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TATILIDADES


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Marshall McLuhan




                   2
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contato. S.m. 1. Ato de
exercer o sentido do tato;
toque.




                             3
4
“A associação das mídias para
       efetivar as práticas de
   comunicação, ou os arranjos
  midiáticos e os espaços, sejam
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   ambientes midiáticos, estaria
 promovendo a hiperestimulação
dos sentidos e a especialização das
  sensorialidades ao criar novas
   linguagens corporais e novos
     códigos de comunicação”.
           VINICIUS PEREIRA



                                      4
Minority Report




                  5
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                  6
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                  6
Tridimensionalização
    dos sentidos

                       7
Backyardigans




                8
Backyardigans




                8
9
É preciso recuperar as
    sensorialidades em uma
linha do tempo que retorna à
sociedade oral pré-letrada, a
 cultura ocidental - a cultura
  grega -, que mesmo depois
     da criação do alfabeto
  fonético, foi sustentada por
         uma base oral.




                                 9
10
Toda memorização da tradição poetizada dependia da recitação constante. As
palavras e frases deviam ser passíveis de repetição. O treinamento da técnica
  verbal usava cadenciamento e métricas intercambiáveis que facilitavam a
     memorização da densa massa informacional. Os poetas jovens eram
  solicitados a repetir e comparar suas memórias entre si e com as dos mais
 velhos. Essa técnica era estruturada oralmente sobre uma diretriz auditiva e
                 não visual. A experiência sensorial que forjava a
 produção narrativa era acompanhada por re!exos físicos ritmicos executados
pelos dedos, ou com o auxílio de um instrumento de cordas e  movimentos do
 pulmão, laringe, língua e dentes. O movimento das pernas e pés funcionam
como a marcação de um compasso, que se assemelha a uma dança e auxilia
na representação da recitação. Esse processo reverbera então no público, que
      pode acompanhar a seqüência memorizada com ref!exos corporais
 involuntários, seguindo o ritmo com movimentos imperceptíveis. A narrativa
   poética suscitava um processo imagético coletivo e todo um contingente
emocional quase hipnótico que em nenhum momento, sob nenhuma hipótese
                             poderia ser interrompido.

                            ERIC HAVELOCK

                                                                                10
11
Em primeiro lugar,
todo discurso falado é
obviamente produzido
por movimentos físicos
    executados na
 garganta e na boca.



                         11
12
Em segundo, numa
     cultura oral, todo
   discurso falado deve
igualmente ser produzido
      dessa maneira.




                           12
13
Em terceiro, ele
  somente pode ser
 conservado quando
lembrado e repetido.




                       13
14
Em quarto, para
garantir a facilidade
  na repetição, os
 movimentos físicos
   da boca e da
garganta devem ser
organizados de uma
 maneira especial.


                        14
15
Em quinto, essa
 organização consiste
 em construir padrões
     de movimentos
altamente econômicos
    (isto é, rítmicos).



                          15
16
Em sexto, esses padrões
 transformam-se em
 seguida, em reflexos
     automáticos.




                          16
17
Em sétimo, o comportamento
 automático numa parte do
 corpo (os órgãos vocais) é
    então reforçado pelo
 comportamento em outras
  partes do corpo (ouvidos,
      pernas e braços).




                              17
18
O sistema nervoso
como um todo, em
suma, é atrelado ao
    trabalho de
   memorização.




                      18
19
Fim da cultura oral,
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  Fim do eu-coletivo,
início do eu-indivíduo




                           19
20
880 milhões
 de analfabetos no
      planeta




                     20
21
A tecnologia abstrata do alfabeto fonético e o
     esforço da alfabetização na cultura
   decretaram fim ao contato corporal, às
narrativas e à experiência sensorial acústica.




                                                 21
22
Reprogramação Sensorial




                          22
23
“Três dedos seguram a pena, os
 olhos vêem as palavras, a língua
  pronuncia-as à medida que são
 escritas e o corpo têm cãibras de
    estar debruçado sobre uma
     escrivaninha. O escriba é
  obviamente incapaz de evitar a
 necessidade de pronunciar cada
palavra, à medida que as decifra”.
            WATTENBACH




                                     23
24
Quando a criança é capaz de ler mais depressa do que
   falar, a pronúncia torna-se um murmúrio e nalmente
    cessa por completo. Atingindo esse estágio, a criança
    substituiu a imagem acústica pela visual e enquanto
 continuar dependente do material impresso, como quase
todos nós, essa condição nunca mudará. Quando lemos, a
  imagem visual da palavra converte-se instantaneamente
      numa imagem acústica; as imagens cinestésicas
acompanham-na e, se não estivermos lendo em voz alta, a
  combinação das duas produz a “fala íntima”, a qual, no
    caso da maioria das pessoas, inclui uma “articulação
            verbal íntima” e uma “audição íntima”.

                        CHAYTOR




                                                            24
25
Deterioração do tato e
 supervalorização da
        visão



                         25
26
EVA tocou a maçã




                   26
27
“O tato é uma vergonha,
está vinculado as formas
mais carnais de amor, em
 contraste com o amor
   superior e espiritual
   associado à visão”.
Maimônides – Guia dos Perplexos
Marsílio Ficino – Humanista
Moses Isserles – Talmudista
Abraham ben Schemtov Bibago – doutor



                                       27
28
Tocar era invasão
       Sexo era pecado
Comer com as mãos era primitivo
  Diagnóstico era pelo pulso




                                  28
29
“Exercícios em Sentir”:
   objetivo era aprender e
 aprimorar o sentido do tato
  e para tanto, as crianças
  imitavam a sensibilidade
   tátil dos portadores de
     de ciências visuais.

Johann Christoph Gutsmuth (1759 - 1839)




                                          29
30
Pesquisas com órfãos da Segunda Guerra Mundial,
recém-nascidos prematuros, revelaram que os bebês que
 receberam massagens durante 15 minutos pelo menos
   três vezes ao dia ganharam 47% a mais de peso em
     relação aos que foram deixados sozinhos em suas
  incubadoras. Num controle de retorno, depois de oito
  meses, os prematuros massageados eram geralmente
 maiores e apresentaram poucos problemas físicos, além
  de apresentarem melhores respostas no teste mental e
                          motor.
                      Diane Ackerman




                                                         30
31
Estamos prontos para tocar o que
    antes só poderia ser visto.




                                   31
32
Toque é básico para a
geração da TV, “eles foram
radiografados pela imagem
  da TV desde a pequena
infância, agora eles sentem
  a necessidade de tocar
    todas as coisas em
     profundidade…”
           McLuhan




                              32
33
“Carregado de signi cados e limitado por regras, o tato
tem o que pode ser chamado de um vocabulário e uma
                      gramática”
                      Constance Classen




                                                           33
34
Tato fecunda outros sentidos:
Na visão há o toque da imagem nos cones e
bastonetes das retinas;

Na audição as ondas sonoras tocam as
células capilares e são transformadas em
impulsos nervosos que o cérebro codi ca e
reconhece como sons;

No olfato, os odores tocam os sensores
olfativos

No paladar basta o toque dos alimentos com
os poros das papilas gustativas, para que as
moléculas do sabor enviem sinais elétricos
para o cérebro;

                                               34
35
“A mão é a parte visível do cérebro, ela
tem uma história dela mesma, ela tem
 inclusive sua própria civilização, sua
     beleza especial, seu próprio
   desenvolvimento, seus desejos,
 sentimentos e ocupações favoritas.”
               Immanuel Kant




                                           35
36
Até a chegada do touch screen nós
 manipulávamos circuitos, agora
    manipulamos substâncias.




                                    36
37
Marcos na cultura
contemporânea:

 iPhone pra
  tatilidade

Nintendo Wii
pra retorno
    tátil
                    37
HTC Touch Diamond -
Teeter and accelerometer/haptic feedback




                                           38
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Filme do Reactable




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Filme do Reactable




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Bubbleshow




             40
www.anaerthal.com.br
          Consultora da Midiaweb - Inteligência Interativa




Agradecimentos:                           Créditos:
Midiaweb Inteligência Interativa          www.kdugama.com.br – Ilustração
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Reprogramação Sensorial: a recuperação do sentido do tato na era digital

  • 1. 1
  • 4. 3
  • 5. contato. S.m. 1. Ato de exercer o sentido do tato; toque. 3
  • 6. 4
  • 7. “A associação das mídias para efetivar as práticas de comunicação, ou os arranjos midiáticos e os espaços, sejam híbridos, físicos ou virtuais, ou ambientes midiáticos, estaria promovendo a hiperestimulação dos sentidos e a especialização das sensorialidades ao criar novas linguagens corporais e novos códigos de comunicação”. VINICIUS PEREIRA 4
  • 12. Tridimensionalização dos sentidos 7
  • 15. 9
  • 16. É preciso recuperar as sensorialidades em uma linha do tempo que retorna à sociedade oral pré-letrada, a cultura ocidental - a cultura grega -, que mesmo depois da criação do alfabeto fonético, foi sustentada por uma base oral. 9
  • 17. 10
  • 18. Toda memorização da tradição poetizada dependia da recitação constante. As palavras e frases deviam ser passíveis de repetição. O treinamento da técnica verbal usava cadenciamento e métricas intercambiáveis que facilitavam a memorização da densa massa informacional. Os poetas jovens eram solicitados a repetir e comparar suas memórias entre si e com as dos mais velhos. Essa técnica era estruturada oralmente sobre uma diretriz auditiva e não visual. A experiência sensorial que forjava a produção narrativa era acompanhada por re!exos físicos ritmicos executados pelos dedos, ou com o auxílio de um instrumento de cordas e  movimentos do pulmão, laringe, língua e dentes. O movimento das pernas e pés funcionam como a marcação de um compasso, que se assemelha a uma dança e auxilia na representação da recitação. Esse processo reverbera então no público, que pode acompanhar a seqüência memorizada com ref!exos corporais involuntários, seguindo o ritmo com movimentos imperceptíveis. A narrativa poética suscitava um processo imagético coletivo e todo um contingente emocional quase hipnótico que em nenhum momento, sob nenhuma hipótese poderia ser interrompido. ERIC HAVELOCK 10
  • 19. 11
  • 20. Em primeiro lugar, todo discurso falado é obviamente produzido por movimentos físicos executados na garganta e na boca. 11
  • 21. 12
  • 22. Em segundo, numa cultura oral, todo discurso falado deve igualmente ser produzido dessa maneira. 12
  • 23. 13
  • 24. Em terceiro, ele somente pode ser conservado quando lembrado e repetido. 13
  • 25. 14
  • 26. Em quarto, para garantir a facilidade na repetição, os movimentos físicos da boca e da garganta devem ser organizados de uma maneira especial. 14
  • 27. 15
  • 28. Em quinto, essa organização consiste em construir padrões de movimentos altamente econômicos (isto é, rítmicos). 15
  • 29. 16
  • 30. Em sexto, esses padrões transformam-se em seguida, em reflexos automáticos. 16
  • 31. 17
  • 32. Em sétimo, o comportamento automático numa parte do corpo (os órgãos vocais) é então reforçado pelo comportamento em outras partes do corpo (ouvidos, pernas e braços). 17
  • 33. 18
  • 34. O sistema nervoso como um todo, em suma, é atrelado ao trabalho de memorização. 18
  • 35. 19
  • 36. Fim da cultura oral, início da cultura visual Fim do eu-coletivo, início do eu-indivíduo 19
  • 37. 20
  • 38. 880 milhões de analfabetos no planeta 20
  • 39. 21
  • 40. A tecnologia abstrata do alfabeto fonético e o esforço da alfabetização na cultura decretaram fim ao contato corporal, às narrativas e à experiência sensorial acústica. 21
  • 41. 22
  • 43. 23
  • 44. “Três dedos seguram a pena, os olhos vêem as palavras, a língua pronuncia-as à medida que são escritas e o corpo têm cãibras de estar debruçado sobre uma escrivaninha. O escriba é obviamente incapaz de evitar a necessidade de pronunciar cada palavra, à medida que as decifra”. WATTENBACH 23
  • 45. 24
  • 46. Quando a criança é capaz de ler mais depressa do que falar, a pronúncia torna-se um murmúrio e nalmente cessa por completo. Atingindo esse estágio, a criança substituiu a imagem acústica pela visual e enquanto continuar dependente do material impresso, como quase todos nós, essa condição nunca mudará. Quando lemos, a imagem visual da palavra converte-se instantaneamente numa imagem acústica; as imagens cinestésicas acompanham-na e, se não estivermos lendo em voz alta, a combinação das duas produz a “fala íntima”, a qual, no caso da maioria das pessoas, inclui uma “articulação verbal íntima” e uma “audição íntima”. CHAYTOR 24
  • 47. 25
  • 48. Deterioração do tato e supervalorização da visão 25
  • 49. 26
  • 50. EVA tocou a maçã 26
  • 51. 27
  • 52. “O tato é uma vergonha, está vinculado as formas mais carnais de amor, em contraste com o amor superior e espiritual associado à visão”. Maimônides – Guia dos Perplexos Marsílio Ficino – Humanista Moses Isserles – Talmudista Abraham ben Schemtov Bibago – doutor 27
  • 53. 28
  • 54. Tocar era invasão Sexo era pecado Comer com as mãos era primitivo Diagnóstico era pelo pulso 28
  • 55. 29
  • 56. “Exercícios em Sentir”: objetivo era aprender e aprimorar o sentido do tato e para tanto, as crianças imitavam a sensibilidade tátil dos portadores de de ciências visuais. Johann Christoph Gutsmuth (1759 - 1839) 29
  • 57. 30
  • 58. Pesquisas com órfãos da Segunda Guerra Mundial, recém-nascidos prematuros, revelaram que os bebês que receberam massagens durante 15 minutos pelo menos três vezes ao dia ganharam 47% a mais de peso em relação aos que foram deixados sozinhos em suas incubadoras. Num controle de retorno, depois de oito meses, os prematuros massageados eram geralmente maiores e apresentaram poucos problemas físicos, além de apresentarem melhores respostas no teste mental e motor. Diane Ackerman 30
  • 59. 31
  • 60. Estamos prontos para tocar o que antes só poderia ser visto. 31
  • 61. 32
  • 62. Toque é básico para a geração da TV, “eles foram radiografados pela imagem da TV desde a pequena infância, agora eles sentem a necessidade de tocar todas as coisas em profundidade…” McLuhan 32
  • 63. 33
  • 64. “Carregado de signi cados e limitado por regras, o tato tem o que pode ser chamado de um vocabulário e uma gramática” Constance Classen 33
  • 65. 34
  • 66. Tato fecunda outros sentidos: Na visão há o toque da imagem nos cones e bastonetes das retinas; Na audição as ondas sonoras tocam as células capilares e são transformadas em impulsos nervosos que o cérebro codi ca e reconhece como sons; No olfato, os odores tocam os sensores olfativos No paladar basta o toque dos alimentos com os poros das papilas gustativas, para que as moléculas do sabor enviem sinais elétricos para o cérebro; 34
  • 67. 35
  • 68. “A mão é a parte visível do cérebro, ela tem uma história dela mesma, ela tem inclusive sua própria civilização, sua beleza especial, seu próprio desenvolvimento, seus desejos, sentimentos e ocupações favoritas.” Immanuel Kant 35
  • 69. 36
  • 70. Até a chegada do touch screen nós manipulávamos circuitos, agora manipulamos substâncias. 36
  • 71. 37
  • 72. Marcos na cultura contemporânea: iPhone pra tatilidade Nintendo Wii pra retorno tátil 37
  • 73. HTC Touch Diamond - Teeter and accelerometer/haptic feedback 38
  • 74. HTC Touch Diamond - Teeter and accelerometer/haptic feedback 38
  • 78. www.anaerthal.com.br Consultora da Midiaweb - Inteligência Interativa Agradecimentos: Créditos: Midiaweb Inteligência Interativa www.kdugama.com.br – Ilustração Videolog @maurivan 41