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Contigüidade e atravessamento das fronteiras do
“sprawl” - A hibridação metodológica entre
online e offline na pesquisa empírica em
cibercultura


                   Adriana Amaral (UTP- Facinter)

                              adriamaral@yahoo.com
                                        @adriamaral
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• Pesquisa empírica em cibercultura
          • Metodologia
      • Métodos Qualitativos
          • Etnografia
Nome dado à megacidade composta pela junção
 entre todo terreno urbano existente entre Boston
  e Atlanta (incluindo Nova York e Washington),
nos Estados Unidos. Por isso também é conhecido
      pelo nome de BAMA (Boston-Atlanta-
                Metropolitan Axis)

   Fonte: Glossário Neuromancer 25, 2008
“é hora das ciências sociais também transitarem
                       da subcultura ao sprawl”

                       (Canevacci, 2005, p.20)
Darryl, que também tem
DNA de otaku, está
convencido de que Taki não
é membro desses Místicos,
mas um personagem
periférico de algum tipo –
possivelmente, já que ele
desenha games para um
sistema telefônico japonês,
uma das fontes de                 Ele postula uma célula de
informações deles. Darryl      infoteóricos profissionais de
diz que o nível mais elevado   alguma espécie, que são
de jogo, para tecno-           também, nesse sentido, otaku
obsessivos, é sempre e         definitivo, infojunkies. Talvez
puramente a própria            empregados do braço de
informação, e ele acha que     pesquisa e desenvolvimento de
os Místicos podem ter          uma ou mais corporações.
focado no filme não como       (GIBSON, 2004: 199)
fãs, mas simplesmente pelo
prazer de solucionar um
quebra-cabeças que
ninguém resolveu ainda.
I nsights para a discussão sobre o
     design da pesquisa netnográfica

    Discussão sobre o     
                              Métodos
    termo                     complementares

    Desenvolvimento e     
                              Relações pesquisador/
    apropriações              informantes

    Indo a o campo        
                              Noções de privacidade

    Coletando e               e ética
    interpretando dados   
                              Casos, dicas, leituras
    online/offline
Discussões sobre o termo
Etnografia virtual
                                
                                    Método qualitativo
Christine Hine
(2000, 2005, 2009)
                                
                                    Internet enquanto cultura
                                    e enquanto artefato

    University of Surray (UK)       cultural
                                
                                    Construção do campo
                                
                                    Descrição densa
                                
                                    Complexidade da CMC
                                
                                    Validade e autenticidade
Um artefato cultural, para evitar qualquer
          confusão, pode ser claramente
definido como um repositório vivo de significados
             compartilhados produzido
          por uma comunidade de idéias
                   S hah, 2005
E tnografia Virtual


    Ciberespaço não está desvinculado do offline

    Imersão e engajamento do pesquisador com o meio é
    intermitente

    Todas as formas de interação são válidas não apenas a
    face a face

    Etnografia virtual é no/de e através do online

    É uma metodologia que se adapta nas condições em que
    se encontra

    A narrativa acontece depois dos fatos
Netnografia = net +
                           
                               Kozinets – relação com
 etnografia                    o marketing e o
                               consumo


    1995 – grupo de
    pesquisadores norte-
                           
                               Comunidades de
    americanos                 fãs/produtores/
                               consumidores


    Questão da audiência
                           
                               Trekkers, Bloggers,
                               Gamers, etc
4 etapas (K ozinets, 2007)

                 a) Entrée cultural;

            b) Coleta e análise dos dados;

                c) Ética de Pesquisa;

d) Feedback e checagem de informações com os membros
                      do grupo;

                                     Explorar e ampliar as
Digital Ethnography                  possibilidades da

    Grupo da Kansas State            etnografia digital
    University coordenado pelo   
                                     Uso das ferramentas,
    pesquisador Dr. Michael          postagens e criação de
    Wesch                            narrativas
The machine is us/ing us




http://www.youtube.com/watch?v=NLlGopyXT_g
Webnografia

    Alguns autores o utilizam enquanto um termo
    relacionado à pesquisa aplicada de marketing na
    I nternet (Dan & Forrest, 1999)

    Outros compreender o termo como o método não
    restrito à etnografos e antropólogos mas sim a
    todos pesquisadores interessados nos complexos
    aspectos sociais, culturais, psicológicos
    relacionados com e através da I nternet. (Ryan,
    2008)
Ciberantropologia
Estudo dos humanos nos ambientes conectados. Baseia-se
nos conceitos da antropologia ciborgue de Donna Haraway
  para examinar a reconstrução tecnológica do homem e
 preparar o etnógrafo para lidar com uma categoria mais
    ampla de “ser humano” em suas reconfigurações.

                Arturo Escobar (1994)

                 David Hakken (1999)

             Donna Haraway (1991, 1996)
Em fevereiro de 2009, através de discussões pela lista da
 Aoir (Association of Internet Researchers) Christine Hine
                questionou o uso do termo:

Has “virtual ethnography” simply collapsed back into
                   “ethnography”?

Proposta de “suplantação do termo netnografia” - mas
   cuidado nas descrições e diferenciações dos usos
            online e offline (ainda manter)
I ndo a campo

    Construção da pesquisa Hine (2009)

    Definir o que e onde estudar e o que excluir a partir de um
    mapeamento

    Questão do engajamento e da biografia do pesquisador

    Cuidar para não separar “o campo” como um domínio
    distinto da vida cotidiana

    Explorar as construções culturais em um campo sem
    assumir antecipadamente os seus limites

    Reparar traços de atividades sociais e texturas (links,
    scraps, twitts, msgs)

    Uso de diferentes ferramentas e métodos complementares

    Começo e fim depende do campo
Para K endall (2009)
I nício e fim do projeto dependem do contexto cultural e dos
   indivíduos

    Definição do objeto emerge e não é pré-definida

    3 Limites – Espacial, Temporal, Relacional

    3 Esferas de I nfluência – Analítica, Ética, Pessoal

    Categorias são transversais
6 linhas guias para etnografia
           segundo Boyd (2009)

    1) Ler etnografias

    2) Começar pelo foco na cultura

    3) Ir a campo, selecionar, observar, documentar
    (salvando arquivos e até prints), questionar,
    analisar

    4) Nunca se sentir muito confortável

    5) Construção dos limites é um processo social

    6) Construir sentido é um processo interpretativo
Não confundir a etapa da observação-
 participante com a etnografia em si.
 Etnografia é narrativa, relato denso,
  descrição e análise qualitativa dos
                dados!
Decisão sobre coleta de dados online e/ou offline
  dependem do tipo de questionamento feito em
                relação ao objeto

    A escolha e manipulação de
    dados online e/ou offline
    (Orgadi, 2009)                 
                                    I mportância das

    Observar as coerências         práticas de lurking
    internas ao grupo/
    comunidade

    Estudos exclusivamente
    online ou offline datam do
    início dos estudos sobre
    internet

    Não tratar os dados offline
    como mais “verdadeiros” ou
    autênticos do que os online.

    Observar e descrever em detalhes

    Entrar em contato com o grupo e o que o circunda (infra-
    estrutura social e técnica)

    Manter um diário acerca das análises – pode ser blog –
    onde se vai ter um feedback com os participantes

    Uso de entrevistas

    Contextualizar os informantes
M étodos Complementares

    Análises quantitativas   
                                 Análise do Discurso
    e estatísticas           
                                 Análise de Conteúdo

    Webometria               
                                 Estudo de Caso

    Análise de hyperlinks    
                                 Entrevista em

    Análise de Redes             profundidade
    Sociais                  
                                 Análise Semiótica
Grau de inserção do pesquisador




   “As netnografias podem variar ao longo de um
espectro que vai desde ser intensamente participativa
       até ser completamente não-obstrusiva e
           observacional”(K ozinets, 2007)
I nsider




Conceito não-absoluto intencionado para designar
  aquelas situações caracterizadas por um grau
  significante de proximidade inicial entre as
  locações sócio-culturais do pesquisador e do
  pesquisado (Hodkinson, 2005)
Noções de Privacidade &
                É tica de Pesquisa
“Privacidade é uma noção que diz respeito, entre outras
    coisas, à integridade individual e o direito à auto-
                determinação” (Elm, 2009)


Dificuldade se encontra em decidir o que é público ou não.
Observa-se: O que é considerado “material sensível”
• Diferentes níveis de público e privado
• O ambiente e as pessoas são públicos o suficiente para
  serem estudados sem ter o consentimento dos informantes?
• Escolher que partes dos ambientes podem ser estudadas
• O que é público e privado depende da percepção, não é um
  fato.
• Decidir entre pedir ou não autorização
4 níveis de privacidade dos
       ambientes online (Elm, 2009):

1. Público – aberto e disponível a todos – chats, sites

2.Semi-público – disponível a quase todos – requer ser
  membro e/ou ter cadastro

3. Semi-privado – requer pertencer a organização de
  forma mais profunda - intranets de organizações

4. Privado – indisponível – ex álbum de fotos do Orkut
  fechado
Feedback com os informantes
Alguns trabalhos nacionais
ALMEIDA, Lia R. O Blog visto pela redação. Os blogs e a
blogosfera nas rotinas de trabalho dos jornalistas com estudos de
casos dos jornais A Tarde e Gazeta do Povo. 2009.

DUARTE, Renata F. Práticas comunicacionais e sociais dos
cosplayers no Brasil: uma análise dos processos online e offline
através do Orkut. 2008

FRAGOSO, Suely. Conectibilidade e geografia em sites de rede
social: um olhar sobre as relações entre território e identidade e a
permeabilidade on-line/off-line a partir do Orkut . 2008

RÜDIGER, Francisco. Love on-line:paixão e poder no mundo da
cibercultura. 2008.

VIANA, Lucina R. Música na cibercultura: reconfiguração da
estrutura do mercado a partir da desintermediação do funk
brasileiro e sua produção em rede. 2009
Referências:




     Virtual Ethnography
          Hine, 2000
Doing I nternet Research.Critical I ssues and
      M ethods for E xamining the Net.
                Steve Jones
                   1998.
Virtual M ethods
   Hine (org.)
    2005
I nternet I nquiry
M arkham & Baym
      2009
Online Social Research. M ethods, I ssues &
 E thics. JOHNS, M ark D., CHE N, S hing-Ling &
 HALL,G. Jon. 2004
KOZINETS, R. (2002) The Field B ehind the S creen: Using
Netnography for M arketing Research in Online Communities.
    http://www.marketingpower.com/content18255.php
M ONTARDO, S , P AS S E RI NO, L .(2006) E studo dos blogs a partir da
 netnografia: possibilidades e limitações. RE NOTE , Revista Novas
               Tecnologias na E ducação, v. 4, 2006 .
S Á, S . (2002). Netnografias nas redes digitais. I n: P RADO, J.L .
    Crítica das práticas midiáticas. S ão P aulo: Hacker editores.
AMARAL, A. (2007) Categorização dos gêneros musicais na
Internet -Para uma etnografia virtual das práticas comunicacionais
        na plataforma social Last.fm. In: FREIRE FILHO, J .,
   HERSCHMANN, M. (orgs) Novos rumos da cultura da mídia.
     I ndústrias, produtos e audiências. Rio de J aneiro: Mauad.
AMARAL, A. (2008) Autonetnografia e inserção online. O papel do
  pesquisador-insider nas subculturas da web.
  http://www.compos.org.br/data/biblioteca_315.pdf
Obrigada
Apresentação na Abciber 2009

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Apresentação na Abciber 2009

  • 1. Contigüidade e atravessamento das fronteiras do “sprawl” - A hibridação metodológica entre online e offline na pesquisa empírica em cibercultura Adriana Amaral (UTP- Facinter) adriamaral@yahoo.com @adriamaral
  • 2. TAGS • Pesquisa empírica em cibercultura • Metodologia • Métodos Qualitativos • Etnografia
  • 3.
  • 4. Nome dado à megacidade composta pela junção entre todo terreno urbano existente entre Boston e Atlanta (incluindo Nova York e Washington), nos Estados Unidos. Por isso também é conhecido pelo nome de BAMA (Boston-Atlanta- Metropolitan Axis) Fonte: Glossário Neuromancer 25, 2008
  • 5. “é hora das ciências sociais também transitarem da subcultura ao sprawl” (Canevacci, 2005, p.20)
  • 6. Darryl, que também tem DNA de otaku, está convencido de que Taki não é membro desses Místicos, mas um personagem periférico de algum tipo – possivelmente, já que ele desenha games para um sistema telefônico japonês, uma das fontes de Ele postula uma célula de informações deles. Darryl infoteóricos profissionais de diz que o nível mais elevado alguma espécie, que são de jogo, para tecno- também, nesse sentido, otaku obsessivos, é sempre e definitivo, infojunkies. Talvez puramente a própria empregados do braço de informação, e ele acha que pesquisa e desenvolvimento de os Místicos podem ter uma ou mais corporações. focado no filme não como (GIBSON, 2004: 199) fãs, mas simplesmente pelo prazer de solucionar um quebra-cabeças que ninguém resolveu ainda.
  • 7. I nsights para a discussão sobre o design da pesquisa netnográfica  Discussão sobre o  Métodos termo complementares  Desenvolvimento e  Relações pesquisador/ apropriações informantes  Indo a o campo  Noções de privacidade  Coletando e e ética interpretando dados  Casos, dicas, leituras online/offline
  • 9.
  • 10. Etnografia virtual  Método qualitativo Christine Hine (2000, 2005, 2009)  Internet enquanto cultura e enquanto artefato  University of Surray (UK) cultural  Construção do campo  Descrição densa  Complexidade da CMC  Validade e autenticidade
  • 11. Um artefato cultural, para evitar qualquer confusão, pode ser claramente definido como um repositório vivo de significados compartilhados produzido por uma comunidade de idéias S hah, 2005
  • 12. E tnografia Virtual  Ciberespaço não está desvinculado do offline  Imersão e engajamento do pesquisador com o meio é intermitente  Todas as formas de interação são válidas não apenas a face a face  Etnografia virtual é no/de e através do online  É uma metodologia que se adapta nas condições em que se encontra  A narrativa acontece depois dos fatos
  • 13. Netnografia = net +  Kozinets – relação com etnografia o marketing e o consumo  1995 – grupo de pesquisadores norte-  Comunidades de americanos fãs/produtores/ consumidores  Questão da audiência  Trekkers, Bloggers, Gamers, etc
  • 14. 4 etapas (K ozinets, 2007) a) Entrée cultural; b) Coleta e análise dos dados; c) Ética de Pesquisa; d) Feedback e checagem de informações com os membros do grupo;
  • 15. Explorar e ampliar as Digital Ethnography possibilidades da  Grupo da Kansas State etnografia digital University coordenado pelo  Uso das ferramentas, pesquisador Dr. Michael postagens e criação de Wesch narrativas
  • 16. The machine is us/ing us http://www.youtube.com/watch?v=NLlGopyXT_g
  • 17. Webnografia  Alguns autores o utilizam enquanto um termo relacionado à pesquisa aplicada de marketing na I nternet (Dan & Forrest, 1999)  Outros compreender o termo como o método não restrito à etnografos e antropólogos mas sim a todos pesquisadores interessados nos complexos aspectos sociais, culturais, psicológicos relacionados com e através da I nternet. (Ryan, 2008)
  • 19. Estudo dos humanos nos ambientes conectados. Baseia-se nos conceitos da antropologia ciborgue de Donna Haraway para examinar a reconstrução tecnológica do homem e preparar o etnógrafo para lidar com uma categoria mais ampla de “ser humano” em suas reconfigurações. Arturo Escobar (1994) David Hakken (1999) Donna Haraway (1991, 1996)
  • 20. Em fevereiro de 2009, através de discussões pela lista da Aoir (Association of Internet Researchers) Christine Hine questionou o uso do termo: Has “virtual ethnography” simply collapsed back into “ethnography”? Proposta de “suplantação do termo netnografia” - mas cuidado nas descrições e diferenciações dos usos online e offline (ainda manter)
  • 21. I ndo a campo
  • 22. Construção da pesquisa Hine (2009)  Definir o que e onde estudar e o que excluir a partir de um mapeamento  Questão do engajamento e da biografia do pesquisador  Cuidar para não separar “o campo” como um domínio distinto da vida cotidiana  Explorar as construções culturais em um campo sem assumir antecipadamente os seus limites  Reparar traços de atividades sociais e texturas (links, scraps, twitts, msgs)  Uso de diferentes ferramentas e métodos complementares  Começo e fim depende do campo
  • 23. Para K endall (2009) I nício e fim do projeto dependem do contexto cultural e dos indivíduos  Definição do objeto emerge e não é pré-definida  3 Limites – Espacial, Temporal, Relacional  3 Esferas de I nfluência – Analítica, Ética, Pessoal  Categorias são transversais
  • 24. 6 linhas guias para etnografia segundo Boyd (2009)  1) Ler etnografias  2) Começar pelo foco na cultura  3) Ir a campo, selecionar, observar, documentar (salvando arquivos e até prints), questionar, analisar  4) Nunca se sentir muito confortável  5) Construção dos limites é um processo social  6) Construir sentido é um processo interpretativo
  • 25. Não confundir a etapa da observação- participante com a etnografia em si. Etnografia é narrativa, relato denso, descrição e análise qualitativa dos dados!
  • 26. Decisão sobre coleta de dados online e/ou offline dependem do tipo de questionamento feito em relação ao objeto
  • 27. A escolha e manipulação de dados online e/ou offline (Orgadi, 2009)  I mportância das  Observar as coerências práticas de lurking internas ao grupo/ comunidade  Estudos exclusivamente online ou offline datam do início dos estudos sobre internet  Não tratar os dados offline como mais “verdadeiros” ou autênticos do que os online.
  • 28. Observar e descrever em detalhes  Entrar em contato com o grupo e o que o circunda (infra- estrutura social e técnica)  Manter um diário acerca das análises – pode ser blog – onde se vai ter um feedback com os participantes  Uso de entrevistas  Contextualizar os informantes
  • 29. M étodos Complementares  Análises quantitativas  Análise do Discurso e estatísticas  Análise de Conteúdo  Webometria  Estudo de Caso  Análise de hyperlinks  Entrevista em  Análise de Redes profundidade Sociais  Análise Semiótica
  • 30. Grau de inserção do pesquisador “As netnografias podem variar ao longo de um espectro que vai desde ser intensamente participativa até ser completamente não-obstrusiva e observacional”(K ozinets, 2007)
  • 31. I nsider Conceito não-absoluto intencionado para designar aquelas situações caracterizadas por um grau significante de proximidade inicial entre as locações sócio-culturais do pesquisador e do pesquisado (Hodkinson, 2005)
  • 32. Noções de Privacidade & É tica de Pesquisa “Privacidade é uma noção que diz respeito, entre outras coisas, à integridade individual e o direito à auto- determinação” (Elm, 2009) Dificuldade se encontra em decidir o que é público ou não.
  • 33. Observa-se: O que é considerado “material sensível” • Diferentes níveis de público e privado • O ambiente e as pessoas são públicos o suficiente para serem estudados sem ter o consentimento dos informantes? • Escolher que partes dos ambientes podem ser estudadas • O que é público e privado depende da percepção, não é um fato. • Decidir entre pedir ou não autorização
  • 34. 4 níveis de privacidade dos ambientes online (Elm, 2009): 1. Público – aberto e disponível a todos – chats, sites 2.Semi-público – disponível a quase todos – requer ser membro e/ou ter cadastro 3. Semi-privado – requer pertencer a organização de forma mais profunda - intranets de organizações 4. Privado – indisponível – ex álbum de fotos do Orkut fechado
  • 35. Feedback com os informantes
  • 37. ALMEIDA, Lia R. O Blog visto pela redação. Os blogs e a blogosfera nas rotinas de trabalho dos jornalistas com estudos de casos dos jornais A Tarde e Gazeta do Povo. 2009. DUARTE, Renata F. Práticas comunicacionais e sociais dos cosplayers no Brasil: uma análise dos processos online e offline através do Orkut. 2008 FRAGOSO, Suely. Conectibilidade e geografia em sites de rede social: um olhar sobre as relações entre território e identidade e a permeabilidade on-line/off-line a partir do Orkut . 2008 RÜDIGER, Francisco. Love on-line:paixão e poder no mundo da cibercultura. 2008. VIANA, Lucina R. Música na cibercultura: reconfiguração da estrutura do mercado a partir da desintermediação do funk brasileiro e sua produção em rede. 2009
  • 38. Referências: Virtual Ethnography Hine, 2000
  • 39. Doing I nternet Research.Critical I ssues and M ethods for E xamining the Net. Steve Jones 1998.
  • 40. Virtual M ethods Hine (org.) 2005
  • 41. I nternet I nquiry M arkham & Baym 2009
  • 42. Online Social Research. M ethods, I ssues & E thics. JOHNS, M ark D., CHE N, S hing-Ling & HALL,G. Jon. 2004
  • 43. KOZINETS, R. (2002) The Field B ehind the S creen: Using Netnography for M arketing Research in Online Communities. http://www.marketingpower.com/content18255.php
  • 44. M ONTARDO, S , P AS S E RI NO, L .(2006) E studo dos blogs a partir da netnografia: possibilidades e limitações. RE NOTE , Revista Novas Tecnologias na E ducação, v. 4, 2006 .
  • 45. S Á, S . (2002). Netnografias nas redes digitais. I n: P RADO, J.L . Crítica das práticas midiáticas. S ão P aulo: Hacker editores.
  • 46. AMARAL, A. (2007) Categorização dos gêneros musicais na Internet -Para uma etnografia virtual das práticas comunicacionais na plataforma social Last.fm. In: FREIRE FILHO, J ., HERSCHMANN, M. (orgs) Novos rumos da cultura da mídia. I ndústrias, produtos e audiências. Rio de J aneiro: Mauad.
  • 47. AMARAL, A. (2008) Autonetnografia e inserção online. O papel do pesquisador-insider nas subculturas da web. http://www.compos.org.br/data/biblioteca_315.pdf