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História 28

                                        Os Pinheiros, Conto de Natal
                                   Moral: Nada se perde, tudo se transforma.

                             Havia em uma linda floresta de pinheiros. Alguns que
                             conversavam entre si. Um
                             pinheiro dizia ao outro: Estou
                             cansado da floresta. Gostaria
                             que um lenhador me cortasse e
                             me levasse para ser um
                             majestoso mastro de navio.
Como adoro o mar! Como queria conhecer outros lugares,
estar em cada porto. Deve ser emocionante!

Outro pinheiro já pensava assim:

Eu gostaria de ser levado para uma serraria e de que minha
madeira fosse transformada em um bonito móvel. Um piano por exemplo... onde um
pianista sensível fizesse vibrar as harmoniosas sonoridade que sairiam do meu
                                      interior. Como eu gostaria de ser um piano.

                                   Havia ainda, um lindo e pequenino pinheiro que
                                   suspirando dizia: Ah! Quem me dera ser uma
                                   árvore de Natal, em uma residência com
                                   grandes salas, ricos tapetes e lustres, espelhos
e                                  quadros. Finos cristais de festa. Muitas crianças
a                                  minha volta, e entre meus ramos ricos
                                   presentinhos, bolas coloridas, velas multicores,
                                   balas doces e bombons. Que alegria, que
                                   felicidade! Nada poderia ser igual.

No entanto na floresta a beleza da natureza não era apreciada pelos pinheiros
descontentes. O sol todas as manhãs vinha beijar-lhes a copa esverdeada. Os
pássaros cantavam em seus ramos e os insetos zumbiam, zumbiam.

O aroma das pequenas flores silvestres                                         não
os sensibilizavam. Os esquilos brincavam a                                     sua
volta e de vez em quando algumas lebres
saltitantes apareciam para conversar, uma                                      com
as outras. Mas os pinheiros tinham outros
sonhos. A claridade da lua, o frescor das
madrugadas, não os enterneciam.
Sonhavam com uma felicidade distante.




                                                                                     1
Um dia, um lenhador, cortou-os e foram levados separadamente. Não sabemos
para onde todos foram, porem acompanhamos o mais pequenino que desejava ser
árvore de Natal. Vamos encontra-lo, engalanado de enfeites e guloseimas, assim
mesmo como houvera sonhado. Estava radiante! Que alegria, como estava bonito!
                                As crianças brincavam ao seu redor. Tantos
                                presentes em caixas estavam colocados aos eus
                                pés. A festa foi maravilhosa: porem o
                                contentamento não durou muito. Lá pela meia noite
                                todos queriam os presentes e as crianças,
                                arrancaram-lhe todas as bolas e uma vela caiu
                                acesa e começou a queimar-lhe um galho - ai, ai,
                                ai, gemeu o pobre pinheiro.

                                    No outro dia, puseram-no em um porão junto a
                                    outras coisas velhas, e ali ficou , esquecido de
todos. Seus ramos e folhas antes tão verdes e viçosos estavam agora amarelecidos
e murchos. Estava triste e infeliz, arrependido de seu sonho. Sentia saudades da
floresta agora. O sol, os pássaros as borboletas, os coelhos e
os esquilos pulando e brincando ao seu redor distraiam-no
tanto! Que saudades! Só os ratinhos visitavam-no,
casualmente. Um dia um passou e perguntou-lhe:




Sabe onde fica a cozinha? Estou com tanta fome, com
vontade de comer um naco de toucinho ou de queijo. Não sei
respondeu o pinheiro, mas estou tão só, não me deixes,

Fique aqui comigo.

                                    Não, não disse o ratinho tenho que correr,
                                    correr... Lá se foi e aqui ficou o pobre pinheiro,
                                    chorando a sua solidão.

                                   Passou o tempo, foi-se o verão outono e já
                                   vinha o inverno e o nosso pinheiro estava velho
e                                  seco. Um dia o dono da casa resolveu fazer
                                   uma limpeza no porão e tirou o pobre pinheiro
                                   para o quintal, mandando o jardineiro cortá-lo
                                   para o fogo. As crianças ainda acharam uma
                                   estrela que servira-lhe de enfeite, quando
estivera na sala como árvore de Natal. É minha disse o menino, e arrancou-lhe a
peça, cheio de alegria.




                                                                                         2
As últimas lágrimas, fluíram para a infeliz árvore.

Feita em pedaços foi aproveitada para uma fogueira, e de seu tronco e poucas
ramagens, restou apenas um punhado de cinzas.

As crianças estiveram ao seu redor, aproveitando o calor das chamas para o
aquecimento de suas de suas mãos. O pinheiro era matéria que se transformou em
energia, disse o menino maior que já conhecia ciência.

Moral: devemos estar contentes onde Deus nos colocou.

Fazemos o nosso destino, dentro da Lei de Causa e Efeito.

                                   Também nada se perde, tudo se transforma.

                                   FIM




                                                                               3

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  • 1. História 28 Os Pinheiros, Conto de Natal Moral: Nada se perde, tudo se transforma. Havia em uma linda floresta de pinheiros. Alguns que conversavam entre si. Um pinheiro dizia ao outro: Estou cansado da floresta. Gostaria que um lenhador me cortasse e me levasse para ser um majestoso mastro de navio. Como adoro o mar! Como queria conhecer outros lugares, estar em cada porto. Deve ser emocionante! Outro pinheiro já pensava assim: Eu gostaria de ser levado para uma serraria e de que minha madeira fosse transformada em um bonito móvel. Um piano por exemplo... onde um pianista sensível fizesse vibrar as harmoniosas sonoridade que sairiam do meu interior. Como eu gostaria de ser um piano. Havia ainda, um lindo e pequenino pinheiro que suspirando dizia: Ah! Quem me dera ser uma árvore de Natal, em uma residência com grandes salas, ricos tapetes e lustres, espelhos e quadros. Finos cristais de festa. Muitas crianças a minha volta, e entre meus ramos ricos presentinhos, bolas coloridas, velas multicores, balas doces e bombons. Que alegria, que felicidade! Nada poderia ser igual. No entanto na floresta a beleza da natureza não era apreciada pelos pinheiros descontentes. O sol todas as manhãs vinha beijar-lhes a copa esverdeada. Os pássaros cantavam em seus ramos e os insetos zumbiam, zumbiam. O aroma das pequenas flores silvestres não os sensibilizavam. Os esquilos brincavam a sua volta e de vez em quando algumas lebres saltitantes apareciam para conversar, uma com as outras. Mas os pinheiros tinham outros sonhos. A claridade da lua, o frescor das madrugadas, não os enterneciam. Sonhavam com uma felicidade distante. 1
  • 2. Um dia, um lenhador, cortou-os e foram levados separadamente. Não sabemos para onde todos foram, porem acompanhamos o mais pequenino que desejava ser árvore de Natal. Vamos encontra-lo, engalanado de enfeites e guloseimas, assim mesmo como houvera sonhado. Estava radiante! Que alegria, como estava bonito! As crianças brincavam ao seu redor. Tantos presentes em caixas estavam colocados aos eus pés. A festa foi maravilhosa: porem o contentamento não durou muito. Lá pela meia noite todos queriam os presentes e as crianças, arrancaram-lhe todas as bolas e uma vela caiu acesa e começou a queimar-lhe um galho - ai, ai, ai, gemeu o pobre pinheiro. No outro dia, puseram-no em um porão junto a outras coisas velhas, e ali ficou , esquecido de todos. Seus ramos e folhas antes tão verdes e viçosos estavam agora amarelecidos e murchos. Estava triste e infeliz, arrependido de seu sonho. Sentia saudades da floresta agora. O sol, os pássaros as borboletas, os coelhos e os esquilos pulando e brincando ao seu redor distraiam-no tanto! Que saudades! Só os ratinhos visitavam-no, casualmente. Um dia um passou e perguntou-lhe: Sabe onde fica a cozinha? Estou com tanta fome, com vontade de comer um naco de toucinho ou de queijo. Não sei respondeu o pinheiro, mas estou tão só, não me deixes, Fique aqui comigo. Não, não disse o ratinho tenho que correr, correr... Lá se foi e aqui ficou o pobre pinheiro, chorando a sua solidão. Passou o tempo, foi-se o verão outono e já vinha o inverno e o nosso pinheiro estava velho e seco. Um dia o dono da casa resolveu fazer uma limpeza no porão e tirou o pobre pinheiro para o quintal, mandando o jardineiro cortá-lo para o fogo. As crianças ainda acharam uma estrela que servira-lhe de enfeite, quando estivera na sala como árvore de Natal. É minha disse o menino, e arrancou-lhe a peça, cheio de alegria. 2
  • 3. As últimas lágrimas, fluíram para a infeliz árvore. Feita em pedaços foi aproveitada para uma fogueira, e de seu tronco e poucas ramagens, restou apenas um punhado de cinzas. As crianças estiveram ao seu redor, aproveitando o calor das chamas para o aquecimento de suas de suas mãos. O pinheiro era matéria que se transformou em energia, disse o menino maior que já conhecia ciência. Moral: devemos estar contentes onde Deus nos colocou. Fazemos o nosso destino, dentro da Lei de Causa e Efeito. Também nada se perde, tudo se transforma. FIM 3