1. OFICINA:
JOGOS FONOLÓGICOS E A COMPREENSÃO DO SISTEMA DE ESCRITA
ALFABÉTICA: MEDIANDO A APROPRIAÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA
Coordenadores Formadores do PACTO BAHIA:
Edeil Reis do Espírito Santo;
Edineide Vitor Costa;
Joelma Dias dos Santos;
Sarah Daniela do Nascimento Feitosa.
COORDENADORA MUNICIPAL DO PACTO:
Vandilma Salvador Cabral .
2. .
A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E A RELAÇÃO FALA/ESCRITA
Sendo a ESCRITA uma representação da FALA, é de suma importância que
reflitamos com as crianças sobre o modo como a ESCRITA representa a
cadeia sonora;
É imprescindível que, por meio de atividades de reflexão linguística, as
crianças percebam que as ESCRITA e a FALA possuem fluências diferentes;
A FALA e a ESCRITA são objetos semelhantes, não iguais.
3. Exemplos: [VA`SÔRA] VASSOURA
[`NEKSU] NEXO
.
A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E A RELAÇÃO FALA/ESCRITA
Observemos e reflitamos sobre essa cadência distinta:
[VA`SÔRA] VASSOURA
[`NEKSU] NEXO
[EZAMI] EXAME
[CADÊ`RA] CADEIRA
4. Exemplos: [VA`SÔRA] VASSOURA
[`NEKSU] NEXO
.
A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E A RELAÇÃO FALA/ESCRITA
A ESCRITA É, ENTÃO...
Um OBJETO SIMBÓLICO, substituto que representa algo.
Não constitui uma transcrição fonética da fala, mas estabelece
uma relação essencialmente fonêmica;
Procura representar aquilo que é funcionalmente
significativo, estabelecendo um sistema de regras próprias.
5. Exemplos: [VA`SÔRA] VASSOURA
[`NEKSU] NEXO
.
A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E A RELAÇÃO FALA/ESCRITA
A ESCRITA E A FALA, ENTÃO...
Possuem fluências e dinâmicas diferentes;
A FALA é mais FLUIDA, mais LIVRE;
A ESCRITA é mais RIGOROSA, mais MONITORADA.
6. MAS, AFINAL, O QUE É CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA?
É a capacidade de se refletir explicitamente e
intencionalmente sobre a estrutura sonora da palavra;
Tal capacidade sistemática de reflexão se refere a segmentos
no nível de palavras, rimas (sons finais), aliterações (sons
iniciais), sílabas e fonemas.
7. O QUE É CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA?
“[...] crianças que têm consciência de fonemas avançam
de forma mais produtiva e criativa para a escrita. Por isso,
antes que possam ter qualquer compreensão do
princípio alfabético, as crianças devem entender que
aqueles sons associados às letras são precisamente os
mesmos sons da fala” (ADAMS, 2007, p. 17).
8. CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E PRINCÍPIO ALFABÉTICO
Para formar crianças que escrevam e leiam com fluência é
importantíssimo que, frequentemente, o professor :
Aplique jogos, brincadeiras e atividades de Consciência Fonológica;
Foque em atividades e momentos e diversos que ajudem as crianças a
denominarem as letras e a discriminarem o som e articulação de cada
uma delas;
Desenvolva atividades que as façam pensar sobre como a escrita
alfabética funciona.
9. PRINCÍPIO ALFABÉTICO É... SIMPLES ASSIM...
Para a identificação do princípio alfabético a
criança deve reconhecer a relação som-letra e
ser capaz de analisar, refletir, sintetizar as
unidades que compõem as palavras faladas
(Tunmer, Pratt, Herriman, 1984).
10. Dominando o princípio alfabético e levando em
conta a importância social que tem a leitura, o leitor
principiante terá melhores condições de chegar a
uma melhor fluência e compreensão de leitura.
(SCHERER, 2007)
11. DIFERENCIANDO AS HABILIDADES DECONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
As habilidade de REFLEXÃO FONOLÓGICA se diferenciam
quanto ao tipo de operação que o sujeito realiza em sua
mente:
Separar;
Contar;
Comparar quanto ao tamanho ou quanto à semelhança
sonora, etc.
12. Quanto ao tipo de segmento sonoro envolvido:
Rimas
Aliterações
Sílabas
Fonemas
DIFERENCIANDO AS HABILIDADES DE CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
13. Quanto à posição em que aquelas “partes sonoras”
ocorrem no interior das palavras:
Início
Meio
Fim
DIFERENCIANDO AS HABILIDADES DE CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
15. TRABALHANDO COM HABILIDADE DE CONTAGEM
CONTE AS SÍLABAS DAS PALAVRAS E CÍRCULE SOMENTE AQUELAS
PALAVRAS DE TRÊS SÍLABAS.
16. TOMANDO POR ANÁLISE OS SONS INICIAIS DAS PALAVRAS
ENCONTRE E MARQUE COM UM X, EM CADA COLUNA, AS PALAVRAS QUE
COMEÇAM COM O MESMO SOM.
17. TOMANDO POR ANÁLISE OS SONS FINAIS DAS PALAVRAS
PRONUNCIE BEM DEVAGARINHO CADA PALAVRA E ESCREVA O SOM FINAL DE
CADA UMA.
18. TOMANDO POR ANÁLISE OS SONS FINAIS DAS PALAVRAS
PRONUNCIE BEM DEVAGARINHO CADA PALAVRA E PINTE DE LARANJA A PARTE
QUE SE REPETE EM TODAS ELAS.
C O R T I N A G E L A T I N A P I S C I N A
C A M I N H Ã O A V I Ã O M A M Ã O
19. COMPARANDO AS PALAVRAS QUANTO À SUA EXTENSÃO
EM CADA FILEIRA, CIRCULE A PALAVRA COM MAIS SÍLABAS.
20. POR QUE É TÃO IMPORTANTE DESENVOLVER
A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA?
Os jogos, as brincadeiras cantadas e recitadas nas atividades de
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA, são essenciais para que o sujeito em
fase de aquisição da leitura e da escrita consiga:
Perceber que a escrita, antes de ter significado, tem forma;
Entender que a estrutura das palavras, na escrita, é
determinada pela cadeia sonora, portanto, a ordem e quantidade
de sons da fala, implica ordem e quantidade de letras na escrita.
22. Os TEXTOS da TRADIÇÃO ORAL fazem parte da cultura, do folclore
brasileiro, da vida das pessoas:
A sonoridade desses textos fazem deles verdadeiros jogos
línguísticos que encantam as crianças;
POR QUE OS GÊNEROS DA TRADIÇÃO ORAL SÃO TÃO ÚTEIS AO
TRABALHO DE DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA?
PASTORZINHO
Havia um pastorzinho que vivia a pastorear
Saiu de sua casa e pôs-se a cantar:
Dó, ré, mi, fá, fá ,fá,
Dó, ré, dó, ré ,ré, ré
Dó, sol, fa, mi, mi, mi,
Dó, ré. mi fá, fá, fá (2x)
23. A sonoridade contida na RIMA, na SILABAÇÃO, no RITMO e na
PROSÓDIA das parlendas, dos trava-línguas, dos poemas e das
músicas e cantigas de roda encantam as crianças, chamam a sua
atenção.
AÇÚCAR RE – FINADO;
QUE – RE – MOS SABER
A LETRA DO SEU NAMORADO!
POR QUE OS GÊNEROS DA TRADIÇÃO ORAL SÃO TÃO
ÚTEIS AO TRABALHO DE DESENVOLVIMENTO DA
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
24. EM SUMA...
Os brinquedos cantados e declamados que formam os textos da
tradição oral problematizam bem as relações existentes entre a
FALA e a ESCRITA porque:
São ricos em sonoridade (rimas, aliterações, divisões silábicas, etc.);
Possuem um caráter “non sense” (sem compromisso com a lógica);
Possuem uma estrutura simples e fácil de memorizar
Se apresentam em tom de jogo oral, de ludicidade linguística.
25. TRAVA-LÍNGUA
ATRÁS DA PIA TEM UM PRATO,
UM PINTO E UM GATO!
PINGA A PIA, APARA O PRATO,
PIA O PINTO E MIA O GATO!
26. ZEBRINHA ((WANIA AMARANTE)
COITADA DA ZEBRA
É TÃO POBREZINHA
SÓ TEM UMA ROUPA
A COITADINHA!
DORME DE PIJAMA
PIJAMA DE LISTRINHA
E PASSA DIAS INTEIROS
VESTIDA DE PIJAMINHA!
QUE TAL A GENTE SE JUNTAR
E FAZER UMA VAQUINHA
PRA COMPRAR PRA ZEBRINHA
VESTIDO DE BOLINHA?
28. [...] em práticas pedagógicas nas quais não existe um
trabalho com cantigas de rodas, jogos de linguagem,
parlendas e outras atividades lúdico-educativas que
enfatizem a consciência fonológica, a apropriação de
escrita se dará mais lentamente (MORAIS, 2009).
A TRADIÇÃO ORAL PRECISA ESTAR PRESENTE NA ALFABETIZAÇÃO
29. AS SUB-HABILIDADES DE CONSCIÊNCIA
FONOLÓGICA SÃO
Rimas;
Aliterações;
Consciência de palavras;
Consciência silábica;
Consciência fonêmica.
.
30. RIMAS
A RIMA representa a correspondência fonética entre duas palavras
a partir da vogal da sílaba tônica.
Por exemplo: Para rimar com a palavra SAPATO, a palavra deve
terminar em ATO, pois a palavra é paroxítona, mas para rimar com
CAFÉ, a palavra precisa terminar somente em É, visto que a palavra é
oxítona.
A equidade (semelhança) deve ser sonora e não necessariamente
gráfica, ou seja, as palavras OSSO e PESCOÇO rimam, pois o som em
que terminam é igual, independente da forma ortográfica.
31. RIMAS
LIGUE CADA CARREIRA À PALAVRA CORRETA PARA FORMAR A
TRINCA DE RIMAS
32. ALITERAÇÕES
A ALITERAÇÃO é um recurso poético, como a rima, representa a
repetição da mesma sílaba ou fonema na posição inicial das
palavras;
Os trava-línguas são um bom exemplo de utilização da aliteração,
pois repetem, no decorrer da frase, várias vezes o mesmo fonema.
QUIUÍ
KAUÊ QUER QUIUÍ,
QUE QUIUÍ QUE KAUÊ QUER?
KAUÊ QUER QUALQUER QUIUÍ!
34. CONSCIÊNCIA DE PALAVRAS
A CONSCIÊNCIA de PALAVRAS representa a capacidade de
segmentar a frase em palavras e, além disso, perceber a relação
entre elas e organizá-las numa sequência que dê sentido;
Esta habilidade tem influência mais precisa na produção de
textos e não no processo inicial de aquisição de escrita;
Exemplos: Quantas palavras há na frase: O cachorro correu atrás
do gato?
Pintar espaços entre palavras, a partir de textos trabalhados.
35. COMO OS JOGOS QUE FAZEM REFLETIR
SOBRE OS SEGMENTOS SONOROS DA FALA
PODEM AJUDAR A ALFABETIZAÇÃO?
36. A criança só avança para a fase silábica de escrita quando
se torna atenta às características sonoras da palavra,
especialmente quando ela chega ao nível do
conhecimento da sílaba (ZORZI, 2003).
CONSCIÊNCIA SILÁBICA
37. Atividades como:
Contar o número de sílaba;
Dizer qual é a sílaba inicial, medial ou final de uma
determinada palavra;
Subtrair uma sílaba das palavras, formando novos
vocábulos, são dependentes desta sub habilidade da
consciência fonológica.
.
CONSCIÊNCIA SILÁBICA
38. Os Jogos Fonológicos ajudam as crianças a adotarem
uma postura analítica frente às línguas oral e escrita;
Em tom lúdico, tais jogos levam as crianças a se darem
conta de que as palavras possuem não só significado, mas,
antes, têm forma;
Ao atentarem para a estrutura sonora das palavras, as
crianças vão conseguindo reunir elementos para refletirem
sobre a estrutura da escrita.
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS DE CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
39. Diferentes estudos, realizados tanto no Brasil como no
exterior, apontam a necessidade de a instituição
escolar promover, desde a Educação Infantil, aqueles
jogos que levam à reflexão sobre palavras, rimas e
sílabas semelhantes (MORAIS, 2004).
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS DE CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
40. Aos que contemplam atividades de análise fonológica,
sem fazer correspondência direta com a escrita.
A QUE JOGOS FONOLÓGICOS NOS REFERIMOS?
41. QUE OBJETIVOS TÊM OS JOGOS FONOLÓGICOS?
Compreender que, para aprender escrever, é preciso
refletir sobre os sons e não apenas sobre os
significados das palavras;
Compreender que as palavras são formada por
unidades sonoras menores.
42. QUE OBJETIVOS TÊM OS JOGOS FONOLÓGICOS?
Desenvolver a consciência fonológica, por meio da
exploração dos sons iniciais das palavras (aliteração)
ou finais (rimas);
Comparar as palavras quanto às semelhanças e
quanto às diferenças sonoras.
43. QUE OBJETIVOS TÊM OS JOGOS FONOLÓGICOS?
Perceber que palavras diferentes possuem partes
sonoras iguais;
Identificar a sílaba como unidade fonológica;
Segmentar palavras em sílabas;
Comparar palavras quanto ao tamanho, por
meio da contagem do número de sílabas.
44. CONCLUSÕES
Crianças que não são estimuladas intencional e sistematicamente a
refletirem sobre os sons da fala, tomando por análise os micro
segmentos sonoros das palavras tais como aliterações (sons iniciais),
rimas, sílabas e fonemas, dificilmente conseguirão desenvolver-se na
escrita alfabética e na leitura fluente.
O trabalho com atividades escritas, jogos e brincadeiras, bem como
com textos da tradição oral, focando nas habilidades de percepção
fonológica sempre traz excelentes resultados para a alfabetização de
crianças.
.
45. CONCLUSÕES
Promover jogos fonológicos implica problematizar ludicamente a
língua, não em tom de treino mecânico, mas numa conotação de
brincadeira na qual a oralidades e a escrita são acionadas de modo
divertido e atraente para a criança. Os jogos de Reflexão Fonológica
acionam a percepção e elevam a cognição da criança, auxiliando-a
fortemente na construção do Princípio Alfabético, algo essencial ao
domínio da leitura e da escrita.
46. ONDE ENCONTRAR O MATERIAL DESSE MOMENTO FORMATIVO?
ATENÇÃO, PROFESSORES:
Todo o material aqui veiculado, inclusive os jogos com suas instruções,
estarão disponíveis em:
http://pnaicsenhordobonfim.blogspot.com.br/?m=1
E no Facebook:
Educação Infantil e Alfabetização: Teorias, Práticas, Saberes e Fazeres
47. REFERÊNCIAS
ADAMS, Marilyn Jager et al. Consciência fonológica em crianças
pequenas. Tradução de Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed,
2007.
BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi et al. Jogos de alfabetização (Manual
didático) . Pernambuco: UFPE/ CEEL/MEC.: 2009.
GUIMARÃES, Sandra Regina Kirchner. Dificuldades no Desenvolvimento da
Lectoescrita: O papel das Habilidades Metalingüísticas. In Psicologia: Teoria e
Pesquisa. Jan-Abr 2003, vol 19 n. 1. Pp. 33 – 45.
48. REFERÊNCIAS
MEDEIROS, Tatiana Gonçalves de Medeiros; OLIVEIRA Elka Renata Costa. A
influência da consciência fonológica em crianças alfabetizadas pelos métodos
fônico e silábico. In: Revista CEFAC, nº 1; volume 10. São Paulo; jan.-mar., 2008.
Disponível em> <http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v10n1/07.pdf>. Acesso em:
15/jan./2014;
SCHERER, Ana Paula Rigatti. Princípio alfabético e consciência fonológica:
fatores determinantes no tempo de leitura de crianças em processo de
alfabetização. In: Revista Signo. Santa Cruz do Sul, v. 32 n 53, p. 82-99, dez, 2007.
Disponível
em:<https://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/viewFile/69/178>.
Acesso em: 27/set./2017
49. REFERÊNCIAS
ZORZI, Jaime Luiz. Aprendizagem e distúrbios da linguagem escrita:
Questões clínicas e educacionais. Porto Alegre: Artmed, 2003.
50. OBRIGADO PELA ATENÇÃO!!
CONTATOS:
Edeil Reis do Espírito Santo:
edresanto@gmail.com
(74) 99121 5552
Sarah Daniela do Nascimento Feitosa
Sarah.rivas@hotmail.com
(74) 99197 4999
Edineide Vitor Costa:
edineidevitor@hotmail.com
(74) 99110 6717
Joelma Dias dos Santos:
joelmagemini@yahoo.com.br
(74) 99115 8890
Vandilma Salvador Cabral
phavandilma@hotmail.com
(74) 99140 3100