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““Só existe um problema filosófico realmente sério: é oSó existe um problema filosófico realmente sério: é o
suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena sersuicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser
vivida é responder a questão fundamental da filosofia.vivida é responder a questão fundamental da filosofia.
O resto, se o mundo tem três ou quatro dimensões, seO resto, se o mundo tem três ou quatro dimensões, se
o espírito tem nove ou doze categorias, vêm emo espírito tem nove ou doze categorias, vêm em
seguida.”seguida.”
Albert CamusAlbert Camus
Etimologicamente a palavra suicídio tem suas
origens no latim Sui = si mesmo e Caedes = ação de
matar. É a morte auto-inflingida, provocada por um
ato voluntário e intencional.
O tema do suicídio é
recorrente de vários
estudos, apesar de se tratar
de um tema difícil, obscuro
e um tanto misterioso da
condição humana, deve ser
tratado como um sério
problema de saúde pública.
O suicídio é um fenômeno exclusivamente
humano, ocorrendo em todas as culturas,
variando, contudo, o valor e a interpretação que
se dá a tal ato.
Há registros
muito antigos de
casos de suicídio,
desde os tempos
mais remotos da
história.
Na Roma antiga, os conceitos acerca do suicídio, eram
parecidas com as dos gregos. O suicídio era reprovado como
forma de enfraquecimento do grupo social, e o interessado
em tirar a própria vida, deveria apresentar suas razões para o
senado, que analisaria o caso.
Na fase histórica grega, o
suicídio inautorizado era
considerado uma
transgressão. Sócrates
foi um filósofo
condenado ao suicídio,
por ter que ingerir
cicuta.
Na idade média, uma repugnância ao ato suicída tomou
proporções exageradas, com puniçõesao cadáver do suicida,
como a negativa de sepultamento em solo sagrado, as
mutilações de partes do corpo e mesmo rituais estranhos,
derivados de várias superstições.
Para o islamismo, religião fundada pelo profeta Maomé, o
suicídio é fortemente repudiado, mais do que em qualquer
outra religião, sendo penalizada, inclusive, a família do suicida,
que passa a ser desonrada e marginalizada (RIBEIRO, 2004).
Com o renascimento, e seu apelo à razão, diminui-se a
repressão ao suicídio, considerando equivocadas as censuras
religiosas a esse fenômeno. Os primeiros registros de que o
suicídio era considerado como doença mental, apareceram na
época do positivismo
Segundo os dados da organização mundial de saúde,
a questão do suicídio vem se agravando nos últimos
anos, fato que pode ser comprovado pelo número de
mortes auto-infligidas em termos globais, que para o
ano de 2003 girou em torno de 900.000 pessoas.
Dentre os países que apresentam as maiores taxas de
suicídio destacam-se principalmente o Japão, a
Rússia, os países do leste europeu, os Estados Unidos
e Índia. Na América latina destacam-se, Uruguai,
Chile, Argentina e Guianas.
No Brasil as taxas de suicídio são consideradas baixas,
variando entre 3,9 a 4,5 para cada 100 mil habitantes,
mas por ser um pais muito populoso está entre os dez
países em números absolutos de suicídios.
Porém, existem variações consideráveis entre as
regiões brasileiras e seus respectivos estados, como
podemos observar na comparação entre a região sul
com taxas de 8,6 chegando a 9,8 no Rio Grande do
Sul, e a região norte com taxas de 3,17, porém os
estado com menor taxa de suicídio são o Maranhão e
a Bahia com taxas de 1,6 e 1,9 respectivamente.
No período entre 2005 e 2009, ocorreram 53 tentativas
de suicídio e 23 suicídios (fonte, Delegacia de Polícia
Cívil).
A psicanálise compreende o suicídio como sendo um ato.
Pode-se classificar o ato suicida como Acting Out, ou Passagem ao
Ato.
No Acting Out o ato é dirigido ao outro; é um apelo, uma demanda
de amor e de reconhecimento, onde o sujeito cria a cena e se incluí
nela.
Na Passagem ao Ato o sujeito se identifica com o resto, o dejeto do
mundo; o sujeito não consegue, não suporta manter a cena, pois a
angústia é insuportável.
 A estrutura histérica tende, em seus cenários, sempre
incluir o outro, seja por idealizá-lo, ou culpabilizá-lo,
ou ambos. Nesse sentido, na histeria é mais freqüente o
“acting” suicida.
Na obsessão, porém, dada a relação dessa estrutura
com a formação de ideais rígidos, frente aos quais o
sujeito está sempre em dívida e culpabilizado, a
tendência a estados melancólicos de autodepreciação
são mais freqüentes e levam mais facilmente o sujeito à
passagem ao ato.
Em relação à estruturação psicótica torna-se mais
complexo antever qual será a significação do ato
suicida ou mesmo quando e como esse ato pode vir à
tona no cenário psicótico. O ato suicida se torna
imprevisível, podendo vir a tona a qualquer momento,
devido a sua produção delirante.
O indivíduo de estrutura perversa muito dificilmente
chega a consumar o suicídio, ou mesmo tentá-lo, a
não ser que o ato de se auto-exterminar sirva como
um corolário de seus atos de perversidade.
Pulsão de Vida (Eros) Pulsão de Morte (Tânatos)
(Pulsão responsável
pelos instintos
de conservação)
(Pulsão responsável
pelos instintos
destrutivos)
Transtornos mentais:Transtornos mentais: Depressão, transtornos de
personalidade; Esquizofrenia, Transtornos de ansiedade;
Comorbidades.
Sociodemográficos:Sociodemográficos: Sexo masculino; entre 15 e 35, e acima
de 75 anos; estratos econômicos extremos;
desempregados; aposentados; isolament; migrantes.
Psicológicos:Psicológicos: perdas recentes e de figuras parentais na
infância; dinâmica familiar conturbada; datas importantes;
Personalidade com traços significativos de impulsividade,
agressividade, humor lábil.
Condições clínicas incapacitantes:Condições clínicas incapacitantes: doenças orgânicas
incapacitantes; dor crônica; lesões desfigurantes perenes;
epilepsia; trauma medular; neoplasias malignas; aids.
Os principais fatores de risco queOs principais fatores de risco que
podem desencadear o suicídio são:podem desencadear o suicídio são:
•• História de tentativa de suicídio;História de tentativa de suicídio;
•• Transtorno mental.Transtorno mental.
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O comportamento suicida pode serO comportamento suicida pode ser
dividido nas seguinte situações:dividido nas seguinte situações:
Ideação suicida:Ideação suicida: seria a motivação intelectual que leva
ao suicídio .
 Ato suicida:Ato suicida: seria uma alteração na conduta do
indivíduo, que faz com que ele aja, intencionalmente
buscando provocar a própria morte.
 Tentativa de suicídio:Tentativa de suicídio: é a situação onde o indivíduo
não morre em decorrência do ato suicida.
 Risco de suicídio:Risco de suicídio: é a probabilidade de que a ideação
suicida leve ao ato suicida.
Fluxograma de caracterização dasFluxograma de caracterização das
situações envolvidas no suicídiosituações envolvidas no suicídio
Ideação suicidaIdeação suicida
Ato suicidaAto suicida
MorteMorte
SuicídioSuicídio
Não-morteNão-morte
Tentativa de suicídioTentativa de suicídio
Regra dos 4DRegra dos 4D
São quatro os sentimentos principais de quem pensa
em se matar. Todos começam com a letra “D”:
Depressão;Depressão;
Desesperança;Desesperança;
Desamparo;Desamparo;
Desespero.Desespero.
Frases de alerta + 4D,Frases de alerta + 4D,
é preciso investigaré preciso investigar
cuidadosamente ocuidadosamente o
risco de suicídio.risco de suicídio.
Frases de alerta + 4D,Frases de alerta + 4D,
é preciso investigaré preciso investigar
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01. Pessoas que falam que vão se matar não se suicidam realmente,
porque quem quer se matar o faz sem avisar.
MITO
02. Falar sobre suicídio pode vir a influenciar, incentivar a pessoa a
praticá-lo.
MITO
03 . Homens cometem mais suicídio que as mulheres.
VERDADE
04. A maioria dos suicidas estão indecisos sobre se matar ou
continuar vivendo.
VERDADE
AMBIVALÊNCIA
É preciso encontrar um local adequado onde haja
privacidade para o atendimento.
É preciso reservar o tempo que for necessário para o
atendimento.
Ouvir o paciente de forma efetiva.
Ouvir sem recriminações.
Utilizar uma abordagem calma.
Dicas de como se comunicar:Dicas de como se comunicar:
Ouvir atentamente e com calma;
Entender os sentimentos da pessoa (empatia);
Dar mensagens não verbais de aceitação e respeito;
Expressar respeito pelas opiniões e pelos valores da
pessoa;
Conversar honestamente e com autenticidade;
Mostrar sua preocupação, seu cuidado e sua afeição;
Focalizar nos sentimentos da pessoa.
Dicas de comoDicas de como nãonão se comunicar:se comunicar:
Interromper muito freqüentemente;
 Ficar chocado ou muito emocionado;
Dizer que você está ocupado;
Fazer o problema parecer trivial;
De formas que coloquem o paciente em posição inferior;
Dizer simplesmente que tudo vai ficar bem;
Fazer perguntas indiscretas;
Emitir julgamentos (certo x errado);
Tentar doutrinar, emitir discursos religiosos.
As perguntas devem ser feitas com cautela,
demonstrando compaixão e empatia para com o
paciente.
Deve-se tentar desde o início estabelecer um vínculo
que garanta a confiança e a colaboração do paciente.
Respeitando a condição emocional e a situação de
vida que o levou a pensar sobre suicídio.
Quando e como encaminhar o pacienteQuando e como encaminhar o paciente
para a equipe de saúde mentalpara a equipe de saúde mental
É necessário ter disposição de tempo para explicar à pessoa a
razão do encaminhamento à saúde mental.
Marcar a consulta, de preferência com rapidez.
Esclarecer que o encaminhamento não significa que o
profissional está lavando as mãos em relação ao problema.
Veja a pessoa depois da consulta.
Tente obter uma contra-referência do atendimento.
Mantenha contato periódico.
O profissional de psicologia pode exercer um papel
fundamental no que concerne a compreensão e prevenção do
comportamento suicida, quer seja atuando como um agente
desmistificador do ato suicida e trabalhando na sua
prevenção, quer seja atuando como um canalizador do
discurso, criando canais terapêuticos que auxiliem indivíduos
potencialmente suicidas ou que já tentaram suicídio a
encontrar outros meios para expressar a sua dor.
BAUMAM, Zigmunt.(Tradução de Agência Matisa de Jornalismo Cientifico). Solidão
Compartilhada. In: Psique, Ciência e Vida. São Paulo. Fascículo – 47. P. 41-45. 2010. Ed. Escala.
CAMPOS, Luiz Fernando de Lara. Métodos e técnicas de pesquisa em psicologia. Campinas,
SP:Editora Alínea, 2001.
CASSORLA, R. M. S. & SMEKE, E. L. M., 1994. Autodestruição humana. Cadernos de Saúde
Pública, 10 (supl. 1):61-73.
DIEKSTRA, R.F.W.; GULBINAT, W. – The Epidemiology of Suicidal Behavior: a Review of
Three Continents. World Health Statistics Quarterly, 1993.
DURKHEIM, Émile. O suicídio. São Paulo. Martin Claret. 2003.
Ey, Henry; BERNARD, Paul; BRISSET, Charles. Manual de Psiquiatria. 5ª ed. São Paulo,
Atheneu,
FIGUEIREDO, Ricardo Vergueiro. Da Participação em suicídio. Belo Horizonte: Del Rey. 2001.
FREUD, Sigmund. Além do princípio do prazer. In:Edição Standard Brasileira das Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Trad. de Jayme Salomão et al. Vol. 23. Rio de
Janeiro: Imago, 1996.
FREUD, Sigmund. Luto e Melancolia. In:Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas
Completas de Sigmund Freud. Trad. de Jayme Salomão et al. Vol. 14. Rio de Janeiro: Imago,
1996.
GARCIA-ROZA, Luiz Alfredo. Freud e o inconsciente. 19ª Ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar
Editor.2002.
INFANTE, D.A. O Suicídio na Adolescência. In: SAITO, Maria Ignes; SILVA, Luiz Eduardo
Vargas. Adolescência: Prevenção e Risco. São Paulo: Atheneu, 2001. 319-403.
KAPACZINSKI, Flávio; QUEVEDO, Ricardo Schmitt e CHACHAMOVICH, Eduardo. Emergências
Psiquiátricas. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
KAPLAN, Harold I. Compêndio de Psiquiatria: Ciências do Comportamento e Psiquiatria
Clínica. 7ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 1997.
LAPLANCHE, J & PONTALIS J.Vocabulário de Psicanálise. 4ª Ed. São Paulo: Martins Fontes,
2001.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados à Saúde. CID-10, EDUSP, São Paulo, 1993.
PAGEMOTO, Maria Ligia. Um absurdo razoável. In: Filosofia, Ciência e Vida. São
Paulo.Fascículo – 11. P. 16-23. Ed Escala, 2007.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Prevenção do Suicídio: manual dirigido a profissionais das
equipes de saúde mental. Brasília: Ministério da Saúde, OPAS, UNICAMP. 2006.

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O problema filosófico do suicídio segundo Albert Camus

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  • 2. ““Só existe um problema filosófico realmente sério: é oSó existe um problema filosófico realmente sério: é o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena sersuicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder a questão fundamental da filosofia.vivida é responder a questão fundamental da filosofia. O resto, se o mundo tem três ou quatro dimensões, seO resto, se o mundo tem três ou quatro dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, vêm emo espírito tem nove ou doze categorias, vêm em seguida.”seguida.” Albert CamusAlbert Camus
  • 3. Etimologicamente a palavra suicídio tem suas origens no latim Sui = si mesmo e Caedes = ação de matar. É a morte auto-inflingida, provocada por um ato voluntário e intencional.
  • 4. O tema do suicídio é recorrente de vários estudos, apesar de se tratar de um tema difícil, obscuro e um tanto misterioso da condição humana, deve ser tratado como um sério problema de saúde pública.
  • 5. O suicídio é um fenômeno exclusivamente humano, ocorrendo em todas as culturas, variando, contudo, o valor e a interpretação que se dá a tal ato. Há registros muito antigos de casos de suicídio, desde os tempos mais remotos da história.
  • 6. Na Roma antiga, os conceitos acerca do suicídio, eram parecidas com as dos gregos. O suicídio era reprovado como forma de enfraquecimento do grupo social, e o interessado em tirar a própria vida, deveria apresentar suas razões para o senado, que analisaria o caso. Na fase histórica grega, o suicídio inautorizado era considerado uma transgressão. Sócrates foi um filósofo condenado ao suicídio, por ter que ingerir cicuta.
  • 7. Na idade média, uma repugnância ao ato suicída tomou proporções exageradas, com puniçõesao cadáver do suicida, como a negativa de sepultamento em solo sagrado, as mutilações de partes do corpo e mesmo rituais estranhos, derivados de várias superstições. Para o islamismo, religião fundada pelo profeta Maomé, o suicídio é fortemente repudiado, mais do que em qualquer outra religião, sendo penalizada, inclusive, a família do suicida, que passa a ser desonrada e marginalizada (RIBEIRO, 2004). Com o renascimento, e seu apelo à razão, diminui-se a repressão ao suicídio, considerando equivocadas as censuras religiosas a esse fenômeno. Os primeiros registros de que o suicídio era considerado como doença mental, apareceram na época do positivismo
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  • 9. Segundo os dados da organização mundial de saúde, a questão do suicídio vem se agravando nos últimos anos, fato que pode ser comprovado pelo número de mortes auto-infligidas em termos globais, que para o ano de 2003 girou em torno de 900.000 pessoas. Dentre os países que apresentam as maiores taxas de suicídio destacam-se principalmente o Japão, a Rússia, os países do leste europeu, os Estados Unidos e Índia. Na América latina destacam-se, Uruguai, Chile, Argentina e Guianas.
  • 10. No Brasil as taxas de suicídio são consideradas baixas, variando entre 3,9 a 4,5 para cada 100 mil habitantes, mas por ser um pais muito populoso está entre os dez países em números absolutos de suicídios. Porém, existem variações consideráveis entre as regiões brasileiras e seus respectivos estados, como podemos observar na comparação entre a região sul com taxas de 8,6 chegando a 9,8 no Rio Grande do Sul, e a região norte com taxas de 3,17, porém os estado com menor taxa de suicídio são o Maranhão e a Bahia com taxas de 1,6 e 1,9 respectivamente.
  • 11. No período entre 2005 e 2009, ocorreram 53 tentativas de suicídio e 23 suicídios (fonte, Delegacia de Polícia Cívil).
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  • 13. A psicanálise compreende o suicídio como sendo um ato. Pode-se classificar o ato suicida como Acting Out, ou Passagem ao Ato. No Acting Out o ato é dirigido ao outro; é um apelo, uma demanda de amor e de reconhecimento, onde o sujeito cria a cena e se incluí nela. Na Passagem ao Ato o sujeito se identifica com o resto, o dejeto do mundo; o sujeito não consegue, não suporta manter a cena, pois a angústia é insuportável.
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  • 15.  A estrutura histérica tende, em seus cenários, sempre incluir o outro, seja por idealizá-lo, ou culpabilizá-lo, ou ambos. Nesse sentido, na histeria é mais freqüente o “acting” suicida. Na obsessão, porém, dada a relação dessa estrutura com a formação de ideais rígidos, frente aos quais o sujeito está sempre em dívida e culpabilizado, a tendência a estados melancólicos de autodepreciação são mais freqüentes e levam mais facilmente o sujeito à passagem ao ato.
  • 16. Em relação à estruturação psicótica torna-se mais complexo antever qual será a significação do ato suicida ou mesmo quando e como esse ato pode vir à tona no cenário psicótico. O ato suicida se torna imprevisível, podendo vir a tona a qualquer momento, devido a sua produção delirante. O indivíduo de estrutura perversa muito dificilmente chega a consumar o suicídio, ou mesmo tentá-lo, a não ser que o ato de se auto-exterminar sirva como um corolário de seus atos de perversidade.
  • 17. Pulsão de Vida (Eros) Pulsão de Morte (Tânatos) (Pulsão responsável pelos instintos de conservação) (Pulsão responsável pelos instintos destrutivos)
  • 18. Transtornos mentais:Transtornos mentais: Depressão, transtornos de personalidade; Esquizofrenia, Transtornos de ansiedade; Comorbidades. Sociodemográficos:Sociodemográficos: Sexo masculino; entre 15 e 35, e acima de 75 anos; estratos econômicos extremos; desempregados; aposentados; isolament; migrantes. Psicológicos:Psicológicos: perdas recentes e de figuras parentais na infância; dinâmica familiar conturbada; datas importantes; Personalidade com traços significativos de impulsividade, agressividade, humor lábil. Condições clínicas incapacitantes:Condições clínicas incapacitantes: doenças orgânicas incapacitantes; dor crônica; lesões desfigurantes perenes; epilepsia; trauma medular; neoplasias malignas; aids.
  • 19. Os principais fatores de risco queOs principais fatores de risco que podem desencadear o suicídio são:podem desencadear o suicídio são: •• História de tentativa de suicídio;História de tentativa de suicídio; •• Transtorno mental.Transtorno mental. Os principais fatores de risco queOs principais fatores de risco que podem desencadear o suicídio são:podem desencadear o suicídio são: •• História de tentativa de suicídio;História de tentativa de suicídio; •• Transtorno mental.Transtorno mental.
  • 20. O comportamento suicida pode serO comportamento suicida pode ser dividido nas seguinte situações:dividido nas seguinte situações: Ideação suicida:Ideação suicida: seria a motivação intelectual que leva ao suicídio .  Ato suicida:Ato suicida: seria uma alteração na conduta do indivíduo, que faz com que ele aja, intencionalmente buscando provocar a própria morte.  Tentativa de suicídio:Tentativa de suicídio: é a situação onde o indivíduo não morre em decorrência do ato suicida.  Risco de suicídio:Risco de suicídio: é a probabilidade de que a ideação suicida leve ao ato suicida.
  • 21. Fluxograma de caracterização dasFluxograma de caracterização das situações envolvidas no suicídiosituações envolvidas no suicídio Ideação suicidaIdeação suicida Ato suicidaAto suicida MorteMorte SuicídioSuicídio Não-morteNão-morte Tentativa de suicídioTentativa de suicídio
  • 22. Regra dos 4DRegra dos 4D São quatro os sentimentos principais de quem pensa em se matar. Todos começam com a letra “D”: Depressão;Depressão; Desesperança;Desesperança; Desamparo;Desamparo; Desespero.Desespero. Frases de alerta + 4D,Frases de alerta + 4D, é preciso investigaré preciso investigar cuidadosamente ocuidadosamente o risco de suicídio.risco de suicídio. Frases de alerta + 4D,Frases de alerta + 4D, é preciso investigaré preciso investigar cuidadosamente ocuidadosamente o risco de suicídio.risco de suicídio.
  • 23. 01. Pessoas que falam que vão se matar não se suicidam realmente, porque quem quer se matar o faz sem avisar. MITO 02. Falar sobre suicídio pode vir a influenciar, incentivar a pessoa a praticá-lo. MITO 03 . Homens cometem mais suicídio que as mulheres. VERDADE 04. A maioria dos suicidas estão indecisos sobre se matar ou continuar vivendo. VERDADE
  • 25. É preciso encontrar um local adequado onde haja privacidade para o atendimento. É preciso reservar o tempo que for necessário para o atendimento. Ouvir o paciente de forma efetiva. Ouvir sem recriminações. Utilizar uma abordagem calma.
  • 26. Dicas de como se comunicar:Dicas de como se comunicar: Ouvir atentamente e com calma; Entender os sentimentos da pessoa (empatia); Dar mensagens não verbais de aceitação e respeito; Expressar respeito pelas opiniões e pelos valores da pessoa; Conversar honestamente e com autenticidade; Mostrar sua preocupação, seu cuidado e sua afeição; Focalizar nos sentimentos da pessoa.
  • 27. Dicas de comoDicas de como nãonão se comunicar:se comunicar: Interromper muito freqüentemente;  Ficar chocado ou muito emocionado; Dizer que você está ocupado; Fazer o problema parecer trivial; De formas que coloquem o paciente em posição inferior; Dizer simplesmente que tudo vai ficar bem; Fazer perguntas indiscretas; Emitir julgamentos (certo x errado); Tentar doutrinar, emitir discursos religiosos.
  • 28. As perguntas devem ser feitas com cautela, demonstrando compaixão e empatia para com o paciente. Deve-se tentar desde o início estabelecer um vínculo que garanta a confiança e a colaboração do paciente. Respeitando a condição emocional e a situação de vida que o levou a pensar sobre suicídio.
  • 29. Quando e como encaminhar o pacienteQuando e como encaminhar o paciente para a equipe de saúde mentalpara a equipe de saúde mental É necessário ter disposição de tempo para explicar à pessoa a razão do encaminhamento à saúde mental. Marcar a consulta, de preferência com rapidez. Esclarecer que o encaminhamento não significa que o profissional está lavando as mãos em relação ao problema. Veja a pessoa depois da consulta. Tente obter uma contra-referência do atendimento. Mantenha contato periódico.
  • 30. O profissional de psicologia pode exercer um papel fundamental no que concerne a compreensão e prevenção do comportamento suicida, quer seja atuando como um agente desmistificador do ato suicida e trabalhando na sua prevenção, quer seja atuando como um canalizador do discurso, criando canais terapêuticos que auxiliem indivíduos potencialmente suicidas ou que já tentaram suicídio a encontrar outros meios para expressar a sua dor.
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  • 32. BAUMAM, Zigmunt.(Tradução de Agência Matisa de Jornalismo Cientifico). Solidão Compartilhada. In: Psique, Ciência e Vida. São Paulo. Fascículo – 47. P. 41-45. 2010. Ed. Escala. CAMPOS, Luiz Fernando de Lara. Métodos e técnicas de pesquisa em psicologia. Campinas, SP:Editora Alínea, 2001. CASSORLA, R. M. S. & SMEKE, E. L. M., 1994. Autodestruição humana. Cadernos de Saúde Pública, 10 (supl. 1):61-73. DIEKSTRA, R.F.W.; GULBINAT, W. – The Epidemiology of Suicidal Behavior: a Review of Three Continents. World Health Statistics Quarterly, 1993. DURKHEIM, Émile. O suicídio. São Paulo. Martin Claret. 2003. Ey, Henry; BERNARD, Paul; BRISSET, Charles. Manual de Psiquiatria. 5ª ed. São Paulo, Atheneu, FIGUEIREDO, Ricardo Vergueiro. Da Participação em suicídio. Belo Horizonte: Del Rey. 2001. FREUD, Sigmund. Além do princípio do prazer. In:Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Trad. de Jayme Salomão et al. Vol. 23. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
  • 33. FREUD, Sigmund. Luto e Melancolia. In:Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Trad. de Jayme Salomão et al. Vol. 14. Rio de Janeiro: Imago, 1996. GARCIA-ROZA, Luiz Alfredo. Freud e o inconsciente. 19ª Ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor.2002. INFANTE, D.A. O Suicídio na Adolescência. In: SAITO, Maria Ignes; SILVA, Luiz Eduardo Vargas. Adolescência: Prevenção e Risco. São Paulo: Atheneu, 2001. 319-403. KAPACZINSKI, Flávio; QUEVEDO, Ricardo Schmitt e CHACHAMOVICH, Eduardo. Emergências Psiquiátricas. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. KAPLAN, Harold I. Compêndio de Psiquiatria: Ciências do Comportamento e Psiquiatria Clínica. 7ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 1997. LAPLANCHE, J & PONTALIS J.Vocabulário de Psicanálise. 4ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. CID-10, EDUSP, São Paulo, 1993. PAGEMOTO, Maria Ligia. Um absurdo razoável. In: Filosofia, Ciência e Vida. São Paulo.Fascículo – 11. P. 16-23. Ed Escala, 2007. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Prevenção do Suicídio: manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental. Brasília: Ministério da Saúde, OPAS, UNICAMP. 2006.