Apresentação na Cerimónia de atribuição dos diplomas de Pós-Graduação Profissional em Sistemas de Informação, POSI e SISE, do Instituto Superior Técnico.
2. O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura ...
Confiança, Miguel Torga
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova ...
4. 1. AS VARIÁVEIS DO SÉCULO XXI
4. QUE CONCLUSÕES?
2. AS NOVAS ENGENHARIAS
3. O DESIGN DE SOLUÇÕES
5. 1. AS VARIÁVEIS DO SÉCULO XXI
4. QUE CONCLUSÕES?
2. AS NOVAS ENGENHARIAS
3. O DESIGN DE SOLUÇÕES
6. 1. AS VARIÁVEIS DO SÉCULO XXI
Duas variáveis críticas na realidade
organizacional dos nossos dias (Stacey, 1996)
incerteza máxima – não se conhecem relações de
causalidade e as situações são únicas ou imprevistas
certeza máxima – conhecem-se
todas as relações de causalidade
certeza
acordo
desacordo máximo – todas as partes
estão em total desacordo
acordo máximo – todas as
partes estão de acordo
Stacey, R. (1996) Complexity and Crea0vity in Organiza0ons, San Francisco: Berre8-Koehler
7. zona B - grandes certezas e
algum desacordo
zona A – grandes certezas e
grande acordo
zona D – pouco acordo e
poucas certezas
zona C – grande acordo e
algumas incertezas
zona E – total incerteza e
total desacordo
1. AS VARIÁVEIS DO SÉCULO XXI
Duas variáveis críticas na realidade
organizacional dos nossos dias (Stacey, 1996)
8. zona A
É o domínio tradicional das ciências,
engenharias e gestão das organizações
Grandes certezas e pleno
acordo entre as partes em jogo
Resultados previsíveis
com segurança
Leis e princípios determinísticos
aplicáveis com rigor
A
1. AS VARIÁVEIS DO SÉCULO XXI
9. zona B
B
Apesar das certezas, falta de
acordo entre as partes pode deitar a
perder os resultados planeados
Grandes certezas mas algum
desacordo entre as partes
Para atingir os resultados é
indispensável negociar, construir
consensos e reunir apoios
1. AS VARIÁVEIS DO SÉCULO XXI
Importância dos fatores sociais
10. zona C
C
É importante a partilha de uma
visão e de um sentido de missão
Relativa concordância entre as partes,
mas incerteza quanto a causas e efeitos
Partes fazem evoluir coletivamente uma
solução, mesmo com resultados em aberto
Decisão coletiva e mobilização social
1. AS VARIÁVEIS DO SÉCULO XXI
Importância dos fatores sociais
11. zona E
E É a zona do caos absoluto,
da anarquia e do colapso
Total incerteza e
máximo desacordo
Quando acontece, a
organização deixa de existir
1. AS VARIÁVEIS DO SÉCULO XXI
12. zona D
D
A realidade das organizações dos nossos
dias está cada vez mais nesta zona
Zona das incertezas e
desacordos intermédios
É a zona da complexidade,
ou fronteira do caos
É a zona dos problemas
perversos ou wicked problems
1. AS VARIÁVEIS DO SÉCULO XXI
13. zona D
A compreensão e a resolução dos
problemas perversos são simultâneas, com
a compreensão a depender de fatores que
emergem ao tentar a resolução
Os problemas perversos são problemas
que, pela sua complexidade e dependência
de fatores sociais imprevisíveis, não podem
ser formulados (Rittel & Webber, 1973)
Cada vez mais, os problemas
nas organizações dos nossos
dias são perversos
Ri8el, H. & Webber, M. (1977) Dilemmas in a general theory of planning. Policy Sciences, vol. 4, 1973, pp. 155-169.
D
1. AS VARIÁVEIS DO SÉCULO XXI
14. zona D
D
Usam-se a intuição, partilha
de ideias e aprendizagem coletiva
para explorar, transformar e,
finalmente, resolver os problemas
Não são aplicáveis os
princípios tradicionais das
ciências, engenharias e gestão
1. AS VARIÁVEIS DO SÉCULO XXI
A pesquisa de soluções, resultados e
oportunidades exige ciclos sobrepostos
de formulação e resolução
15. zona D
D
1. AS VARIÁVEIS DO SÉCULO XXI
Sucessivas aproximações no sentido
da solução evoluem como quando se
progride a partir de um esboço
É um trabalho de DESIGN,
mas eminentemente coletivo
16. 1. AS VARIÁVEIS DO SÉCULO XXI
4. QUE CONCLUSÕES?
2. AS NOVAS ENGENHARIAS
3. O DESIGN DE SOLUÇÕES
17. Domínio da intervenção em realidades
integrais complexas, sem as simplificar
(o todo é mais do que as partes)
2. AS NOVAS ENGENHARIAS
Domínios de conciliação das
ciências e engenharias com as
ciências sociais e humanas
Domínio de excelência das
ciências e engenharias
(determinismo, linearidade)
FORTE COMPONENTE SOCIAL
18. Descoberta e criação de
SOLUÇÕES EMERGENTES
Convergência para
SOLUÇÕES
(OUTCOMES)
Resolução de
PROBLEMAS
2. AS NOVAS ENGENHARIAS
Abordagem pela
via do DESIGN
19. NOVAS ENGENHARIAS
2. AS NOVAS ENGENHARIAS
acordo desacordo
certeza incerteza
ANTIGAS ENGENHARIAS
20. 1. AS VARIÁVEIS DO SÉCULO XXI
4. QUE CONCLUSÕES?
2. AS NOVAS ENGENHARIAS
3. O DESIGN DE SOLUÇÕES
21. Formulação de Problemas
• Simpatia pelos problemas mal definidos
• Preferência por formular os problemas à
medida que eles vão sendo resolvidos
3. O DESIGN DAS SOLUÇÕES
Design
22. Análise de requisitos
• Orientação para a solução (em vez de
orientação para o problema)
• Gosto pela liberdade de alterar
requisitos e condicionantes
• Permanentes geração de tarefas
intermédias e redefinição de requisitos e
condicionantes
• Tolerância ao erro e ao acaso
3. O DESIGN DAS SOLUÇÕES
Design
23. Focagem na solução
• Abordagem conjectural dos problemas,
em função de soluções potenciais
• Abordagem simultânea de problema e
solução
• Raciocínio generativo, em vez de
dedutivo
3. O DESIGN DAS SOLUÇÕES
Design
24. Progresso exploratório
• O esboço como metáfora do progresso
exploratório
• Importância da ambiguidade, da
reinterpretação e da analogia
• Progressão dialéctica
• Diálogo entre o ver que e o ver como
3. O DESIGN DAS SOLUÇÕES
Design
25. Fundamentos teóricos
• Teorias dos sistemas sociais adaptativos
complexos (as organizações como
sistemas sociais complexos, não lineares,
abertos a evolução, emergência e
inteligência coletiva)
• Teorias da prática (como se constrói saber
pelo exercício da prática, em particular
explorando a sua dimensão social?)
3. O DESIGN DAS SOLUÇÕES
Design
26. 1. AS VARIÁVEIS DO SÉCULO XXI
4. QUE CONCLUSÕES?
2. AS NOVAS ENGENHARIAS
3. O DESIGN DE SOLUÇÕES
27. 4. QUE CONCLUSÕES?
Muita da engenharia dos nossos dias
é já exercida em contextos de
grande incerteza e desacordo
A engenharia do futuro será exercida,
de forma crescente, em contextos
de grande incerteza e desacordo
O fenómeno será particularmente
acentuado nas engenharias mais ligadas
às realidades social e organizacional
com destaque para as engenharias
empresariais e organizacionais
28. 4. QUE CONCLUSÕES?
A adaptação a esta nova realidade passa pelo
recurso crescente aos princípios do design
Ao contrário do que acontece na ciência e na
engenharia, onde a progressão é linear e
determinística, o design assenta
em processos dialéticos
onde a formulação dos problemas coincide
frequentemente com a respetiva resolução
Esta nova dinâmica abre oportunidades
imensas para a reinvenção da engenharia
30. Engenharia
Empresarial
em Contextos
de Incerteza
IST, Lisboa, 19 de Fevereiro de 2016
CerimóniadeatribuiçãodosdiplomasdePós-Graduação
ProfissionalemSistemasdeInformação-POSIeSISE
Slides em:
www.slideshare.net/
adfigueiredoPT
FIM