Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
O Renascimento: A Redescoberta da Antiguidade e o Surgimento da Filosofia Moderna
1.
2. Renascimento, é o período do século XIV e inicio do
século XVII. Chamou-se "Renascimento" em virtude da
redescoberta e revalorização das referências culturais
da antiguidade clássica. Esse período teve
transformações bem evidentes na cultura, sociedade,
economia, política e religião, na arte, na ciência e
caracterizou a transição do feudalismo para o
capitalismo.
O Renascimento cultural se manifestou primeiro em
Florença e Siena, de onde se difundiu para o resto da
península Itálica e depois para praticamente todos os
países da Europa Ocidental.
3. A cultura renascentista teve quatro características
marcantes: o racionalismo – defendia que a razão era o
único caminho para se chegar ao conhecimento, e que tudo
podia ser explicado pela razão e pela ciência; o
experimentalismo - todo conhecimento deveria ser
demonstrado através da experiência científica; o
individualismo - necessidade do homem conhecer a si
próprio, buscando afirmar a sua própria personalidade,
mostrar seus talentos, atingir a fama e satisfazer suas
ambições, através da concepção de que o direito individual
estava acima do direito coletivo; e o antropocentrismo -
colocando o homem como a suprema criação de Deus e
como centro do universo.
4. Durante o Renascimento surgiu o humanismo, que
substituiu o teocentrismo pelo antropocentrismo, que
colocou o Homem no centro do universo. O
pensamento humanista provocou uma reforma no
ensino das universidades, com a introdução de
disciplinas como poesia, história e filosofia.
A arte renascentista alcançou o conceito científico da
perspectiva linear, que possibilitou a representação
tridimensional do espaço, de forma convincente, numa
superfície plana. O gênio das artes plásticas foi o
italiano Michelangelo, cuja obra é marcada pelo
humanismo. Além de pintor foi um dos maiores
escultores do Renascimento
5. O Renascimento científico foi marcado por importantes
descobertas nos campos da astronomia, da física, da
medicina, da matemática e da geografia.
Nicolau Copérnico afirmou que "a terra não é o centro do
universo, mas simplesmente um planeta que gira em torno
do Sol". Galileu Galilei descobriu os anéis de Saturno, as
manchas solares, os satélites de Júpiter. Na medicina os
conhecimentos avançaram com trabalhos e experiências
sobre circulação sanguínea, métodos de cauterização e
princípios gerais de anatomia.
6. O Renascimento deu origem a grandes gênios da literatura,
entre eles, Dante Alighieri autor da Divina Comédia,
Maquiavel, autor de O Príncipe, obra precursora da ciência
política onde o autor dá conselhos aos governadores da
época. Considerado um dos maiores dramaturgos de todos
os tempos, o inglês Shakespeare abordou em sua obra os
conflitos humanos nas mais diversas dimensões: pessoais,
sociais, políticas etc., escreveu comédias e tragédias, como
Romeu e Julieta, Macbeth, A Megera Domada, Otelo e
várias outras.
No campo da tecnologia, a invenção da imprensa, no
século XV, revolucionou a difusão dos conhecimentos e o
uso da pólvora transformou as táticas militares.
7. Além do desenvolvimento do pensamento científico, com
implicações evidentes no campo filosófico, outras questões
importantes desse período dizem respeito à essência
humana, à moral e à política. Nesse âmbito destacam-se:
Michel de Montaigne: desenvolveu um pensamento de
fundo ceticista, afirmava não ser possível estabelecer os
mesmos preceitos à todos os seres humanos;
Nicolau Maquiavel: iniciou uma nova faze do pensamento
político ao abandonar o enfoque ético e religioso e procurar
uma abordagem mais realista da política;
8. Nicolau Maquiavel procurou dar origem à filosofia moderna
tendo como principio a dominação dos homens, ele
pretendia mostrar e ter como base uma natureza humana
que não poderia ser mudada. Ele acreditava que se havia
uniformidade em leis gerais das ciências naturais também
poderia haver em leis para as ciências humanas.
Maquiavel foi o fundador da filosofia política moderna, a
filosofia dele não parte de relações entre indivíduos e sim
um sujeito reconstrói o mundo a partir de si. Essa
reconstrução do mundo é a característica mais típica do
pensamento moderno que aparece muito no ponto
epistemológico segundo Descartes. Escreveu o livro O
Príncipe defendendo a legitimidade do poder, ignorando o
direito divino e determinando como origem do poder a força.
9. As principais partes de O Príncipe são:
Métodos para se manter no poder.
Apontamentos, opiniões e observações acerca da dinâmica
do poder.
Tendo em vista tal perspectiva nitidamente estratégica
Maquiavel afirma que não está interessado em imaginar
como as coisas deveriam ser, mas sim em abordar a
verdade efetiva, com o termo verdade efetiva, Maquiavel
está forjando pela primeira vez o conceito moderno de
efetividade, voltando à descrição dos fenômenos em sua
superfície que pode ser observada, apresentando uma
maior proximidade com os sofistas segundo os quais as
aparências eram o que importava.
10. Maquiavel é avesso ao essencialismo grego que vê na
natureza humana uma tendência à excelência moral: não
pode definir a natureza humana; o máximo que se pode
dizer acerca dos homens e que são múltiplos e refratários à
unidade, mas tendem a serem egoístas ou seja amar e
pensar apenas em si mesmos, em seu pensamento há
traços de um pessimismo antropológico já presente nos
sofistas e bastante forte em inúmeros pensadores
modernos.
Afirma que aquele que quiser praticar a bondade esta
condenada a sofrer entre tanto que não são bons. É
necessário, portanto que o príncipe que deseja manter-se
aprenda a agir sem bondade.
Nicolau Maquiavel encontra-se no inicio de um movimento
realizado pela filosofia moderna em geral de separação
entre ética e política. Mais importante do que realmente
possuir tais virtudes e aparenta-las, temos novamente o
elogio à aparência, à superfície observável.
11. O racionalismo é a doutrina que afirma que tudo existente
em nosso redor tem uma causa inteligível, mesmo que não
possa ser demonstrada de fato como a origem do universo.
Privilegia a razão como via de acesso ao conhecimento em
detrimento da experiência do mundo sensível. Considera a
dedução como método superior de investigação filosófica
tendo como a única autoridade: a razão.
O primeiro do racionalismo foi René Descartes conhecido
também como Cartésio, é contra argumentos da fé
medieval. De acordo com René Descartes só podemos
conhecer a realidade pelo uso da razão, pois a verdade é
representada na consciência do homem e não no mundo.
“Eu penso, logo existo”.
12. A filosofia moderna recupera o conceito de razão,
exaltando a à supremacia da apreensão do
mundo, os pensadores modernos expressavam
atitudes antireligiosa, anticlerical, e é inaugurado o
que se evidencia em um mito da modernidade: a
visão religiosa incompatível com a ciência,
destroem os principais da autoridade que era a
bíblia, os grandes filósofos erigiam o dogma, mais
sim o principio da realidade, da experiência e o da
própria razão. É uma filosofia profana e crítica
baseada nos paradigmas da racionalidade, da
experiência e natureza.
13. Componentes: Turma: 22 MP
Raiane Nascimento;
Gabriela Scalon;
Aline Soares dos Santos;
Emanuelle Zanella;
Ana Paula Bagnara;