1) Luiz Agner realizou entrevistas com estudantes e professores de áreas como Design, Informática, Comunicação e Administração sobre o entendimento de Arquitetura da Informação.
2) A maioria dos entrevistados já havia ouvido falar no termo, porém houve diversas interpretações equivocadas e 10% não souberam definir.
3) Conclui-se que conceitos multidisciplinares da Arquitetura da Informação precisam ser melhor compreendidos no meio acadêmico.
4. Luiz Agner (Puc Rio) realizou cerca de duas dezenas de
entrevistas no meio acadêmico.
Objetivo: identificar o grau de compreensão sobre a
arquitetura de informação entre professores e estudantes
cariocas.
AGNER, L. Arquitetura de Inormaçao, que diabo é isso?(3) Disponível em:
<http://webinsider.uol.com.br/2003/11/06/arquitetura-de-informacao-que-
diabo-e-isso-1/>. Acesso em 30/9/2012.
5. Os entrevistados (tanto estudantes quanto docentes) eram
ligados aos cursos de Desenho Industrial, Informática,
Comunicação e Administração. Os questionários foram
aplicados a uma amostra composta de 80% de professores e
20% de alunos.
AGNER, L. Arquitetura de Inormaçao, que diabo é isso?(3) Disponível em:
<http://webinsider.uol.com.br/2003/11/06/arquitetura-de-informacao-que-
diabo-e-isso-1/>. Acesso em 30/9/2012.
6. Dos entrevistados, 25% nunca ouviram falar na expressão
“arquitetura de informação”, mas 75% já a conheciam. 40%
foram apresentados a ela na faculdade. Dos respondentes,
40% eram da área de Informática, 25% de Desenho
Industrial, 20% de Administração e 15% de Comunicação.
AGNER, L. Arquitetura de Inormaçao, que diabo é isso?(3) Disponível em:
<http://webinsider.uol.com.br/2003/11/06/arquitetura-de-informacao-que-
diabo-e-isso-1/>. Acesso em 30/9/2012.
7. A ideia de “organização” surgiu em 20% das respostas, porém:
• 10% não souberam definir o que é AI;
• 20% confundiram AI com “Estrutura da Informação” (uma
disciplina do curso de informática onde se estudam
algoritmos);
• 10% associaram AI somente a websites; e
• 15% a associaram somente a software.
AGNER, L. Arquitetura de Inormaçao, que diabo é isso?(3) Disponível
em: <http://webinsider.uol.com.br/2003/11/06/arquitetura-de-
informacao-que-diabo-e-isso-1/>. Acesso em 30/9/2012.
8. As seguintes respostas foram as que mais se distanciaram dos
conceitos comumente aceitos sobre AI:
• “Conhecimento em artes gráficas”;
• “Uma forma de se definir um banco de dados”;
• “Arquitetura de microcomputadores”;
• “Montar e saber as funções de cada peça de um
computador”;
• “Estruturas de metal que sustentam um outdoor”.
AGNER, L. Arquitetura de Inormaçao, que diabo é isso?(3) Disponível
em: <http://webinsider.uol.com.br/2003/11/06/arquitetura-de-
informacao-que-diabo-e-isso-1/>. Acesso em 30/9/2012.
9. • Mesmo partindo de uma amostra reduzida, cujas respostas
não podem ser generalizadas para a totalidade do universo
pesquisado, o resultado deu algumas pistas de que falta
no meio acadêmico uma compreensão mais ampla dos
conceitos relacionados ao campo da AI, enquanto
processo multidisciplinar –– tanto entre estudantes
quanto entre docentes.
• Conclusão: é importante que os conceitos
multidisciplinares que definem a AI sejam melhor
compreendidos, para que possam ser aplicados
com sucesso nos cursos de graduação que
pretendem formar profissionais da informação.
AGNER, L. Arquitetura de Inormaçao, que diabo é isso?(3) Disponível
em: <http://webinsider.uol.com.br/2003/11/06/arquitetura-de-
informacao-que-diabo-e-isso-1/>. Acesso em 30/9/2012.
11. O arquiteto é acima de tudo um criador pois pesquisa materiais,
desenha soluções espaciais, experimenta questões estéticas,
manipula e seleciona tecnologias.
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12. O arquiteto é um grande organizador: organiza o espaço, prevê
os fluxos de pessoas, de veículos etc., vê o futuro na hora
de pensar a fundação, considerando a possibilidade de
expansão, planeja o cronograma da obra, coordena equipes
multidisciplinares, questiona o entorno para entender a
inserção de sua intervenção – seja uma casa, um prédio,
uma praça, uma reforma urbana – no contexto em que
será realizada, é responsável pela sinalização do
equipamento urbano e assim por diante.
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13. O projeto de um edifício ou um equipamento urbano tem que
ser, tal como um projeto de site ou portal, centrado no usuário,
coisa que muitos arquitetos acabam por vezes esquecendo -
tal como muitos designers e programadores -, escorregando
ora para o excessivamente lúdico, ora para a solução
técnica mais óbvia.
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14. A quantidade e a diversidade de informação não constituem
desafio maior que a quantidade e a diversidade de pessoas
que transitam em um núcleo urbano ou em um edifício, praça
ou outro mobiliário da cidade. Fazer uma leitura adequada
dos fluxos de pessoas, com diferentes formas de entender
uma sinalização, com diferentes percepções do entorno,
com mais ou menos pressa, mais ou menos formação
acadêmica, diferentes contextos culturais, não são
desafio maior que mapear e modelar os fluxos de
informação para o portal de uma grande organização
como o governo ou uma empresa com distintas
áreas de atuação.
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15. A produção de sites guarda surpreendentes semelhanças com a
prática da arte da arquitetura.
Os arquitetos ocupam boa parte do processo de planificação
das construções e criam espaços físicos funcionais e
adequados a suas tarefas.
A arquitetura de informação trata acerca do desenho de
espaços de informação, que está no âmbito da World
Wide Web, conhecidos como sites.
CAMARGO, L. S. de A. de; VIDOTTI, S. A. B. G. Arquitetura da Informação:
uma abordagem prática para o tratamento de conteúdo e interface em
ambientes informacionais digitais. Rio de Janeiro, LTC, 2011. 232p.
16. Arquitetos criam modelos com vistas a projetar edifícios ou
outras estruturas para servir às necessidades das pessoas e, ao
mesmo tempo serem belas.
Arquitetos de informação, do mesmo modo, determinam
as necessidades de uso da informação e modelam os
caminhos que levam à informação desejada, além
de criarem interfaces atrativas para apresentar os
conteúdos.
CAMARGO, L. S. de A. de; VIDOTTI, S. A. B. G. Arquitetura da Informação:
uma abordagem prática para o tratamento de conteúdo e interface em
ambientes informacionais digitais. Rio de Janeiro, LTC, 2011. 232p.
17. Bons arquitetos projetam espaços físicos que levam em conta
as pessoas com deficiência (rampas, elevadores, pisos táteis,
sinalização em Braille etc).
Bons arquitetos de informação pensam e formas de tornar
os sites que projetam acessíveis a todas as pessoas.
19. É um termo complexo, pois combina duas palavras que
possuem vasta gama de conotações.
McGEE, J. PRUSAK, L. Gerenciamento estratégico da informação. Rio de
Janeiro: Campus, p. 129-149, 1994.
20. Andrew Dillon, professor da Universidade do Texas–Austin:
“seria mais adequado encarar a arquitetura de informação
como um termo “guarda–chuva”, sob o qual coexistem
preocupações de diferentes pesquisadores, com diversas
auto–denominações. Podemos considerar que o campo da
AI ainda está em seus estágios primários de definição, por
isso há debates para identificar o seu escopo”.
AGNER, L. Arquitetura de Inormaçao, que diabo é isso? Disponível em:
<http://webinsider.uol.com.br/2003/11/06/arquitetura-de-informacao-que-
diabo-e-isso-1/>. Acesso em 30/9/2012.
21. De forma geral, a arquitetura de informação, conforme
a definição criada originalmente por Wurman, trata
da organização da informação para torná–la clara,
compreensível. Na web, esse objetivo se mantém: criar
as estruturas de organização da informação de um
website para que o usuário consiga compreendê–lo com
facilidade.
Na web, a arquitetura de informação cuida de projetar
a estrutura, o esqueleto, de um website sobre o qual
todas as demais partes irão se apoiar.
REIS, G. O que é arquitetura de informação em websites. Disponível
em: <http://webinsider.uol.com.br/2006/04/15/o-que-e-arquitetura-
de-informacao-em-websites/>. Acesso em 30/9/2012.
22. West (2001) cita que “arquitetura de informação é a prática de
projetar a infraestrutura de um webwebsite, especialmente a
sua navegação”.
Shiple (2001) afirma que “arquitetura de informação é a
fundação para um ótimo web design. Ela é o esquema
[blueprint] do website sobre o qual todos os outros
aspectos são construídos – forma, função, metáfora,
navegação e interface, interação e design visual.”
Toub, S. Evaluating Information Architecture: A practical guide to
assessing web site organization. 2000.
WEST, A. The Art of Information Architecture. iBoost, 1999.
23. Dijck (2003) cita que “O principal trabalho de um arquiteto
de informação é organizar a informação de um website para
que seus usuários possam encontrar coisas e alcançar seus
objetivos.”
Toub (2000) reforça: “Arquitetura de informação é a
arte e a ciência de estruturar e organizar ambientes de
informação para ajudar as pessoas a satisfazerem suas
necessidades de informação de forma efetiva.”
DIJCK, P. Information Architecture for Designers. RotoVision, 2003.
Toub, S. Evaluating Information Architecture: A practical guide to
assessing web site organization. 2000.
24. “1. O design estrutural de espaços de informação
compartilhados.
2. A combinação dos sistemas de organização, rotulação,
busca e navegação em web sites e intranets.
3. A arte e ciência de dar forma a produtos e experiências
de informação para melhorar a usabilidade e
“encontrabilidade” (findability).
4. Uma disciplina emergente e uma comunidade de
prática focadas em trazer princípios de design e
arquitetura ao ambiente digital.”
ROSENFELD, Louis; MORVILLE, Peter. Information Architecture for the
World Wide Web. O’Reilly, Sebastopol, CA, 2002. 461 p.
25. “A fundação de uma disciplina descrevendo teoria, princípios,
diretrizes, padrões, convenções e fatores para administrar
informação como um recurso.”
WHITE, M. Viewpoint: Information Architecture”. The Eletronic Library, v. 22, n. 3,
2004, p. 218-219.
“A Arquitetura de Informação é responsável por definir
a estrutura, o esqueleto que organiza as informações
sobre o qual todas as demais partes irão se apoiar”.
REIS, G. A. Centrando a Arquitetura de Informação no usuário. São
Paulo: Universidade de São Paulo – USP. Escola de Comunicação e
Artes. SP, 2007. (Dissertação de Mestrado). 250p.
[pág. 63].
26. “A Arquitetura de Informação não se preocupa apenas com
a organização da informação, mas também com a sua
apresentação. Ela cria no website um ambiente de
informação por onde o usuário pode se mover
(navegar) para, como em uma biblioteca, encontrar as
informações que precisa de forma organizada.”
REIS, G. A. Centrando a Arquitetura de Informação no usuário. São
Paulo: Universidade de São Paulo – USP. Escola de Comunicação e
Artes. SP, 2007. (Dissertação de Mestrado). 250p.
[pág. 63].
28. Convém lembrar que as técnicas da Arquitetura de
Informação podem ser aplicadas a qualquer suporte
informacional, embora na atualidade sejam
aplicadas principalmente em websites.
30. O mapa da esquerda está em escala real e mostra todas as
curvas que o trem faz ao longo do seu trajeto.
O mapa a direita é o resultado do trabalho de um arquiteto de
informação que o redesenhou para os usuários dessa linha.
31. • + eficiente
• + abstrato
• não importam as curvas
• o que interesa é a sequencia e a
identificação das paradas
• sua forma circular enfatiza que
o metrô circunda toda a cidade
• o Palácio Imprerial está
destacado
• se assemelha ao ying e yang (de
forte identificação cultural para
os orientais)
33. Falhas na organização dificultam a utilização de um website
porque, ao não encontrar a informação que deseja, o usuário
fica confuso, frustrado e irritado, o que faz com que ele não
alcance seus objetivos, repercutindo diretamente no retorno
do investimento.
ROSENFELD, Louis; MORVILLE, Peter. Information Architecture for the World
Wide Web. O’Reilly, Sebastopol, CA, 2002. 461 p.
34. Categorização tem consequências. Uma seção com um rótulo
confuso num website de referências médicas pode impedir o
médico de encontrar uma nova pesquisa que salvará a vida de
alguém. Um website de uma universidade mal organizado
desencoraja um estudante pobre que pode pensar que não
existem ajudas financeiras para estudar lá, e uma loja
virtual confusa resulta em perda de vendas.
WODTKE, C. Information Architecture: Blueprints for the web. Indianapolis:
New Riders, 2003. [p. 118]
35. Problema % Como afeta os usuários
Problemas
Resultados de busca • Frustração
mal organizados
53%
• Perda de tempo mais comuns
• Confusão
• Caminhos sem saída nos websites
Arquitetura de • Uso excessivo dos botões voltar e
32%
informação pobre avançar do browser VIVINDECE RESEARCH, A
• Força o usuário a utilizar o mecanismo Tangled Web. E-Tailer’s
de busca
Digest, 2001. Disponível
Home page • Cria desinteresse em: http://www.
27%
desorganizada • Perda de tempo etailersdigest.com/
• Confusão resources/Specials/
• Erros Tangled_Web.htm.
• Uso excessivo dos botões voltar e
Acesso em: 16 jan 2005.
Rótulos confusos 25% avançar do browser
• Força o usuário a utilizar o mecanismo
de busca
• Caminhos ineficientes
• Força o usuário a focar na navegação
Navegação
13% e não no uso
inconsistente
• Perda de estabililidade percebida
• Funcionalidade úteis não encontradas