A voz e vez dos barqueiros: um diálogo crítico de reinvenção freireana frente...
 
Sede de-ler-digital-n-011
Sede de-ler-digital-n-011Sede de-ler-digital-n-011
Sede de-ler-digital-n-011
 
história e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africanahistória e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africana
 
A importancia do estudo das mitologias
A importancia do estudo das mitologiasA importancia do estudo das mitologias
A importancia do estudo das mitologias
 
A internet e o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana
A internet e o ensino da história e cultura  afro-brasileira e  africanaA internet e o ensino da história e cultura  afro-brasileira e  africana
A internet e o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana
 
Portifólio pronto
Portifólio prontoPortifólio pronto
Portifólio pronto
 
Tema
TemaTema
Tema
 
Artigo: Pintando Identidades: “O grito do Ipiranga” em sala de aula.
Artigo: Pintando Identidades: “O grito do Ipiranga” em sala de aula.Artigo: Pintando Identidades: “O grito do Ipiranga” em sala de aula.
Artigo: Pintando Identidades: “O grito do Ipiranga” em sala de aula.
 
Comunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdf
Comunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdfComunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdf
Comunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdf
 
Produção pedagógica sobre a internet e o ensino da história e cultura afr...
Produção  pedagógica sobre  a  internet e o ensino da  história e cultura afr...Produção  pedagógica sobre  a  internet e o ensino da  história e cultura afr...
Produção pedagógica sobre a internet e o ensino da história e cultura afr...
 
Inclusao da historia cultura afro-brasileira e indigena nos currículos
Inclusao da historia cultura afro-brasileira e indigena nos currículosInclusao da historia cultura afro-brasileira e indigena nos currículos
Inclusao da historia cultura afro-brasileira e indigena nos currículos
 
Projeto Interdisciplinar sobre o Balneário Cassino: História, Arte e Literatu...
Projeto Interdisciplinar sobre o Balneário Cassino: História, Arte e Literatu...Projeto Interdisciplinar sobre o Balneário Cassino: História, Arte e Literatu...
Projeto Interdisciplinar sobre o Balneário Cassino: História, Arte e Literatu...
 
Culturas e História Indígena no Currículo Escolar
Culturas e História Indígena no Currículo EscolarCulturas e História Indígena no Currículo Escolar
Culturas e História Indígena no Currículo Escolar
 
história e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africanahistória e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africana
 
Antropologia e Educação
Antropologia e EducaçãoAntropologia e Educação
Antropologia e Educação
 
Tcc fernanda paulo
Tcc fernanda pauloTcc fernanda paulo
Tcc fernanda paulo
 

Semelhante a ARTIGO – RESSIGNIFICAÇÕES DO CANGAÇO ATRAVÉS DA CONSTRUÇÃO DE PARÓDIAS MUSICAIS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA.

A chegada dos portugueses por simone helen drumond
A chegada dos portugueses por simone helen drumondA chegada dos portugueses por simone helen drumond
A chegada dos portugueses por simone helen drumondSimoneHelenDrumond
 
Pronto de leandro gomes de barros a rodolfo coelho
Pronto de leandro gomes de barros a rodolfo coelhoPronto de leandro gomes de barros a rodolfo coelho
Pronto de leandro gomes de barros a rodolfo coelhoatodeler
 
As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...
As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...
As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...Almiranes Dos Santos Silva
 
A infancia desvalida sepa2017 Ivone Veloso.pptx
A infancia desvalida sepa2017 Ivone Veloso.pptxA infancia desvalida sepa2017 Ivone Veloso.pptx
A infancia desvalida sepa2017 Ivone Veloso.pptxIvoneVeloso4
 
Autoconceito: a construção de um novo ethos para o consumidor de baixa renda
Autoconceito: a construção de um novo ethos para o consumidor de baixa rendaAutoconceito: a construção de um novo ethos para o consumidor de baixa renda
Autoconceito: a construção de um novo ethos para o consumidor de baixa rendaPimenta Cultural
 
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...dlassessoria4
 
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...dlassessoria4
 
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Assessoria DL s2
 
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...assessoriadl09
 
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Assessoria DL s2
 
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Assessoria DL s2
 
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...assessoriadl09
 
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...dlassessoria4
 
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Assessoria DL s2
 
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Assessoria DL s2
 
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...assessoriadl09
 

Semelhante a ARTIGO – RESSIGNIFICAÇÕES DO CANGAÇO ATRAVÉS DA CONSTRUÇÃO DE PARÓDIAS MUSICAIS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA. (20)

Inf historia 9
Inf historia 9Inf historia 9
Inf historia 9
 
Monografia Noêmia Pedagogia 2009
Monografia Noêmia Pedagogia 2009Monografia Noêmia Pedagogia 2009
Monografia Noêmia Pedagogia 2009
 
Monografia Cintia Pedagogia 2011
Monografia Cintia Pedagogia 2011Monografia Cintia Pedagogia 2011
Monografia Cintia Pedagogia 2011
 
A chegada dos portugueses por simone helen drumond
A chegada dos portugueses por simone helen drumondA chegada dos portugueses por simone helen drumond
A chegada dos portugueses por simone helen drumond
 
1 - Introdução
1 - Introdução1 - Introdução
1 - Introdução
 
Pronto de leandro gomes de barros a rodolfo coelho
Pronto de leandro gomes de barros a rodolfo coelhoPronto de leandro gomes de barros a rodolfo coelho
Pronto de leandro gomes de barros a rodolfo coelho
 
As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...
As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...
As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...
 
A infancia desvalida sepa2017 Ivone Veloso.pptx
A infancia desvalida sepa2017 Ivone Veloso.pptxA infancia desvalida sepa2017 Ivone Veloso.pptx
A infancia desvalida sepa2017 Ivone Veloso.pptx
 
Autoconceito: a construção de um novo ethos para o consumidor de baixa renda
Autoconceito: a construção de um novo ethos para o consumidor de baixa rendaAutoconceito: a construção de um novo ethos para o consumidor de baixa renda
Autoconceito: a construção de um novo ethos para o consumidor de baixa renda
 
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
 
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
 
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
 
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...
 
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
 
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
 
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...
 
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
 
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
 
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
Olá, futuro docente de História da Educação Básica! Nesta atividade MAPA te c...
 
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...
Leia a reportagem abaixo realizada pelo jornalista Lucas Mendes da CNN Brasil...
 

Mais de Tissiane Gomes

ARTIGO – DESAFIOS, VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS EM SALA DE AULA: AS PROPAGANDAS N...
ARTIGO – DESAFIOS, VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS EM SALA DE AULA: AS PROPAGANDAS N...ARTIGO – DESAFIOS, VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS EM SALA DE AULA: AS PROPAGANDAS N...
ARTIGO – DESAFIOS, VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS EM SALA DE AULA: AS PROPAGANDAS N...Tissiane Gomes
 
ARTIGO – PRODUÇÃO DE CHARGE NA AULA DE HISTÓRIA: POSICIONANDO-SE CRITICAMENTE...
ARTIGO – PRODUÇÃO DE CHARGE NA AULA DE HISTÓRIA: POSICIONANDO-SE CRITICAMENTE...ARTIGO – PRODUÇÃO DE CHARGE NA AULA DE HISTÓRIA: POSICIONANDO-SE CRITICAMENTE...
ARTIGO – PRODUÇÃO DE CHARGE NA AULA DE HISTÓRIA: POSICIONANDO-SE CRITICAMENTE...Tissiane Gomes
 
ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...
ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...
ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...Tissiane Gomes
 
ARTIGO – CONSTRUÇÃO DE TIRINHA NA AULA DE HISTÓRIA: OPORTUNIZANDO-SE O APREND...
ARTIGO – CONSTRUÇÃO DE TIRINHA NA AULA DE HISTÓRIA: OPORTUNIZANDO-SE O APREND...ARTIGO – CONSTRUÇÃO DE TIRINHA NA AULA DE HISTÓRIA: OPORTUNIZANDO-SE O APREND...
ARTIGO – CONSTRUÇÃO DE TIRINHA NA AULA DE HISTÓRIA: OPORTUNIZANDO-SE O APREND...Tissiane Gomes
 
ARTIGO – PIBID E PROFESSOR: INTERSECÇÕES NA FORMAÇÃO DE UM NOVO PROFISSIONAL.
ARTIGO – PIBID E PROFESSOR: INTERSECÇÕES NA FORMAÇÃO DE UM NOVO PROFISSIONAL.ARTIGO – PIBID E PROFESSOR: INTERSECÇÕES NA FORMAÇÃO DE UM NOVO PROFISSIONAL.
ARTIGO – PIBID E PROFESSOR: INTERSECÇÕES NA FORMAÇÃO DE UM NOVO PROFISSIONAL.Tissiane Gomes
 
ARTIGO – O TEATRO NA ESCOLA: O ENSINO DE HISTÓRIA A PARTIR DAS ARTES CÊNICAS.
ARTIGO – O TEATRO NA ESCOLA: O ENSINO DE HISTÓRIA A PARTIR DAS ARTES CÊNICAS.ARTIGO – O TEATRO NA ESCOLA: O ENSINO DE HISTÓRIA A PARTIR DAS ARTES CÊNICAS.
ARTIGO – O TEATRO NA ESCOLA: O ENSINO DE HISTÓRIA A PARTIR DAS ARTES CÊNICAS.Tissiane Gomes
 
ARTIGO – O PIBID COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR.
ARTIGO – O PIBID COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR.ARTIGO – O PIBID COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR.
ARTIGO – O PIBID COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR.Tissiane Gomes
 
PLANO DE AULA – ERA VARGAS, ESTADO NOVO E GOVERNO DEMOCRÁTICO.
PLANO DE AULA – ERA VARGAS, ESTADO NOVO E GOVERNO DEMOCRÁTICO.PLANO DE AULA – ERA VARGAS, ESTADO NOVO E GOVERNO DEMOCRÁTICO.
PLANO DE AULA – ERA VARGAS, ESTADO NOVO E GOVERNO DEMOCRÁTICO.Tissiane Gomes
 
SLIDES – OLGA BENÁRIO: QUEM FOI ESTA MULHER?
SLIDES – OLGA BENÁRIO: QUEM FOI ESTA MULHER?SLIDES – OLGA BENÁRIO: QUEM FOI ESTA MULHER?
SLIDES – OLGA BENÁRIO: QUEM FOI ESTA MULHER?Tissiane Gomes
 
SLIDES – ANAYDE BEIRIZ: MULHER MACHO NUMA PARAÍBA RETRÓGRADA.
SLIDES – ANAYDE BEIRIZ: MULHER MACHO NUMA PARAÍBA RETRÓGRADA.SLIDES – ANAYDE BEIRIZ: MULHER MACHO NUMA PARAÍBA RETRÓGRADA.
SLIDES – ANAYDE BEIRIZ: MULHER MACHO NUMA PARAÍBA RETRÓGRADA.Tissiane Gomes
 
SLIDES – A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA.
SLIDES – A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA.SLIDES – A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA.
SLIDES – A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA.Tissiane Gomes
 
SLIDES – ESTADO NOVO.
SLIDES – ESTADO NOVO.SLIDES – ESTADO NOVO.
SLIDES – ESTADO NOVO.Tissiane Gomes
 
SLIDES – VARGAS: PAI DOS POBRES?
SLIDES – VARGAS: PAI DOS POBRES?SLIDES – VARGAS: PAI DOS POBRES?
SLIDES – VARGAS: PAI DOS POBRES?Tissiane Gomes
 
PLANO DE AULA – ERA VARGAS: ESTADO NOVO.
PLANO DE AULA – ERA VARGAS: ESTADO NOVO.PLANO DE AULA – ERA VARGAS: ESTADO NOVO.
PLANO DE AULA – ERA VARGAS: ESTADO NOVO.Tissiane Gomes
 
PLANO DE AULA – ERA VARGAS (1930-1945).
PLANO DE AULA – ERA VARGAS (1930-1945). PLANO DE AULA – ERA VARGAS (1930-1945).
PLANO DE AULA – ERA VARGAS (1930-1945). Tissiane Gomes
 
HISTÓRIA DE VIDA – ANAYDE BEIRIZ.
HISTÓRIA DE VIDA – ANAYDE BEIRIZ.HISTÓRIA DE VIDA – ANAYDE BEIRIZ.
HISTÓRIA DE VIDA – ANAYDE BEIRIZ.Tissiane Gomes
 
PLANO DE AULA – ERA VARGAS: ANAYDE BEIRIZ E OLGA BENÁRIO.
PLANO DE AULA – ERA VARGAS: ANAYDE BEIRIZ E OLGA BENÁRIO.PLANO DE AULA – ERA VARGAS: ANAYDE BEIRIZ E OLGA BENÁRIO.
PLANO DE AULA – ERA VARGAS: ANAYDE BEIRIZ E OLGA BENÁRIO.Tissiane Gomes
 
PLANO DE AULA – A REVOLUÇÃO DE 1930, O GOVERNO PROVISÓRIO E O ESTADO NOVO.
PLANO DE AULA – A REVOLUÇÃO DE 1930, O GOVERNO PROVISÓRIO E O ESTADO NOVO. PLANO DE AULA – A REVOLUÇÃO DE 1930, O GOVERNO PROVISÓRIO E O ESTADO NOVO.
PLANO DE AULA – A REVOLUÇÃO DE 1930, O GOVERNO PROVISÓRIO E O ESTADO NOVO. Tissiane Gomes
 
PLANO DE AULA – A REVOLUÇÃO DE 30 E O PRIMEIRO GOVERNO VARGAS.
PLANO DE AULA – A REVOLUÇÃO DE 30 E O PRIMEIRO GOVERNO VARGAS.PLANO DE AULA – A REVOLUÇÃO DE 30 E O PRIMEIRO GOVERNO VARGAS.
PLANO DE AULA – A REVOLUÇÃO DE 30 E O PRIMEIRO GOVERNO VARGAS.Tissiane Gomes
 
SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.
SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.
SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.Tissiane Gomes
 

Mais de Tissiane Gomes (20)

ARTIGO – DESAFIOS, VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS EM SALA DE AULA: AS PROPAGANDAS N...
ARTIGO – DESAFIOS, VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS EM SALA DE AULA: AS PROPAGANDAS N...ARTIGO – DESAFIOS, VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS EM SALA DE AULA: AS PROPAGANDAS N...
ARTIGO – DESAFIOS, VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS EM SALA DE AULA: AS PROPAGANDAS N...
 
ARTIGO – PRODUÇÃO DE CHARGE NA AULA DE HISTÓRIA: POSICIONANDO-SE CRITICAMENTE...
ARTIGO – PRODUÇÃO DE CHARGE NA AULA DE HISTÓRIA: POSICIONANDO-SE CRITICAMENTE...ARTIGO – PRODUÇÃO DE CHARGE NA AULA DE HISTÓRIA: POSICIONANDO-SE CRITICAMENTE...
ARTIGO – PRODUÇÃO DE CHARGE NA AULA DE HISTÓRIA: POSICIONANDO-SE CRITICAMENTE...
 
ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...
ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...
ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...
 
ARTIGO – CONSTRUÇÃO DE TIRINHA NA AULA DE HISTÓRIA: OPORTUNIZANDO-SE O APREND...
ARTIGO – CONSTRUÇÃO DE TIRINHA NA AULA DE HISTÓRIA: OPORTUNIZANDO-SE O APREND...ARTIGO – CONSTRUÇÃO DE TIRINHA NA AULA DE HISTÓRIA: OPORTUNIZANDO-SE O APREND...
ARTIGO – CONSTRUÇÃO DE TIRINHA NA AULA DE HISTÓRIA: OPORTUNIZANDO-SE O APREND...
 
ARTIGO – PIBID E PROFESSOR: INTERSECÇÕES NA FORMAÇÃO DE UM NOVO PROFISSIONAL.
ARTIGO – PIBID E PROFESSOR: INTERSECÇÕES NA FORMAÇÃO DE UM NOVO PROFISSIONAL.ARTIGO – PIBID E PROFESSOR: INTERSECÇÕES NA FORMAÇÃO DE UM NOVO PROFISSIONAL.
ARTIGO – PIBID E PROFESSOR: INTERSECÇÕES NA FORMAÇÃO DE UM NOVO PROFISSIONAL.
 
ARTIGO – O TEATRO NA ESCOLA: O ENSINO DE HISTÓRIA A PARTIR DAS ARTES CÊNICAS.
ARTIGO – O TEATRO NA ESCOLA: O ENSINO DE HISTÓRIA A PARTIR DAS ARTES CÊNICAS.ARTIGO – O TEATRO NA ESCOLA: O ENSINO DE HISTÓRIA A PARTIR DAS ARTES CÊNICAS.
ARTIGO – O TEATRO NA ESCOLA: O ENSINO DE HISTÓRIA A PARTIR DAS ARTES CÊNICAS.
 
ARTIGO – O PIBID COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR.
ARTIGO – O PIBID COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR.ARTIGO – O PIBID COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR.
ARTIGO – O PIBID COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR.
 
PLANO DE AULA – ERA VARGAS, ESTADO NOVO E GOVERNO DEMOCRÁTICO.
PLANO DE AULA – ERA VARGAS, ESTADO NOVO E GOVERNO DEMOCRÁTICO.PLANO DE AULA – ERA VARGAS, ESTADO NOVO E GOVERNO DEMOCRÁTICO.
PLANO DE AULA – ERA VARGAS, ESTADO NOVO E GOVERNO DEMOCRÁTICO.
 
SLIDES – OLGA BENÁRIO: QUEM FOI ESTA MULHER?
SLIDES – OLGA BENÁRIO: QUEM FOI ESTA MULHER?SLIDES – OLGA BENÁRIO: QUEM FOI ESTA MULHER?
SLIDES – OLGA BENÁRIO: QUEM FOI ESTA MULHER?
 
SLIDES – ANAYDE BEIRIZ: MULHER MACHO NUMA PARAÍBA RETRÓGRADA.
SLIDES – ANAYDE BEIRIZ: MULHER MACHO NUMA PARAÍBA RETRÓGRADA.SLIDES – ANAYDE BEIRIZ: MULHER MACHO NUMA PARAÍBA RETRÓGRADA.
SLIDES – ANAYDE BEIRIZ: MULHER MACHO NUMA PARAÍBA RETRÓGRADA.
 
SLIDES – A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA.
SLIDES – A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA.SLIDES – A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA.
SLIDES – A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA.
 
SLIDES – ESTADO NOVO.
SLIDES – ESTADO NOVO.SLIDES – ESTADO NOVO.
SLIDES – ESTADO NOVO.
 
SLIDES – VARGAS: PAI DOS POBRES?
SLIDES – VARGAS: PAI DOS POBRES?SLIDES – VARGAS: PAI DOS POBRES?
SLIDES – VARGAS: PAI DOS POBRES?
 
PLANO DE AULA – ERA VARGAS: ESTADO NOVO.
PLANO DE AULA – ERA VARGAS: ESTADO NOVO.PLANO DE AULA – ERA VARGAS: ESTADO NOVO.
PLANO DE AULA – ERA VARGAS: ESTADO NOVO.
 
PLANO DE AULA – ERA VARGAS (1930-1945).
PLANO DE AULA – ERA VARGAS (1930-1945). PLANO DE AULA – ERA VARGAS (1930-1945).
PLANO DE AULA – ERA VARGAS (1930-1945).
 
HISTÓRIA DE VIDA – ANAYDE BEIRIZ.
HISTÓRIA DE VIDA – ANAYDE BEIRIZ.HISTÓRIA DE VIDA – ANAYDE BEIRIZ.
HISTÓRIA DE VIDA – ANAYDE BEIRIZ.
 
PLANO DE AULA – ERA VARGAS: ANAYDE BEIRIZ E OLGA BENÁRIO.
PLANO DE AULA – ERA VARGAS: ANAYDE BEIRIZ E OLGA BENÁRIO.PLANO DE AULA – ERA VARGAS: ANAYDE BEIRIZ E OLGA BENÁRIO.
PLANO DE AULA – ERA VARGAS: ANAYDE BEIRIZ E OLGA BENÁRIO.
 
PLANO DE AULA – A REVOLUÇÃO DE 1930, O GOVERNO PROVISÓRIO E O ESTADO NOVO.
PLANO DE AULA – A REVOLUÇÃO DE 1930, O GOVERNO PROVISÓRIO E O ESTADO NOVO. PLANO DE AULA – A REVOLUÇÃO DE 1930, O GOVERNO PROVISÓRIO E O ESTADO NOVO.
PLANO DE AULA – A REVOLUÇÃO DE 1930, O GOVERNO PROVISÓRIO E O ESTADO NOVO.
 
PLANO DE AULA – A REVOLUÇÃO DE 30 E O PRIMEIRO GOVERNO VARGAS.
PLANO DE AULA – A REVOLUÇÃO DE 30 E O PRIMEIRO GOVERNO VARGAS.PLANO DE AULA – A REVOLUÇÃO DE 30 E O PRIMEIRO GOVERNO VARGAS.
PLANO DE AULA – A REVOLUÇÃO DE 30 E O PRIMEIRO GOVERNO VARGAS.
 
SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.
SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.
SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.
 

Último

Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarCaixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarIedaGoethe
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 

Último (20)

Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarCaixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 

ARTIGO – RESSIGNIFICAÇÕES DO CANGAÇO ATRAVÉS DA CONSTRUÇÃO DE PARÓDIAS MUSICAIS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA.

  • 1. (83) 3322.3222 contato@conidis.com.br www.conidis.com.br RESSIGNIFICAÇÕES DO CANGAÇO ATRAVÉS DA CONSTRUÇÃO DE PARÓDIAS MUSICAIS NO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA Tissiane Emanuella Albuquerque Gomes1 ; Auricélia Lopes Pereira2 Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), tissiane_emanu@hotmail.com; Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), auricelialpereira@yahoo.com.br. Resumo: No período conhecido como Primeira República, o semiárido brasileiro nordestino serviu de palco principal para atuação da figura do coronel. Em contrapartida existiam os cangaceiros, considerados por muitos como os defensores do povo das injustiças cometidas por esses senhores da terra na época, enquanto para outros se conformam na representação de bandidos, pois roubavam, torturavam, sequestravam e matavam. O cangaço transformou homens em mitos e em bandidos famosos e a saga desse movimento, presente no imaginário social, foi divulgada por meio de várias produções, que alimentaram e alimentam a dualidade herói/bandido atribuída aos cangaceiros. Assim, faz-se importante discutir com o aluno da Educação Básica, quando é ministrado o assunto “Primeira República”, as construções históricas empreendidas em torno da figura do cangaço/cangaceiro/Lampião, estimulando-os a refletir criticamente, dando a possibilidade dos mesmos também construírem suas versões do passado. O material didático escolhido para o aluno ressignificar o assunto histórico desdobrou-se na paródia musical, por esta atuar como agente motivador da aprendizagem, estimular a reflexão crítica do aluno com a presença da criatividade e do humor, bem como por desenvolver a leitura e a escrita – capacidades inerentes a aprendizagem eficaz. Dito isto, o objetivo por meio do trabalho é relatar uma experiência com a produção de paródias musicais – sobre o assunto histórico cangaço – enquanto ferramenta didática que aproxima a área do saber do aluno e consequentemente a motivação deste para aprender, e desenvolve o seu senso crítico, a criatividade, o humor, a leitura e a escrita, promovendo a aprendizagem significativa. O descrito se processou no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID/CAPES de História da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB/Campus I, numa turma de 9º Ano, do Ensino Fundamental II, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena, em Campina Grande – PB, no ano de 2017. Os resultados alcançados através da experiência relatada apontaram que a paródia musical instiga os alunos a aprender História e desenvolve nos mesmos, habilidades e competências para um aprendizado com propriedade – a reflexão crítica com criatividade e humor, bem como a leitura e a escrita – configurando a paródia musical como uma ferramenta didática que proporciona um aprendizado de forma prática e dinâmica com o engajamento do aluno. Palavras-Chave: Cangaço, Material pedagógico, Paródia musical, Ensino-aprendizagem de História, PIBID. 1 Graduanda do Departamento de História da Universidade Estadual da Paraíba. Bolsista PIBID/CAPES. 2 Professora Doutora do Departamento de História da Universidade Estadual da Paraíba. Bolsista PIBID/CAPES.
  • 2. (83) 3322.3222 contato@conidis.com.br www.conidis.com.br Introdução O semiárido brasileiro abrange a maior parte dos estados da região Nordeste e caracteriza-se pelo baixo índice de chuvas. Nesse ambiente hostil de seca e pobreza, afastado dos centros urbanos, no período conhecido como Primeira República (1889-1930) a economia tinha como fonte a agricultura, fundamentada em grandes unidades produtoras, palco principal da figura do coronel (ALMEIDA, 2016). Nessa economia agrária não havia espaço para os pequenos produtores ou para a agricultura familiar, restando as populações pobres trabalhar para os latifundiários. Diante dessa situação e da ausência do Estado, os grandes proprietários de terras passaram a exercer grande influência nessas populações, tornando-se os chefes locais: os coronéis eram a “Lei”. Através da posse da terra ele tinha influência sobre a população que vivia dentro ou nas proximidades de suas terras – forma de poder exercida pelos coronéis que se convencionou chamar de mandonismo. Ao proporcionar uma série de benefícios a essa população, o coronel ganhava sua subserviência – essa troca de favores foi chamada de clientelismo (IOKOI et al. 2015). Os autores supracitados confirmam que muitos homens que não aceitaram viver sob o jugo dos coronéis passaram a fazer parte de bandos, com regras próprias, chefiadas por um líder que respeitavam e a quem obedeciam, permanecendo em constante movimento pelos sertões. Vivendo como “foras da lei”, tais sujeitos integraram o movimento conhecido como cangaço, cuja origem remonta ao século XIX e a do seu termo ao século XVIII, mas seu auge se dá no início do século XX. Vieira (2015) com base em Hobsbawm destaca três tipos de banditismo presentes na imagem do cangaceiro. O banditismo vingador – provocado pela sede de vingança; o banditismo puro – como forma de resistência a ordem social imposta combate-se as autoridades em benefício próprio, roubando para si; o banditismo nobre – rouba-se dos ricos para ajudar aos mais pobres. Nesse contexto, os indivíduos entraram para o cangaço pelos mais variados motivos – um familiar agredido ou assassinado por uma família rival ou pela polícia era motivo suficiente para tornar-se um cangaceiro. Por buscar fazer justiça com as próprias mãos, esses homens eram muitas vezes considerados heróis pelos camponeses e perseguidos pelas autoridades (VIEIRA, 2015). Como teoricamente os cangaceiros se voltaram contra os coronéis, muitas pessoas os consideraram e os consideram como os defensores do povo
  • 3. (83) 3322.3222 contato@conidis.com.br www.conidis.com.br das injustiças cometidas por esses senhores da terra na época. Não obstante, se para alguns, os cangaceiros foram justiceiros e defensores dos mais humildes, para outros são a representação de bandidos. Esses bandoleiros roubavam, torturavam, sequestravam e matavam. Eles realmente enfrentaram muitos coronéis, mas também acobertavam e até defendiam coronéis aliados. Os cangaceiros não possuíam um projeto político de futuro para a sociedade tal qual tinham os revolucionários, nem queriam transformar as estruturas da sociedade. Tais sujeitos buscavam sobreviver, afrontando os donos do poder e da lei (IOKOI, 2015). Isso leva a crer que os cangaceiros não se manifestaram contra a estrutura da sociedade da época, nem contra o coronelismo, apenas defendiam interesses próprios. Dessa forma, enquanto movimento que se concentrou na região Nordeste do Brasil entre fins do século XIX e as quatro primeiras décadas do século XX, o cangaço transformou homens em mitos e em bandidos famosos, tal como Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião (VIEIRA, 2015). O mais famoso dos cangaceiros, em alguns momentos também foi retratado como herói e em outros episódios foi colocado como bandido. Iokoi e outros (2015) destacam que a visibilidade empregada em torno da figura de Lampião e de seu bando deveu-se a tecnologia existente em sua época que permitiu uma ampla documentação, sendo o mesmo e seu bando muito fotografado e filmado em ação. Nessa perspectiva, a saga do cangaço, presente no imaginário social, foi divulgada por meio de várias produções, tais como cordéis, xilogravuras, romances, músicas, espetáculos teatrais, filmes, quadrinhos, games, dentre outras, as quais alimentaram e alimentam a dualidade herói/bandido atribuída aos cangaceiros. Assim, faz-se importante discutir com o aluno da Educação Básica, quando é ministrado o assunto “Primeira República”, as construções históricas empreendidas em torno da figura do cangaço/cangaceiro/Lampião, estimulando-os a refletir criticamente, dando a possibilidade dos mesmos também construírem suas versões do passado. Para tanto, se faz importante escolher um material didático adequado para essa produção, tal como a paródia musical. A opção por essa ferramenta para o aluno ressignificar o assunto histórico deveu-se a mesma atuar como agente motivador da aprendizagem, possibilitando estimular a reflexão crítica do aluno com a presença da criatividade e do humor, bem como por desenvolver a leitura e escrita – capacidades inerentes a aprendizagem eficaz. Conforme Bonifácio e Barbosa (2014), a presença do crítico e do humor nas paródias desperta interesse nos alunos, enquanto a necessidade de modificar as ideias de um texto
  • 4. (83) 3322.3222 contato@conidis.com.br www.conidis.com.br base para criar uma maneira nova e diferente de ler o convencional, presente na linguagem da paródia, possibilita uma tomada de consciência crítica do autor, o qual deixa na criação sua marca pessoal. Além de estimular a aprendizagem do aluno, colocando-o como parte do processo da aprendizagem, bem como de ajudar na formação de sujeitos críticos, para as autoras aludidas acima, o gênero paródia contribui para a aprendizagem da língua, ao promover o exercício da leitura e da escrita, estimula a criatividade, desenvolve a autoestima, na medida em que se entende e se utiliza do próprio linguajar e de outros, e promove a aprendizagem do assunto quando a produção textual condiz com o proposto. Com essa proposta de recurso pedagógico é possível contribuir para superação do ensino de História, enquanto espaço distante e inerte, desconectado da vida dos alunos, que ajuda a afastar crianças e jovens da escola. Com base em pesquisas educacionais, Moran (2012) afirma que o que mais provoca o distanciamento desses sujeitos do Ensino Fundamental II da escola é o desinteresse, ressaltando que esse ambiente é pouco atraente. Nessa perspectiva, intenta-se relatar uma experiência com a produção de paródias musicais – sobre o assunto histórico cangaço – enquanto ferramenta didática que aproxima a área do saber do aluno e consequentemente a motivação deste para aprender, bem como o desenvolvimento de seu senso crítico, da criatividade, do humor, da leitura e da escrita, promovendo a aprendizagem significativa. Para tanto, primeiramente, serão esboçados os métodos empregados para alcançar o objetivo proposto. Em seguida, serão relacionados aspectos conceituais acerca da paródia, tipos e características, ressaltando o desenvolvimento de habilidades promotoras da aprendizagem quando a mesma é utilizada enquanto material didático. Esta revisão teórica será concatenada a experiência refrente a atividade de construção de paródias musicais na aula de História, destacando a importância desse material para promoção da aprendizagem significativa de assuntos históricos. Se finda este trabalho com algumas considerações apontadas pelos resultados da experiência relatada. Metodologia Para atingir o objetivo proposto foi realizada uma revisão bibliográfica acerca da paródia, sobretudo como ferramenta didática no processo de ensino-aprendizagem. As contribuições teóricas foram relacionadas a aplicação da atividade de confecção de paródias musicais pelos discentes na aula de História.
  • 5. (83) 3322.3222 contato@conidis.com.br www.conidis.com.br A referida atividade se processou no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID/CAPES de História da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB/Campus I, numa turma de 9º Ano, do Ensino Fundamental II, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena, em Campina Grande – PB, no ano de 2017. A sequência didática se deu a partir da iniciativa de cinco pibidianos, juntamente com o professor supervisor, atuantes no subprojeto História e responsáveis por desenvolverem materiais pedagógicos mais atrativos no ensino de História. Nessa perspectiva, com o assunto “Primeira República” exposto pelo professor, através de aulas expositivas e dialogadas, bem como trabalhado pelos pibidianos através de recursos didáticos diversos, foram discutidas versões históricas construídas em torno do movimento cangaço. Primeiramente, foi debatido com os alunos um texto introdutório intitulado “O cangaço”. Posteriormente foi feita a exibição de slides de mesmo título, destacando materiais diversos que enfocam perspectivas diferentes acerca do cangaço/cangaceiro/Lampião. Seguiu-se com a apresentação de slides abordando aspectos conceituais, objetivo, tipologia, estrutura e exemplos de paródias, bem como dicas que facilitam sua construção. Depois de concedido esse aparato aos alunos, foi solicitado que os mesmos construíssem paródias musicas – individualmente ou em grupos formados livremente e usando como base músicas de sua escolha – que abordassem em sua letra o que foi trabalhado na aula, isto é, qualquer aspecto da temática cangaço, enfocando na sua versão para o movimento e para seus atores. Estratégia de ensino com a ferramenta didática paródia: aproximando o assunto histórico cangaço do aluno para promoção de sua aprendizagem A paródia configura-se na recriação de uma obra já existente, em tom engraçado, crítico, irônico ou satírico, alterando-se a imagem, a fala ou o texto e suas abordagens. A paródia muitas vezes é confundida com a paráfrase, pois nas duas ocorre a intertextualidade, tendo em vista que ambas se referem a outras obras. Porém, enquanto a paráfrase reafirma a ideia da obra original, a paródia altera a ideia desta com o objetivo de transmitir uma mensagem de forma divertida e/ou crítica ao espectador, ouvinte ou leitor (BONIFÁCIO; BARBOSA, 2014). Dependendo qual é a obra base, as paródias podem variar quanto aos tipos. Pode ser uma paródia dramática, ao se tomar como referência peça
  • 6. (83) 3322.3222 contato@conidis.com.br www.conidis.com.br ou filme; poética, ao se basear em poema ou poesia; bem como gráfica, se feita em cima de charges, cartuns, HQs; dentre outras tipologias, sendo mais conhecida a musical, a qual se referencia numa música (MACHADO, 2015). Por se fazer presente no nosso cotidiano, seja através do rádio, da televisão, da memória do celular e etc. , a música liga-se as nossas emoções. A mesma traz a possibilidade de rememorar algo vivido, pois sua melodia relacionada a alguma experiência aciona a memória, colocando-a como ferramenta potencial para ajudar a memorizar algo. Por isso, a paródia musical é tão utilizada em campanhas eleitorais, ajudando a arquivar na memória números e siglas de candidatos. Além disso, presente na vida dos sujeitos desde a mais tenra idade, a música se relaciona com o meio onde se vive, fazendo parte da identidade cultural do indivíduo (MACHADO, 2015). Dito isto, depreende-se que a música pode auxiliar no entendimento dos conceitos históricos ao promover a memorização de assuntos específicos da disciplina e através dela também é possível se aproximar da realidade do aluno ao trabalhar áreas da vida desse indivíduo. Sobre esses aspectos Ferreira citado por André e outros (2016, p. 3) destaca: As músicas fazem parte do nosso cotidiano, traduzindo sentimentos, situações, informações acerca dos seres vivos, dos processos científicos e dos espaços em que vivemos. Pode-se observar que o campo das formas musicais é verdadeiramente fértil e de fácil assimilação, portanto, útil para o trabalho do professor que deseja renovar, dinamizar e buscar maior eficiência de aprendizado em seu modo de explicar a matéria (FERREIRA apud ANDRÉ et al. 2016, p. 3). Para construção de uma paródia musical, produz-se um novo texto (letra) para uma música, conservando-se os aspectos melódicos, harmônicos e rítmicos desta, necessários para encaixar a letra construída na métrica da canção. Entretanto, o sentido do texto é alterado com o intuito de passar uma informação com um efeito cômico, provocativo, que aborda algum tema do contexto político, histórico ou social (SIMÕES, 2012). Assim, modifica-se a letra para criticar algo em tom jocoso, utilizando-se músicas conhecidas pelo público a ser atingido, o que facilita alcançar o objetivo (MACHADO, 2015). Conforme Bonifácio e Barbosa (2014), a mensagem crítica a ser passada propõe uma reflexão e permite usar a criatividade com humor e ampliar conhecimentos, podendo abarcar os mais diversos temas. Nesse sentido, ao promover a memorização de conceitos, bem como a aproximação com a vivência dos alunos, o senso crítico permeado pela criatividade e pelo humor, a atividade de construção de paródias musicais pelos
  • 7. (83) 3322.3222 contato@conidis.com.br www.conidis.com.br estudantes do 9º Ano sobre a sua visão acerca do assunto histórico cangaço, se mostrou relevante para formação do saber desses jovens. Os alunos puderam escolher para parodiar a música de sua preferência, presente em seu dia a dia, relacionadas as suas vivências, ou seja, músicas mais populares entre os jovens, que tocam nas rádios e na televisão, mais fáceis para parodiar, para decorar a nova letra ao ser associada a melodia original. Isso aproximou o aluno do assunto histórico, tornando-o mais interessante, gerando a motivação do discente para aprender. Para Xavier (2014) a iniciativa dos alunos é estimulada ao se considerar seus saberes como ponto de partida, tornando-os partícipes da construção do seu próprio conhecimento. Em consonância com o ressaltado, ao construírem a nova letra com base no assunto cangaço, os alunos foco da intervenção pedagógica descrita neste trabalho, produziram sua versão do passado, se apropriando da prática historiográfica, participando ativamente da produção de seu saber. O autor acima referenciado revela ainda que a letra parodiada pelo aluno desdobra-se na vontade dos mesmos se expressarem, o que muitas vezes não é permitido. Diante dessa constatação, pode-se ressaltar que os alunos, atores da experiência relatada, através das letras parodiadas, puderam externar, de maneira crítica e permeada de argumentos, a opinião, fundamentada historicamente, sobre o evento histórico cangaço. Com isso, foi gerado um perfil de escola mais atraente para os estudantes, conforme defende Moran (2012). De acordo com este para que os alunos se sintam atraídos pela escola é preciso transformá-la num lugar vivo, agradável e estimulante, investindo em currículos que se relacionem com a realidade desses indivíduos e em metodologias mais dialógicas, que os aloquem enquanto sujeitos ativos, enquanto pesquisadores. Segundo Simões (2012), ao se construir uma versão de letra sobre uma temática histórica é gerado um processo multidisciplinar de interação entre as áreas do saber Português e História, provocando a criatividade no âmbito de um processo de ensino-aprendizagem expressivo para o estudante. Isso se faz importante, pois, dentre outras questões, principalmente a partir do Ensino Fundamental II, a escola torna-se fragmentada, com disciplinas soltas, sem conexão com a vida do aluno, contribuindo para o desinteresse do mesmo pelo espaço escolar (MORAN, 2012). Essa interdisciplinaridade entre campos do conhecimento também alcança uma necessidade das escolas na atual conjuntura, no que
  • 8. (83) 3322.3222 contato@conidis.com.br www.conidis.com.br concerne ao aperfeiçoamento dos discentes quanto a língua, colocando os gêneros textuais, como a paródia, enquanto fortes aliados na busca da leitura e escrita efetivas. Isso tendo em vista que a realidade do ensino hoje mostra que muitos estudantes brasileiros sabem ler e escrever, mas não compreendem a mensagem do texto (XAVIER, 2014). Mesmo com o progresso no que concerne à universalização do ensino escolar no Brasil, a escola não tem cumprido com a sua função principal: gerar o domínio da linguagem culta aos estudantes brasileiros. Avaliações do ensino tem revelado o fraco desempenho dos alunos brasileiros na leitura. Os estudantes das séries finais do Ensino Fundamental tem mostrado o domínio superficial das técnicas de alfabetização, mas não entendem a lógica de comunicação e organização dos textos (SILVA, 2011). Dessa forma, foi também com o intuito de contribuir para a formação de cidadãos letrados, que foi escolhido o gênero textual paródia, excelente veículo para trabalhar a leitura e escrita na Educação Básica, habilidades mais desenvolvidas no ensino de Língua Portuguesa e que foram exercitadas no ensino de História. Assim, ao criarem uma nova letra, dando novo sentido a música parodiada e ao assunto cangaço, foi desenvolvida também a leitura e escrita com conhecimento, gerando a interdisciplinaridade entre os campos do saber Língua Portuguesa e História, cooperando com um ensino integrado e baseado na racionalidade letrada. A leitura e escrita precárias geram dificuldades na aprendizagem dos assuntos específicos de cada campo do conhecimento e se os discentes não conseguem compreender análises simples, fica evidenciado que não conseguirão dominar as análises históricas que costumam ser mais complexas e exigem noções críticas mais amplas para gerar a capacidade escrita (SILVA, 2004). Atentando para as vantagens do uso da paródia para propiciar a aprendizagem do assunto específico da disciplina História, Xavier (2014) ressalta que a ferramenta ajuda a aguçar nos alunos as percepções referentes a disciplina a ser tratada na mesma. Nesse sentido, para se tornarem autores de suas interpretações e construírem paródias condizentes com o tema enfocado, foi gerada a necessidade de rememorar a temática cangaço com vistas a planejar e decidir o que tratar na produção. Acerca disso, Machado (2015) aponta que para composição das paródias os alunos tem que associar o assunto a melodia escolhida, necessitando rever o conteúdo para acomodá-lo na letra da paródia. Enquanto Cavalcanti (2011) com base em Carvalho destaca que ao se construir uma paródia, é ressignificado um mundo já instituído por outro, gerando a necessidade de
  • 9. (83) 3322.3222 contato@conidis.com.br www.conidis.com.br análise reflexiva do tema a ser trabalhado para que o mesmo se encaixe na melodia da música original. Dessa forma, os alunos puderam expressar o que foi aprendido de maneira dinâmica e descontraída como fruto de sua própria criação. Considerações Finais A busca por estratégias de ensino que cativem mais os discentes, tornando as aulas mais dinâmicas e contextualizadas é o que move os estudantes e professores atuantes no PIBID de História da UEPB a desenvolverem estratégias de ensino que façam uso de materiais didáticos como o enfocado neste trabalho, principalmente, quando o assunto histórico trabalhado por meio da ferramenta requer uma capacidade reflexiva mais ampla, como no caso do cangaço. Nessa perspectiva, diante do exposto, é possível compreender que a paródia musical pode ser utilizada como instrumento de ensino, instigando os alunos a aprender História. Através da música, presente no dia a dia e que integra a cultura dos discentes, é propiciada a relação deles com o conhecimento, despertando a atenção, motivando-os a se inserir no processo de ensino-aprendizagem. Alcançada a disposição dos alunos para aprender através da paródia musical, por meio desta também se consegue desenvolver nos alunos habilidades e competências para um aprendizado com propriedade – a reflexão crítica com criatividade e humor, bem como a leitura e a escrita. A incorporação do assunto histórico a nova letra construída configura a paródia musical num exercício criativo e crítico de aplicação de conteúdos teóricos, proporcionando um aprendizado de forma prática e dinâmica com o engajamento do aluno. Com isso, pode-se afirmar que a composição de paródia musical como material didático no ensino de História contribui com a aprendizagem acerca de conteúdos dessa área do conhecimento. Isso, através de uma proposta que valoriza a participação ativa do aluno em sala de aula e de uma aprendizagem estimulante e significativa. Fomento Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) – Instituição reguladora e fomentadora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Referências
  • 10. (83) 3322.3222 contato@conidis.com.br www.conidis.com.br ALMEIDA, Erivelton Nunes de. A evolução da criminalidade no semiárido nordestino: do cangaço ao crime organizado. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DA DIVERSIDADE DO SEMIÁRIDO, 1., 2016, Campina Grande. Anais... Campina Grande: Realize, 2016. p. 1- 9, v. 1. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/revistas/conidis/trabalhos/TRABALHO_EV064_MD1_SA12_I D1714_09102016105810.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2017. ANDRÉ, Jaíne Pereira de et al. O uso de paródias como alternativa no ensino de ciências: poríferos e cnidários. In: CONGRESO NACIONAL DE EDUCAÇAÕ, 3., 2016, Natal. Anais... Campina Grande: Realize, 2016. p. 1-4. v. 1. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV056_MD4_SA18_I D5933_13082016182938.pdf>. Acesso em: 13 set. 2017. BONIFÁCIO, Carla Alecsandra de Melo; BARBOSA, Alessandra de Carvalho. Gêneros textuais em sala de aula: a relevância da paródia na educação básica no ensino de língua portuguesa. In: CONGRESO INTERNACIONAL ASOCIACIÓN DE LINGÜÍSTICA Y FILOLOGÍA DE AMÉRICA LATINA, 17., 2014, João Pessoa. Anais... João Pessoa: Ideia, 2014. p. 1-14. Disponível em: < http://www.mundoalfal.org/CDAnaisXVII/trabalhos/R1143- 1.pdf>. Acesso em: 13 set. 2017. CAVALCANTI; V. S. Composição de Paródias: Um Recurso Didático Para Compreensão Sobre Conceitos de Circunferência. 2011. 163f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, Campina Grande, 2011. Disponível em: <http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/1965>. Acesso em: 21 set. 2017. IOKOI, Zilda Márcia Grícoli. Cangaço: Insurgentes do Nordeste - Origens no século XIX. Trabalho apresentado no 1º Semestre de 2015 para a disciplina "História do Brasil Independente I". Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, São Paulo, 2015. Disponível em: <http://diversitas.fflch.usp.br/sites/diversitas.fflch.usp.br/files/Canga%C3%A7o.%20Insurgen tes%20do%20Nordeste.%20Origens%20no%20S%C3%A9culo%20XIX%20(joined).pdf>. Acesso em: 21 set. 2017. MACHADO, Luiz André Rospa. A paródia como objeto de aprendizagem. 2015. 37 f. Monografia (Especialização) - Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/134394/000986817.pdf?sequence=1>. Acesso em: 13 set. 2017. MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá. Campinas: Papirus, 2012. 5 ed. SILVA, Marco Antônio. Letramento no Ensino de História. Cadernos de História, Belo Horizonte, v.12, n. 17, p. 111-130, 2º sem. 2011. Disponível em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoshistoria/article/viewFile/P.2237- 8871.2011v12n17p111/4132>. Acesso em: 30 mai. 2017. SILVA, Vitória Rodrigues e. Estratégias de leitura e competência leitora: contribuições para a prática de ensino em História. História, São Paulo, v.23, n.1-2, p.69-83, 2004. Disponível em:
  • 11. (83) 3322.3222 contato@conidis.com.br www.conidis.com.br <http://www.scielo.br/pdf/his/v23n1-2/a05v2312.pdf>. Acesso em: 30 mai. 2017. SIMÕES, Alan Caldas. O gênero paródia em aulas de língua portuguesa: uma abordagem criativa entre letra e música. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA, 4., 2012, Uberlândia. Anais... Uberlândia: EDUFU, 2012. p. 1-15. v. 2. n. 1. Disponível em: < http://www.ileel.ufu.br/anaisdosielp/wp- content/uploads/2014/06/volume_2_artigo_006.pdf >. Acesso em: 21 set. 2017. VIEIRA, Marcelo Dídimo Souza. O cangaço no cinema brasileiro. 2007. 418 f. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-graduação em Multimeios, Instituto de Artes da UNICAMP, Campinas, 2007. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/285053>. Acesso em: 21 set. 2017. XAVIER, Rafael Aparecido Gonçalves. O uso de paródias em abordagens conceituais: vivência na formação inicial para a docência. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO SUPERIOR. 2014, Sorocaba. Anais... Sorocaba: Uniso, 2014. p. 1-10. Disponível em: <http://uniso.br/publicacoes/anais_eletronicos/2014/4_es_praticas_educacionais/12.pdf>. Acesso em: 21 set. 2017.