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Revista Portuguesa de Estomatologia,
Medicina Dentária e Cirugia Maxilofacial

www.elsevier.pt/spemd

Caso clínico

A utilizacão de técnicas incorrectas de biopsia pode
¸
aumentar a complexidade do diagnóstico diferencial
de lesões orais
Allan Ulisses Carvalho De Melo a,∗ , Cyntia Ferreira Ribeiro b , Thiago De Santana Santos c ,
Antônio Oliveira Neto d , Francisco Emanuel Nascimento Araújo d
e Ricardo Luiz Cavalcanti Albuquerque Júnior e
a

Professor Doutor Titular da Disciplina de Estomatologia da Universidade Tiradentes (UNIT/SE), Brasil
Programa de Pós-Graduacão em Odontologia (Doutorado), Universidade de Taubaté (UNITAU), Brasil
¸
c Programa de Pós-Graduacão em Odontologia (Doutorado), Universidade de São Paulo (FORP/USP), Brasil
¸
d Aluno de Graduacão do curso de Odontologia da Universidade Tiradentes (UNIT/SE), Brasil
¸
e Professor Doutor Titular da Disciplina de Patologia Oral e Maxilofacial da Universidade Tiradentes (UNIT/SE), Brasil
b

informação sobre o artigo

r e s u m o

Historial do artigo:

O objetivo deste trabalho foi descrever um caso de uma lesão patológica bucal relativamente

Recebido a 24 de junho de 2011

comum cujo diagnóstico foi tornado «complexo» em virtude de biópsias prévias realiza-

Aceite a 12 de outubro de 2011

das sem observacão de todos os requisitos técnicos operatórios. Tratou-se de uma mulher,
¸

On-line a 22 de noviembre de 2011

49 anos de idade, apresentando lesão tumoral séssil submucosa em lábio inferior direito com

Palavras-chave:

de diâmetro, indolor, com mucosa sobrejacente eritematosa e diminuicão de sensibilidade
¸

histórico de 10 anos de evolucão. Ao exame clínico verificou-se uma lesão com cerca de 3 cm
¸
Diagnóstico

táctil. Foi submetida a duas biópsias incisionais e usou inúmeros medicamentos sem obter

Biópsia

nenhuma melhoria clínica ou diagnóstico definitivo, pois os laudos histopatológicos, em vir-

Hemangioma

tude da falta de representatividade do material biopsiado, demonstravam apenas processo
inflamatório crônico inespecífico. Após diagnóstico diferencial feito por estomatologista e
dermatologista foi decidida a realizacão de uma terceira biópsia, desta vez excisional, que
¸
possibilitou o diagnóstico definitivo da lesão.
© 2011 Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária. Publicado por
Elsevier España, S.L. Todos os direitos reservados.

The incorrect use of biopsy techniques can increase differential diagnosis
complexity of oral lesions
a b s t r a c t
Keywords:

The aim of this paper is to describe a case of a relatively common oral pathological

Diagnosis

lesion which diagnosis became “complex” because of previous biopsies performed without

Biopsy

observing all technical requirements. This is a female patient, 49 years old, showing ses-

Hemangioma

sile submucosal tumor in the right lower lip with a history of 10 years of evolution.

∗

Autor para correspondência.
Correio eletrónico: allanulisses@yahoo.com.br (A.U. Carvalho De Melo).

1646-2890/$ – see front matter © 2011 Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária. Publicado por Elsevier España, S.L. Todos os direitos reservados.

doi:10.1016/j.rpemd.2011.10.002
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On clinical examination there was a lesion about 3 cm in diameter, painless, with the
overlying mucosa erythematous and with decreased tactile sensitivity. Featured wine-stains
on his right elbow and back. Patient underwent two biopsies and used several drugs without
clinical improvement or definite diagnosis because the pathologic reports, because of lack
of representativeness of the biopsy material, showed only chronic inflammatory process.
After differential diagnosis made by a dentist and a dermatologist it was decided to perform
a third biopsy, excisional this time, which allowed a definitive diagnosis of the lesion.
© 2011 Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária. Published by Elsevier
España, S.L. All rights reserved.

Introducão
¸

Caso clínico

Na clínica médico-dentária, o médico dentista verifica a
presenca de diversas lesões ou desordens orais cujo diagnós¸
tico pode ser estabelecido a partir do histórico, da aparência
clínica e das observacões radiográficas sem a necessidade de
¸
procedimentos complementares mais invasivos. Apesar disso,
ocasionalmente será necessário confirmar o diagnóstico clínico ou estabelecer o diagnóstico propriamente dito, a partir
da análise microscópica de um tecido oral obtido numa biópsia
de tecidos moles ou duros1–4 .
A biópsia consiste num procedimento cirúrgico, que pode
¸
ser realizado sob anestesia local, para remocão de tecido
vivo que será submetido a exame histopatológico. Muitas
vezes é o único modo de diagnosticar lesões ou condicões
¸
orais desconhecidas, sendo considerada o padrão-ouro para
diagnóstico5,6 .
Frequentemente há mais de um método para realizar a
biópsia, mas qualquer que seja a técnica adotada, o médico
dentista deve garantir que removeu uma amostra representa¸
tiva do tecido patológico para a interpretacão do patologista.
Uma falha neste procedimento levará a um diagnóstico
inexato ou ausente, implicando, muitas vezes, a repeticão des¸
necessária do procedimento cirúrgico7,8 .
¸
Essa obtencão de espécimenes quantitativa e qualitativamente adequados para um correto exame anátomo-patológico
¸
depende da selecão do local a ser biopsiado, do tipo de
biópsia, da quantidade de tecido removido e da habilidade e
prudência do médico dentista ao realizar este procedimento
cirúrgico de modo a não criar artefatos2 .
O artefato decorre de uma falha no procedimento levando
¸
à formacão de uma estrutura artificial ou alteracão do tecido
¸
sobre uma lâmina histológica. Inúmeros tipos de artefatos
¸
podem afetar a peca de biópsia, os mais comuns são esmaga¸
mento, cisão, fragmentacão, pseudocistos e hemorragia. Eles
¸
são causados principalmente pela manipulacão inadequada
¸
dos tecidos, mas podem decorrer também de injecão intralesional, acondicionamento inadequado, fixacão imprópria,
¸
congelamento e queimadura da amostra, estas duas últimas no caso de crioterapia e eletrocautério ou laser de CO2 ,
respectivamente9–11 .
O objetivo deste trabalho é descrever um caso de uma lesão
patológica oral relativamente comum cujo diagnóstico foi tornado «complexo» em virtude de biópsias prévias realizadas
¸
sem observacão de todos os requisitos técnicos operatórios.

Paciente do sexo feminino, 49 anos de idade, melanoderma,
¸
procurou o Servico de Estomatologia da Universidade Tiraden¸
tes em Aracaju-SE, queixando-se de «caroco no lábio».
Na anamnese, a paciente não citou nenhum problema
sistêmico, mas relatou cãibras esporádicas como algo relevante. O histórico dessa lesão era de cerca de 10 anos de
evolucão, com crescimento contínuo, sem qualquer episó¸
¸
dio de involucão, mesmo após o uso de medicamentos. Na
última década a paciente foi submetida a duas biópsias e ao
uso de inúmeros medicamentos tópicos e sistêmicos (corticoides, anti-inflamatórios, antifúngicos etc.) sem ter obtido
nenhuma melhora clínica ou o diagnóstico definitivo, visto
que os laudos histopatológicos, em virtude da inexpressividade histológica do material biopsiado, não conseguiam
demonstrar nada além de processo infamatório crônico.
Ao exame clínico extra-oral, apresentava máculas
vinhosas localizadas no cotovelo direito e costas, com
pequena alteracão de sensibilidade táctil. No exame intraoral,
¸
observou-se um tumor submucoso no lábio inferior direito,
com cerca de 3 cm, consistente à palpacão, de limites difusos
¸
¸
partindo da comissura labial até a porcão central do lábio.
A mucosa sobrejacente apresentava-se eritematosa e sem
¸
ulceracões. A tumoracão era indolor e sem sinais infecciosos,
¸
mas com leve prurido e grande diminuicão de sensibilidade
¸
táctil (fig. 1).
Em virtude da ausência de sinais de malignidade, do tama¸
nho e tempo de evolucão da lesão, associado ao fato de duas
biópsias incisionais prévias não terem possibilitado um diagnóstico definitivo, optou-se por biópsia excisional. O tecido
biopsiado foi encaminhado para o Servico de Anatomia Pato¸
lógica do Curso de Odontologia da Universidade Tiradentes
juntamente com fotografias e relato do caso.
¸
Devido à presenca de máculas escurecidas na pele, a
paciente foi encaminhada ao dermatologista antes do procedimento cirúrgico para diagnóstico. No seu relatório médico,
excluiu possíveis patologias dermatológicas.
Nos cortes histológicos corados em H/E observou-se lesão
vascular constituída por vasos capilares delicados e de parede
ora delgada ora mais espessa, de permeio ao tecido conjuntivo
fibroso frouxo da lâmina própria papilar e reticular. Presenca
¸
de várias figuras de mitose típicas e componente inflamatório
linfoplasmocitário mínimo (Fig. 2). Diante dos achados, o diagnóstico histopatológico fornecido foi de hemangioma capilar.
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Figura 1 – A: tumor em lábio inferior direito; B: loca cirúrgica após biópsia excisional; C: peca biopsiada.
¸

Figura 2 – Seccões histológicas coradas em HE. (A) Visão panorâmica da mucosa labial exibindo revestimento epitelial
¸
escamoso atrófico (e) e, na lâmina própria subjacente (LP), componente vascular exuberante (cv); na profundidade,
observa-se submucosa rica em vasos arteriolares (ar), fibras musculares estriadas (fm) e tecido adiposo (ta). (B) Destaque
para o componente vascular constituído por vasos capilares delicados (*). (C) Maior aumento dos vasos capilares de parede
ora mais espessa e (D) ora delgada.

Discussão
Como a paciente já havia sido submetida a dois procedimentos cirúrgicos para diagnóstico e nenhum deles foi conclusivo
subentendeu-se que não podia tratar-se de uma neoplasia
benigna ou tumor mesenquimal de diagnóstico «simples»,
pois se assim o fosse o diagnóstico definitivo já teria sido
alcancado. Por esta razão e em virtude de sintomatologia sis¸
têmica, o diagnóstico diferencial incluiu hanseníase, queilite
granulomatosa e síndrome de Melkerson-Rosenthal.
A hanseníase é uma doenca infecciosa granulomatosa
¸
causada pelo Mycobacterium leprae que afeta pele, nervos
periféricos e membranas mucosas. Manifesta-se inicialmente
¸
na pele como manchas esbranquicadas ou avermelhadas com

perda de sensibilidade, sem evidência de lesão nervosa troncular. Ocorrem em qualquer região do corpo (face, costas,
bracos, pernas etc.) e também podem acometer a mucosa oral
¸
e nasal. O diagnóstico é eminentemente clínico, podendo ser
utilizados exames complementares12 .
As lesões hansênicas são incomuns na mucosa oral, sendo
mais prevalentes na forma lepromatosa da doenca, sur¸
gindo como manifestacões tardias da doenca. Geralmente
¸
¸
apresentam-se como nódulos ou tumores granulomatosos e
úlceras assintomáticas que afetam língua, palato duro e mole,
¸
úvula e gengiva na porcão anterior da maxila13,14 .
No presente caso, apesar de o lábio não ser um dos sítios
anatômicos bucais mais afetados, ainda assim a hanseníase
foi incluída no diagnóstico diferencial em virtude das lesões
¸
dermatológicas avermelhadas com alteracão de sensibilidade.
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A síndrome de Melkersson-Rosental (SMR) é uma doenca
¸
granulomatosa não-caseosa, rara e de etiologia desconhecida,
sendo mais comum em adultos jovens entre a segunda e
terceira décadas de vida. Caracteriza-se pela tríade edema
labial/facial, língua fissurada e paralisia facial que está presente de modo completo em menos de 20% dos casos. A
manifestacão isolada mais comum é o edema labial crônico
¸
e recorrente que leva à fibrose e edema permanente também
chamada de queilite de Miescher ou queilite granulomatosa.
Este edema é indolor, sem prurido e com aumento contínuo da consistência, sendo o lábio superior afetado com mais
frequência que o inferior15–18 .
O edema labial fibroso e avermelhado com cerca de
¸
10 anos de evolucão levou à suspeita da queilite granulomatosa como hipótese diagnóstica. Na literatura há inúmeros
relatos de casos de pacientes com SMR oligosintomática cujo
diagnóstico correto demorou anos, até mesmo décadas, para
¸
ser alcancado17,18 .
¸
Os hemangiomas são alteracões vasculares formadas
devido à morfogênese alterada dos vasos sanguíneos,
classificados como capilares e cavernosos. Apresentam-se clinicamente de modo bastante diversificado a depender do
¸
¸
tamanho, localizacão, profundidade e estágio de evolucão.
Pode-se manifestar como uma mácula, pápula, nódulo ou
tumor com cor variando entre o vermelho e o azul e de consistência amolecida ou fibrosa, a superfície é lisa ou irregular
e os limites podem ser imprecisos. O tratamento pode ser
¸
feito através de excisão cirúrgica, eletrocauterizacão, laserterapia, crioterapia e escleroterapia. Normalmente não há
¸
recidiva, nem malignizacão quando a terapêutica é corretamente instituída19–24 .
O hemangioma não foi incluído entre as hipóteses de
diagnóstico diferencial visto que duas biópsias prévias não
ofereceram subsídios morfológicos que sugerissem a presenca
¸
desta lesão de origem, cujo diagnóstico histológico não apresenta nenhuma dificuldade para ser alcancado. Por esta razão,
¸
as hipóteses levantadas foram apenas de desordens que poderiam apresentar um «diagnóstico complexo».
A biópsia oral está formalmente indicada para qualquer
situacão clínica que exija a remocão de lesões fundamen¸
¸
tais cujo diagnóstico definitivo não pode ser obtido através do
exame clínico ou de outras modalidades diagnósticas menos
invasivas. Trata-se de um procedimento rápido e de baixo
custo, em cujo pós-operatório a dor é leve ou inexistente na
maioria dos pacientes1–3,6–8 .
A despeito da relativa facilidade na execucão da téc¸
nica de biópsia, podem acontecer falhas resultando, assim,
na necessidade de realizacão de nova cirurgia. A profun¸
didade da incisão é um fator determinante para a correta
execucão da biópsia devendo ser removida toda a camada epi¸
telial e uma porcão do tecido conjuntivo subjacente. Caso a
¸
incisão seja «rasa», esta dificilmente removerá tecido representativo capaz de permitir que o patologista chegue a um
diagnóstico5,7 .
No que diz respeito à técnica empregada, a biópsia pode ser
incisional ou excisional. No caso de lesões de maior dimen¸
são a remocão de parte da lesão (incisional) é o procedimento
mais indicado. Apesar disso, no caso relatado foi realizada
a excisão de toda lesão, pois como as biópsias incisionais
prévias não foram conclusivas suspeitou-se de que a porcão
¸

215

representativa da patologia seria de difícil acesso e apenas
uma biópsia excisional ampla e profunda seria capaz de remover tal tecido1–3 .
Diagnósticos incorretos ou inespecíficos das patologias
bucais causam um impacto negativo no paciente e no profissional visto que implicam novos ou repetidos procedimentos
sendo alguns deles invasivos; aumentam os custos do diagnóstico; geram desconforto e ansiedade extras no paciente;
¸
abalam a autoconfianca do profissional e enfraquecem a sua
relacão com o paciente5,7 .
¸
No presente caso, biópsias tecnicamente inadequadas atrasaram o diagnóstico em muitos anos e levaram os profissionais
envolvidos no caso a considerar patologias raras como hipóteses diagnósticas, o que exigiu consultas com especialistas
¸
de outras áreas e a realizacão de procedimento cirúrgico mais
agressivo.

Conclusões
A correta determinacão do tecido patológico oral a ser remo¸
vido, a adequada escolha da técnica de biópsia e a sua
¸
¸
perfeita execucão são condicões fundamentais para o sucesso
desse exame complementar permitindo, dessa forma, que
¸
a peca representativa possa ser analisada histologicamente
chegando a um diagnóstico definitivo e evitando que outros
procedimentos diagnósticos invasivos sejam necessários.

Conflito de interesses
Os autores declaram não haver conflito de interesses.

bibliografia

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  • 2. Documento descargado de http://www.elsevier.pt el 26/12/2011. Copia para uso personal, se prohíbe la transmisión de este documento por cualquier medio o formato. r e v p o r t e s t o m a t o l m e d d e n t c i r m a x i l o f a c . 2 0 1 1;5 2(4):212–216 213 On clinical examination there was a lesion about 3 cm in diameter, painless, with the overlying mucosa erythematous and with decreased tactile sensitivity. Featured wine-stains on his right elbow and back. Patient underwent two biopsies and used several drugs without clinical improvement or definite diagnosis because the pathologic reports, because of lack of representativeness of the biopsy material, showed only chronic inflammatory process. After differential diagnosis made by a dentist and a dermatologist it was decided to perform a third biopsy, excisional this time, which allowed a definitive diagnosis of the lesion. © 2011 Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária. Published by Elsevier España, S.L. All rights reserved. Introducão ¸ Caso clínico Na clínica médico-dentária, o médico dentista verifica a presenca de diversas lesões ou desordens orais cujo diagnós¸ tico pode ser estabelecido a partir do histórico, da aparência clínica e das observacões radiográficas sem a necessidade de ¸ procedimentos complementares mais invasivos. Apesar disso, ocasionalmente será necessário confirmar o diagnóstico clínico ou estabelecer o diagnóstico propriamente dito, a partir da análise microscópica de um tecido oral obtido numa biópsia de tecidos moles ou duros1–4 . A biópsia consiste num procedimento cirúrgico, que pode ¸ ser realizado sob anestesia local, para remocão de tecido vivo que será submetido a exame histopatológico. Muitas vezes é o único modo de diagnosticar lesões ou condicões ¸ orais desconhecidas, sendo considerada o padrão-ouro para diagnóstico5,6 . Frequentemente há mais de um método para realizar a biópsia, mas qualquer que seja a técnica adotada, o médico dentista deve garantir que removeu uma amostra representa¸ tiva do tecido patológico para a interpretacão do patologista. Uma falha neste procedimento levará a um diagnóstico inexato ou ausente, implicando, muitas vezes, a repeticão des¸ necessária do procedimento cirúrgico7,8 . ¸ Essa obtencão de espécimenes quantitativa e qualitativamente adequados para um correto exame anátomo-patológico ¸ depende da selecão do local a ser biopsiado, do tipo de biópsia, da quantidade de tecido removido e da habilidade e prudência do médico dentista ao realizar este procedimento cirúrgico de modo a não criar artefatos2 . O artefato decorre de uma falha no procedimento levando ¸ à formacão de uma estrutura artificial ou alteracão do tecido ¸ sobre uma lâmina histológica. Inúmeros tipos de artefatos ¸ podem afetar a peca de biópsia, os mais comuns são esmaga¸ mento, cisão, fragmentacão, pseudocistos e hemorragia. Eles ¸ são causados principalmente pela manipulacão inadequada ¸ dos tecidos, mas podem decorrer também de injecão intralesional, acondicionamento inadequado, fixacão imprópria, ¸ congelamento e queimadura da amostra, estas duas últimas no caso de crioterapia e eletrocautério ou laser de CO2 , respectivamente9–11 . O objetivo deste trabalho é descrever um caso de uma lesão patológica oral relativamente comum cujo diagnóstico foi tornado «complexo» em virtude de biópsias prévias realizadas ¸ sem observacão de todos os requisitos técnicos operatórios. Paciente do sexo feminino, 49 anos de idade, melanoderma, ¸ procurou o Servico de Estomatologia da Universidade Tiraden¸ tes em Aracaju-SE, queixando-se de «caroco no lábio». Na anamnese, a paciente não citou nenhum problema sistêmico, mas relatou cãibras esporádicas como algo relevante. O histórico dessa lesão era de cerca de 10 anos de evolucão, com crescimento contínuo, sem qualquer episó¸ ¸ dio de involucão, mesmo após o uso de medicamentos. Na última década a paciente foi submetida a duas biópsias e ao uso de inúmeros medicamentos tópicos e sistêmicos (corticoides, anti-inflamatórios, antifúngicos etc.) sem ter obtido nenhuma melhora clínica ou o diagnóstico definitivo, visto que os laudos histopatológicos, em virtude da inexpressividade histológica do material biopsiado, não conseguiam demonstrar nada além de processo infamatório crônico. Ao exame clínico extra-oral, apresentava máculas vinhosas localizadas no cotovelo direito e costas, com pequena alteracão de sensibilidade táctil. No exame intraoral, ¸ observou-se um tumor submucoso no lábio inferior direito, com cerca de 3 cm, consistente à palpacão, de limites difusos ¸ ¸ partindo da comissura labial até a porcão central do lábio. A mucosa sobrejacente apresentava-se eritematosa e sem ¸ ulceracões. A tumoracão era indolor e sem sinais infecciosos, ¸ mas com leve prurido e grande diminuicão de sensibilidade ¸ táctil (fig. 1). Em virtude da ausência de sinais de malignidade, do tama¸ nho e tempo de evolucão da lesão, associado ao fato de duas biópsias incisionais prévias não terem possibilitado um diagnóstico definitivo, optou-se por biópsia excisional. O tecido biopsiado foi encaminhado para o Servico de Anatomia Pato¸ lógica do Curso de Odontologia da Universidade Tiradentes juntamente com fotografias e relato do caso. ¸ Devido à presenca de máculas escurecidas na pele, a paciente foi encaminhada ao dermatologista antes do procedimento cirúrgico para diagnóstico. No seu relatório médico, excluiu possíveis patologias dermatológicas. Nos cortes histológicos corados em H/E observou-se lesão vascular constituída por vasos capilares delicados e de parede ora delgada ora mais espessa, de permeio ao tecido conjuntivo fibroso frouxo da lâmina própria papilar e reticular. Presenca ¸ de várias figuras de mitose típicas e componente inflamatório linfoplasmocitário mínimo (Fig. 2). Diante dos achados, o diagnóstico histopatológico fornecido foi de hemangioma capilar.
  • 3. Documento descargado de http://www.elsevier.pt el 26/12/2011. Copia para uso personal, se prohíbe la transmisión de este documento por cualquier medio o formato. 214 r e v p o r t e s t o m a t o l m e d d e n t c i r m a x i l o f a c . 2 0 1 1;5 2(4):212–216 Figura 1 – A: tumor em lábio inferior direito; B: loca cirúrgica após biópsia excisional; C: peca biopsiada. ¸ Figura 2 – Seccões histológicas coradas em HE. (A) Visão panorâmica da mucosa labial exibindo revestimento epitelial ¸ escamoso atrófico (e) e, na lâmina própria subjacente (LP), componente vascular exuberante (cv); na profundidade, observa-se submucosa rica em vasos arteriolares (ar), fibras musculares estriadas (fm) e tecido adiposo (ta). (B) Destaque para o componente vascular constituído por vasos capilares delicados (*). (C) Maior aumento dos vasos capilares de parede ora mais espessa e (D) ora delgada. Discussão Como a paciente já havia sido submetida a dois procedimentos cirúrgicos para diagnóstico e nenhum deles foi conclusivo subentendeu-se que não podia tratar-se de uma neoplasia benigna ou tumor mesenquimal de diagnóstico «simples», pois se assim o fosse o diagnóstico definitivo já teria sido alcancado. Por esta razão e em virtude de sintomatologia sis¸ têmica, o diagnóstico diferencial incluiu hanseníase, queilite granulomatosa e síndrome de Melkerson-Rosenthal. A hanseníase é uma doenca infecciosa granulomatosa ¸ causada pelo Mycobacterium leprae que afeta pele, nervos periféricos e membranas mucosas. Manifesta-se inicialmente ¸ na pele como manchas esbranquicadas ou avermelhadas com perda de sensibilidade, sem evidência de lesão nervosa troncular. Ocorrem em qualquer região do corpo (face, costas, bracos, pernas etc.) e também podem acometer a mucosa oral ¸ e nasal. O diagnóstico é eminentemente clínico, podendo ser utilizados exames complementares12 . As lesões hansênicas são incomuns na mucosa oral, sendo mais prevalentes na forma lepromatosa da doenca, sur¸ gindo como manifestacões tardias da doenca. Geralmente ¸ ¸ apresentam-se como nódulos ou tumores granulomatosos e úlceras assintomáticas que afetam língua, palato duro e mole, ¸ úvula e gengiva na porcão anterior da maxila13,14 . No presente caso, apesar de o lábio não ser um dos sítios anatômicos bucais mais afetados, ainda assim a hanseníase foi incluída no diagnóstico diferencial em virtude das lesões ¸ dermatológicas avermelhadas com alteracão de sensibilidade.
  • 4. Documento descargado de http://www.elsevier.pt el 26/12/2011. Copia para uso personal, se prohíbe la transmisión de este documento por cualquier medio o formato. r e v p o r t e s t o m a t o l m e d d e n t c i r m a x i l o f a c . 2 0 1 1;5 2(4):212–216 A síndrome de Melkersson-Rosental (SMR) é uma doenca ¸ granulomatosa não-caseosa, rara e de etiologia desconhecida, sendo mais comum em adultos jovens entre a segunda e terceira décadas de vida. Caracteriza-se pela tríade edema labial/facial, língua fissurada e paralisia facial que está presente de modo completo em menos de 20% dos casos. A manifestacão isolada mais comum é o edema labial crônico ¸ e recorrente que leva à fibrose e edema permanente também chamada de queilite de Miescher ou queilite granulomatosa. Este edema é indolor, sem prurido e com aumento contínuo da consistência, sendo o lábio superior afetado com mais frequência que o inferior15–18 . O edema labial fibroso e avermelhado com cerca de ¸ 10 anos de evolucão levou à suspeita da queilite granulomatosa como hipótese diagnóstica. Na literatura há inúmeros relatos de casos de pacientes com SMR oligosintomática cujo diagnóstico correto demorou anos, até mesmo décadas, para ¸ ser alcancado17,18 . ¸ Os hemangiomas são alteracões vasculares formadas devido à morfogênese alterada dos vasos sanguíneos, classificados como capilares e cavernosos. Apresentam-se clinicamente de modo bastante diversificado a depender do ¸ ¸ tamanho, localizacão, profundidade e estágio de evolucão. Pode-se manifestar como uma mácula, pápula, nódulo ou tumor com cor variando entre o vermelho e o azul e de consistência amolecida ou fibrosa, a superfície é lisa ou irregular e os limites podem ser imprecisos. O tratamento pode ser ¸ feito através de excisão cirúrgica, eletrocauterizacão, laserterapia, crioterapia e escleroterapia. Normalmente não há ¸ recidiva, nem malignizacão quando a terapêutica é corretamente instituída19–24 . O hemangioma não foi incluído entre as hipóteses de diagnóstico diferencial visto que duas biópsias prévias não ofereceram subsídios morfológicos que sugerissem a presenca ¸ desta lesão de origem, cujo diagnóstico histológico não apresenta nenhuma dificuldade para ser alcancado. Por esta razão, ¸ as hipóteses levantadas foram apenas de desordens que poderiam apresentar um «diagnóstico complexo». A biópsia oral está formalmente indicada para qualquer situacão clínica que exija a remocão de lesões fundamen¸ ¸ tais cujo diagnóstico definitivo não pode ser obtido através do exame clínico ou de outras modalidades diagnósticas menos invasivas. Trata-se de um procedimento rápido e de baixo custo, em cujo pós-operatório a dor é leve ou inexistente na maioria dos pacientes1–3,6–8 . A despeito da relativa facilidade na execucão da téc¸ nica de biópsia, podem acontecer falhas resultando, assim, na necessidade de realizacão de nova cirurgia. A profun¸ didade da incisão é um fator determinante para a correta execucão da biópsia devendo ser removida toda a camada epi¸ telial e uma porcão do tecido conjuntivo subjacente. Caso a ¸ incisão seja «rasa», esta dificilmente removerá tecido representativo capaz de permitir que o patologista chegue a um diagnóstico5,7 . No que diz respeito à técnica empregada, a biópsia pode ser incisional ou excisional. No caso de lesões de maior dimen¸ são a remocão de parte da lesão (incisional) é o procedimento mais indicado. Apesar disso, no caso relatado foi realizada a excisão de toda lesão, pois como as biópsias incisionais prévias não foram conclusivas suspeitou-se de que a porcão ¸ 215 representativa da patologia seria de difícil acesso e apenas uma biópsia excisional ampla e profunda seria capaz de remover tal tecido1–3 . Diagnósticos incorretos ou inespecíficos das patologias bucais causam um impacto negativo no paciente e no profissional visto que implicam novos ou repetidos procedimentos sendo alguns deles invasivos; aumentam os custos do diagnóstico; geram desconforto e ansiedade extras no paciente; ¸ abalam a autoconfianca do profissional e enfraquecem a sua relacão com o paciente5,7 . ¸ No presente caso, biópsias tecnicamente inadequadas atrasaram o diagnóstico em muitos anos e levaram os profissionais envolvidos no caso a considerar patologias raras como hipóteses diagnósticas, o que exigiu consultas com especialistas ¸ de outras áreas e a realizacão de procedimento cirúrgico mais agressivo. Conclusões A correta determinacão do tecido patológico oral a ser remo¸ vido, a adequada escolha da técnica de biópsia e a sua ¸ ¸ perfeita execucão são condicões fundamentais para o sucesso desse exame complementar permitindo, dessa forma, que ¸ a peca representativa possa ser analisada histologicamente chegando a um diagnóstico definitivo e evitando que outros procedimentos diagnósticos invasivos sejam necessários. Conflito de interesses Os autores declaram não haver conflito de interesses. bibliografia 1. Raimundo RC, Gomes ACA, Santos TS. Técnicas de Biópsia em Cirurgia Bucomaxilofacial. In: Lubiana NF, Vasconcellos RJH, Prado R, editores Pro-Odonto/Cirurgia. Porto Alegre: Artmed/Panamericana; 2009. p. 91–130. 2. Logan RM, Goss AN. Biopsy of the oral mucosa and use of histopathology services. Aust Dent J. 2010;55 Suppl 1:9–13. 3. Caubi AF, Xavier RLF, Lima Filho MA, Chalegre JF. Biópsia. Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-Fac. 2004;4:39–46. 4. 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