Este documento discute a importância da pertença e lealdade para grupos profissionais. Explica que todos precisamos sentir que pertencemos a algo maior e que a lealdade é essencial para a solidez das organizações.
1. Educação e Formação de Adultos - Nível Secundário
Núcleo Gerador: Identidade e Alteridade
Área de Competência: Cidadania e Profissionalidade
Competência: Exprimir sentido de pertença e de lealdade para com o colectivo
profissional
Critérios de Evidência:
• Identificar pertença e lealdade em contextos vários
• Explicitar situações profissionais de relacionamento com desafios multiculturais
• Expressar-se e agir face a pessoas, grupos ou organizações de âmbito
multicultural segundo uma lógica inclusiva.
Nome: Marco Eugénio Gomes Araújo Data:07/07/2009
Legenda: Na hierarquia motivacional representada pela "Pirâmide de Maslow" nas
"Necessidades Sociais" está incluída a necessidade de "Pertença".
(Maslow define um conjunto de cinco necessidades descritos na pirâmide.
• Necessidades fisiológicas (básicas), tais como a fome, a sede, o sono, o
sexo, a excreção, o abrigo;
• Necessidades de segurança, que vão da simples necessidade de sentir-se
seguro dentro de uma casa a formas mais elaboradas de segurança como um
emprego estável, um plano de saúde ou um seguro de vida;
• Necessidades sociais ou de amor, afecto, afeição e sentimentos tais como os
de pertencer a um grupo ou fazer parte de um clube;
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2. • Necessidades de estima, que passam por duas vertentes, o reconhecimento
das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros face à nossa
capacidade de adequação às funções que desempenhamos;
• Necessidades de auto-realização, em que o indivíduo procura tornar-se
aquilo que ele pode ser: "What humans can be, they must be: they must be
true to their own nature!".
É neste último patamar da pirâmide que Maslow considera que a pessoa tem que ser
coerente com aquilo que é na realidade "... temos de ser tudo o que somos capazes de ser,
desenvolver os nossos potenciais".)
Uma das fontes motivacionais mais intensas é a "pertença". Ninguém gosta de viver
uma vida inteira isolado. Todos nós procuramos integrar-nos, real ou simbolicamente, em
instâncias mais vastas do que o indivíduo e digo - real ou simbolicamente - porque muitos
"grupos" de que fazemos parte são na realidade construções simbólicas, mais da ordem do
afectivo que do efectivo.
Temos necessidade de nos representarmos como parte de "colectivos" com carga forte, por
exemplo, os clubes de futebol.
Nestes o futebol acaba por ser um pretexto para o exercício de laços de afectividade e de
emoção, de autêntica paixão (pathos) que nos ligam a um conjunto de outros sujeitos que
como nós, se reconhecem sob uma identidade comum.
Repare-se que muitas vezes as claques não vão, propriamente, ver os jogos; os seus
elementos vão estar juntos" torcendo" pelo seu clube e afirmando-se contra o outro, porque só
nessa confrontação a pertença faz para eles, sentido.
O problema surge quando da confrontação simbólica se passa à confrontação real.
Ora, o desporto e o espectáculo desportivo ( que não são bem a mesma coisa) existem como
fenómeno social contemporâneo e mesmo antigo , basta que nos lembremos dos Jogos
Olímpicos originais ou mesmo dos Torneios da Idade Média, para sublimar a violência latente
nas sociedades humanas e a transformar em algo socialmente aceitável e até benéfico.
As relações de pertença exigem uma conduta leal, isto é , quem pertence a um determinado
colectivo não o deverá "trair". Deverá ser confiável, seguro no seu compromisso para com esse
colectivo seja ele de natureza lúdica ou profissional. Aliás, neste contexto é efectivamente
mais importante a seriedade do comprometimento, porque os resultados da sua violação são,
em regra, mais graves do que o nosso clube perder um jogo.
Já para os jogadores e para a equipa técnica do clube o problema transcende o mero
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3. simbolismo e passa para a "economia real", pois as consequências dos resultados das partidas
não são apenas, nem principalmente, afectivas.
Um membro de um colectivo profissional tem que evidenciar lealdade para com esse colectivo
mesmo nos aspectos exteriores. Assim a Rainha de Inglaterra não se desloca, no seu país,
num Mercedes , por exemplo, mas num sumptuoso Rolls Royce ou num mais modesto Range
Rover.
Mas mais importante do que os sinais exteriores do compromisso é o próprio
compromisso e para que este se efective é absolutamente indispensável uma forte consciência
deontológica.
Proposta de trabalho
1) Explicite o conceito de "Pertença".
Na minha opinião o conceito de pertença resumes se, em nos como seres humanos precisamos
de pertencer a algo com qual nos identifique. Pertença fazermos parte a algo e sentirmo-nos
pretendidos.
2) Relacione "Pertença" e "Lealdade".
Pertença a e leal de estão sempre de mãos dadas e porque, quando pertencemos a algo
regemo-nos por códigos deontológicos onde representa valores e acções.
Existe regras que adquirimos e seguimos por pertencer a algo sentimos a necessidade de
aplicar o significado lealdade.
3) Avalie o contributo de uma postura deontológica para a solidez das organizações
(das empresas por exemplo).
Quando incorporei o curso de técnico de som promovido por R.T.P, foi obrigado a uma postura
e a um código, no qual me comprometi a tudo para o qual assistia, não poderia divulgar na
sociedade e o sentimento de pertença e lealdade era comprido com o máximo de rigor.
Outra instituição que me marcou foi o serviço militar, onde o nosso código de lealdade perente
os meus camaradas estava acima de tudo.
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