2. INTRODUÇÃO
Objetivo: Esclarecer de um modo geral o que
é a RCC, qual sua fundamentação e como
atua na Igreja.
Fundamentação: At 2,1-4 (Vídeo)
Tema: “Contexto Eclesial da RCC”
- Conceito
- Alicerce da RCC
- Fundamentos Teológicos e Jurídico da RCC
- Diocesaneidade da RCC
3. MOTIVAÇÃO
Questionamentos sobre o jeito de ser da RCC
No início de nossa caminhada com a Renovação, em muitas oportunidades somos
surpreendidos com indagações como esta: quem está certo a respeito da Renovação
Carismática? Os seus formadores e coordenadores, ou os que a criticam? A Renovação é
de Deus ou não? Se é, por que tantos versados em Teologia não a aceitam? Será por que
não a conhecem? Ou por que ela está errada? Posso ser carismático? É certo ser
carismático? Estarei errado em ser carismático?
Normalmente os movimentos eclesiais, as congregações e ordens religiosas possuem
seu fundador. No dizer do Catecismo da Igreja Católica (nº 2.684), do carisma pessoal
dessas testemunhas do amor de Deus nasceram diversas espiritualidades.
Em matéria de espiritualidade, quando se trata da Renovação, não encontramos o
carisma de nenhuma pessoa humana que lhe tenha dado o impulso inicial.
É que ela não foi fundada por homem e nem por mulher. De fato, ela não tem fundador
secular. Por quê? É porque seu fundador é o Espírito Santo. O que ocorre hoje, então? A
conclusão é uma só: o que hoje foi denominado de Renovação, é simplesmente um
redespertar do Fogo de Pentecostes, acompanhado dos carismas que sempre existiram
na Igreja.
4. DESENVOLVIMENTO
1.1 - CONCEITO:
a) Contexto: Conjunto, totalidade;
b) Eclesial: Próprio da Igreja, pertencente a ela;
c) Contexto Eclesial: Conjunto de tudo que
pertence à Igreja; tudo o que diz respeito à Igreja.
5. DESENVOLVIMENTO
1.2 - A RCC COMO EXPRESSÃO ECLESIAL
Existem experiências de evangelização bem sucedidas em diversos setores da
Igreja, dando um claro testemunho da criatividade do Espírito Santo. O Doc. 56
da CNBB nº 154 a 156, fala de diversas “expressões eclesiais” e o contributo que
cada uma delas pode dar a evangelização, “dentro de sua própria metodologia”.
A RCC é uma “expressão eclesial” e deseja realizar a tarefa comum de
evangelizar com sua metodologia própria, ou seja a partir de sua identidade.
Quando dizemos que a RCC é uma “expressão eclesial” ou seja, uma expressão
de Igreja, uma maneira de ser Igreja, na medida em que permanece na
comunhão unida a essa mesma Igreja.
A RCC não é somente uma espiritualidade somente, é uma autêntica expressão
de Igreja e uma opção pastoral, realiza o engajamento eclesial de seus
participantes. Sendo uma opção pastoral, ela pode ser priorizada livremente por
aqueles que assim o desejarem, sem com isso, se colocarem fora da comunhão
eclesial.
6. DESENVOLVIMENTO
1.3 – CRITÉRIOS DE ECLESIALIDADE
Para que um movimento católico seja da Igreja – exige alguns critérios que
chamamos de: Critérios de Eclesialidade.
a) A ChristifidelesLaici, em seu nº30, traz os seguintes “critérios de eclesialidade
para as agregações leigas”:
30. É sempre na perspectiva da comunhão e da missão da Igreja e
não, portanto, em contraste com a liberdade associativa, que se compreende a
necessidade de claros e precisos critérios de discernimento e de reconhecimento
das agregações laicais, também chamados ‘critérios de eclesialidade’.
Como critérios fundamentais para o discernimento de toda e qualquer agregação
dos fiéis na Igreja, podem considerar-se de forma unitária, os seguintes:
–– O primado dado à vocação de cada cristão à santidade, manifestado ‘nos
frutos da graça que o Espírito produz nos fiéis’ como crescimento para a
plenitude da vida cristã e para a perfeição da caridade.
7. DESENVOLVIMENTO1.3 – CRITÉRIOS DE ECLESIALIDADE
Nesse sentido, toda e qualquer agregação de fiéis leigos é chamada a ser
sempre e cada vez mais instrumento de santidade na Igreja, favorecendo
e encorajando ‘uma unidade mais íntima entre a vida prática dos
membros e a própria fé’.
A responsabilidade em professar a fé católica, acolhendo e
proclamando a verdade sobre Cristo, sobre a Igreja e sobre o
homem, em obediência ao Magistério da Igreja, que autenticamente a
interpreta. Por isso, toda agregação de fiéis leigos deve ser lugar de
anúncio e de proposta da fé e de educação na mesma, no respeito pelo
seu conteúdo integral.
O testemunho de uma comunidade sólida e convicta, em relação filial
com o Papa, centro perpétuo e visível da unidade da Igreja universal, e
com o Bispo ‘princípio visível e fundamento da unidade’ da Igreja
particular, e na ‘estima recíproca entre todas as formas de apostolado
da Igreja.
8. DESENVOLVIMENTO
1.3 – CRITÉRIOS DE ECLESIALIDADE
Nesta linha, exige-se de todas as formas agregativas de fiéis
leigos, e de cada um deles, um entusiasmo missionário que os
torne, sempre e cada vez mais, sujeitos de uma nova evangelização.
O empenho de uma presença na sociedade humana que, à luz
da doutrina social da Igreja, se coloque a serviço da dignidade
integral do homem.
Assim, as agregações dos fiéis leigos devem converter-se em
correntes vivas de participação e de solidariedade para construir
condições mais justas e fraternas no seio da sociedade”.
Estes critérios de eclesialidade trazidos pela Igreja estão
entranhados em nossa espiritualidade.
9. DESENVOLVIMENTO
1.3 – CRITÉRIOS DE ECLESIALIDADE
“Os critérios fundamentais acima expostos encontram a sua verificação
nos frutos concretos que acompanham a vida e as obras das diversas
formas associativas, tais como: o gosto renovado pela oração, a
contemplação, a vida litúrgica e sacramental; a animação pelo
florescimento de vocações ao matrimônio cristão, ao sacerdócio
ministerial, à vida consagrada; a disponibilidade em participar nos
programas e nas atividades da Igreja, tanto a nível local como nacional
ou internacional; o engajamento catequético e a capacidade
pedagógica de formar os cristãos; o impulso em ordem a uma presença
cristã nos vários ambientes da vida social e a criação de animação de
obras caritativas, culturais e espirituais; o espírito de desapego e de
pobreza evangélica em ordem a uma caridade mais generosa para com
todos; as conversões à vida cristã ou o regresso à comunhão por parte
de batizados ‘afastados’”.
10. DESENVOLVIMENTO
2 – ALICERCE DA RCC
“Nascida da Igreja e vivendo na Igreja, a Renovação Carismática
Católica é para a Igreja”
“O surgimento da RCC depois do Concílio Vaticano II foi um dom
especial do Espirito Santo à Igreja” (Discurso do Papa João Paulo II
ao ICCRS em Março de 1992)
Para que a RCC seja fiel a vontade de Deus na Igreja – O Senhor
nos revelou seus propósitos e sua vontade o que ele quer para a
RCC do Brasil.
A OFENSIVA NACIONAL é um plano de ação revelado por
Deus, no qual todas as expressões da RCC (pregação, música, obras
sociais, ação política) deverão agir em conjunto, como um corpo
orgânico, onde cada uma, cumprindo sua missão
particular, concorrerá para o bom êxito da missão geral que Jesus
reservou à RCC, como expressão da Igreja.
11. DESENVOLVIMENTO
2 – ALICERCE DA RCC
A OFENSIVA NACIONAL é um projeto para colocar a RCC em marcha
e retomar seus três aspectos: UNIDADE, IDENTIDADE E MISSÃO –
sem isso a RCC não serve para a Igreja como instrumento de
Salvação.
É um plano de ação revelado por Deus
No qual todas as expressões da RCC
(pregação, música, intercessão) deve agir em conjunto
(Ministerialidade Orgânica)
Onde cada uma deve cumprir a sua missão
Tendo como fundamento a nossa identidade: BES e o exercício
dos carismas
12. DESENVOLVIMENTO
2 – ALICERCE DA RCC
UNIDADE: Esta deve estar presente no ensino doutrinal – expressão e ação
da RCC.
A RCC possui uma formação básica comum à nível Nacional e que deve ser
ensinada nos Seminários de Vida no Espírito, Experiência de
Oração, Seminários de Dons, Aprofundamentos, principalmente na EPF.
Esta Unidade de ensino é fundamental para que evitemos os possíveis
fundamentalismos e intimismos sempre comprometedores.
Os possíveis abusos ou desvios doutrinais quase sempre se relacionam
com a falta de uma Teologia dos Carismas ou do conhecimento dos temas
próprios da RCC em sua Teologia.
Muitos leigos, Sacerdotes e até bispos deixaram de olhar com simpatia e
até perderam o desejo de conhecer melhor a RCC em vista dos exageros
cometidos na vivência da espiritualidade da RCC, quando não bem orientada
pelos pastores locais.
13. DESENVOLVIMENTO
2 – ALICERCE DA RCC
IDENTIDADE
Identidade da Renovação: Conjunto de características da
espiritualidade da Renovação que a identificam como um
movimento pentecostal católico diferente dos demais movimentos
eclesiais.
Elementos básicos da identidade da RCC:
Batismo no Espírito Santo (At 2,1-4).
Prática dos Carismas (I Cor 12-14).
Vida comunitária nos Grupos de oração, nas comunidades de
aliança e de vida (At 2,42; 4,32-35)
14. DESENVOLVIMENTO
2 – ALICERCE DA RCC
MISSÃO
“Evangelizar é a graça e a vocação própria da Igreja, a sua
Identidade mais profunda”
A missão da RCC é a mesma da Igreja – 1 Cor 9,16
Fazer com que as pessoas se tornem discípulos e missionários de
Jesus
“Evangelizar com renovado ardor missionário e a partir do
BES, em comunhão com os pastores (Papa e os
Bispos, Coordenações Nacional, Estadual e Diocesana) em vista da
renovação espiritual e de santidade”.
E o lugar de missão da RCC é o Grupo de Oração – Tesouro de
Deus, menina de seus olhos.
15. DESENVOLVIMENTO
3- FUNDAMENTOS TEOLOGICOS E JURIDICOS DA RCC
Os fundamentos teológicos apresentados tornam evidente que a
Renovação Carismática não traz nada de novo à Igreja, em termos
de realidade teológica.
A Igreja não possui agora, devido Renovação Carismática, algo
que não possuía antes.
Contudo a Renovação Carismática leva uma tomada de
consciência mais profunda a respeito da experiência religiosa de
toda a vida Igreja.
16. DESENVOLVIMENTO
Exigência do direito Canônico
Cân. 214 “Os fiéis têm o direito de prestar culto a Deus segundo as
determinações do próprio rito aprovado pelos legítimos Pastores da Igreja
e de seguir sua própria espiritualidade, conforme, porém, à doutrina da
Igreja”.
Cân. 215 “Os fiéis têm o direito de fundar e dirigir livremente
associações para fins de caridade e piedade, ou para favorecer a
vocação cristã no mundo, e de se reunirem para a consecução comum
dessas finalidades”.
Cân 299 - § 3. “Nenhuma associação particular de fiéis é reconhecida na
Igreja, a não ser que seus estatutos sejam aprovados pela autoridade
competente”.
Cân. 300 “Nenhuma associação assuma o nome de "católica", sem o
consentimento da autoridade eclesiástica competente...”
17. DESENVOLVIMENTO
4 - DIOCESANEIDADE DA RCC
A CNBB, através do DOC 53, reconhece a RCC como um movimento da
Igreja ou seja, como um autentico movimento da Igreja e útil a ela. Sendo
assim, reconhecem que a RCC expressa a vida existente na Igreja e que a
RCC pode ser uma opção para viver esta mesma Igreja.
Sabemos, no entanto, que a Igreja se concretiza na Igreja Particular, a
Igreja Diocesana, o que permite à RCC como Movimento Eclesial se
organizar e viver a sua “diocesaneidade” através de uma inserção na
“pastoral de conjunto diocesana”. Mas isto não significa que, por ser
diocesano, o Movimento passe a ser manipulado e orientado para outros
objetivos que não os que caracterizam seu carisma.
Esta comunhão com a Igreja local se dá através de uma coordenação
diocesana que, além de representar e responder diante do bispo pelo
Movimento, também encaminha as propostas da pastoral de conjunto
diocesana pertinentes ao Movimento.
18. DESENVOLVIMENTO
4 - DIOCESANEIDADE DA RCC
Se por um lado a coordenação diocesana da RCC reflete esta
“diocesaneidade” através deste espírito de
comunhão, participação, obediência e serviço à Igreja local, os Grupos de
Oração, por outro lado, como “célula fundamental” da RCC, necessitam
de uma profunda comunhão com a estrutura diocesana do Movimento.
Com frequência ouvimos dizer da existência alguns grupos
“rebeldes”, “independentes”, “piratas”, que não se dispõem em viver a
Unidade Diocesana e assumem posturas arbitrárias, fomentando assim a
divisão, as disputas, fragmentando o Corpo de Cristo. Há casos graves de
lideranças que, não acolhendo as direções diocesanas, rompem
relacionamentos e privam os membros de seus grupos de participarem
dos momentos diocesanos como
Cenáculos, Congressos, Formações, Seminários.
19. DESENVOLVIMENTO
4 - DIOCESANEIDADE DA RCC
O Grupo de Oração que possui um coordenador
comprometido com a unidade diocesana beberá sempre
de uma fonte segura e jamais virá a ter sede. Este G.O.
será um solo fértil e tudo que semear poderá colher em
abundância. Ao contrário, o coordenador que se afasta
desta unidade, privará os membros de seu grupo desta
unidade do corpo e, mais que isso, amputar-se-á, e não
tardará a estancar este canal da graça de Deus.
20. DESENVOLVIMENTO
UNIDADE QUE GERA FRUTOS
“O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não
permanecer na videira.” João 15,4b
Santo Agostinho diz que “é uma injustiça exigir
obediência aos súditos quando não se obedece
aos superiores”. Em todas as instâncias de
coordenação na RCC deveríamos trazer isto
sempre no coração.
21. DESENVOLVIMENTO
O RECONHECIMENTO DA RCC PELA AUTORIDADE DA IGREJA
O ICCRO (Organização Internacional da Renovação Carismática
Católica) que se encontra em Roma (criado em 1978 em Bruxelas) é o
elemento de ligação entre a RCC e o vaticano que é formado por
membros do mundo inteiro, pediu a Santa Sé um“Reconhecimento
pontifício”
Em Maio de 1974 na Bélgica se reuniram uma equipe Internacional de
Teólogos e dirigentes Leigos para dar uma orientação teológica e pastoral
sobre a RCC – Mostrar o Documento
Os membros dessa Organização elaboraram com apoio de alguns
Bispos e cardeais o ESTATUTO DO ICCRS
22. DESENVOLVIMENTO
Esses Estatutos foram examinados por vários Canonistas e
Teólogos do Vaticano, depois de ter feitas as devidas
observações, foram aprovadas no 08 de julho de 1993 com o título:
ESTATUTOS DO SERVIÇO INTERNACIONAL DA RENOVAÇÃO
CARISMÁTICA CATÓLICA”
No dia 14 de Setembro de 1993, o pontifício Conselho para os
Leigos expediu um “Decreto” reconhecendo o ICCRS (Serviço
Internacional da Renovação Carismática Católica) como “ um
corpo e personalidade jurídica” segundo o Cân 116, isto é, A RCC é
movimento que pertence a Igreja Católica.
Na América Latina temos o ECCLA que se encontra na cidade de
Bogotá na Colômbia que ocorre a cada dois anos
23. DESENVOLVIMENTO
Em Setembro de 1987 em La ceja realizou-se um encontro
Latina-Americano para estudar a RCC, participaram 109
Arcebispos, bispos, sacerdotes e entre eles um Bispo Brasileiro Dom
Davi Picão que era bispo de Santos-SP
No Brasil temos o Conselho Nacional, das quais tem seus
estatutos aprovado pela autoridade da Igreja
Em Novembro de 1994 na 34ª Reunião dos Bispos do Brasil foi
aprovado o Documento 53 “Orientações Pastorais sobre a RCC
Para um melhor aprofundamento desse Doc. Existe do Doutor
em Teologia Francisco Catão: “Carismáticos, um sopro de
renovação”
24. DESENVOLVIMENTO
DIOCESE DE BRAGANÇA
Foi aprovado um pelo nosso 1º Bispo da época Dom Miguel(IN
MEMORIAN) algumas orientações sobre a RCC “Diretrizes Pastorais
sobre a RCC”
Em 1998 em virtude do 1º Congresso Diocesano que aconteceu
em Paragominas Dom Luis emanou baseado no Doc. 53 algumas
Diretrizes para a RCC de Bragança
Em Agosto de 2007 foi aprovado em Conselho Diocesano da RCC
o novo Regimento para a RCC com a aprovação do Sr. Bispo Dom
Luis e pelo Assessor da RCC Pe. Aldo Fernandes