1. Programa Institucional de Bolsas de Incentivo à Docência – PIBID-LETRAS/UEM
Oficinas de leitura de textos literários e produção textual
Elaborador da proposta didática: Carlos Henrique Durlo e Virgínia Nuss
Música 1: Vento no Litoral – Legião Urbana
Música 2: Com açúcar, com afeto – Chico Buarque
De tarde quero descansar Com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto
Chegar até a praia e ver Pra você parar em casa, qual o quê!
Se o vento ainda está forte Com seu terno mais bonito,
E vai ser bom Você sai, não acredito
Subir nas pedras Quando diz que não se atrasa
Sei que faço isso pra esquecer Você diz que é um operário,
Eu deixo a onda me acertar Vai em busca do salário
E o vento vai levando embora... Pra poder me sustentar, qual o quê!
Agora está tão longe No caminho da oficina,
Ver a linha do horizonte me distrai Há um bar em cada esquina
Dos nossos planos é que tenho mais saudade Pra você comemorar, sei lá o quê!
Quando olhávamos juntos Sei que alguém vai se sentar junto,
Na mesma direção Você vai puxar assunto
Aonde está você agora Discutindo futebol
Além de aqui dentro de mim... E ficar olhando as saias
Agimos certo sem querer De quem vive pelas praias
Foi só o tempo que errou Coloridas pelo sol
Vai ser difícil sem você Vem a noite e mais um copo,
Porque você está comigo Sei que alegre ma non troppo*
O tempo todo Você vai querer cantar
E quando vejo o mar Na caixinha um novo amigo
Existe algo que diz Vai bater um samba antigo
Que a vida continua Pra você rememorar
E se entregar é uma bobagem... Quando a noite enfim lhe cansa,
Já que você não está aqui Você vem feito criança
O que posso fazer Pra chorar o meu perdão, qual o quê!
É cuidar de mim Diz pra eu não ficar sentida,
Quero ser feliz ao menos Diz que vai mudar de vida
Lembra que o plano Pra agradar meu coração
Era ficarmos bem... E ao lhe ver assim cansado,
Eieieieiei! Maltrapilho e maltratado
Olha só o que eu achei Ainda quis me aborrecer? Qual o quê!
Humrun Logo vou esquentar seu prato,
Cavalos-marinhos... Dou um beijo em seu retrato
Sei que faço isso E abro os meus braços pra você.
Pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar *allegro ma non troppo = Andamento utilizado em
E o vento vai levando partituras musicais para indicar que a execução
Tudo embora... dever ser moderadamente rápida. “Rápido, mas não
muito”.
Disponível em: http://www.letras.mus.br/legião-urbana/22505 .
Acesso em: 8 mar. 2013.
Disponível em: <http://www.letras.mus.br/chico-buarque/45123>.
Acesso em: 8 mar. 2013.
2. Programa Institucional de Bolsas de Incentivo à Docência – PIBID-LETRAS/UEM
Oficinas de leitura de textos literários e produção textual
Elaborador da proposta didática: Carlos Henrique Durlo e Virgínia Nuss
TEXTO 1
“Quando conheci os produtos de Nutrição Interna da Herbalife, experimentei um aumento em
meus níveis de energia imediatamente. Eu pratico ciclismo há mais de dez anos e já participei de
várias competições nacionais e internacionais, porém o resultado nunca foi o esperado. Antes de usar
estes produtos, eu sentia muito cansaço e falta de disposição para os treinos. Em provas de longa
distância, não conseguia termina-las e, se conseguisse, minha recuperação era muito lenta e difícil
devida à falta de resistência.
Com apenas 60 dias de uso dos produtos de Nutrição Interna e muito treino, atingi minha
melhor marca: o 3º lugar na prova de 100 km, dos Jogos Regionais da minha cidade. E asseguro que
cada produto da Herbalife que uso, ajuda-me a melhorar meu desempenho. Uso todos os tabletes, o
Pó Nutricional junto com o Protein Powder logo pela manhã e meu dia já começa bem. Durante o
dia, principalmente nos treinos e nas provas, uso o Chá ShapeWorks que me dá muita energia e me
ajuda a ter uma recuperação muito mais rápida. Eu encontrei minha fonte de energia na Herbalife!”
Henrique Pereira – Pirassununga, SP.
Adaptado de http://www.recantofelizeventos.com/bemnutrido/depoimen.html Acesso em: 8 mar. 2013.
TEXTO 2
Angra, Paraty e Trindade
Enio Rezende
Galera mochileira, venho postar meu relato de uma viagem pelo litoral sul do Rio de Janeiro.
Passei por Angra, Paraty e Trindade. Cheguei em Angra numa quinta-feira de manhã (18/10)
rodoviária pequena, acanhada para o porte e a fama de Angra dos Reis, só com 7 plataformas e pouco
movimento. O mais legal da rodoviária de Angra é um deck que tem na parte de trás, com vista pra
marina, bem legal. Minha rota era seguir direto pra Paraty e como o check-in no hostel era só as 14
horas, fiquei de bobeira na rodoviária de Angra, olhando o visual dali. Fui traído pela empresa de
ônibus pois no site dizia que tinha ônibus de Angra pra Paraty de meio em meia hora e na verdade
desde o dia 1/10/2012 os horários foram mudados e era um ônibus a cada quase 3 horas!! Tinha um
6:40, 10 minutos depois de eu ter desembarcado, mas como não sabia, perdi esse ônibus e só fui no
próximo as 9 horas. De Angra pra Paraty são 90 km num onibuzinho tenebroso (mais louca foi a
volta que conto mais pra frente). São 2 horas num ônibus tipo urbano, cheio de solavancos e um
motorista radicaaaall. Salve-se quem puder!! A empresa é a Colitur e não adianta procurar outra pois
o trecho é dominado pela tal Colitur. (A não ser que vc venha do Rio pela Costa Verde, p.ex., mas
Angra-Paraty é so essa). Passagem R$ 9,50. Cheguei em Paraty 11 horas e fui almoçar. Tem uns
restaurantes de comida a quilo na avenida principal a uns 2 quarteirões da rodoviária por
um preço razoável (24,90 o kilo, bem mais em conta q no inflacionário centro histórico). Para
Trindade tem ônibus de hora em hora, sem maiores problemas. Saí de Paraty as 13 horas e para
Trindade são 45 minutos de ônibus. Passagem R$ 3,40. Cheguei no Che Lagarto de Trindade já na
hora do check-in e fui direto pra praia curtir o solzão de 31 graus q tava fazendo. O Che Lagarto de
Trindade é novinho em folha, foi inaugurado em agosto e tem um clima mto bom, musica ambiente,
3. Programa Institucional de Bolsas de Incentivo à Docência – PIBID-LETRAS/UEM
Oficinas de leitura de textos literários e produção textual
Elaborador da proposta didática: Carlos Henrique Durlo e Virgínia Nuss
geralmente reggae, recomendo. So levem um repelente pois tinha pernilongo d+ no quarto. No meu
tinha mais de 20 e eu matei uns 8 na chinelada! Mas a região é cheia de mata e não deve ser um
problema específico do hostel. Mas eles não me incomodaram, liguei o ar condicionado, coloquei o
cobertor até na orelha e dormi em paz todos os dias! Trindade é lindo, paradisíaco, sensação de lugar
isolado e selvagem, embora a estrada asfaltada tenha dado mais acesso e badalação ao local. Mas
ainda é muito legal e interessante a entrada da vila onde o asfalto acaba e os carros passam pelas
pedras da beira mar por uns 30 metros até voltar pro asfalto. Na sexta, o dia ficou todo nublado e
friozinho e aproveitei pra andar em Paraty. Cidade histórica mto bem cuidada, uma delicia mesmo.
De volta à Trindade no sábado, fui em todas as praias e nas trilhas que levam pras cachoeiras e pra
piscina natural do Cachadaço. Pra mim, essa piscina é o melhor lugar de Trindade, ficaria la o dia
todo! A atração imperdível de Trindade! Da vila até lá são 2 trilhas e uma praia pra atravessar, dá uns
2 km. Nas trilhas eu fui descalço mas com mta atenção pq outras pessoas viram cobras pela trilha.
Veja bem onde pisa!! Durante a noite a vila continua agitada nos seus vários bares e restaurantes. Um
tiozinho tocava Raul na porta de uma loja esotérica. O lugar ainda guarda muito da cultura hippie.
Pra mim e pra todos q curtem um lugar com natureza, reggae, hippies... é um prato cheio! No
domingo fui embora com a certeza de ter conhecido um dos lugares mais bonitos que já fui, trindade
é um espetáculo!! Onibus de Trindade pra Paraty e depois o tenebroso Colitur de Paraty pra Angra.
La vou eu no fundo do busão com mais 2 casais de estonianos. Fui arrastando meu inglês com eles
até o tenebroso busão quebrar faltando 10 km pra chegar em Angra. Todo mundo desce, busão
lotado, esperando outro ônibus de outra linha pra terminar a aventura até Angra. Para os estonianos
era tudo festa!! Mas essa empresa devia colocar uns ônibus melhores pra essa linha, mais horários e
motoristas menos kamikazes! Cheguei em Angra 13 horas, deixei a mochila na rodoviária e fui
conhecer o centro histórico de Angra q tb é interessante e mto pouco divulgado, principalmente o
convento em ruínas, que achei bem legal. A natureza da costa verde fluminense, a parte de histórica,
tudo muito legal. So faltou Ilha Grande dessa vez, mas Trindade compensou! Até a próxima
mochileiros!!
Disponível em: <http://www.mochileiros.com/angra-paraty-e-trindade-t75001.html >. Acesso em: 8 mar. 2013.
ATIVIDADE 1
Fazer o levantamento das características do relato presentes nos textos.
4. Programa Institucional de Bolsas de Incentivo à Docência – PIBID-LETRAS/UEM
Oficinas de leitura de textos literários e produção textual
Elaborador da proposta didática: Carlos Henrique Durlo e Virgínia Nuss
O RELATO
Diariamente, partilhamos fatos de nosso cotidiano com pessoas que conhecemos e gostamos,
seja um amigo ou um parente próximo. Tais fatos narrados podem ser tristes, alegres, impactantes,
dolorosos, assustadores, trágicos ou cômicos. O fato é que a todo o momento estamos relatando algo,
mesmo sem percebermos.
Apesar de o relato ser, primeiramente, uma atividade oral, nos deteremos, enquanto gênero
textual, à modalidade escrita. Isso porque, a forma escrita permite a melhor organização dos fatos
narrados.
Quando nos referimos ao ato de narrar pensamos, automaticamente, na ideia de contar sobre
algo e esse contar é construído por meio de determinados elementos: personagens, tempo, espaço,
narrador. Aspectos bem semelhantes à tipologia textual narrativa (narração).
Partindo do pressuposto da narrativa (contar algo sobre, narrar fatos), temos o relato, que é
narrado em 1ª ou 3ª pessoa, com predominância dos verbos no tempo presente e no pretérito perfeito
(preferencialmente).
Desse modo, por relatar algo que aconteceu, apresenta uma situação vivida ou presenciada
pelo autor no passado. É uma obra não ficcional, mas real. Geralmente, tratam de fatos do cotidiano
(viagens, emoções, sensações etc.) e/ou experiências pessoais vividas que abordam a participação ou
o ponto de vista sobre o que é relatado. Pode apresentar traços descritivos e deve, sempre, manter a
fidelidade dos fatos narrados (se não aconteceu não pode ser narrado).
Assim sendo, a função desse gênero textual é o de registrar as experiências pessoais na
intenção de ensinar ou documentar como prova um fato relevante que, por vezes, leva o leitor a
identificar-se com as ações narradas.
Portanto, é preciso prestar bastante atenção no enfoque à sequência das ações. Os
acontecimentos devem seguir uma sequência lógica e cronológica (começo, meio e fim de uma ação
passada; ponto de partida e chegada), sem idas e vindas. Os personagens, tempo ou espaço vão
aparecer, mas sem destaque. Não há conflito, muito menos clímax, que são elementos característicos
da narrativa. O emocional extremo deve ser evitado, primando-se, no entanto, pela valorização das
ações, onde deverá aparecer a resposta para os seguintes questionamentos: quem sofreu a ação?
Onde? Quando? Como? Por quê? Para que? Etc.
Enfim, lembramos que há relatos que são publicados em jornais, revistas, livros, sites, blogs
etc. E funcionam como fonte de informação acessível a um grande número de pessoas. São exemplos
de relato pessoal os diários pessoais, diários de viagem, autobiografias etc. Por isso, deve-se prezar
pela verdade dos fatos relatados, levando-se, sempre, em consideração o público-alvo.
Relembrando as características do Relato Pessoal
- Narra fatos reais vividos pelo autor;
- narrado em 1ª ou 3ª pessoa com verbos no presente e no pretérito perfeito (predominantemente);
- o narrador é protagonista;
- apresenta elementos básicos da narrativa;
- espaço onde se desenrola a narrativa é restrito;
- os temas tratados são do cotidiano e devem retratar com fidelidade o ocorrido;
- marcações cronológicas sequenciais (começo, meio e fim de uma ação passada);
5. Programa Institucional de Bolsas de Incentivo à Docência – PIBID-LETRAS/UEM
Oficinas de leitura de textos literários e produção textual
Elaborador da proposta didática: Carlos Henrique Durlo e Virgínia Nuss
- enfoque na sequência das ações;
- personagens, tempo e espaço aparecem, mas sem destaque;
- não há conflito, muito menos clímax;
- deve-se evitar o emocional extremo;
- geralmente publicados em jornais, revistas, livros, sites, blogs etc.
- fontes de informação acessíveis a um grande número de pessoas;
- podem ser orais ou escritos. No entanto, a forma escrita possibilita melhor organização dos fatos
narrados.
ATIVIDADE 2
(Adaptado de PAS-UEM 2010) A coletânea a seguir, composta pelos textos 1, 2 e 3, aborda o tema
Relações entre os seres humanos e os animais de estimação. Leia-a com atenção, pois ela é o
apoio para o Relato Pessoal que você deverá produzir.
Texto 1
Nossa família animal
Marcelo Marthe
A relação milenar entre homens e bichos de estimação entrou numa nova fase. Mais do que amigos,
eles agora são como filhos. (...)
(...) O novo status que cães e gatos estão assumindo nos lares tem pelo menos duas razões sociais
distintas. A primeira diz respeito ao encolhimento das famílias. Hoje são raros os casais que optam
por ter mais de um ou dois filhos – o terceiro, que costuma desembarcar em casa quando esses já
estão mais crescidos, é quase sempre um cão ou gato. (...) O segundo fator é o crescimento do
contingente de pessoas que vivem sozinhas nas grandes cidades e buscam um companheiro
animal.(...)
Texto adaptado da Revista Veja. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/010709/nossa-familia-animal-p-084.shtml>.
Acesso em: 21 jun. 2010.
Texto 2
Por que gostamos de nossos cachorros?
Isabella Bertelli Cabral dos Santos
Há tempos pesquisadores de variadas formações têm se empenhado em estudar as relações entre os
seres humanos e animais de estimação.
(...) Há evidências convincentes de que as pessoas usualmente veem sua relação com seus animais de
estimação como similares às que têm com seus filhos. (...) de que os animais atuam como substitutos
de crianças (...).
Texto adaptado da Revista Ciência & Vida – Psique. Ano III, n.º 32, p. 21-25.
Texto 3
Creche para cães em SP segue moldes de escola infantil
(...) Nelas, os bichos vão todo dia (R$ 580 mensais, de segunda à sexta) com regras tão parecidas e
rígidas quanto às das escolas. Têm horário de entrada e saída, lista de presença, recreação, banho de
piscina, atividades físicas, passeios no parque, escovação diária de dentes e pelos, exames periódicos
6. Programa Institucional de Bolsas de Incentivo à Docência – PIBID-LETRAS/UEM
Oficinas de leitura de textos literários e produção textual
Elaborador da proposta didática: Carlos Henrique Durlo e Virgínia Nuss
de sangue e de fezes, transporte que vai buscar e deixar em casa e até horário de descanso para
dormir em colchões.
Texto adaptado. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u699615>.
Acesso em: 21 jun. 2010.
A partir das informações contidas na coletânea composta pelos textos 1, 2 e 3, escreva o relato de um
fato (uma situação) que você presenciou ou vivenciou, em que fiquem evidentes as relações entre os
seres humanos e os animais de estimação, com no máximo 15 linhas.
10
15