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O ROMANTISMO
O Romantismo foi um movimento artístico e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo que marcou o período neoclássico e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa. Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo.
Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objectividade, pelo Iluminismo e pela Razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjectividade, pela emoção e pelo Eu. O Romantismo surgiu na Europa numa época em que o ambiente intelectual era de grande rebeldia. Na política, caíam os sistemas de governo despótico e surgia o liberalismo político. No campo social imperava o inconformismo e no campo artístico o repúdio às regras. A Revolução Francesa é o clímax desse século de oposição. Em Portugal, o romantismo coincidiu com a revolução de 1820.
O Romantismo manifestar-se-ia de formas bastante variadas nas diferentes artes e marcaria, sobretudo, a literatura e a música (embora ele só venha a manifestar-se realmente aqui mais tarde do que em outras artes). À medida que a escola foi sendo explorada, foram surgindo críticos à sua demasiada idealização da realidade. Destes críticos surgiu o movimento que daria forma ao Realismo.  Neste sentido, as características centrais do romantismo viriam a ser o lirismo, o subjectivismo e o sonho de um lado e o exagero e a busca pelo exótico e pelo inóspito de outro. Também se destaca o nacionalismo, a idealização do mundo e da mulher, assim como a fuga à realidade e o escapismo. Eventualmente também serão notados o pessimismo e um certo gosto pelo lúgubre.
Subjectivismo: O romancista trata dos assuntos de forma pessoal, de acordo com sua opinião sobre o mundo. O subjectivismo pode ser notado através do uso de verbos na primeira pessoa. Com plena liberdade de criar, o artista romântico não se acanha em expor as suas emoções pessoais, em fazer delas a temática sempre retomada em sua obra. O eu é o foco principal do subjectivismo, o eu é egoísta, forma de expressar seus sentimentos.
Idealização: Empolgado pela imaginação, o autor idealiza temas, exagerando em algumas de suas características. Dessa forma, a mulher é uma virgem frágil, o índio é um herói nacional, e a pátria sempre perfeita. Essa característica é marcada por descrições minuciosas e muitos adjectivos.  Sentimentalismo: Praticamente todos os poemas românticos apresentam sentimentalismo já que essa escola literária é movida através da emoção, sendo as mais comuns a saudade, a tristeza e a desilusão. E que expressa seu sentimento suas emoções e todo o relato sobre uma vida. O romântico analisa e expressa a realidade por meio dos sentimentos. E acredita que só sentimentalmente se consegue traduzir aquilo que ocorre no interior do indivíduo.
Egocentrismo: Como o nome já diz, é a colocação do seu ego no centro de tudo. Vários artistas românticos colocam, em seus poemas, os seus sentimentos acima de tudo, destacando-os no texto. Pode-se dizer, talvez, que o egocentrismo é um subjectivismo exagerado.  Natureza interagindo com o eu – lírico: A natureza, no Romantismo, expressa aquilo que o eu - lírico está sentindo no momento narrado. A natureza pode estar presente desde as estações do ano, como formas de passagens, às tempestades, ou dias de muito sol.
Grotesco e Sublime. Há a fusão do belo e do feio, diferentemente do arcadismo que visa a idealização do personagem principal, tornando-o a imagem da perfeição. Como exemplo, temos o conto de A Bela e o Monstro, no qual uma jovem idealizada, se apaixona por uma criatura horrenda.  Medievalismo: Alguns românticos interessavam-se pela origem de seu povo, de sua língua e de seu próprio país. Na Europa, eles acharam no cavaleiro fiel à pátria um óptimo modo de retratar as culturas de seu país. Esses poemas passam-se em eras medievais e retratavam grandes guerras e batalhas.
Temas da pintura:  Fatos reais da história nacional e contemporânea da vida dos artistas; Natureza revelando um dinamismo equivalente as emoções humanas; Mitologia Grega  A pintura foi o ramo das artes plásticas mais significativo no Romantismo, foi ela o veículo que consolidaria definitivamente o ideal de uma época, utilizando-se de temas dramático-sentimentais inspirados pela literatura e pela História.  Procura-se no conteúdo, mais do que os valores de arte, os efeitos emotivos, destacando principalmente a pintura histórica e em menos grau a pintura sagrada.

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O romantismo

  • 2. O Romantismo foi um movimento artístico e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo que marcou o período neoclássico e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa. Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo.
  • 3. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objectividade, pelo Iluminismo e pela Razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjectividade, pela emoção e pelo Eu. O Romantismo surgiu na Europa numa época em que o ambiente intelectual era de grande rebeldia. Na política, caíam os sistemas de governo despótico e surgia o liberalismo político. No campo social imperava o inconformismo e no campo artístico o repúdio às regras. A Revolução Francesa é o clímax desse século de oposição. Em Portugal, o romantismo coincidiu com a revolução de 1820.
  • 4. O Romantismo manifestar-se-ia de formas bastante variadas nas diferentes artes e marcaria, sobretudo, a literatura e a música (embora ele só venha a manifestar-se realmente aqui mais tarde do que em outras artes). À medida que a escola foi sendo explorada, foram surgindo críticos à sua demasiada idealização da realidade. Destes críticos surgiu o movimento que daria forma ao Realismo. Neste sentido, as características centrais do romantismo viriam a ser o lirismo, o subjectivismo e o sonho de um lado e o exagero e a busca pelo exótico e pelo inóspito de outro. Também se destaca o nacionalismo, a idealização do mundo e da mulher, assim como a fuga à realidade e o escapismo. Eventualmente também serão notados o pessimismo e um certo gosto pelo lúgubre.
  • 5. Subjectivismo: O romancista trata dos assuntos de forma pessoal, de acordo com sua opinião sobre o mundo. O subjectivismo pode ser notado através do uso de verbos na primeira pessoa. Com plena liberdade de criar, o artista romântico não se acanha em expor as suas emoções pessoais, em fazer delas a temática sempre retomada em sua obra. O eu é o foco principal do subjectivismo, o eu é egoísta, forma de expressar seus sentimentos.
  • 6. Idealização: Empolgado pela imaginação, o autor idealiza temas, exagerando em algumas de suas características. Dessa forma, a mulher é uma virgem frágil, o índio é um herói nacional, e a pátria sempre perfeita. Essa característica é marcada por descrições minuciosas e muitos adjectivos. Sentimentalismo: Praticamente todos os poemas românticos apresentam sentimentalismo já que essa escola literária é movida através da emoção, sendo as mais comuns a saudade, a tristeza e a desilusão. E que expressa seu sentimento suas emoções e todo o relato sobre uma vida. O romântico analisa e expressa a realidade por meio dos sentimentos. E acredita que só sentimentalmente se consegue traduzir aquilo que ocorre no interior do indivíduo.
  • 7. Egocentrismo: Como o nome já diz, é a colocação do seu ego no centro de tudo. Vários artistas românticos colocam, em seus poemas, os seus sentimentos acima de tudo, destacando-os no texto. Pode-se dizer, talvez, que o egocentrismo é um subjectivismo exagerado. Natureza interagindo com o eu – lírico: A natureza, no Romantismo, expressa aquilo que o eu - lírico está sentindo no momento narrado. A natureza pode estar presente desde as estações do ano, como formas de passagens, às tempestades, ou dias de muito sol.
  • 8. Grotesco e Sublime. Há a fusão do belo e do feio, diferentemente do arcadismo que visa a idealização do personagem principal, tornando-o a imagem da perfeição. Como exemplo, temos o conto de A Bela e o Monstro, no qual uma jovem idealizada, se apaixona por uma criatura horrenda. Medievalismo: Alguns românticos interessavam-se pela origem de seu povo, de sua língua e de seu próprio país. Na Europa, eles acharam no cavaleiro fiel à pátria um óptimo modo de retratar as culturas de seu país. Esses poemas passam-se em eras medievais e retratavam grandes guerras e batalhas.
  • 9. Temas da pintura: Fatos reais da história nacional e contemporânea da vida dos artistas; Natureza revelando um dinamismo equivalente as emoções humanas; Mitologia Grega A pintura foi o ramo das artes plásticas mais significativo no Romantismo, foi ela o veículo que consolidaria definitivamente o ideal de uma época, utilizando-se de temas dramático-sentimentais inspirados pela literatura e pela História. Procura-se no conteúdo, mais do que os valores de arte, os efeitos emotivos, destacando principalmente a pintura histórica e em menos grau a pintura sagrada.