2. Conhecimento é o ato ou efeito de conhecer, é ter a
noção de alguma coisa. É o saber, a informação, a
construção de ideias e conceitos. Busca das verdades do
mundo por meio do debate, do filosofar. Conhecimentos
inclui hipóteses, conceitos, teorias, princípios e
procedimentos.
3. EPISTEMOLOGIA:
A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos
e a validade do conhecimento, e também é conhecida como
teoria do conhecimento e relaciona-se com a metafísica, a
lógica e a filosofia da ciência. É uma das principais áreas da
filosofia, compreende a possibilidade do conhecimento, se é
possível o ser humano alcançar o conhecimento total e da
origem do conhecimento.
A epistemologia também pode ser vista como a filosofia
da ciência. Trata da natureza, da origem e validade do
conhecimento, e estuda também o grau de certeza do
conhecimento cientifico nas suas diferentes áreas, com o
objetivo principal de estimar a sua importância para o espírito
humano.
A epistemologia provoca duas posições, uma empirista
que diz que o conhecimento deve ser baseado na experiência,
ou seja, no que for apreendido durante a vida, e a posição
racionalista, que prega que a fonte do conhecimento se
encontra na razão, e não na experiência.
4. CETICISMO
Criado na Grécia Antiga por Pirro de Élis, um
filósofo grego, o ceticismo é uma corrente de
pensamento filosófico que defende a ideia da
impossibilidade do conhecimento de qualquer
verdade.
É a doutrina do questionamento, estado de quem
duvida de tudo, de quem é descrente, que não
acredita em quase nada. Pessoa assim chamada de
“cética” que questiona tudo e não admite existência
de dogmas, fenômenos religiosos ou metafísicos.
Também pode ser definido como uma postura
pratica na qual é preciso "ver para crer", ou seja,
confirmar o que foi dito ou pensado através de
provas concretas.
5. GNOSIOLOGIA
Gnosiologia é a parte da Filosofia que estuda
o conhecimento humano. É formada a partir do
termo grego “gnosis” que significa
“conhecimento” e “logos” que significa “doutrina,
teoria”. Pode ser entendida como a teoria geral
do conhecimento, na qual se reflete sobre a
concordância do pensamento entre sujeito e
objeto. Nesse contexto, objeto é qualquer coisa
exterior ao espírito, uma ideia, um fenômeno,
um conceito, etc., mas visto de forma consciente
pelo sujeito.
6. SENSAÇÃO
A sensação consiste na transmissão de um sinal sob a
forma de um influxo nervoso,desde o órgão sensorial até a um
centro de recepção e de descodificação desse sinal (espinal
medula ou cérebro), por isso, a sensação liga o organismo com o
meio, através dos órgãos sensoriais.
Os órgãos sensoriais externos são os olhos, os ouvidos, o nariz,
a língua e a pele. Nestes órgãos estão localizados os cinco
sentidos externos, a saber: visão, audição, olfato, gosto e tacto.
Cada órgão dos sentidos recebe diferentes estímulos - os olhos
recebem estímulos luminosos, os ouvidos estímulos sonoros,
etc. Estes estímulos, captados pelos respectivos órgãos dos
sentidos, são transmitidos até um centro nervoso (espinal
medula ou cérebro) onde são descodificados, dando origem a
uma resposta motora ou glandular.
Assim, a sensação é a via através da qual entramos em
contacto com o mundo, por isso, é a fonte das informações que
nos chegam acerca do que se passa à nossa volta ou dentro de
nós.
7. RAZÃO
A razão pode ser considerada como uma
capacidade que o ser humano possui de
organizar a realidade na qual ele vive, fazendo
com que estas se transformem em uma coisa
compreensível e capaz de ser organizado. A
razão pode ser considerada também como
aquela capacidade de organização e
ordenamento das coisas de acordo com as suas
próprias capacidades de serem organizados e
ordenados, contudo, ainda sendo
compreensíveis nelas mesmas e por elas mesmas,
isto significa que as próprias coisas as quais
organizamos já são racionais.
8. RACIONALISMO
O racionalismo é uma corrente filosófica,
Os filósofos racionalistas mais destacados foram Descartes,
Spinoza e Leibnitz. Iniciou com a definição do raciocínio
que é a operação mental, discursiva e lógica, extraindo
conclusões verdadeiras, falsas ou prováveis. Essa era a ideia
central comum ao conjunto de doutrinas conhecidas
tradicionalmente como racionalismo.
René Descartes distingue três tipos de ideias: inatas
adventícias e factícias.
As ideias inatas estão dentro de nós desde que nascemos;
Às ideias adventícias são as que chegam a partir dos
sentidos;
As factícias tem origem na nossa imaginação.
9. Baruch Spinoza procura o bem supremo, através da
filosofia, que é Deus.
Afirma que os tributos pensamentos e extensões são os
únicos compreendidos pelo homem de um modo distinto e
claro.
Sua doutrina se chama panteísmo, e significado que Deus é
tudo ou tudo é Deus.
Já Gottfried Leibnitz, aceita que a natureza não dá saltos, e
é assim que existe uma perfeita continuidade, expressada
por uma análise do infinito. E segundo ele o universo é
harmônico, porque Deus preestabeleceu assim, e tudo
quanto sucede por uma disposição já previamente
determinada pelo Criador.
O racionalismo cristão consiste em uma filosofia
espiritualista, surgindo com a separação do movimento
espírita brasileiro, segundo seguidores é uma ciência e não
uma religião.
10. REALISMO
O termo Realismo é usado para indicar a
“Realidade Sensível” àquela captada pelos
Sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato).
A palavra “Realismo” também é utilizada
para que situações sejam encaradas sem
fantasias.
Em Filosofia, para os Filósofos Realistas
existe outra Realidade ou outra dimensão, além
dessa que se vive no cotidiano.
Um exemplo desta outra Realidade é o
“Mundo das Idéias” de Platão.
11. Tradicionalmente o Realismo é dividido em:
REALISMO EMPÍRICO – para Kant é a doutrina que se relaciona
com o “Idealismo Transcendental”. Tal acontece quando comprova
sua tese de que o Homem sabe que os Objetos ocupam Espaço e em
certo Tempo.
REALISMO EM ESTÉTICA – Deve ser como uma fotografia, sem
sentimento do artista, e sem sua maneira de ver o Mundo ou
conceitos semelhantes.No estudo sobre o Conhecimento Kant aliou
o “Realismo Empírico” com o “Idealismo Transcendental”;
“Realismo Empírico”: fornece os dados que captou através das
Experiências Empíricas
“Idealismo Transcendental”: os organiza de acordo com as noções
transcendentais fazendo com que tal Conhecimento seja válido e
sólido.
Então, o Racionalismo tem grande importância no processo de se
adquirir Saberes.
12. É possível colocar o Realismo em níveis diferentes:
REALISMO EMPÍRICO SENSÍVEL – é o Conhecimento
sobre o que foi captado pelos Sentidos sem necessidade de
raciocinar (pensar).
REALISMO DA IDÉIA – a Teoria de Platão que afirma ser
a “Realidade Efetiva”, Verdadeira, aquela do “Mundo das
Idéias”. Aqueles Objetos, Seres, Coisas que são os
modelos, as fôrmas para os similares físicos. São aqueles,
que formam a “Realidade Verdadeira”, ao contrário
daquela formada por cópias.
REALISMO HIPOSTASIADO – uma realidade fictícia, a
realidade dos objetos físicos, concretos que, são meras
cópias, sem capacidade de formar algo verdadeiro.
13. REALIDADE – do Latim medieval “REALITAS”, cujo
significado pode ser entendido das seguintes formas:
1. Tudo aquilo que existe de fato. Coisas existentes.
2. Característica daquilo que existe, exemplo: “a realidade
do Mundo exterior”.
3. Quando, se diz “a realidade do Mundo exterior”, na
verdade, está perguntando se o Mundo possui uma
Realidade exterior, a qual está “fora” do pensamento do
Homem.
4. Os filósofos concordam que os chamados “Objetos do
Pensamento (as imagens mentais)” existem, e apontam
como exemplo as noções que se tem sobre Causas e
Igualdades. Ou, os “Objetos da Matemática” que não
existem “fora” do Pensamento e, não podem ser negados.
14. O REAL – O “Real” pode ser entendido como
aquilo que existe, sendo o oposto do fictício. O
Real é um dos bons efeitos da aquisição de
Conhecimento. Tanto aquele que se adquire por
experiências empíricas, quanto o que lhe é
inato. Em outros termos o “Real” é tudo aquilo
que existe por si mesmo e não dependeu de
outro para existir.
É possível diferenciar duas formas do “Real”:
A. REAL EXISTENTE – aquilo que já É.
B. REAL POSSÍVEL – aquilo que existirá, ou
que poderá existir no futuro.
15. EMPIRISMO
Esta doutrina filosófica foi definida no século XVII pelo
filósofo inglês John Locke um dos principais ideólogos do
Empirismo inglês. De acordo com este filósofo, todos os seres
humanos nascem com a mente em branco, ou seja, limpa. Com
as experiências e conhecimentos adquiridos em vida é que a
personalidade se forma. Logo, a sociedade interfere
diretamente na formação dos indivíduos.
Empirismo é uma doutrina filosófica que defende a ideia
de que somente as experiências são capazes de gerar ideias e
conhecimentos. As teorias das ciências devem ser formuladas
e explicadas a partir da observação do mundo e da prática de
experiências científicas. Portanto, este sistema filosófico
descarta outras formas não científicas (fé, intuição, lendas,
senso comum) como forma de geração de conhecimentos.
16. Filósofos que defenderam ideias ligadas ao
empirismo:
Aristóteles
Tomás de Aquino
Francis Bacon
Thomas Hobbes
John Locke (considerado o “pai” do empirismo
filosófico)
George Berkeley
David Hume
John Stuart Mill
17. Apriorismo Kantiano
APRIORISMO é uma posição gnosiológica que média o empirismo e o
racionalismo. O empirismo ensina que a fonte de todo conhecimento é a
experiência, e o racionalismo, a razão. O apriorismo dirá que ambos os
fatores, experiência e razão, intervêm no ato do conhecimento.
Kant queria conciliar o Empirismo (teoria que defende que só podemos
conhecer através das experiências sensoriais) e o Racionalismo (teoria que
defende que só podemos ganhar conhecimento através da razão, de nossa
mente). Kant, então, criou o Apriorismo Kantiano. Nessa doutrina, Kant
dizia que o homem precisa sim das experiências sensoriais, elas são
essenciais, mas que sem nossa razão não podemos obter conhecimento.
Todo conhecimento começa pela experiência, mas a experiência sozinha
não nos dá conhecimento. É preciso de um trabalho do sujeito para
organizar os dados da experiência. Kant estudou o sujeito 'a priori' (daí o
nome APRIORISMO), isto é, antes de qualquer experiência sensorial, e
concluiu que existem formas da sensibilidade e do entendimento. A
experiência fornece a matéria do conhecimento, e a razão organiza essa
matéria de acordo com suas formas próprias. Os conhecimentos A
POSTERIORI são os conhecimentos que dependem de experiências
sensoriais. Experiências sensoriais: tato, olfato, audição, visão.
18. DOGMATISMO E CETICISMO:CRITICISMO.
Dogmatismo: doutrina que defende que o homem
pode conhecer uma verdade plena. A crença de que
Deus existe, por exemplo, é um dogma.
Ceticismo: doutrina que defende que o homem não
é capaz de conhecer a verdade.
O criticismo, desenvolvido pela filosofia kantiana
(de Kant), representa uma tentativa de superação
do impasse entre o Dogmatismo e Ceticismo. Kant
dizia que o homem pode, sim, chegar à verdade e
pode conhecer, mas sob determinadas condições e
com algum esforço. Ou seja, o conhecimento é
limitado e vai depender de quem é o sujeito.
19. DOGMATISMO:
Dogmatismo é a tendência de um indivíduo, de
afirmar ou crer em algo como verdadeiro e
indiscutível, o dogmatismo ocorre quando uma
pessoa considera uma verdade absoluta e
indiscutível.
O dogmatismo filosófico é a contestação do
ceticismo, é quando as verdades são questionadas,
para fazer com que os indivíduos não confiem e nem
se tornem submissos perante as verdades
estabelecidas. O dogmatismo filosófico pode ser
compreendido como a possibilidade de conhecer a
verdade, a confiança nesse conhecimento e a
submissão a essa verdade sem questioná-la. Alguns
dos filósofos dogmáticos mais conhecidos são
Platão, Aristóteles e Parmênides.