O documento discute a importância da evangelização espírita na formação da criança e do jovem. Ele aborda como a infância e adolescência são períodos de desenvolvimento do espírito, e que os pais desempenham um papel fundamental na evangelização dos filhos por meio de valores, exemplos de conduta e observação da criança.
13.1 Tendo Jesus saído de casa naquele dia, estava assentado junto ao mar. 13.2 E ajuntou-se muita gente ao pé dele, de sorte que, entrando num barco, se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia. 13.3 E falou-lhe de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear. 13.4 E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves e comeram-na; 13.5 e outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda. 13.6 Mas, vindo o sol, queimou-se e secou-se, porque não tinha raiz. 13.7 E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram e sufocaram-na. 13.8 E outra caiu em boa terra e deu fruto: um, a cem, outro, a sessenta, e outro, a trinta. 13.9 Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça Mateus 13: 1 a 9 http://versushipster.tumblr.com/post/10136985530/van-gogh-sower-with-setting-sun-1888
Algum de nós vive situação semelhante hoje? O que podemos fazer para evitar isto? Como auxiliar este pai? Como evitar este drama de consciência? Como evitar que a vida dos filhos se desperdice? O que a DE nos oferece? Que caminhos poderiam ser tomados?
Diferencial da doutrina espírita na abordagem dos problemas familiares de hoje, especialmente na educação da criança e do jovem para a vida terrena e no além. “ A tarefa [ de educar os filhos ] não é tão difícil quanto vos possa parecer. Não exige o saber do mundo. Podem desempenhá-la assim o ignorante como o sábio, e o Espiritismo lhe facilita o desempenho, dando a conhecer a causa das imperfeições da alma humana.” ( ESE XIV, it 9, § 7 )
Espírito antigo e geralmente endividado - Objetivo da encarnação - LE 132. O desafio da nova encarnação: ESE XIV, it 9, §§ 2 a 4 e o caso Segismundo ( Missionários da Luz ): ódios e paixões são levados para o mundo espiritual e oportunamente é dada nova chance de encarnação. Como procederá na nova família, frente aos desafetos do passado? Manterá as boas resoluções do planejamento reencarnatório? Os Espíritos dos pais exercem grande influência sobre o filho depois do nascimento deste ( LE 208 ). “A delicadeza da idade infantil os torna brandos, acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devam fazê-los progredir. Nessa fase é que se lhes pode reformar os caracteres e reprimir os maus pendores.” ( LE 385, § 7 ) Crianças são como esponjas – absorvem tudo : bom ou ruim. Melhor é incutir bons hábitos e valores nobres, especialmente através dos bons exemplos. Educação moral é chave de progresso do Espírito. (LE 685ª Nota e 917 Nota) “ ... os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão [ imposta por Deus - LE 385, § 7 ] desenvolver os de seus filhos pela educação [ moral ]. Constitui-lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho.” ( LE 208 )
“ Não conheceis o que a inocência das crianças oculta. Não sabeis o que elas são, nem o que foram, nem o que serão. ... As crianças são os seres que Deus manda a novas existências. Para que não lhe possam imputar excessiva severidade, dá-lhes ele todos os aspectos da inocência. Ainda quando se trata de uma criança de maus pendores, cobrem-se-lhe as más ações com a capa da inconsciência. Ora, esse amor se enfraqueceria grandemente à vista de um caráter áspero e intratável, ao passo que, julgando seus filhos bons e dóceis, os pais lhes dedicam toda a afeição e os cercam dos mais minuciosos cuidados. ... Desde que, porém, os filhos não mais precisam da proteção e assistência que lhes foram dispensadas durante quinze ou vinte anos, surge-lhes o caráter real e individual em toda a nudez. Conservam-se bons, se eram fundamentalmente bons; mas, sempre irisados de matizes que a primeira infância manteve ocultos.” LE 385, §§ 1 a 4
Discussão: Estamos contribuindo para deixar a bagagem de nossos filhos mais leve ou mais pesada? Como melhorar? 5 min cochicho; 10 min considerações;
“ O Espiritismo na vida infantil significa formidável processo de vacinação preventiva, ao mesmo tempo curadora, por tudo quanto ensina, por tudo quanto aclara, por tudo de útil e bom que semeia nessa alma milenária revestida de nova roupa biológica, e sob nossa responsabilidade.” ( Desafios da Educação, parte 1, perg.11 ) Por fraqueza, ou indiferença, deixaram que neles se desenvolvessem os germens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que produzem a secura do coração; depois, mais tarde, quando colhem o que semearam, admiram-se e se afligem da falta de deferência com que são tratados e da ingratidão deles. ( ESE, V, item 4 ) Deixar de evangelizar a título de dar liberdade ao filho na escolha da religião é como deixar que o filho escolha quando quer ir à escola. É omissão. Situações: dupla religião na família - acordo; viagens e festas – flexibilizar, sem esquecer a agenda com Jesus ao longo da semana.
A atividade de evangelização não é uma atividade recreativa e sim de estudo da doutrina espírita: planejamento anual, equipes de trabalhadores, currículos, eventos e atividades, visando especialmente as dimensões cognitiva e sócio-afetiva. “ O ensinamento espírita e a moral evangélica são os elementos com os quais trabalhamos em nossas aulas. Esses conhecimentos são levados aos alunos por meio de situações práticas da vida, pois a metodologia empregada pretende que o aluno reflita e tire conclusões próprias dos temas estudados, pois só assim se efetiva a aprendizagem real”. O Que é Evangelização?, cap. 8 “ O Centro Espírita, consciente de sua missão, deve envidar todos os esforços, ... para seu pleno funcionamento, ...” O Que é Evangelização?, cap. 4 Comunicação de entidades jovens no CEIC ( início de 2012 ); O conteúdo trabalhado pode ser acessado no mundo espiritual ou em outras encarnações – história do Espírito desencarnado que estava em situação difícil há muito tempo e que se lembrou da Evangelização e, consequentemente, de Jesus, permitindo o o trabalho de resgate espiritual.
A educação moral é sempre de responsabilidade dos pais, cabendo-lhes selecionar as informações e os valores que serão dados aos filhos. Os pais , entretanto, devem considerar que os filhos sempre recebem influências externas e muitas vezes opostas às da família. (O Que é Evangelização?, cap. 7). Demonstrar coerência, envolvendo “... o educando numa atmosfera de responsabilidade, de respeito á vida, de fé em Deus, de consideração e amor ao semelhante, de valorização das oportunidades recebidas, de trabalho construtivo e de integração consigo, com o próximo e com Deus...” (O Que é Evangelização?, cap. 6, item II ). Exemplo vale mais que 1000 palavras - participação dos pais em grupos de estudo, assiduidade e trabalho no CE. Trazer Jesus para o dia-a-dia da família: conversas, refeições, cultura, eventos sociais, arte, lazer, etc, bem como atenção às influências de amigos, parentes e da mídia. Se os pais se omitirem, outros assumirão seu papel. Atenta observação dos instintos e pendores da criança, combatendo os indícios de egoísmo e orgulho – analogia do jardineiro que poda as árvores.(ESE XIV, it 9, § 8) Assiduidade e pontualidade; Conhecer os evangelizadores e informar sobre problemas - perdas, separações, doenças, transtornos psicológicos, manifestações mediúnicas; Conversar sobre a aula de evangelização: perguntando, dialogando, exemplificando e motivando. Compartilhamento de princípios e linguagem.
“ ... compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro. [ Lei de causa e efeito ] Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda? Se por culpa vossa ele se conservou atrasado, tereis como castigo vê-lo entre os Espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso. Então, vós mesmos, assediados de remorsos, pedireis vos seja concedido reparar a vossa falta; solicitareis, para vós e para ele, outra encarnação em que o cerqueis de melhores cuidados e em que ele, cheio de reconhecimento, vos retribuirá com o seu amor.” ESE XIV, it 9, § 5 “ A amargura muito natural que então lhes advém da improdutividade de seus esforços, Deus reserva grande e imensa consolação, na certeza de que se trata apenas de um retardamento, que concedido lhes será concluir noutra existência a obra agora começada e que um dia o filho ingrato os recompensará com seu amor.” (ESE XIV, it 9, § 8)