SlideShare a Scribd company logo
1 of 25
ESTUDO DE MAPEAMENTO
  SISTEMÁTICO
  Alexandre Nóbrega Duarte
  http://alexandre.ci.ufpb.br


04/02/2013     I Workshop do Laboratório de Análise de Redes Sociais da UFPB
Introdução
   Digamos que você pretende definir uma nova
    abordagem ou método para resolver um
    determinado problema.

     Qual é a primeira coisa que você deve fazer?
Revisão de Literatura
   Procurar trabalhos científicos primários,
    secundários, etc …
   Estudos secundários
     Estudo   de mapeamento sistemático
       Mais   geral
     Revisão   sistemática de literatura
       Mais detalhado
       Mais comparativo
Estudo de mapeamento sistemático
   Mapping study (a.k.a Scoping study)
   Estudo secundário: depende dos estudos primários
    utilizados para revelar evidências e construir
    conhecimento;
   Diferente de uma revisão comum de
    literatura, existe explicitamente uma estratégia de
    pesquisa, permitindo que as evidências pertinentes
    sejam consideradas de forma sistemática e
    transparente
Revisão Sistemática de Literatura
   Um dos principais métodos da pesquisa baseada
    em evidências (medicina, engenharia de
    software, etc)
   O mesmo arcabouço metodológico de um estudo de
    mapeamento sistemático é utilizado em uma RSL

   Contudo, os dois métodos apresentam diferenças
    importantes…
MS vs RSL: Abrangência do Estudo


             Mapeamento                      Revisão
              Sistemático                  Sistemática


            Exploratório                    Escopo definido




Questões de pesquisa mais amplas         Questões de pesquisa PICOC
                                   (Population, Intervention, Context, Outcomes e Comparison)
MS vs RSL: Processo de Busca


      Mapeamento         Revisão
       Sistemático     Sistemática
   Exploração: Menos    Extração: Mais
      aprofundada        aprofundada
    Síntese: Foco na   Síntese: Foco em
     categorização     melhores práticas




                        Avaliação da qualidade!
Por que fazer um mapping study?
   Para examinar a extensão, alcance e natureza dos
    fenômenos de investigação;
   Para determinar a necessidade de uma completa
    revisão sistemática;
   Para resumir e divulgar resultados de pesquisa;
   Para identificar as lacunas de pesquisa na
    literatura existente.
O que se precisa para fazer um
mapping study?
   Um tema a ser mapeado
   Perguntas a serem respondidas
   Um protocolo para guiar os participantes
   O número ideal de participantes é 3
     Executar   com uma única pessoa diminui a qualidade do
      mapping
Criando um protocolo para mapping
study
   Introdução
   Qual a área de conhecimento que você quer
    mapear?
   Qual a justificativa para realizar este estudo?
   Identificar questões de pesquisa
   Exemplos:
     Como   estão distribuídas as publicações ao longo dos
      anos?
     Podemos distribuir as publicações seguindo uma
      taxonomia? Se sim, como está esta distribuição?
Busca
   Busca automática
     Definir   quais engenhos de busca serão utilizados
       IEEEXplore, Google Scholar, Scopus, ScienceDirect, ACM
        Digital Library, Engineering Village, etc
     Definir   as strings de busca
   Busca manual
     Definirque conferências, journals, etc
     Principais conferências/journals da área
Busca automática
   Definindo as strings de busca
     Baseado   nas palavras-chaves das questões de
      pesquisa
     Strings podem ter sinônimos, variar em número e em
      idioma
     Exemplo: a palavra-chave “Programação Orientada a
      objetos”

      “programação orientada a
      objetos”, “POO”, “OO”, “orientação a objetos”, “object-
      oriented”, “object orientation”
Busca automática
   Definindo as strings de busca
     Devemos    usar operadores booleanos nas buscas
       ORpara sinônimos
       AND para integrar palavras-chaves
     Exemplo:
      Queremos pesquisar sobre métodos de design em
      POO.
        (“design” OR “método”)
        AND
        (“programação orientada a objetos” OR “POO” OR
        “OO” OR “orientação a objetos”)
Busca automática
   Definindo as strings de busca
     ATENÇÃO:   cada engenho de busca tem uma forma
      diferente para se criar a expressão
     Deve-se estudar como criar a expressão booleana em
      cada engenho de busca
Busca automática
   Exemplo
     IEEEXplore
      ("design" OR "metodo") AND ("OO" OR "orientação a
        objetos" OR "programação orientada a objetos")
     Scopus
      TITLE-ABS-KEY(("design" OR "metodo") AND ("OO" OR
        "orientação a objetos" OR "programação orientada a
        objetos"))
Busca manual
   Selecionar apenas as principais conferências sobre o
    tema
     É uma busca complementar
     Se o paper for relevante ele provavelmente será indexado
      pelos engenhos e recuperado na busca automática
   Interessantes para áreas novas de pesquisa, cujas
    conferências ainda não são devidamente indexadas
   Útil também para incluir artigos apresentados em
    workshops focados em tópicos muito específicos
Definir critérios de inclusão e exclusão

   Define quais os critérios para incluir ou excluir um
    trabalho do mapping
   Precisam estar bem definidos para não haver
    discordância nas avaliações dos pesquisadores
   Mesmo assim, vão haver discordâncias! 
Exemplos de critérios de
inclusão/exclusão
        rios de         o
     Estudos   que foquem no contexto de XXX baseado em
      YYY
     Estudos que estejam          veis para acesso      s
      do serviço de biblioteca online da UFPB.
        rios de          o
     Estudos irrelevantes para a pesquisa;
     Estudos repetidos e duplicados;
     Estudos que apresentem texto,        do e resultados
      incompletos.
Mapear
   Analisar os trabalhos selecionados de acordo com
    as questões de pesquisa
   Criar taxonomias para classificar os trabalhos e
    gerar resultados interessantes
     Criar  uma taxonomia nova não é trivial
     Tentar aproveitar taxonomias existentes na literatura
     Utilizar taxonomias das conferências da área
       Pode   usar o DBLP
   Gerar resultados
     Geralmente    em forma de gráficos
Taxonomias
Exemplos de resultados
Exemplos de resultados
Exemplos de resultados
Um processo para mapping study

                               Etapas do processo
Definição das                                        Determinação de        Extração e
                  Conduzir a         Exame dos
 questões de                                        palavras-chave nos   classificação dos
                    busca              artigos           abstracts
  pesquisa                                                                     dados




 Escopo da                             Artigos        Esquema de          Mapeamento
                Todos os artigos
  pesquisa                           relevantes       classificação        sistemático




                                   Resultados
Considerações finais
   É bastante trabalhoso!
   Pode ser interessante realizar um pré-mapeamento
    com apenas uma questão de pesquisa
   Definir bem as questões de pesquisa e o
    procedimento de busca;
   Realizar testes com a string para adaptá-la a
    cada engenho de busca.

More Related Content

What's hot

Modelo de artigo científico básico - com normas ABNT
Modelo de artigo científico básico - com normas ABNTModelo de artigo científico básico - com normas ABNT
Modelo de artigo científico básico - com normas ABNT
Rosineia Oliveira dos Santos
 
Linhas de-influencia-de-estruturas-isostaticas (1)
Linhas de-influencia-de-estruturas-isostaticas (1)Linhas de-influencia-de-estruturas-isostaticas (1)
Linhas de-influencia-de-estruturas-isostaticas (1)
UFRJ
 
Como problematizar o tema da pesquisa
Como problematizar o tema da pesquisaComo problematizar o tema da pesquisa
Como problematizar o tema da pesquisa
Antenor Casagrande
 
Resistência dos materiais r. c. hibbeler
Resistência dos materiais   r. c. hibbelerResistência dos materiais   r. c. hibbeler
Resistência dos materiais r. c. hibbeler
Meireles01
 

What's hot (20)

Aula Hidrologia - Método Racional
Aula Hidrologia - Método RacionalAula Hidrologia - Método Racional
Aula Hidrologia - Método Racional
 
3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas
 
Exercicios e respostas
Exercicios e respostasExercicios e respostas
Exercicios e respostas
 
Exercícios de rumos e azimutes
Exercícios de rumos e azimutesExercícios de rumos e azimutes
Exercícios de rumos e azimutes
 
Pilar canto
Pilar cantoPilar canto
Pilar canto
 
Exercícios dimensionamento de floculadores
Exercícios dimensionamento de floculadoresExercícios dimensionamento de floculadores
Exercícios dimensionamento de floculadores
 
Apostila processos industriais ipi1 ana paula
Apostila processos industriais ipi1 ana paulaApostila processos industriais ipi1 ana paula
Apostila processos industriais ipi1 ana paula
 
Teoria estruturas ii_aula1
Teoria estruturas ii_aula1Teoria estruturas ii_aula1
Teoria estruturas ii_aula1
 
Modelo de artigo científico básico - com normas ABNT
Modelo de artigo científico básico - com normas ABNTModelo de artigo científico básico - com normas ABNT
Modelo de artigo científico básico - com normas ABNT
 
Exercicios resolvidos hidraulica
Exercicios resolvidos hidraulicaExercicios resolvidos hidraulica
Exercicios resolvidos hidraulica
 
Apresentação da minha qualificação
Apresentação da minha qualificaçãoApresentação da minha qualificação
Apresentação da minha qualificação
 
Aula 3 peneiramento
Aula 3 peneiramentoAula 3 peneiramento
Aula 3 peneiramento
 
Linhas de-influencia-de-estruturas-isostaticas (1)
Linhas de-influencia-de-estruturas-isostaticas (1)Linhas de-influencia-de-estruturas-isostaticas (1)
Linhas de-influencia-de-estruturas-isostaticas (1)
 
Como problematizar o tema da pesquisa
Como problematizar o tema da pesquisaComo problematizar o tema da pesquisa
Como problematizar o tema da pesquisa
 
Aula 4 vigas
Aula 4   vigasAula 4   vigas
Aula 4 vigas
 
mecanica dos fluidos
mecanica dos fluidosmecanica dos fluidos
mecanica dos fluidos
 
Resistência dos materiais r. c. hibbeler
Resistência dos materiais   r. c. hibbelerResistência dos materiais   r. c. hibbeler
Resistência dos materiais r. c. hibbeler
 
Aula 4 dimensionamento elementos comprimido
Aula 4   dimensionamento elementos comprimidoAula 4   dimensionamento elementos comprimido
Aula 4 dimensionamento elementos comprimido
 
Equilibrio corpo rigido
Equilibrio corpo rigidoEquilibrio corpo rigido
Equilibrio corpo rigido
 
Adutoras
AdutorasAdutoras
Adutoras
 

Viewers also liked

Tipos de revisão bibliográfica
Tipos de revisão bibliográficaTipos de revisão bibliográfica
Tipos de revisão bibliográfica
Ricardo Alexandre
 
TCC: Introdução, Revisão da Literatura e Objetivos - Profa. Rilva Muñoz - UFPB
TCC: Introdução, Revisão da Literatura e Objetivos - Profa. Rilva Muñoz - UFPBTCC: Introdução, Revisão da Literatura e Objetivos - Profa. Rilva Muñoz - UFPB
TCC: Introdução, Revisão da Literatura e Objetivos - Profa. Rilva Muñoz - UFPB
Rilva Lopes de Sousa Muñoz
 
Como colocar as referências segundo a abnt
Como colocar as referências segundo a abntComo colocar as referências segundo a abnt
Como colocar as referências segundo a abnt
itqturma201
 

Viewers also liked (10)

Um estudo de mapeamento sistemático sobre o processo de desenvolvimento de so...
Um estudo de mapeamento sistemático sobre o processo de desenvolvimento de so...Um estudo de mapeamento sistemático sobre o processo de desenvolvimento de so...
Um estudo de mapeamento sistemático sobre o processo de desenvolvimento de so...
 
Mapping Study
Mapping Study�Mapping Study�
Mapping Study
 
Introdução à Revisão Sistemática da Literatura
Introdução à Revisão Sistemática da LiteraturaIntrodução à Revisão Sistemática da Literatura
Introdução à Revisão Sistemática da Literatura
 
Um mapeamento sistemático sobre iniciativas brasileiras em ambientes de ensin...
Um mapeamento sistemático sobre iniciativas brasileiras em ambientes de ensin...Um mapeamento sistemático sobre iniciativas brasileiras em ambientes de ensin...
Um mapeamento sistemático sobre iniciativas brasileiras em ambientes de ensin...
 
Ensino de Computação na Educação Básica no Brasil: Um Mapeamento Sistemático
Ensino de Computação na Educação Básica no Brasil: Um Mapeamento SistemáticoEnsino de Computação na Educação Básica no Brasil: Um Mapeamento Sistemático
Ensino de Computação na Educação Básica no Brasil: Um Mapeamento Sistemático
 
Revisão Sistemática
Revisão SistemáticaRevisão Sistemática
Revisão Sistemática
 
Revisão Sistemática da Literatura
Revisão Sistemática da LiteraturaRevisão Sistemática da Literatura
Revisão Sistemática da Literatura
 
Tipos de revisão bibliográfica
Tipos de revisão bibliográficaTipos de revisão bibliográfica
Tipos de revisão bibliográfica
 
TCC: Introdução, Revisão da Literatura e Objetivos - Profa. Rilva Muñoz - UFPB
TCC: Introdução, Revisão da Literatura e Objetivos - Profa. Rilva Muñoz - UFPBTCC: Introdução, Revisão da Literatura e Objetivos - Profa. Rilva Muñoz - UFPB
TCC: Introdução, Revisão da Literatura e Objetivos - Profa. Rilva Muñoz - UFPB
 
Como colocar as referências segundo a abnt
Como colocar as referências segundo a abntComo colocar as referências segundo a abnt
Como colocar as referências segundo a abnt
 

Similar to Mapping Study

Comoelaborarumprojetodepesquisa 100323013200-phpapp01
Comoelaborarumprojetodepesquisa 100323013200-phpapp01Comoelaborarumprojetodepesquisa 100323013200-phpapp01
Comoelaborarumprojetodepesquisa 100323013200-phpapp01
Eliete Oliveira
 
Construindo_o_seu_TCC_passo_a_passo.pdf
Construindo_o_seu_TCC_passo_a_passo.pdfConstruindo_o_seu_TCC_passo_a_passo.pdf
Construindo_o_seu_TCC_passo_a_passo.pdf
Roberta Giovanini
 
Palestra tcc
Palestra tccPalestra tcc
Palestra tcc
wapiva
 
Metolodogia daniela cartoni - slides - parte 08 - estrutura do projeto
Metolodogia   daniela cartoni - slides - parte 08 - estrutura do projetoMetolodogia   daniela cartoni - slides - parte 08 - estrutura do projeto
Metolodogia daniela cartoni - slides - parte 08 - estrutura do projeto
Daniela Cartoni
 
Aulaindexacao
AulaindexacaoAulaindexacao
Aulaindexacao
cibeleac
 

Similar to Mapping Study (20)

Comoelaborarumprojetodepesquisa 100323013200-phpapp01
Comoelaborarumprojetodepesquisa 100323013200-phpapp01Comoelaborarumprojetodepesquisa 100323013200-phpapp01
Comoelaborarumprojetodepesquisa 100323013200-phpapp01
 
Comoelaborarumprojetodepesquisa 100323014031-phpapp02
Comoelaborarumprojetodepesquisa 100323014031-phpapp02Comoelaborarumprojetodepesquisa 100323014031-phpapp02
Comoelaborarumprojetodepesquisa 100323014031-phpapp02
 
Pesquisa
PesquisaPesquisa
Pesquisa
 
tut_artigo.pdf
tut_artigo.pdftut_artigo.pdf
tut_artigo.pdf
 
Construindo_o_seu_TCC_passo_a_passo.pdf
Construindo_o_seu_TCC_passo_a_passo.pdfConstruindo_o_seu_TCC_passo_a_passo.pdf
Construindo_o_seu_TCC_passo_a_passo.pdf
 
Revisão Sistemática da Literatura (SLR)
Revisão Sistemática da Literatura (SLR)Revisão Sistemática da Literatura (SLR)
Revisão Sistemática da Literatura (SLR)
 
LPT_Trabalhos acadêmicos
LPT_Trabalhos acadêmicos LPT_Trabalhos acadêmicos
LPT_Trabalhos acadêmicos
 
Normas para Organização do TCC - CPS
Normas para Organização do TCC - CPSNormas para Organização do TCC - CPS
Normas para Organização do TCC - CPS
 
Introdução à Revisão Sistemática de Literatura (RSL)
Introdução à Revisão Sistemática de Literatura (RSL)Introdução à Revisão Sistemática de Literatura (RSL)
Introdução à Revisão Sistemática de Literatura (RSL)
 
02/12 Referencial Teórico - Processo de Codificação
02/12 Referencial Teórico - Processo de Codificação 02/12 Referencial Teórico - Processo de Codificação
02/12 Referencial Teórico - Processo de Codificação
 
Palestra tcc
Palestra tccPalestra tcc
Palestra tcc
 
Projeto de pesquisa
Projeto de pesquisa  Projeto de pesquisa
Projeto de pesquisa
 
Resumo sobre Recovering from a decade: a systematic mapping of information re...
Resumo sobre Recovering from a decade: a systematic mapping of information re...Resumo sobre Recovering from a decade: a systematic mapping of information re...
Resumo sobre Recovering from a decade: a systematic mapping of information re...
 
cieb-eodc
cieb-eodccieb-eodc
cieb-eodc
 
Curso preparatório para concurso da anvisa
Curso preparatório para concurso da anvisaCurso preparatório para concurso da anvisa
Curso preparatório para concurso da anvisa
 
Metolodogia daniela cartoni - slides - parte 08 - estrutura do projeto
Metolodogia   daniela cartoni - slides - parte 08 - estrutura do projetoMetolodogia   daniela cartoni - slides - parte 08 - estrutura do projeto
Metolodogia daniela cartoni - slides - parte 08 - estrutura do projeto
 
SLIDE METODOLOGIA DE PESQUISA USP (1).pptx
SLIDE METODOLOGIA DE PESQUISA USP (1).pptxSLIDE METODOLOGIA DE PESQUISA USP (1).pptx
SLIDE METODOLOGIA DE PESQUISA USP (1).pptx
 
Aulaindexacao
AulaindexacaoAulaindexacao
Aulaindexacao
 
Projeto de Pesquisa - ISEP
Projeto de Pesquisa -  ISEPProjeto de Pesquisa -  ISEP
Projeto de Pesquisa - ISEP
 
Métodos de síntese de conhecimento_FPS.pptx
Métodos de síntese de conhecimento_FPS.pptxMétodos de síntese de conhecimento_FPS.pptx
Métodos de síntese de conhecimento_FPS.pptx
 

More from Alexandre Duarte

More from Alexandre Duarte (20)

Projeto de Experimentos
Projeto de ExperimentosProjeto de Experimentos
Projeto de Experimentos
 
Táticas para Projeto de Experimentos
Táticas para Projeto de ExperimentosTáticas para Projeto de Experimentos
Táticas para Projeto de Experimentos
 
Causalidade e Abdução
Causalidade e AbduçãoCausalidade e Abdução
Causalidade e Abdução
 
Fazer Ciência é Difícil!
Fazer Ciência é Difícil!Fazer Ciência é Difícil!
Fazer Ciência é Difícil!
 
Atividades Científica
Atividades CientíficaAtividades Científica
Atividades Científica
 
Escolhendo um Projeto de Pesquisa
Escolhendo um Projeto de PesquisaEscolhendo um Projeto de Pesquisa
Escolhendo um Projeto de Pesquisa
 
Ciência da Computação como Ciência
Ciência da Computação como CiênciaCiência da Computação como Ciência
Ciência da Computação como Ciência
 
Metodologia da Pesquisa Científica: Introdução
Metodologia da Pesquisa Científica:  IntroduçãoMetodologia da Pesquisa Científica:  Introdução
Metodologia da Pesquisa Científica: Introdução
 
Gráficos: 10 dicas sobre o que fazer e sobre o que não fazer
Gráficos: 10 dicas sobre o que fazer e sobre o que não fazerGráficos: 10 dicas sobre o que fazer e sobre o que não fazer
Gráficos: 10 dicas sobre o que fazer e sobre o que não fazer
 
Panorama de Pesquisas em Análise de Dados na UFPB
Panorama de Pesquisas em Análise de Dados na UFPBPanorama de Pesquisas em Análise de Dados na UFPB
Panorama de Pesquisas em Análise de Dados na UFPB
 
Agrupamento com K-Means
Agrupamento com K-MeansAgrupamento com K-Means
Agrupamento com K-Means
 
Sumarização Estatística 2D: Variáveis Nominais
Sumarização Estatística 2D: Variáveis NominaisSumarização Estatística 2D: Variáveis Nominais
Sumarização Estatística 2D: Variáveis Nominais
 
Correlação e Classificação
Correlação e ClassificaçãoCorrelação e Classificação
Correlação e Classificação
 
Sumarização Estatística 2D
Sumarização Estatística 2DSumarização Estatística 2D
Sumarização Estatística 2D
 
Sumarização Estatística 1D
Sumarização Estatística 1DSumarização Estatística 1D
Sumarização Estatística 1D
 
Transformação de Dados
Transformação de DadosTransformação de Dados
Transformação de Dados
 
Preparação e Limpeza de Dados
Preparação e Limpeza de DadosPreparação e Limpeza de Dados
Preparação e Limpeza de Dados
 
Introdução ao Projeto de Experimentos
Introdução ao Projeto de ExperimentosIntrodução ao Projeto de Experimentos
Introdução ao Projeto de Experimentos
 
Introdução ao Projeto de Surveys
Introdução ao Projeto de SurveysIntrodução ao Projeto de Surveys
Introdução ao Projeto de Surveys
 
Introdução à Análise de Dados - Aula 01
Introdução à Análise de Dados - Aula 01Introdução à Análise de Dados - Aula 01
Introdução à Análise de Dados - Aula 01
 

Mapping Study

  • 1. ESTUDO DE MAPEAMENTO SISTEMÁTICO Alexandre Nóbrega Duarte http://alexandre.ci.ufpb.br 04/02/2013 I Workshop do Laboratório de Análise de Redes Sociais da UFPB
  • 2. Introdução  Digamos que você pretende definir uma nova abordagem ou método para resolver um determinado problema. Qual é a primeira coisa que você deve fazer?
  • 3. Revisão de Literatura  Procurar trabalhos científicos primários, secundários, etc …  Estudos secundários  Estudo de mapeamento sistemático  Mais geral  Revisão sistemática de literatura  Mais detalhado  Mais comparativo
  • 4. Estudo de mapeamento sistemático  Mapping study (a.k.a Scoping study)  Estudo secundário: depende dos estudos primários utilizados para revelar evidências e construir conhecimento;  Diferente de uma revisão comum de literatura, existe explicitamente uma estratégia de pesquisa, permitindo que as evidências pertinentes sejam consideradas de forma sistemática e transparente
  • 5. Revisão Sistemática de Literatura  Um dos principais métodos da pesquisa baseada em evidências (medicina, engenharia de software, etc)  O mesmo arcabouço metodológico de um estudo de mapeamento sistemático é utilizado em uma RSL  Contudo, os dois métodos apresentam diferenças importantes…
  • 6. MS vs RSL: Abrangência do Estudo Mapeamento Revisão Sistemático Sistemática Exploratório Escopo definido Questões de pesquisa mais amplas Questões de pesquisa PICOC (Population, Intervention, Context, Outcomes e Comparison)
  • 7. MS vs RSL: Processo de Busca Mapeamento Revisão Sistemático Sistemática Exploração: Menos Extração: Mais aprofundada aprofundada Síntese: Foco na Síntese: Foco em categorização melhores práticas Avaliação da qualidade!
  • 8. Por que fazer um mapping study?  Para examinar a extensão, alcance e natureza dos fenômenos de investigação;  Para determinar a necessidade de uma completa revisão sistemática;  Para resumir e divulgar resultados de pesquisa;  Para identificar as lacunas de pesquisa na literatura existente.
  • 9. O que se precisa para fazer um mapping study?  Um tema a ser mapeado  Perguntas a serem respondidas  Um protocolo para guiar os participantes  O número ideal de participantes é 3  Executar com uma única pessoa diminui a qualidade do mapping
  • 10. Criando um protocolo para mapping study  Introdução  Qual a área de conhecimento que você quer mapear?  Qual a justificativa para realizar este estudo?  Identificar questões de pesquisa  Exemplos:  Como estão distribuídas as publicações ao longo dos anos?  Podemos distribuir as publicações seguindo uma taxonomia? Se sim, como está esta distribuição?
  • 11. Busca  Busca automática  Definir quais engenhos de busca serão utilizados  IEEEXplore, Google Scholar, Scopus, ScienceDirect, ACM Digital Library, Engineering Village, etc  Definir as strings de busca  Busca manual  Definirque conferências, journals, etc  Principais conferências/journals da área
  • 12. Busca automática  Definindo as strings de busca  Baseado nas palavras-chaves das questões de pesquisa  Strings podem ter sinônimos, variar em número e em idioma  Exemplo: a palavra-chave “Programação Orientada a objetos” “programação orientada a objetos”, “POO”, “OO”, “orientação a objetos”, “object- oriented”, “object orientation”
  • 13. Busca automática  Definindo as strings de busca  Devemos usar operadores booleanos nas buscas  ORpara sinônimos  AND para integrar palavras-chaves  Exemplo: Queremos pesquisar sobre métodos de design em POO. (“design” OR “método”) AND (“programação orientada a objetos” OR “POO” OR “OO” OR “orientação a objetos”)
  • 14. Busca automática  Definindo as strings de busca  ATENÇÃO: cada engenho de busca tem uma forma diferente para se criar a expressão  Deve-se estudar como criar a expressão booleana em cada engenho de busca
  • 15. Busca automática  Exemplo  IEEEXplore ("design" OR "metodo") AND ("OO" OR "orientação a objetos" OR "programação orientada a objetos")  Scopus TITLE-ABS-KEY(("design" OR "metodo") AND ("OO" OR "orientação a objetos" OR "programação orientada a objetos"))
  • 16. Busca manual  Selecionar apenas as principais conferências sobre o tema  É uma busca complementar  Se o paper for relevante ele provavelmente será indexado pelos engenhos e recuperado na busca automática  Interessantes para áreas novas de pesquisa, cujas conferências ainda não são devidamente indexadas  Útil também para incluir artigos apresentados em workshops focados em tópicos muito específicos
  • 17. Definir critérios de inclusão e exclusão  Define quais os critérios para incluir ou excluir um trabalho do mapping  Precisam estar bem definidos para não haver discordância nas avaliações dos pesquisadores  Mesmo assim, vão haver discordâncias! 
  • 18. Exemplos de critérios de inclusão/exclusão  rios de o  Estudos que foquem no contexto de XXX baseado em YYY  Estudos que estejam veis para acesso s do serviço de biblioteca online da UFPB.  rios de o  Estudos irrelevantes para a pesquisa;  Estudos repetidos e duplicados;  Estudos que apresentem texto, do e resultados incompletos.
  • 19. Mapear  Analisar os trabalhos selecionados de acordo com as questões de pesquisa  Criar taxonomias para classificar os trabalhos e gerar resultados interessantes  Criar uma taxonomia nova não é trivial  Tentar aproveitar taxonomias existentes na literatura  Utilizar taxonomias das conferências da área  Pode usar o DBLP  Gerar resultados  Geralmente em forma de gráficos
  • 24. Um processo para mapping study Etapas do processo Definição das Determinação de Extração e Conduzir a Exame dos questões de palavras-chave nos classificação dos busca artigos abstracts pesquisa dados Escopo da Artigos Esquema de Mapeamento Todos os artigos pesquisa relevantes classificação sistemático Resultados
  • 25. Considerações finais  É bastante trabalhoso!  Pode ser interessante realizar um pré-mapeamento com apenas uma questão de pesquisa  Definir bem as questões de pesquisa e o procedimento de busca;  Realizar testes com a string para adaptá-la a cada engenho de busca.