O documento discute o tratamento de pacientes com dependência química no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), incluindo o processo de acolhimento, aspectos médicos, psicológicos e sociais do tratamento. Também aborda a importância da reinserção social dos pacientes e do papel do assistente social no apoio a esses processos.
2. Saúde Mental e reforma psiquiátrica
Processo de desistitucionalização dos pacientes com
transtornos mentais provenientes de diversas causas.
Perspectiva de tratamento que vislumbre os aspectos
biopsicossociais envolvidos no contexto da
dependência química.
Intervenção em meio aberto como a mais indicada na
busca de uma ressignificação da vida dos sujeitos, que
muitas vezes, estão com a vida centrada no uso de
substâncias psicoativas.
3. Tratamento no CAPS AD
O processo de tratamento envolve:
Acolhimento:
Socialização inicial de informações para adesão dos
usuários.
Aspectos médicos:
Diagnóstico da patologia;
Administração de medicação;
Acompanhamento da evolução do paciente.
4. Tratamento no CAPS AD
Aspectos psicológicos:
Atendimento terapêutico para tratar questões
psicológicas.
Aspectos Sociais:
Participação da família no tratamento;
Inserção nos equipamentos sociais.
Perspectiva de reinserção social.
5. Reinserção Social
É o determinante da recuperação integral do paciente
e pressupõe a recuperação das perdas e a criação e/ou
fortalecimento de uma rede de apoio.
É um processo longo, gradativo e dinâmico, pois
implica numa revisão de estigmas sociais
estabelecidos, no resgate da cidadania e na retomada
de hábitos sociais saudáveis.
6. Reinserção Social
Avaliação social para conhecer a realidade do usuário
para estabelecimento de seu Plano Terapêutico Singular.
Aspectos analisados nesta avaliação:
Vida pessoal e familiar;
Vida funcional;
Vida econômica;
Vida sociocomunitária;
Vida espiritual.
7. Reinserção Social
É necessário conhecer a totalidade da vida do usuário,
seus meios de convívio, suas habilidades e perspectiva
de vida.
Promoção de atendimento dialógico com os usuários
e seus familiares, a partir da socialização de
informações e solicitação de opiniões para que o
tratamento se adeque as identificações do paciente.
8. Reinserção Social
Construção de um PROJETO DE VIDA para
estabelecer mudanças de hábitos sociais.
Aspectos que envolvem o projeto:
Familiares;
Profissionais;
Médicos e psicológicos;
Espirituais;
Econômicos.
9. Objetivos da intervenção do
Assistente Social
Promover a universalização dos direitos sociais dos
usuários, através da identificação dos recursos que
possibilitem a defesa de tais direitos.
Intervir na realidade social dos usuários, a fim de
identificar as expressões da questão social
relacionadas ao processo de uso de substâncias
psicoativas, para assim buscar formas de mudança da
situação social vivida por essas pessoas, a partir da
integração em atividades sociais e laborais.
10. Atribuições gerais
Coordenação, elaboração, supervisão e avaliação de
estudos, programas e projetos na área de Serviço
Social;
Assessoria, consultoria e direção de serviços técnicos
em Serviço Social;
Planejamento, organização e administração de
benefícios e serviços sociais.
11. Atribuições principais
Encaminhamento de providências e prestação de
orientação social aos pacientes e seus familiares, bem
como a população, quanto aos serviços e direitos
sociais (em âmbito interdisciplinar e intersetorial) que
garantam a melhoria dos aspectos psicossociais
destes.
Planejamento, execução e avaliação de pesquisas que
possam contribuir para a análise da realidade social e
para subsidiar ações de intervenção junto aos usuários
do serviço;
12. Atribuições principais
Realização de estudos socioeconômicos com os
usuários para fins de benefícios e serviços sociais a
que tenham direito;
Prestação de informações e pareceres sobre a matéria
de Serviço Social;
Realização de ações que possibilitem a identificação
de novas atividades de trabalho, lazer e relações
interpessoais, a fim de desenvolver a autonomia e
melhorar as relações sociais e familiares.
13. Atribuições principais
Buscar manter a família esclarecida sobre os aspectos
biopsicossociais que perpassam a dependência
química para estabelecer novas relações
interfamiliares que tragam mudanças na vida em
sociedade, no trabalho e previna recaídas;
Participação nas atividades multidisciplinares:
Visitas domiciliares;
Grupos;
Ações socioeducativas;
Avaliações e atendimentos individuais.
14. Desafios e Possibilidades
Intervenção pautada nos aspectos do projeto ético-
político profissional;
Garantir um bom atendimento, diante os recursos
mínimos disponibilizados para a intervenção;
Estabelecer um diálogo reflexivo com os usuários,
para um melhor entendimento de mundo e da sua
situação.
15. Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas
usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e
esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre
aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se
não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre,
à margem de nós mesmos.
Fernando Pessoa
16. Referências
BRASIL. As redes comunitária e de saúde no
atendimento aos usuários e dependentes de substâncias
psicoativas: módulo 6. 4. ed. Brasília: Secretaria Nacional
de Políticas sobre drogas, 2011.
BRASIL. Lei no
8.662, de 7 de junho de 1993. Dispõe sobre a
profissão de Assistente Social e dá outras providências.
Brasília: [s/n], [s/d]. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8662.htm>.
Acesso em: 30 mar. 2013.