O documento discute a importância da horta escolar para a promoção da saúde e da alimentação saudável, fornecendo instruções sobre como preparar e cuidar de uma horta, incluindo a escolha do local, ferramentas necessárias, preparo do solo, adubação e plantio. Além disso, aborda conceitos sobre nutrientes encontrados nos alimentos cultivados e a importância da higiene no preparo de hortaliças.
1. SRE - CAXAMBU
Projeto Educação em
Tempo Integral na
escola
PROETI
Anjaly Lopes
2012
2. Sumário
HORTA ESCOLAR ................................................................................................... 3
Promoção da Saúde ................................................................................................. 3
Alimentação saudável através da escola.................................................................... 3
O papel da horta na escola........................................................................................ 4
COMO FAZER UMA HORTA?................................................................................... 4
Quem deve ser responsável pelo preparo da horta?................................................... 4
Passos para o preparo da horta................................................................................. 5
APRENDENDO SOBRE OS NUTRIENTES ENCONTRADOS NOS ALIMENTOS ....... 9
O QUE É NUTRIENTE? ........................................................................................ 9
CARBOIDRATOS .................................................................................................. 9
PROTEÍNAS ......................................................................................................... 9
GORDURAS ....................................................................................................... 10
VITAMINAS......................................................................................................... 10
MINERAIS .......................................................................................................... 10
Anemia ferropriva ................................................................................................ 10
Deficiência de Iodo .............................................................................................. 11
Deficiência de Vitamina A .................................................................................... 11
HIGIENE - FUNDAMENTAL NO PREPARO DAS HORTALIÇAS .............................. 12
COMO ARMAZENAR E PREPARAR AS HORTALIÇAS?......................................... 12
Tubérculos e raízes ............................................................................................. 12
Folhas e talos ...................................................................................................... 14
Flores ................................................................................................................. 15
Vegetais com polpa e sementes........................................................................... 16
Experiências práticas na horta da escola ................................................................. 18
Como aproveitar os alimentos da horta na escola e/ou em casa? ............................. 19
Brincando de Sustentabilidade ................................................................................ 23
Educação Ambiental na Educação Infantil: redução, reutilização e reciclagem .......... 24
A importancia da Educação Ambiental nas escolas .................................................. 28
Sugestões de atividades para abordar o tema “Frutas, legumes e verduras” na escola
.............................................................................................................................. 34
Educação Infantil: ................................................................................................ 34
1º segmento do Ensino Fundamental: .................................................................. 35
1
2º segmento do Ensino Fundamental: .................................................................. 36
Consumo, alimentação e saúde............................................................................... 37
Propaganda de alimentos direcionada ao público infanto-juvenil ............................... 38
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3. Estratégias mais comuns veiculadas nas propagandas infantis................................. 40
Presença de personagens ................................................................................... 40
Apelo emocional .................................................................................................. 40
Oferta de brindes ................................................................................................. 40
Apelo à saúde ..................................................................................................... 40
Estímulo aos sentidos .......................................................................................... 40
Utilização de jingles ............................................................................................. 41
Preços promocionais ........................................................................................... 41
Participação de celebridades ............................................................................... 41
Rotulagem nutricional.............................................................................................. 41
APRENDENDO A LER O RÓTULO ......................................................................... 41
Sugestões de atividades ......................................................................................... 42
Rádio .................................................................................................................. 42
Televisão ............................................................................................................ 43
Mídias impressas ................................................................................................ 43
Web .................................................................................................................... 44
Mídias combinadas .............................................................................................. 44
OBJETIVOS; COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PRIORITÁRIAS PARA O ENSINO
DE CIÊNCIAS......................................................................................................... 45
Composição e utilidade do acervo de ciências ......................................................... 45
Temas................................................................................................................. 45
SITES INTERESSANTES .................................................................................... 46
BLIBIOGRAFIA ...................................................................................................... 49
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4. HORTA ESCOLAR
Promoção da Saúde
A promoção da saúde permite que as pessoas adquiram maior controle sobre sua
própria qualidade de vida. Através da adoção de hábitos saudáveis não só os
indivíduos mas também suas famílias e comunidade se apoderam de um bem, um
direito e um recurso aplicável à vida cotidiana.
Baseado nesse conceito de integração entre grupos de indivíduos, a Organização
Mundial da Saúde (1997) define que uma das melhores formas de promover a saúde é
através da escola. Isso porque, a escola é um espaço social onde muitas pessoas
convivem, aprendem e trabalham, onde os estudantes e os professores passam a
maior parte de seu tempo. Além disso, é na escola onde os programas de educação e
saúde podem ter a maior repercussão, beneficiando os alunos na infância e na
adolescência. Nesse sentido, os professores e todos os demais profissionais tornam -
se exemplos positivos para os alunos, suas famílias e para a comunidade na qual
estão inseridos.
Alimentação saudável através da escola
A alimentação equilibrada e balanceada é um dos fatores fundamentais para o bom
desenvolvimento físico, psíquico e social das crianças. A alimentação de todos os
indivíduos deve obedecer as “Leis da Nutrição” descritas por Pedro Escudero.
Segundo essas leis, devese observar a qualidade e a quantidade dos alimentos nas
refeições e, além disso, a harmonia entre eles e sua adequação nutricional. Uma
alimentação que não cumpra essas leis pode resultar, por exemplo, em aumento de
peso e deficiências de vitaminas e minerais(Silva, 1998).
Para fortalecer o vínculo positivo entre a educação e a saúde, devemos promover um
ambiente saudável melhorando a educação e o potencial de aprendizagem ao mesmo
tempo que promovemos a saúde(Ministério da Saúde,1999). Do conjunto de temas
que podem compor esse ambiente promotor, a alimentação tem papel de destaque,
pois permite que a criança traga as suas experiências particulares e exercite uma
experiência concreta. Além disso, a alimentação é essencial para o bom
desenvolvimento das crianças; dessa forma o estímulo da alimentação saudável irão
propiciar um excelente desenvolvimento físico e mental.
A formação e a adoção dos hábitos saudáveis deve ser estimulada em crianças, pois é
durante os primeiros anos de vida que ela estará formando seus hábitos, por exemplo,
alimentares e atividade física. Dessa forma, a promoção da saúde assume um papel
de educação para a saúde.
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5. O papel da horta na escola
A Horta pode ser um laboratório vivo para diferentes atividades didáticas. Além disso,
o seu preparo oferece várias vantagens para a comunidade. Dentre elas, proporciona
uma grande variedade de alimentos a baixo custo, no lanche das crianças, permite
que toda a comunidade tenha acesso a essa variedade de alimentos por doação ou
compra e também se envolva nos programas de alimentação e saúde desenvolvidos
na escola. Portanto, o consumo de hortaliças cultivadas em pequenas hortas auxilia na
promoção da saúde.
Há várias atividades que podem ser utilizadas na escola com o auxílio de uma horta
onde o professor relaciona diferentes conteúdos e coloca em prática a
interdisciplinaridade com os seus alunos. A matemática pode ser um exemplo com o
estudo das diferentes formas dos alimentos cultivados, além disso, o estudo do
crescimento e desenvolvimento dos vegetais pode ser associado com o próprio
desenvolvimento. Isto é, a importância da terra ter todos os nutrientes para que a
semente se desenvolva em todo o seu potencial, livre de qualquer doença. Essas
atividades também asseguram que a criança e a escola resgatem a cultura alimentar
brasileira e, consequentemente, estilos de vida mais saudáveis.
Ainda em relação a cultura alimentar, destaca-se que no Brasil, cada região apresenta
uma cultura com características diferentes e isso está diretamente relacionado com
seus hábitos alimentares. A vasta quantidade de frutas e hortaliças garante uma
variedade de cores, formas, cheiros e nutrientes importantes para a qualidade da
alimentação. Por exemplo, na Região Norte, há consumo de chicória, coentro e
mandioca, enquanto que na Região Centro-oeste, o consumo é de tubérculos como
cará e guariroba (Ministério da Saúde, 2000). Assim, a horta também assume um
papel importante no resgate da cultura alimentar de cada região.
Esse manual aborda a grande variedade das hortaliças no Brasil e que podem ser
cultivadas em uma horta pela comunidade, por escolas, por creches, orfanato e
demais instituições.
O Manual também apresenta conceitos dos principais nutrientes contidos nos
alimentos, a importância das hortaliças no hábito de crianças, adolescentes, adultos e
idosos e também mostra a necessidade de higiene na manipulação das hortaliças.
COMO FAZER UMA HORTA?
Quem deve ser responsável pelo preparo da horta?
Caso seja possível, o preparo da horta deve ser feito, sob orientação de um agrônomo
ou técnico agrícola. Porém, se a escola já tem algum pai, professor ou funcionário com
conhecimento prático sobre cultivo de hortaliças, essa pessoa poderá ajudar. A
escolha das hortaliças deve ser de forma diversificada, garantindo uma grande 4
variedade de cores, formas e, assim, diferentes nutrientes.
Lembrem-se que a escolha das hortaliças e todo o processo de planejamento e
execução da horta deve ser feita com a participação direta das crianças. As diferentes
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6. turmas devem podem ter uma escala de preparo, plantio e cuidado dos canteiros. Isso
garante que elas se envolvam nos trabalhos e, além de modificar hábitos alimentares,
elas também estarão obtendo informações diversas e administrando com
responsabilidade um projeto da escola. Assim, a participação direta das crianças
proporciona motivação para o trabalho e para o aprendizado.
Passos para o preparo da horta
1º Passo LOCALIZAÇÃO
O local apropriado para o cultivo das hortaliças deve apresentar as seguintes
características:
Terreno plano;
Terra revolvida (“fofa”)
Boa luminosidade e voltada para o nascente;
Disponibilidade de água para irrigação e sistema de drenagem, por exemplo,
canaletas;
Longe de sanitários e esgotos;
Isolado com pouco trânsito de pessoas e animais
2º Passo FERRAMENTAS
Algumas ferramentas são essenciais para o preparo da terra e plantio das hortaliças:
Enxada: é utilizada para capinar, abrir sulcos e misturar adubos e corretivos como
serragem à terra.
Enxadão: é utilizado para cavar e revolver a terra.
Regador: serve para irrigar a horta.
Ancinho: é utilizado para remover torrões, pedaços de pedra e outros objetos, além
de nivelar o terreno.
Sacho: é uma enxada menor que serve para abrir pequenas covas, capinar e
afofar a terra.
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Carrinho-de-mão: é utilizado para transportar terra, adubos e ferramentas.
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7. 3º Passo PREPARO DO CANTEIRO
Antes de iniciar a preparação dos canteiros, deve-se limpar o terreno com auxílio de
algumas ferramentas como enxada, ancinho e carrinho-de-mão.
Com auxílio de uma enxada, revira-se a terra a uns 15cm de profundidade.
Com o ancinho, desmancham-se os torrões, retirando pedras e outros objetos,
nivelando o terreno.
Iniciar a demarcação dos canteiros com auxílio de estacas e cordas com a
seguinte
dimensão; 1,20m x 2 a 5m e espaçamento de um canteiro a outro de 50cm.
Caso o solo necessite de correção, podem ser utilizadas cal hidratada ou
serragem.
4º Passo ADUBAÇÃO DOS CANTEIROS
Como fazer adubo natural?
Resíduos vegetais e animais, tais como palhas, galhos, restos de cultura, cascas e
polpas de frutas, pó de café, folhas, esterco e outros, quando acumulados apodrecem
e, com o tempo, transformam-se em adubo orgânico ou húmus, também conhecido
por composto ou natural.
Essa transformação é provocada por microrganismos aeróbicos( bactérias que
necessitam de oxigênio para viver). Eles decompõe a celulose das plantas e quanto
mais nitrogênio tiverem à sua disposição, mais rápido atuarão, através do calor que se
produzirá no material depositado. Por isso, deve ser fornecido aos microrganismos
aquilo de que mais necessitam: ar, umidade e nitrogênio.
Procedimentos:
1.Em um espaço fechado, como uma caixa, coloca-se no chão uma fileira de tijolos,
cujos intervalos devem ser cobertos por sarrafos, para deixar passar o ar.
2.Em seguida, acumulam-se várias camadas( cerca de 20cm cada um), de matéria
vegetal, espalhando sobre cada uma delas, uma camada de uréia que contém
nitrogênio.
3.Mantém-se o composto sempre úmido, sem ensopá-lo, molhando seguidamente
com um regador.
4.Quando o composto começar a se aquecer, deve ser protegido da chuva, coberto
com tábuas velhas ou com plástico.
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5.Cerca de 1 ou 2 meses mais tarde, o composto deve ser revolvido; as partes que
estavam em cima e dos lados devem ser colocados no centro.
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8. 6.Após 1 ou mais meses, o composto estará pronto para ser usado na horta ou na
lavoura, para posteriormente fazer as covas e os canteiros.
5º Passo COVAS E SEU PREPARO
As covas devem ser feitas com antecedência, no mínimo, 18 dias antes do plantio
ou transplantio.
O espaçamento entre as covas varia de acordo com a hortaliça a ser plantada.
As covas deverão ter a seguinte dimensão: 20x20cm ou 30x30cm de largura e 20
a 30cm de profundidade.
A tabela abaixo oferece algumas informações importante na hora do preparo das
covas:
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6º Passo COMO CUIDAR DA HORTA
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9. A horta deve ser regada duas vezes ao dia, mas lembre-se que isso varia de região
para região, pela diferença de clima entre elas. O solo não pode ficar encharcado para
evitar o aparecimento de fungos. A horta tem que ser mantida limpa, as ervas
daninhas e outras sujidades devem ser retiradas diariamente com a mão. A cada
colheita, deve ser feita a reposição do adubo para garantir a qualidade da terra e das
hortaliças.
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10. APRENDENDO SOBRE OS NUTRIENTES ENCONTRADOS NOS
ALIMENTOS
Após o preparo da horta, é necessário conhecer alguns conceitos relacionados à
alimentação e saúde.
O QUE É NUTRIENTE?
Os alimentos possuem substâncias que são essenciais para o desempenho das
atividades do dia-a-dia como andar, correr, trabalhar, estudar, etc. Essas substâncias
são chamadas de nutrientes. Existem 5 tipos de nutrientes: carboidratos, proteínas,
lipídios, vitaminas e minerais. Veja abaixo a função de cada um desses nutrientes.
CARBOIDRATOS
Os Carboidratos oferecem energia para nosso corpo sob a forma de açúcares
(presente nas frutas e hortaliças) e amido (milho, trigo). Eles são a primeira fonte de
energia para o desempenho das nossas atividades diárias. Os carboidratos podem ser
encontrados nas frutas, hortaliças, pães, macarrão, arroz, mandioca, batata, milho,
entre outros.
PROTEÍNAS
As proteínas são essenciais para construir e manter nossos músculos, cabelo e
tecidos do corpo, principalmente no crescimento durante a infância. Também são
9
importantes na constituição de células, anticorpos, das enzimas presentes no
organismo e hormônios. São encontradas nas carnes vermelhas, brancas, no leite e
derivados (queijo, requeijão, iogurte), ovos, e nas leguminosas como ervilha, soja e
feijão.
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11. GORDURAS
As gorduras são uma fonte de energia que está armazenada no nosso corpo e serve
para transportar algumas vitaminas como a vitamina A, fornecer compostos chamados
ácidos graxos essenciais que favorecem a manutenção da saúde. Porém, as gorduras
tem que ser bem escolhidas na alimentação, pois, em excesso, provoca algumas
doenças como a obesidade, hipercolesterolemia, doenças cardiovasculares, em
número crescente no país (Dutra-de-Oliveira, 1996). As fontes de gordura são a
margarina, toucinho, e os óleos vegetais (como de canola, milho, soja) e animais como
banha de porco.
VITAMINAS
As vitaminas ajudam na manutenção de todas as atividades diárias das
crianças. Apesar de não serem fonte de energia, elas estão envolvidas no bom
funcionamento dos aparelhos circulatório, respiratório e digestivo e atuam,
juntamente com outros nutrientes, para formar enzimas e controlar a queima de
açúcares e proteínas dentro das células (Porto, 2000).
As vitaminas estão presentes nas hortaliças e frutas em geral e podem ser
classificadas em lipossolúveis (A,D,E e K) e hidrossolúveis (C e complexo B).
MINERAIS
Os minerais são elementos obtidos na alimentação para ajudar na formação de
estruturas do corpo, como por exemplo, os ossos. A ausência de alguns minerais na
alimentação pode resultar doenças como anemia, osteoporose e bócio. Os minerais
também não oferecem energia para o corpo e estão presentes nas carnes, frutas,
hortaliças e leite.
Anemia ferropriva
A anemia ferropriva é a carência nutricional de maior prevalência em todo mundo, com
maior incidência em países em desenvolvimento (NÓBREGA,1998). Porém, a anemia
não deve ser encarada como sinônimo de baixa renda e países pobres, pois está
presente em todo o mundo e nas diferentes classes sociais. As populações mais
acometidas por essa carência são as crianças, os adolescentes e as gestantes. Mas o
que é anemia?
Anemia é uma doença causada pela deficiência de ferro no organismo, que ocasiona
diminuição das células sanguíneas e demais compostos dependentes do ferro, como a
hemoglobina e o hematócrito.
O papel da dieta na ocorrência da anemia é crucial; a escolha de alimentos pobres em
ferro, o desmame precoce e introdução e manutenção do leite de vaca em detrimento
de outros alimentos são fatores importantes para a anemia (NÓBREGA,1998).
Assim, o tratamento da anemia consiste numa dieta rica em ferro aliada a estratégias
para melhorar a absorção desse mineral, como o consumo de frutas ou sucos de 10
frutas.
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12. Deficiência de Iodo
O Iodo é necessário para o funcionamento da glândula Tireóide, responsável pela
produção de vários hormônios. Quando existe deficiência de Iodo na nossa
alimentação ocorre um aumento da glândula tireóide, o que é conhecido como bócio
ou papo.
A deficiência de iodo pode levar ao atraso no crescimento e na capacidade de
aprendizagem das crianças. Em mulheres grávidas, poderá causar retardo mental no
bebê, o que é chamado de cretinismo.
A melhor forma de se evitar a deficiência de iodo é usar o sal iodado. Além disso,
recomenda-se consumir alimentos ricos em iodo como peixes de água salgada, ostras,
moluscos, leites e ovos.
Dicas saudáveis
- Sempre use sal iodado observando essa informação no rótulo;
- Ao armazenar o sal iodado em casa, coloque-o sempre em local fresco e ventilado,
longe do calor. Evite colocá-lo perto do fogão a gás ou a lenha.
- Mantenha o sal iodado longe de locais úmidos e não coloque colheres molhadas
dentro da embalagem. A umidade pode prejudicar a qualidade do iodo.
Deficiência de Vitamina A
A deficiência de vitamina A, ou hipovitaminose A, é a principal causa da xeroftalmia,
uma doença carencial que pode levar à cegueira, chegando a ser um dos grandes
problemas de Saúde Pública em algumas regiões do País como o Nordeste. A
vitamina A pode ser fornecida pelos alimentos sob duas formas: a pró-vitamina ,
através dos pigmentos carotenóides, encontrados em vegetais verde-escuro como
couve, agrião, almeirão e vegetais de cor amarelo-alaranjado como cenoura, abóbora
madura. As frutas alaranjadas como manga e mamão também são ótimas fontes de
carotenóides. Há também a forma de
vitamina A pré-formada, existente nos alimentos de origem animal como manteiga,
creme de leite, queijo e fígado de bacalhau.
Os programas de prevenção da carência de vitamina A podem ser os mais variados,
dependendo dos objetivos visados e das condições dos locais. Eles podem incluir
educação alimentar, para auxiliar a melhora do estado nutricional de crianças, através
do incremento do consumo de alimentos ricos em vitamina A disponíveis localmente, o
que resulta em baixo custo. Assim, o planejamento do cultivo de hortaliças ricas em
pró-vitamina A em hortas nas escolas é um meio em se prevenir a hipovitaminose A.
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13. HIGIENE - FUNDAMENTAL NO PREPARO DAS HORTALIÇAS
A terra usada no cultivo das hortaliças abriga muitos microorganismos, que se não
forem retirados do alimento, podem provocar doenças graves. Para evitar isso, é
importante observar algumas regras básicas de higiene, que serão descritas a seguir:
1.As hortaliças, que serão comidas cruas, devem ser lavadas em água filtrada ou
fervida e, em seguida, mergulhadas num recipiente com vinagre (1 litro de água para 1
colher de sopa de vinagre) por 15 minutos. Depois de tirá-las do vinagre, lave
novamente na água filtrada ou fervida.
2.Antes de cortar as hortaliças, é necessário que você também lave corretamente as
mãos para retirar a sujeira que está nelas, principalmente, entre os dedos e nas
unhas.
3.As hortaliças devem ser mantidas longe de insetos, animais, poeira e fumaça. Além
disso, é importante que elas fiquem longe também dos produtos químicos que podem
provocar intoxicação.
4.A manutenção da higiene na cantina escolar também é importante para evitar a
contaminação das hortaliças. Deixe o local sempre limpo, não deixando restos de
comida por muito e também esvazie o lixo, sempre. Assim, a cantina estará limpa e
livre de contaminação.
COMO ARMAZENAR E PREPARAR AS HORTALIÇAS?
Tubérculos e raízes
Os tubérculos e raízes têm muitos nutrientes. É necessário lavá-los muito bem para
retirar a sujeira da terra.
Estes alimentos são ricos em carboidratos, vitaminas e sais minerais.
Batata
Como pode ser feita nas refeições? Assada, cozida, frita
Quais são os seus nutrientes? Carboidratos, vit. C e sais minerais na casca
Quando ele está bom? A casca é lisa, sem brotos nem manchas.
Como guardar para não estragar? Em lugar escuro e seco por 15 dias
Dicas para uma alimentação saudável: È proibida a venda de batata verde que
esteja germinando
Batata-doce
Como pode ser feita nas refeições? Assada, cozida, frita e doces
Quais são os seus nutrientes? Carboidratos, vitaminas e sais minerais
Quando ele está bom? É limpa, firme, sem manchas 12
Como guardar para não estragar? Em lugar escuro e seco por15 dias
Dicas para uma alimentação saudável: Aproveite as folhas para saladas e
refogados
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14. Beterraba
Como pode ser feita nas refeições? Vitaminas, sucos, refogada, cozida, frita
Quais são os seus nutrientes? Rica em açúcar, vitaminas, sódio e potássio
Quando ele está bom? A cor é forte, de casca lisa e folhas brilhantes
Como guardar para não estragar? Em lugar escuro e seco por 15 dias
Dicas para uma alimentação saudável: Use as folhas em ensopados, refogados
e saladas
Cenoura
Como pode ser feita nas refeições? Crua em saladas, pratos salgados e doces
Quais são os seus nutrientes? Vitamina A e sais minerais
Quando ele está bom? É bem lisa, firme, de cor uniforme
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 15 dias
Dicas para uma alimentação saudável: As folhas são ricas em vitamina A e
podem ser usadas em bolinhos e saladas
Mandioca
Como pode ser feita nas refeições? Depois de cozida pode ser frita, ensopada,
refogada
Quais são os seus nutrientes? Rica em carboidratos, vitamina B
Quando ele está bom? Estala quando se quebra ao meio e tem polpa sem
manchas ou nervuras
Como guardar para não estragar?Em temperatura ambiente por 2 dias
Dicas para uma alimentação saudável: Para durar mais descasque cubra com
água e deixe em vasilha tampada até o momento de usar
Mandioquinha
Como pode ser feita nas refeições? Refogados, sopas e purês
Quais são os seus nutrientes? Vitaminas C e B, cálcio e fósforo
Quando ele está bom? É lisa, sem marcas de cor uniforme
Como guardar para não estragar? Em lugar fresco e arejado por 3 dias
Dicas para uma alimentação saudável: É indicada para alimentação infantil por
ser energética
Nabo
Como pode ser feita nas refeições? Em saladas, conservas, sopas e purês
Quais são os seus nutrientes? É rico em fibras e cálcio
Quando ele está bom? A pele é limpa e branca e fica duro quando maduro
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 2 semanas
Dicas para uma alimentação saudável: As folhas tem vitaminas A e C, além de
cálcio.
Podem ser usadas em saladas e refogados
Rabanete
Como pode ser feita nas refeições? Cru, em saladas e conservas; refogado e
ensopado
Quais são os seus nutrientes? Vitaminas B e C, cálcio, fósforo e ferro 13
Quando ele está bom? Liso, firme, brilhante, sem rachaduras
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 1 semana
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15. Dicas para uma alimentação saudável: As folhas podem ser usadas em
saladas ou refogados
Folhas e talos
As folhas e talos devem ser muito bem lavados em água corrente, para eliminar
sujeiras e microorganismos. Deve-se deixar de molho numa mistura contendo 1 litro
de água e 1 colher de sopa de vinagre por 15 minutos.
Estes alimentos são ricos em vitaminas, sais minerais e fibras.
Ao comprar escolha sempre folhas novas.
Acelga
Como pode ser feita nas refeições? Saladas e sucos, refogada, gratinada,
suflês e bolinhos
Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A e C e niacina
Quando ele está bom? A cor é firme, as folhas sem marcas
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 5 dias
Dicas para uma alimentação saudável: Deve ser lavada com água e vinagre
para ser consumida
Agrião
Como pode ser feita nas refeições? Saladas e sucos
Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A, C e do complexo B
Quando ele está bom? Folhas verdes, brilhantes e firmes
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 3 dias
Dicas para uma alimentação saudável: Use os talos para fazer bolinhos,
omeletes e sopas
Alface
Como pode ser feita nas refeições? Saladas e sopas
Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A e C e niacina
Quando ele está bom? Firme, de cor definida e sem marcas
Como guardar para não estragar? Na geladeira em saco plástico, por 5 dias
Dicas para uma alimentação saudável: É diurética e refrescante
Almeirão
Como pode ser feita nas refeições? Cru em saladas
Quais são os seus nutrientes? Sais minerais, vitaminas A, B2 e niacina
Quando ele está bom? Folhas verdes e firmes
Como guardar para não estragar? Na geladeira em saco plástico, por 5 dias
Dicas para uma alimentação saudável: Sirva com molho de alho refogado no
óleo
Couve
Como pode ser feita nas refeições? Refogada, cozida e sopa 14
Quais são os seus nutrientes? Cálcio, fósforo e ferro
Quando ele está bom? Folhas verdes e sem marcas
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 1 semana
Dicas para uma alimentação saudável: Aproveite os talos para sopas
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16. Escarola
Como pode ser feita nas refeições? Crua, em saladas e cozida, em recheios de
tortas e sopas
Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A, B2, niacina e do complexo B
Quando ele está bom? Folhas de cor definida e lisas
Como guardar para não estragar? Na geladeira em saco plástico, por 5 dias
Dicas para uma alimentação saudável: É de fácil digestão
Espinafre
Como pode ser feita nas refeições? Cru, em saladas e cozido, em recheios de
tortas e sopas
Quais são os seus nutrientes? Rico em ferro e vitaminas A e do complexo B
Quando ele está bom? Folhas de cor definida e lisas
Como guardar para não estragar? Na geladeira em saco plástico, por 5 dias
Dicas para uma alimentação saudável: Use os talos para fazer bolinhos,
omeletes e sopas
Repolho
Como pode ser feita nas refeições? Cru, em saladas e conservas.Cozido e
refogado
Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A e C
Quando ele está bom? É pesado, firme e claro
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 10 a 15 dias
Dicas para uma alimentação saudável: Se for usar uma parte, tire apenas as
folhas externas para durar mais
Flores
Alcachofra
Como pode ser feita nas refeições? Crua, cozida, assada e refogada
Quais são os seus nutrientes? Ferro
Quando ele está bom? Folhas macias e sem marcas
Como guardar para não estragar? Em saco plástico, na geladeira por 3 dias
Dicas para uma alimentação saudável: Para cozinhar, corte o talo na base e as
pontas com uma tesoura. Depois de cozida, abra e tire os espinhos
Brócolis
Como pode ser feita nas refeições? Cozida em água fervente ou no vapor
Quais são os seus nutrientes? Cálcio e ferro
Quando ele está bom? Talos e flores verdes e sem marcas
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 1 semana
Dicas para uma alimentação saudável: As folhas e talos são ricos em Vit. A
Couve-flor
Como pode ser feita nas refeições? Cozida, em saladas, gratinadas e
empanados
Quais são os seus nutrientes? Vitamina A e sais minerais 15
Quando ele está bom? Folhas em bom estado, talos firmes e brilhantes e o
buquê bem cheio e sem manchas
Como guardar para não estragar? Em saco plástico, na geladeira por 5 dias
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17. Dicas para uma alimentação saudável: De fácil digestão.
Vegetais com polpa e sementes
Os vegetais com polpa e sementes podem ser preparadas nos pratos de todo o
dia e até em doces. Ao escolher prefira vegetais com polpas firmes e
brilhantes, sem marcas de deterioração.
Abobrinha
Como pode ser feita nas refeições? Saladas, refogados e suflês
Quais são os seus nutrientes? Sais minerais, fibras
Quando ele está bom? Firme, de cor brilhante e sem furos
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 5 dias a 1 semana
Dicas para uma alimentação saudável: Cozinhe no máximo por 15 minutos com
pouca água
Abóbora
Como pode ser feita nas refeições? Cozidos, sopas, purês, refogados e em
doces
Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A e B, cálcio e fósforo
Quando ele está bom? Casca firme e sem partes moles
Como guardar para não estragar? Quando verde em lugar fresco e arejado e
maduro na geladeira por até 3 meses
Dicas para uma alimentação saudável: Aproveite as sementes, asse no forno e
sirva como aperitivo
Berinjela
Como pode ser feita nas refeições? Frita, empanada, com molho e à
parmegiana
Quais são os seus nutrientes? Sais minerais
Quando ele está bom? Bem firme e pesada, sem furos, de cor roxo-brilhante
Como guardar para não estragar? Na geladeira em saco plástico, por 5 dias
Dicas para uma alimentação saudável:Para tirar o gosto amargo, corte em
fatias, polvilhe com sal e deixe escorrer numa peneira até soltar o caldo escuro.
Seque com papel toalha.
Chuchu
Como pode ser feita nas refeições? Refogados, suflês, saladas, pudins e doces
Quais são os seus nutrientes? Vitamina B5, cálcio e fósforo
Quando ele está bom? Firme, sem manchas e de cor verde-claro
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 1 semana
Dicas para uma alimentação saudável: Não compre ou use chuchus murchos
ou amarelados
Ervilha
Como pode ser feita nas refeições? Ensopados, cozidos, saladas, risotos e
com carnes 16
Quais são os seus nutrientes? Sais minerais, vitaminas A e B
Quando ele está bom? Vagem lisa, cheia e bem pesada, sem marcas ou
manchas
SRE - CAXAMBU | Anjaly Lopes
18. Como guardar para não estragar? Na geladeira em saco plástico, por 2 dias
Dicas para uma alimentação saudável:Se não for época de ervilha fresca, use
a conserva.
Jiló
Como pode ser feita nas refeições? Refogados, frituras e ensopados
Quais são os seus nutrientes? Sais minerais, vitaminas A e B
Quando ele está bom? Não tem marcas e é bem firme
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 1 semana
Dicas para uma alimentação saudável:O sabor amargo é diminuído quando o
jiló é frito
Milho-verde
Como pode ser feita nas refeições? Cremes, sopas, refogados, saladas, tortas
Quais são os seus nutrientes? Vitamina B1, sais minerais e carboidratos
Quando ele está bom? Folhas verdes e vivas. Grãos macios
Como guardar para não estragar? Com a palha em temperatura ambiente e
sem a palha na geladeira por 3 dias
Dicas para uma alimentação saudável: O milho em conserva mantém o valor
nutritivo
Pepino
Como pode ser feita nas refeições? Saladas, conservas e patês
Quais são os seus nutrientes? Flúor
Quando ele está bom? Cor verde-escuro e sem machucados
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 5 dias
Dicas para uma alimentação saudável: Deve ser comido com casca (bem
lavado) pois facilita a digestão
Pimentão
Como pode ser feita nas refeições? Refogados, cozidos, molhos, saladas e
patês
Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A e C
Quando ele está bom? Firme, de forma regular e cor viva
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 3dias
Dicas para uma alimentação saudável: Para descascar mergulhe por 2 minutos
em água fervente
Quiabo
Como pode ser feita nas refeições? Refogados, frituras e saladas
Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A e B e sais minerais
Quando ele está bom? Cor verde-escuro e a ponta fácil de quebrar
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 2 dias
Dicas para uma alimentação saudável: Para não soltar goma pingue limão ao
cozinhar
Tomate 17
Como pode ser feita nas refeições? Saladas, molhos e refogados
Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A e C
Quando ele está bom? Firme de casca brilhante e lisa
SRE - CAXAMBU | Anjaly Lopes
19. Como guardar para não estragar? O verde, em temperatura ambiente e o
maduro, na geladeira por 1 semana sem lavar
Dicas para uma alimentação saudável: Escalde com água fervente e puxe a
pele
Vagem
Como pode ser feita nas refeições? Cozida em saladas, refogados, gratinados
e pudins
Quais são os seus nutrientes? Vitamina A e sais minerais
Quando ele está bom? É firme e de formato uniforme
Como guardar para não estragar? Na geladeira, por 1 semana em saco
plástico
Dicas para uma alimentação saudável: Cozinhe com pouca água depois de
tirar o fio
Experiências práticas na horta da escola
A seguir, estão apresentados seis exemplos de como a horta pode trazer benefícios à
saúde das crianças na escola e ser um excelente recurso pedagógico. Destaca-se
novamente o papel fundamental da participação direta das crianças em todo o
processo de plantio das hortaliças até a obtenção de pratos saborosos, que devido a
sua facilidade de preparo podem ser feitos em casa ou na escola. Além disso, essas
ações visam integrar a horta com o cotidiano da criança na escola e em casa.
Método: PLANEJANDO E ADMINISTRANDO UMA HORTA
Desenvolvimento:Cada turma se responsabiliza por um canteiro da horta. Em
seguida, o professor orienta as crianças sobre plantio, formação de mudas,
espaçamento entre as covas, irrigação, além de colheita e conservação das hortaliças
para o consumo, ou seja, o professor supervisiona os alunos em todos os passos
descritos nesse manual. Tudo isso motiva as crianças a cuidar de seu canteiro,
administrá-lo para que as hortaliças cresçam e estejam apropriadas para o consumo.
Além disso, essa experiência reforça as qualidades de organização, planejamento,
responsabilidade e o processo de promoção de saúde através da alimentação
saudável.
Método: APLICANDO CIÊNCIAS E SAÚDE NO DIA-A-DIA DA HORTA
Desenvolvimento: Um dos conceitos mais aplicados em ciências é o da cadeia
alimentar. Por isso, o professor pode utilizar esse conceito e relacionar o papel da
horta com o fornecimento de nutrientes do solo para as hortaliças e, posteriormente, o
consumo das hortaliças fundamentais para a nutrição do ser humano. O professor
divide a turma em grupos de trabalhos e determina que cada grupo seja responsável
por explorar as qualidades nutricionais das hortaliças cultivadas, ao mesmo tempo, a
criança é motivada a se alimentar da hortaliça para garantir os nutrientes ao seu
corpo. Outro aspecto importante de ser discutido nesta atividade são os conceitos de
variedade, combinação e moderação contidos na Pirâmide dos Alimentos. 18
Método: APLICANDO MATEMÁTICA NO DIA-A-DIA DA HORTA
Desenvolvimento: O período de colheita das hortaliças associado a matemática é
uma experiência positiva para ensinar às crianças que a horta pode está presente no
SRE - CAXAMBU | Anjaly Lopes
20. cotidiano da escola. O professor, com a tabela presente neste manual dos períodos
das colheitas e com as noções de conjunto, mostradas na matemática, ensina a
criança quais as hortaliças que apresentam períodos de colheita comuns e diferentes.
Posteriormente, a turma se organiza para o DIA DA COLHEITA, o qual as crianças
colhem as hortaliças com o período comum.
Método:FESTIVAL DA COLHEITA
Desenvolvimento: A escola poderá convidar as famílias para participarem do
momento simbólico da primeira colheita. As crianças serão responsáveis por
apresentar o projeto, suas etapas e objetivos. Dependendo da situação específica
pode-se preparar algum prato com os produtos colhidos para que todos possam
provar ou cada família leva uma pequena amostra dos produtos colhidos para sua
casa.
Método:PREPARANDO O CARDÁPIO DE NOSSA MERENDA ESCOLAR
Desenvolvimento: A partir do momento que os produtos cultivados comecem a
estar prontos para a colheita cada turma pode ficar responsável por preparar o
cardápio semanal da merenda incluindo os produtos disponíveis. Nesta atividade além
do resgate de receitas locais, os conceitos da Pirâmide Alimentar poderão ser
reforçados e implementados.
Método: COZINHA EXPERIMENTAL NA ESCOLA
Desenvolvimento: A pesquisa de receitas de preparações de hortaliças é outra
atividade feita com as crianças para estimular a adoção de hábitos alimentares e
estilos de vida saudáveis. Após o dia da colheita, as crianças trazem de casa uma
receita com as hortaliças colhidas neste dia. Em seguida, o professor faz um concurso
na sala para escolher com as crianças, a melhor receita para ser preparada e
saboreada pela turma na cantina da escola.
Nessa atividade, o professor aborda todos os passos para o cultivo da hortaliça e
reforça a sua conservação e higiene, descritas nesse manual, fundamentais para a
elaboração de um prato saboroso e nutritivo.
Como aproveitar os alimentos da horta na escola e/ou em casa?
Veja abaixo algumas receitas que você pode utilizar com as hortaliças plantadas na
escola ou em casa, aproveitando ao máximo as folhas e talos das mesmas:
Bolinho de abóbora ou de batata doce
Ingredientes Medida caseira
Abóbora cozida e amassada 1 xícara de chá
Farinha de trigo 2 colheres de sopa
Fermento 1 colher de sobremesa
Sal a gosto
Cheiro verde picado a gosto
Técnica de preparo:
1.Juntar os ingredientes 19
2.Aquecer o óleo
3.Fazer os bolinhos com o auxílio de colher. Caso necessite de mais farinha
para fritar às colheradas, acrescentar até dar ponto.
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21. 4.Fritar em óleo quente.
Sugestão: Caso queira bolinho doce trocar o sal por açúcar, não acrescentar
cheiro verde e polvilhar com açúcar e canela.
Bolinho de mandioca (macaxeira ou aipim)
Ingredientes Medida caseira
Mandioca cozida e moída 3 xícaras de chá
Polvilho 3 xícaras de chá
Queijo ralado (opcional) 3 xícaras de chá
Farinha de trigo 1 xícara de chá
Óleo 3 colheres de sopa
Sal a gosto
Técnica de preparo:
1.Juntar os ingredientes
2.Misturar até obter uma massa homogênea.
3.Acrescentar leite, até o ponto de enrolar com a mão.
4.Fritar em óleo quente ou assar em temperatura média.
Suco de beterraba
Ingredientes Medida caseira
Beterraba crua sem casca ralada 1 unidade média
Suco de Limão 1 unidade pequena
Água 1 litro de água
Açúcar, melado ou rapadura ralada 5 colheres de sopa
Técnica de preparo:
1.Bater primeiro a beterraba e coar. O resíduo pode ser utilizado na salada.
2.Bater o restante dos ingredientes com o suco já extraído da beterraba, coá-lo.
Suco de abóbora (mandioca, batata-doce ou pupunha)
Ingredientes Medida caseira
Abóbora 1 copo de abóbora cozida amassada
Leite ou água 3 copos médio
Açúcar a gosto
Técnica de preparo:
1.Bater tudo no liquidificador e tomar gelado. A gosto pode-se acrescentar
folhas de hortelã
“Fanta”
Ingredientes Medida caseira
Água 1 1/2 litro
Cenoura 2 unidades grandes
Limão cravo (capeta, rosa ou 1 unidade
galego) com casca
Suco de limão 2 limões comuns
Açúcar a gosto
Técnica de preparo:
1.Liquidificar a água com as cenouras e coar; 20
2.Acrescentar o limão cravo e o suco de limão ;
3.Liquidificar novamente.
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22. Pudim de mandioca
Ingredientes Medida caseira
Mandioca cozida e amassada 1/2 quilo
Farinha de trigo 3 colheres de sopa
Leite 1/2 litro
Fermento 1 colher de sobremesa
Óleo vegetal 1 colher de sopa
Açúcar 2 xícaras
Sal 1 pitada
Erva-doce 1 colher de sopa
Ovos batidos 2 unidades
Técnica de preparo:
1. Misture tudo e coloque em forma de pudim caramelizada com açúcar.
21
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23. Sustentabilidade na escola
Tão preocupante quanto a extensa lista de prioridades – o que deveria inspirar um
grande projeto nacional apartidário e de longo prazo – é reconhecer que os debates
sobre modernização dos conteúdos pedagógicos ficam invariavelmente em segundo
plano. Uma escola descontextualizada de seu tempo, encapsulada nas rotinas
burocráticas que apequenam sua perspectiva transformadora, está condenada ao
marasmo que entorpece sua história e o seu legado. É uma escola que não consegue
mobilizar professores, alunos e a comunidade ao seu redor em torno de objetivos
comuns que emprestem sentido à existência da própria instituição.
Qual a função social da escola num mundo que experimenta uma crise ambiental sem
precedentes na história da humanidade? Nossa capacidade de redesenhar o modelo
de desenvolvimento e construir uma nova cultura baseada em valores sustentáveis
depende fundamentalmente da coragem de mudar o que está aí. Que ajustes
poderiam ser aplicados à grade curricular para tornar essa escola mais apta a preparar
esses jovens para os imensos desafios que temos pela frente? Que novos gêneros de
informação deveriam mobilizar a comunidade escolar na busca por respostas para
questões pontuais sobre as quais não é mais possível negar a importância ou a
urgência do enfrentamento? Como preparar essas novas gerações para um mundo
que projeta um futuro difícil e extremamente desafiador em função das mudanças
climáticas, escassez de água doce e limpa, produção monumental de lixo, destruição
sistemática da biodiversidade, transgenia irresponsável, crescimento desordenado e
caótico das cidades, entre outros fatores que geram desequilíbrio e instabilidade?
O mundo mudou e a educação deve acompanhar as mudanças em curso. Nossa
espécie é responsável pelo maior nível de destruição jamais visto em nenhum outro
período da história e, se somos parte do problema, devemos ser parte da solução.
Mas não há solução à vista sem educação de qualidade e urgente que estabeleça
novas competências, novas linhas de investigação científica, um novo entendimento
sobre o modelo de desenvolvimento em que estamos inseridos e a percepção do risco
iminente de colapso. Precisamos promover uma reengenharia de processos em escala
global que inspire novos e importantes movimentos em rede. Isso não será possível
sem as escolas.
A escola de hoje deve ser o espaço da reinvenção criativa, um laboratório de ideias
que nos libertem do jugo das “verdades absolutas”, dos dogmas raivosos que insistem
em retroalimentar um modelo decadente. Pobres dos alunos que passam anos na
escola sem serem minimamente estimulados a participar dessa grande “concertação”
em favor de um mundo melhor e mais justo. Quantos talentos adormecidos, quanto
tempo e energia desperdiçados, quanta aversão acumulada ao espaço escolar
justamente pelo desinteresse brutal e legítimo da garotada a algo que não lhes toca o
coração, não lhes instiga positivamente o intelecto, não lhes nutre o espírito? Qual o
futuro dessa escola? São cadáveres insepultos. 22
Uma escola que use a sustentabilidade como mote desse revirão pedagógico amplo e
inovador terá como princípio ético a construção de um mundo onde tudo o que se
faça, onde quer que estejamos, considere os limites dos ecossistemas, a capacidade
SRE - CAXAMBU | Anjaly Lopes
24. de suporte de um planeta onde os recursos são finitos. Temos ciência, tecnologia e
conhecimento para isso. Novas gerações de profissionais das mais variadas áreas
serão desafiados a respeitar esse princípio sem prejuízo de sua atividade fim. Tudo
isso poderia ser resumido em uma palavra: sobrevivência. A mais nobre missão das
escolas no Século 21 será nos proteger de nós mesmos.
Brincando de Sustentabilidade
As brincadeiras fazem parte do mundo infantil, desde a mais nova idade.
Com ela aparecem trabalhos de desenvolvimento absoluto do sujeito, integração com
outros componentes, harmonia das relações, respeito às regras, manter boa conduta,
etc.
Considerar que os brinquedos devem estimular a criatividade das crianças é uma
ótima opção para se trabalhar o conceito de sustentabilidade, de preservação
ambiental, da eliminação de ações predatórias, utilização de recursos próprios, o que
pode ou não ser reciclado, etc.
A sustentabilidade surgiu nos últimos anos, mais precisamente em 1987, onde alguns
países se reuniram a fim de discutir as questões ambientais de poluição. Segundo o
relatório de Brundtland, sustentabilidade é “suprir as necessidades da geração
presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas”. São atitudes
que levam os sujeitos a se tornarem justos socialmente, aceitos culturalmente e
viáveis economicamente.
Assim, técnicas de reaproveitamento podem valorizar as construções de brinquedos,
através de oficinas de artes, que andam bem esquecidas devido aos avanços
tecnológicos e à industrialização.
Para as oficinas, podem ser utilizados materiais alternativos como sucatas ou
itens extraídos da natureza. Sementes, pedras, areia, pedacinhos de pau, dentre
outros, poderão ter grande utilidade. Antes do início das atividades os mesmos
deverão ser selecionados por cores, tamanhos, material, latas, garrafas,
copinhos plásticos, botões, rolhas, pregos, tocos de madeira, retalhos de tecido,
etc.
É importante que as embalagens plásticas estejam absolutamente limpas, pois
produtos tóxicos poderão causar algum tipo de alergia, irritação na pele e nos olhos,
ingestão pela criança, e outros problemas.
Dependendo da idade, os pais devem ajudar na construção dos mesmos, pois a
criança não tem ainda sua coordenação motora desenvolvida para isso.
Podem ser chocalhos feitos colocando pedras ou areia dentro de garrafinhas
plásticas (ou juntando dois copinhos de iogurte); biloquê feito com a parte do bico de
uma garrafa PET e uma bolinha de meia amarrada ao mesmo; móbiles feitos com 23
canudinhos e varetas, pesos variados feitos com garrafas cheias de água ou areia,
carrinhos feitos de caixa de leite, bonecos feitos com garrafinhas variadas, móveis e
objetos de casa feitos de caixas em tamanhos variados, dentre outros.
SRE - CAXAMBU | Anjaly Lopes
25. O fundamental é juntar um material diversificado, com tintas, revistas, jornais, fitas
diversas, fita adesiva, fitilhos, tampinhas de garrafa, tampas de lata, latas de alumínio,
latas de extrato, caixas de ovos, potes plásticos, dentre outros, a fim de aguçar o
potencial imaginativo e criativo das crianças. Afinal, brincar de sustentabilidade é
possível e educa para um futuro melhor!
Educação Ambiental na Educação Infantil: redução, reutilização e
reciclagem
O PROBLEMA
A população da Terra é, atualmente, avaliada em cerca de 5,4 bilhões de pessoas e
estima-se que atinja os 8,5 bilhões, até 2025. O mundo cresce à razão de 90 milhões
de pessoas - o equivalente a um novo país do tamanho do México - a cada ano. De
acordo com projeções, a população mundial poderá vir a se estabilizar em 11 bilhões
de pessoas, por volta de 2100. (Secretaria do meio ambiente, 1998) O consumo
mundial de água cresceu seis vezes, entre 1900 e 1995, o que representa mais do que
o dobro do crescimento populacional no período.
O dado preocupante é verificar que 97,5% do volume total de água na Terra são de
água salgada, formando os oceanos, e somente 2,5% são de água doce. E para piorar
o quadro de escassez, a maior parte dessa água doce (68,7%) está armazenada nas
calotas polares e geleiras, que ao descongelarem, como vem acontecendo nos últimos
anos, em sua maioria se mistura à água salgada dos mares, não servindo então para
consumo humano e do meio ambiente. A forma de armazenamento mais acessível ao
uso humano e de ecossistemas é a água doce contida em lagos e rios, o que
corresponde a apenas 0,27% do volume de água doce da Terra e cerca de 0,07% do
volume total de água (SETTI et al, 2002).
Quase a metade das fontes de recursos hídricos - precipitação (chuvas),
escoamento (rios) e fluxo de águas subterrâneas, que é recarregado através da
umidade do solo - se encontra na América do Sul, e desses, mais da metade está
no Brasil, daí a importância da nossa participação enquanto seres humanos e
cidadãos responsáveis.
O Brasil faz parte do maior aqüífero, reservatório de água doce, do mundo. Chamado
atualmente de Sistema Aqüífero Guarani, acumula um volume de água estimado em
45 mil quilômetros cúbicos. A extensão de tal aqüífero é da ordem de 1,2 milhões de
quilômetros quadrados, sendo 840 mil km2 no Brasil (70%), 225 mil km2 na Argentina
(19%), 71 mil km2 no Paraguai (6%) e 58 mil km2 no Uruguai (5%). Além da dimensão
gigantesca, contém águas que podem ser consumidas sem necessidade de
tratamento prévio, devido aos mecanismos de filtração e autodepuração
biogeoquímica que ocorrem no solo, (Guardia, 2002). 24
Porém, a utilização indiscriminada da água tem provocado o esgotamento das
reservas superficiais, com a conseqüente exploração dos aqüíferos subterrâneos. O
SRE - CAXAMBU | Anjaly Lopes
26. homem tem consumido mais do que a natureza consegue repor e piora ainda mais a
situação quando polui com seu lixo o pouco que não consome.
CONSCIENTIZAÇÃO DO PROBLEMA
Além da população da Terra crescer descontroladamente, seu crescimento urbano é
desordenado trazendo problemas ambientais a nível global como a alta produção de lixo nas
cidades, aumentando a exposição inadequada dos seres humanos e do meio ambiente a
produtos tóxicos. Esta questão sobre o crescimento das toneladas diárias de lixo produzidas
pelos seres humanos está se tornando emergencial e as soluções precisam sair do campo
teórico governamental para serem urgentemente aplicadas com a participação de cada
comunidade consciente de sua responsabilidade.
Paralelo aos esforços demandados a nível governamental para a cura da Terra, um dos mais
consistentes caminhos para buscar a solução quanto ao lixo produzido pelo consumo humano,
é a educação da populaçãoquanto à conscientização ambiental no momento da compra dos
produtos a serem consumidos e também a conscientização da responsabilidade
de redução, reutilização e reciclagem do lixo resultante deste mesmo consumo.
Dar preferência por produtos orgânicos, biodegradáveis ou produzidos por empresas
consideradas responsáveis e amigas do meio ambiente demonstra a responsabilidade do
cidadão sobre os resultados de suas ações no mundo.
As escolas através da educação ambiental, as associações de moradores oferecendo sua
competência para mobilização da comunidade e, o apoio financeiro ou a capacidade de
arrecadação das organizações não governamentais, muito poderão contribuir
para multiplicarmos os processos que diminuem, e muitas vezes até conseguem eliminar, os
danos causados pelo lixo humano à natureza.
O primeiro passo é fazer com que cada ser humano conheça o meio ambiente em que vive e
crie vínculos emocionalmente positivos com a sobrevivência da Terra, pois somente
assim ele passará a se preocupar com o destino do lixo produzido por ele, assumindo a
responsabilidade pela redução, reutilização e reciclagem de seu próprio lixo, de sua residência,
seu local de trabalho, estudo ou lazer. Mesmo que isto signifique, em primeiro momento, um
maior investimento financeiro, de tempo ou de trabalho.
Objetivo dos educadores brasileiros deve ser o de transmutar as energias da relação Homem-
Meio Ambiente, de puro poder consumista para a energia construtiva da sustentabilidade, da
preservação e do crescimento conjunto, permitindo que a relação entre os seres humanos e a
natureza deixe de ser conflituosa e possibilite escolhas que preservem e valorizem a vida.
Tanto a família como a escola tem a responsabilidade hoje de participar da construção destes
valores básicos da consciência cidadã da criança, para que ela no futuro tenha hábitos éticos,
sadios e responsáveis quanto à preservação e desenvolvimento sustentável da Terra. O
melhor caminho a trilhar por nossa geração é FAZER DO LAR UM EXEMPLO E DA ESCOLA 25
UM CENTRO DE MUDANÇA DE VALORES, HÁBITOS E ATITUDES através da educação
ambiental como conceito transversal aos diálogos familiares e a todas as disciplinas escolares.
O CAMINHO A SEGUIR
SRE - CAXAMBU | Anjaly Lopes
27. Após alcançarmos à conscientização do problema, nos tornarmos responsáveis na hora do
consumo, tomarmos a decisão de reutilizar, reduzir e reciclar o nosso lixo e, nos mobilizarmos
junto à comunidade para realizar as ações demandadas, o próximo passo é responder a
pergunta: O QUE FAZER COM O LIXO? Primeiramente temos que REDUZIR dentro do
possível e viável, a necessidade consumista do homem moderno e depois REUTILIZAR e
RECICLAR o seu lixo!
A reutilização do lixo é realizada de diferentes formas, por exemplo, a utilização dos sacos
plásticos de supermercado como saquinhos de lixo em casa. Também os artistas plásticos e as
escolas contribuem imensamente para a construção de brinquedos, peças de decoração e
artes diversas com embalagens descartáveis.
A reciclagem é outra forma importante de gerenciamento de resíduos, pois transforma o lixo
em insumos, com diversas vantagens ambientais. Dentre elas a economia dos recursos
naturais e o bem-estar da comunidade.
Para a realização da reciclagem e reutilização do lixo é necessária a separação dos
diferentes lixos desde sua "produção", ou seja, desde a lixeira de casa/trabalho precisa-se
separar o lixo "sujo e molhado", o chamado lixo orgânico, do lixo seco e limpo, ou seja, dos
plásticos, papéis e metais. Além da separação de outros lixos específicos como os vidros e os
óleos de cozinha.
Uma das ações bem organizadas hoje é a Coleta seletiva, porém para que seja realmente
válido o esforço da comunidade, devemos buscar parceria com as autoridades locais para a
reciclagem de todo o lixo produzido e previamente separado. A coleta dos lixos reutilizáveis e
recicláveis deve ser realizada em caminhões próprios e, direcionadas para lugares diferentes
do lixão orgânico, o que exige uma logística própria do serviço público concessionário.
O trabalho de reciclagem de alguns tipos de lixo está bem estruturado no Brasil com apoio de
Ongs e empresas privadas no treinamento e capacitação de associações de coleta. Hoje já
somos líderes mundiais no processo de reciclagem do papelão e das latinhas de alumínio,
porém ainda faltam pesquisas e incentivos financeiros para o trabalho com outros resíduos do
lixo. Também devemos nos preocupar em melhorar a divulgação dos resultados das pesquisas
já realizadas e como as comunidades podem e devem fazer quanto as diferentes "partes" de
seu lixo.
Por exemplo, a reciclagem completa das caixinhas tetraplak está em estudo, pois ainda não se
consegue separar as quatro folhas de diferentes produtos que a formam, o plástico, o alumínio
e dois tipos de papelão, por isso acabam algumas das partes sendo reciclada e outras, indo
diretamente para o lixão. Já existem pesquisas avançadas aqui mesmo no Brasil, mas não está
em escala industrial a produção deste maquinário.
Outro "lixo" produzido pelo homem que deve nos preocupar por ser de difícil degradação no
meio ambiente, são asgorduras, como azeite, óleo, banha, que não se dissolvem e nem se
misturam à água, formando uma camada na superfície que impede a oxigenação, se tornando
um problema para rios, lagos e aqüíferos, além da vedação dos estômatos das plantas e
órgãos respiratórios dos animais, a impermeabilização das raízes de plantas e a sua ação
tóxica para os seres aquáticos. Um restaurante com duas fritadeiras troca o óleo, em média, a
cada 15 dias, gerando mensalmente cerca de 100 litros de óleo saturado e despejam o óleo de 26
forma alternativa na pia ou no vaso sanitário. As gorduras também interferem negativamente
no tratamento de esgotos, sendo comum o entupimento de tubulações, acabando por forçá-los
a se infiltrarem no solo, contaminando o lençol freático, ou atingindo a superfície. Para retirar o
SRE - CAXAMBU | Anjaly Lopes
28. óleo e desentupir as tubulações, o homem utiliza produtos químicos altamente tóxicos, o que
acaba criando uma cadeia perniciosa. Além de causar danos irreparáveis ao meio ambiente,
constitui uma prática ilegal punível por lei.
Hoje, existem empresas que reutilizam estes óleos de cozinha como matéria prima para a
produção de sabão e outros materiais de limpeza, porém ainda não em quantidade suficiente
capaz de coletar o volume total de óleos saturados produzidos nas grandes cidades brasileiras.
Descobrimos então as vantagens da redução, reciclagem e reutilização das diferentes partes
do lixo produzido pelos homens, para o meio ambiente e para a sobrevivência mais saudável
do homem na Terra e, principalmente percebemos os primeiros passos.
UM PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM EDUCAÇÃO INFANTIL
OBJETIVOS GERAIS:
Preservar o meio ambiente, aumentando o ciclo de vida do nosso habitat;
Melhorar a eficiência das Estações de Tratamento de Esgoto das grandes cidades;
Promover a educação ambiental nas escolas e comunidades.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conscientizar e motivar os empresários da comunidade inclusa no projeto, a se envolverem
maciçamente na separação das diferentes partes de seu lixo;
Promover a criação e desenvolvimento de novas empresas e associações de coleta,
reciclagem e reutilização das diferentes partes do lixo produzido pela comunidade em questão;
Envolver as escolas na conscientização das crianças, pais e educadores quanto à importância
da atenção na hora da compra para incentivar as empresas conscientes e responsáveis, e seu
papel fiscalizador e multiplicador em casa e em todos os locais que freqüenta para a separação
do lixo produzido;
Valorizar todos os profissionais, organizações, associações e empresas participantes através
da divulgação de seu envolvimento no projeto.
METODOLOGIA A SER EMPREGADA
Para que o projeto se desenvolva com tranqüilidade e competência alcançando seus objetivos,
deve-se prever acontratação de um profissionalde educação ambiental, para assumir a
coordenação das ações externas à escola previstas no projeto. ou estagiário de engenharia
sanitária e ambiental ou, um professor
O primeiro passo para a implantação do projeto de EA nas escolas de educação infantil deverá
ser a realização deparcerias com empresas privadas e públicas, visando estruturar a coleta e
o direcionamento para empresas de reciclagem, das diferentes partes do lixo a serem
separados pelas crianças. (Caso uma escola queira iniciar o projeto em âmbito interno sem
estar associada ao projeto maior da comunidade, deve selecionar previamente empresas que
27
realizam estas etapas de coleta e reciclagem).
Escolhida a escola multiplicadora das ações de educação ambiental na comunidade,
iniciaremos o trabalho junto a estas crianças de conscientização da problemática do excesso
de lixo produzido pelo homem, como segue:
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29. 1. As crianças tomarão consciência do real tamanho do problema visualizando a absurda
quantidade de lixo que sua cidade produz a partir da visita pedagógica ao lixão e outra visita a
Companhia de água e esgoto de sua cidade.
2. Discute-se e apresentam-se as diferentes partes do lixo produzido na cidade através de
diferentes atividades pedagógicas. O que tem no seu lixo em casa? O que a sua família joga
no lixo depois do almoço, jantar e do lanche? E a faxineira da escola, o que ela joga no lixo
após a faxina, vamos descobrir?
3. A professora recorta figuras de todas as partes do lixo encontradas na escola e na casa das
crianças e, em sala de aula realiza uma atividade com a turma de separação de todas estas
partes em grupos diferentes... Plástico, papel, metal, óleo, orgânico.
4. Tentar descobrir com as crianças o que fazer com cada "grupo de lixo separado". Apresentar
produtos reciclados e Montar uma exposição com eles.
5. Passeio pedagógico a empresas de reciclagem de lixo, podendo ser qualquer uma que
trabalhe com papelão, alumínio, óleo ou plástico.
6. Montando NOSSA SEPARAÇÃO DO LIXO, criação de latas de lixo de coleta seletiva na
escola, apresentando que cada cor de lata recebe um tipo de lixo.
A importância da Educação Ambiental nas escolas
1. INTRODUÇÃO
O mundo está chegando num ponto cada vez mais critico o aumento do consumo e
exploração incontrolável de produtos e recursos naturais do planeta só agravam a vida
na terra, deixando em dúvida o futuro.
Para reverter essas situações, precisamos pensar na educação ambiental, frisando a
sustentabilidade ambiental, envolvendo todos os setores a sociedade: econômica,
política, saúde, etc.
E se for exercida a educação ambiental frisando sustentabilidade Ambiental,
proporcionando qualidade de vida, atendendo as necessidades do presente sem
comprometer a capacidade de gerações futuras.
Para resolver esse problema, toda sociedade precisa educar suas ações, estabelecer
limites de consumo, e isso envolve não só os consumidores, mas também as
empresas que devem desenvolver produtos ecologicamente corretas e com materiais
que não agridem o meio ambiente.
Enfim, as mudanças aconteceram conseqüentemente depois que a sociedade
(consumidora) terá que se adequar às novas necessidades. Pois a necessidades de
agora garantirão o futuro do planeta para o presente e futuras gerações.
28
Portanto, à hora de realizar uma estratégica de desenvolvimento adotado é agora,
novas habilidades e capacidade de domínio deve ser renovada sobre a natureza.
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30. Assim, o objetivo principal deste artigo é implantar um sistema de educação ambiental
baseado em dinâmicas lúdicas e bate papos onde “eles” poderão espor suas duvidas
e idéias. Oferecendo meios aos jovens de vivenciarem experiências de aprendizagem
fora das salas de aula. Através de visitas à empresas e projetos comunitários.
Com a perspectiva de que haja mudança de valores, assim como preconiza os
fundamentos da Educação Ambiental, para que os alunos tenham a oportunidade de
contribuir com a sociedade ao mesmo tempo em que adquirem este conhecimento útil
e habilidade técnicas.
Atrelados ao objetivo principal deste artigo estão: a programação de eventos de
conscientização para as comunidades; demonstrar como fazer uso dos recursos
naturais sem gerar impacto ao ambiente; estimular a formação de grupos de
conscientização para trabalhar a questão do impacto gerado pelos resíduos
domiciliares a partir dos “3 R’s”; planejar atividades de educação ambiental a partir
recursos renováveis; estimular a formação de grupos de discussão para o debate dos
problemas ambientais locais; formar multiplicadores ambientais, sejam eles
professores, alunos ou membros da comunidade.
Isso é possível porque o papel da educação ambiental é fundamental para efetivar
mudanças e atitudes, comportamentos e procedimentos para jovens, crianças e
comunidades.
De acordo com Sato (2004) o aprendizado ambiental é um componente vital, pois
oferece motivos que levam os alunos se reconhecerem como parte integrante do meio
em que vivem e faz pensar nas alternativas para soluções dos problemas ambientais e
ajudar a manter os recursos para as futuras gerações.
A idéia de trabalhar o tema promovendo uma reflexão sobre papel de cada um da
sociedade, deixando claro que as pessoas não são seres isolados, mas que
dependem uns dos outros para viver. Com esse pensamento, também estudados os
tipos de danos causados ao meio ambiente e as possíveis soluções para os
problemas.
2. REFERENCIAL TEÓRICO.
A Educação Ambiental, segundo a lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999, é um
componente essencial e permanente da educação Nacional, devendo estar presente
em todos os níveis e modalidades do processo educativo formal e não-formal.
Por seu caráter humanista, holístico, interdisciplinar e participativo a Educação
Ambiental pode contribuir muito para renovar o processo educativo, trazendo a
permanente avaliação crítica, a adequação dos conteúdos à realidade local e o
envolvimento dos educando em ações concretas de transformação desta realidade.
Metodologia dos 3 r’s: CITAÇÕES
29
Reduzir: consiste em tentarmos reduzir a quantidade que produzimos de lixo, como
por exemplo, comprar produtos mais duráveis e evitar trocá-los por qualquer novidade
no mercado.
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31. Reutilizar: Procurar embalagens, por exemplo, que possam ser usadas mais de uma
vez – como garrafas retornáveis de vidro. Ou quem sabe, criar novas utilidades para
as que você não precisa mais.
Reciclar: o mais conhecido dos 3 R’s; consiste em transformar um produto-resíduo em
outro, visando diminuir o consumo de matéria-prima extraída da natureza. (Futuro
Professor-2010)
A Educação Ambiental (EA) é um tema cada vez mais tratado nas escolas brasileiras.
Em algumas delas, há até certa carga horária destinada à conscientização ambiental
dos alunos.Um dos enfoques desse tipo de educação deveria se pautar na Política ou
Pedagogia dos 3 R’s (reduzir, reutilizar e reciclar), porém, nem sempre esses três
assuntos são tratados de maneira igualitária. Na enciclopédia:
“sustentabilidade é um conceito sistêmico; relacionado com a continuidade dos
aspectos econômico, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana”. Podemos
dizer que na pratica esse conceito representa promover a exploração de áreas ou de
uso de recursos planetário (naturais ou não) de forma a prejudicar o menos possível o
equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades humanas e todas as biosferas que
dele dependem para existir.
Algumas Estratégias de Ensino para a Prática da Educação Ambiental
Um programa de educação ambiental para ser efetivo deve promover
simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades
necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental. Utiliza-se como
laboratório, o metabolismo urbano e seus recursos naturais e físicos, iniciando pela
escola, expandindo-se pela circunvizinhança e sucessivamente até a cidade, a região,
o país, o continente e o planeta. A aprendizagem será mais efetiva se a atividade
estiver adaptada às situações da vida real da cidade, ou do meio em que vivem aluno
e professor.
Estratégia
Ocasião para Uso
Vantagens / Desvantagens
Discussão em classe (grande grupo)
Permite que os estudantes exponham suas opiniões oralmente a respeito de
determinado problema.
Ajuda o estudante a compreender as questões, Desenvolve autoconfiança e
expressão oral, Podem ocorrer dificuldades nos alunos de discussão.
Discussão em grupo (pequenos grupos com supervisor-professor).
Quando assuntos tratados polêmicos são tratados. 30
Estímulo ao desenvolvimento de relações positivas entre alunos e professores.
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32. Mutirão de idéias (atividades que envolvam pequenos grupos, 5 – 10 estudantes para
apresentar soluções possíveis para um dado problema, todas as sugestões
são apontadas. Tempo limite de 10 a 15 min.).
Deve ser usado como recurso para encorajar e estimular idéias voltadas à solução de
certo problema. O tempo deve ser utilizado para produzir as idéias e não para avaliá-
las.
Estímulo à criatividade, liberdade. Dificuldade em evitar avaliações ou julgamentos
prematuros e em obter idéias originais.
Debate: requer a particpação de dois grupos para apresentar idéias e argumentos de
pontos de vista opostos.
Quando assuntos controvertidos estão sendo discutidos e existam propostas
diferentes de soluções.
Permite o desenvolvimento das habilidades de falar em público e ordenar
a apresentação de fatos e idéias. Requer muito tempo de reparação
Questionário: desenvolvimento de um conjunto de questões ordenadas a
ser submetido a um determinado público.
Usado para obter informações e/ou amostragem de opinião das pessoas em relação
à dada questão.
Aplicado de forma adequada, produz excelentes resultados.Demanda muito
tempo e experiência para produzir um conjunto ordenado de questões que
cubram as afirmações requeridas.
Reflexão: o oposto de mutirão de idéias. É fixado um tempo aos estudantes para que
sentem em algum lugar e pensem acerca de um problema específico.
Usado para encorajar o desenvolvimento de idéias em resposta a um problema.
Tempo recomendado de 10 a 15 min.
Envolvimento de todos. Não pode ser avaliado diretamente.
Imitação: estimulam os estudantes a própria visão dos jornais, dos programas de rádio
e Tv.
Os estudantes podem obter informações de sua escolha e leva-las para outros grupos.
Dependendo das circunstâncias e do assunto a ser abordado, podem ser distribuídos
na escola, aos pais e à comunidade.
Forma efetiva de aprendizagem e ação social.
Projeto: os alunos, supervisionados, planejam, executam, avaliam e redirecionam um
projeto sobre um tema específico. 31
Realização de tarefas com objetivos a serem alcançados em longo prazo, com
envolvimento da comunidade.
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33. As pessoas recebem e executam o próprio trabalho, assim como podem diagnosticar
falhas nos mesmos.
Exploração do ambiente local: prevê a utilização/exploração dos recursos locais
próximo para estudos, observações, caminhadas etc.
Compreensão do metabolismo local, ou seja, complexa dos processos ambientais a
sua volta.
Agradabilidade na execução, Grande participação de pessoas envolvidas.,Vivência de
situações concretas.,Requer planejamento minucioso.
Noções Básicas em Educação Ambiental
Sistemas de vida
A educação ambiental enfatiza as regularidades, e busca manter o respeito pelos
diferentes ecossistemas e culturas humanas da Terra. O dever de reconhecer as
similaridades globais, enquanto se interagem efetivamente com as especificidades
locais, é resumido no seguinte lema: Pensar globalmente, agir localmente.
Há três níveis ou sistemas distintos de existência:
Físico: planeta físico, atmosfera, hidrosfera (águas) e litosfera (rochas e solos), que
seguem as leis da física e da química;
Biológico: a biosfera com todas as espécies da vida, que obedecem as leis da física,
química, biologia e ecologia;
Social: o mundo das máquinas e construções criadas pelo homem, governos e
economias, artes, religiões e culturas, que seguem leis da física, da química, da
biologia, da ecologia e também leis criadas pelo homem.
Ciclos
O material necessário para a vida (água, oxigênio, carbono, nitrogênio, etc.) passa
através de ciclos biogeoquímicos que mantêm a sua pureza e a sua disponibilidade
para os seres vivos. O ser humano está apenas começando a planejar uma economia
industrial complexa, moderna e de alta produtividade que assegura a necessidade de
reciclagem no planeta. Nos ecossistemas, os organismos e o ambiente interagem
promovendo trocas de materiais e energia através das cadeias alimentares e ciclos
biogeoquímicos.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
O trabalho foi desenvolvido em uma escola na cidade de Limeira/SP, o
desenvolvimento das atividades foi em horário paralelo a aulas incluindo meu trabalho
para as crianças participantes da escola da família.
32
Um dos materiais utilizados na escola a abordagem do tema “Cidadão conscientes”, o
tema foi conscientizar as crianças ali presente, os jovens e pais.
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34. Que envolveu leitura de textos sobre o respeito com natureza, apresentação de filmes
sobre o aquecimento global, elaboração de peças teatral, plantio de arvores,
confecções de cartazes sobre o tema.
A atividade do projeto trouxe efeitos muito positivos para os cidadãos, trazendo a
conscientização dentro de casa com as mudanças comportamentais que são visíveis
por todos os lados.
A abordagem da Autora Michele Sato, mostrou o desenvolvimento da consciência
ambiental em nível temático como atividades artísticas, experiências praticas,
atividades fora de sala de aula, produção de materiais locais, projetos ou qualquer
outra atividades que conduza os cidadãos a serem reconhecidos como agentes
ambientalistas.
Podemos dar as pessoas com a educação ambiental, meios e métodos para todos
criarem um plano de ação em prol do planeta, com o conhecimento adquirido e
praticas responsável, podemos criar a partir deste trabalho, novas pessoas engajadas
nas questões de preservação em vários métodos de gestão ambiental.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O presente trabalho demonstrou a necessidade real da educação ambiental não
somente para as crianças, mas para a população em geral.
O contexto abordado representou para as crianças e jovens, o entendimento das
questões ambientais, mas também como controvérsia a dificuldade de implantar esses
“conhecimentos” adquiridos na vida”real”, sendo que a pratica de educação ambiental
visou não somente o planeta em seu todo, mas métodos simples de economia de
recursos naturais em casa.
Os participantes como já foi frisado, demonstraram um grande estimulo no plantio das
arvores, no desenvolvimento de ações e praticas lúdica, mas também informaram a
grande dificuldade em implantar esses conhecimentos em suas vidas, seja no trabalho
ou na própria residência.
Resumidamente o resultado atingiu uma media esperada de entendimento dos alunos,
e o comprometimento de buscarem sempre alternativas para a sustentabilidade
ambiental do planeta.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto na escola foi um conjunto de expectativas futuras de grande sucesso,
presente nos cotidianos cidadãos de todas as idades.
A prática da Educação Ambiental requer caminho bastante complexo, pois é preciso
parar agora com a degradação do nosso planeta, assumindo que a função não é impor
a ideologia da classe dominante nem negar seu papel na transformação social, mas
sim seu papel na sociedade de morador do planeta. 33
A prática de educação ambiental mostra o caminho para o alcance da sustentabilidade
de um povo.
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35. Trabalhando o ideal ambiental nas crianças formará uma nova “remessa” de adultos
prontos para restabelecer o equilíbrio do planeta.
Alimentaçao e Nutriçao
A escola é um espaço privilegiado para a promoção da saúde e desempenha papel
fundamental na formação de valores, hábitos e estilos de vida, entre eles o da
alimentação. Proporcionar um ambiente favorável à vivência de saberes e sabores
favorece a construção de uma relação saudável da criança com o alimento.
A promoção de uma alimentação saudável no espaço escolar pressupõe a integração
de ações em três campos: (a) ações de estímulo à adoção de hábitos alimentares
saudáveis, por meio de atividades educativas que informem e motivem escolhas
individuais; (b) ações de apoio à adoção de práticas saudáveis, por meio da oferta de
alimentação nutricionalmente equilibrada no ambiente escolar e (c) ações de proteção
à alimentação saudável, por meio de medidas que evitem a exposição da comunidade
escolar a práticas alimentares inadequadas.
Sugestões de atividades para abordar o tema “Frutas, legumes e
verduras” na escola
A seguir, estão apresentadas algumas sugestões de atividades para desenvolvi-
mento do tema com os alunos.
Lembre-se: crianças e adolescentes aceitam melhor frutas do que legumes e verduras.
Por isso, busque prover atividades que valorizem e aproximem os alunos dos
alimentos menos aceitos.
Promova formas de integração das atividades desenvolvidas em cada segmento de
ensino.
Educação Infantil:
1. Construir charadas sobre FLV que misturem informações sobre a forma, a cor, o
tamanho e o modo usual de consumo. Por exemplo:
É costume comê-la em rodelas, amassada ou inteira e tem casca amarela (banana)
É redonda, grande, verde por fora e vermelha por dentro (melancia)
2. Colocar em uma caixa algumas frutas, legumes, verduras e temperos. Vendar os
olhos do participante da vez. Solicitar então que escolha algo da caixa e, através do
olfato e do tato, descobrir o que tem nas mãos. Os benefícios dos alimentos podem
ser discutidos com as crianças. 34
3. Mostrar obras de pintores (ex. Salvador Dalí, Tarsila do Amaral, Cézanne),
conversando com as crianças sobre os estilos, as cores, as formas. Apresentar o
pintor Archiboldo Giuseppe que utilizou frutas, legumes, verduras e flores na
SRE - CAXAMBU | Anjaly Lopes
36. construção de suas obras. Disponibilizar frutas, legumes e verduras para que as
crianças as manipulem livremente. Distribuir argila para as crianças modelarem os
alimentos apresentados.
4. Realizar uma oficina de culinária para elaboração de uma salada de frutas. Colocar
sobre uma tábua as frutas, previamente higienizadas, para que as crianças cortem em
pedaços pequenos utilizando utensílios plásticos. Arrumar as frutas picadas numa
tigela e espremer o suco da laranja ou de outra fruta e servir.
Atividade semelhante pode ser feita com salada crua de legumes e verduras.
5. Construir um jogo da memória a partir de imagens de alimentos em revistas e
encartes de supermercados. Dar preferência às frutas, legumes e verduras.
6. Contar a história: “A cesta de Dona Maricota” - autora: Tatiana Belink, editora:
Paulinas e, numa oficina de culinária, fazer as receitas sugeridas.
7. Utilizar a música: “O que que tem na sopa do neném” - Paulo Tati, para resgatar a
alimentação de quando as crianças eram bebês. Destacar na discussão a sopa de
legumes.
8. Identificar atividades de construção de raciocínio matemático que possam trabalhar
com FLV.
1º segmento do Ensino Fundamental:
1. Solicitar que cada aluno traga de casa uma fruta que nunca provou. Conversar com
a turma sobre as preferências, promover a degustação dos alimentos e pedir para eles
que descrevam o sabor e a textura dos alimentos degustados.
2. Solicitar que os alunos tragam figuras de alimentos. Dividir os alunos em grupos e
solicitar que construam um prato que represente uma alimentação saudável.
Conversar com os alunos sobre suas impressões em relação à alimentação saudável,
sabor, prazer etc. 35
3. Nas escolas onde existe horta/pomar, trabalhar com as crianças na plantação das
hortaliças de rápido crescimento, mostrar seu uso na alimentação diária, suas
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37. propriedades (de acordo com a faixa etária, vai se aumentando o grau de informação)
e identificar e confeccionar receitas onde esses alimentos estão presentes.
4. Visitar uma feira livre para conhecer as diversas frutas, legumes e verduras.
Conversar com o feirante sobre sua rotina de trabalho, aquisição dos alimentos,
preços, safra. O professor pode promover outras visitas temáticas: supermercados,
lojas de hortifruti, sítios de produtos orgânicos.
5. Organizar um livro de receitas que possuam como ingredientes frutas, legumes e
verduras. Estimular a identificação de receitas mais saudáveis. Privilegiar aquelas que
utilizam temperos naturais, óleo ao invés de margarina, ingredientes “in natura”. Evitar
receitas que levem grandes quantidades de: manteiga, margarina, maionese, creme
de leite, gordura hidrogenada, sal e açúcar. Preferir preparações cruas, cozidas,
assadas, refogadas, ensopadas ou grelhadas, evitando preparações fritas.
6. Solicitar que o aluno registre, durante uma semana, seu consumo de frutas,
legumes e verduras (tipo, quantidade, em que refeição ingeriu o alimento, como estava
preparado).
7. Promover a organização de uma festa na sala de aula que valorize o tema “Frutas,
legumes e verduras - 5 ao Dia”. Dividir a turma em grupos e delegar para cada grupo
uma tarefa na organização: decoração do local, os alimentos e preparações a serem
trazidos, as músicas, as brincadeiras etc
2º segmento do Ensino Fundamental:
1. Dividir os alunos em grupos e selecionar algumas frutas, legumes e verduras para
cada grupo. Solicitar que os alunos pesquisem sobre cada um desses alimentos
(como é plantado, em que época do ano e em que região do Brasil é mais comum
encontrá-los, benefícios do seu consumo para a saúde, exemplos de receitas
tradicionais com esses alimentos etc.). Montar uma feira de ciências dos alimentos
para que eles possam explicar para os outros alunos o que eles aprenderam sobre
esses alimentos.
2. Reunir os alunos em grupos e solicitar que conversem sobre o que gostam de
comer. Quais os alimentos preferidos? Quando costumam comê-los? O que não
gostam de comer? Por que não gostam? A partir das respostas, conversar com a
turma sobre diferentes hábitos, tabus, preconceitos, crenças sobre alimentação.
3. Criação de blog.
4. Promover uma pesquisa na Internet e em outras fontes de informação com o
seguintes itens:
Quais as frutas, legumes e verduras mais consumidas?
Qual a importância do clima, do solo no cultivo das frutas, legumes e verduras?
36
Fazer um levantamento de receitas que levem frutas, legumes e verduras na sua
preparação.
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38. 5. Discutir a influência da mídia na busca do corpo “ideal” e na promoção do consumo
de alimentos industrializados. Buscar exemplos de atletas, artistas, ídolos e seu tipo
de alimentação.
6. Promover concursos de lanches saudáveis (sanduíches e sucos), utilizando os
critérios de valor nutricional, apresentação e paladar.
7. Promover um festival de histórias em quadrinhos abordando o tema “Frutas,
legumes e verduras”.
8. A partir de uma frase alusiva ao tema da Semana, propor a elaboração de redação
sobre o assunto.
Consumo, alimentação e saúde
Quem nunca se sentiu tentado a comprar um vestido ou um sapato que não precisa,
mas que é a última moda? E o que dizer daquele modelo super moderno de celular
que todos os seus amigos cobiçam? Do mesmo modo, como é difícil resistir àquela
porção dupla de batata frita que custa apenas alguns centavos a mais do que o
tamanho convencional.
O consumo tem se transformado em ícone da vida moderna e a propaganda torna-se
o principal meio de divulgação de novos produtos, criando desejos e necessidades e
atrelando a compra destes bens a vida e bens simbólicos como status, sucesso e
modernidade. Nosso cotidiano está repleto de mensagens publicitárias incentivado a
compra de certos produtos sejam eles alimentos, roupas, brinquedos e até formas de
lazer. Associado a isto, há uma idéia de bens descartáveis que rapidamente
transforma o produto adquirido em algo obsoleto, gerando frustração e o desejo de
consumir algo mais moderno. Em que medida tudo que se compra é realmente
necessário?
O cotidiano dos grandes centros urbanos tem moldado e caracterizado o estilo de vida
das sociedades industrializadas, o que, por conseqüência, determina também seu
estado de saúde. No caso específi co da alimentação, o homem, um ser social, “se
alimenta de acordo com a sociedade a que pertence.
Sua cultura defi ne as opções sobre o que é comestível e as proibições alimentares
que eventualmente o distinguem de outros grupos humanos” (Igor de Garine).
Em tempos de avanços tecnológicos, a exposição a diferentes culturas alimentares se
dá também, cotidianamente, por meio da mídia. Se por um lado a globalização é
benéfi ca, por outro, o que se observa, é a adoção de novos corportamentos
alimentares em detrimento de costumes tradicionais, por vezes mais saudáveis, e a
descaracterização da identidade regional alimentar. Um hábito pouco saudável
adquirido pela população é a substituição do almoço ou do jantar por lanches como
batata frita, sanduíches, tortas, sorvetes, pizzas e outros que são altamente calóricos e
37
não fornecem todos os nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo.
Assim como em outros âmbitos da vida moderna, a falta de tempo tem marcado a
relação das pessoas com a alimentação e o prazer em alimentar-se tem sido um
prazer cada vez mais fast, de consumo imediato, difi cultando até a atuação do
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39. mecanismo de saciedade e permitindo que a pessoa coma quantidades exageradas
de alimentos altamente calóricos. As crianças têm sido expostas cada vez mais cedo a
este tipo de alimentação por diversos fatores como o aumento na jornada de trabalho
dos pais, o bombardeio de propagandas que estimulam o hábito de comer “petiscos”
entre as refeições, etc.
Propaganda de alimentos direcionada ao público infanto-juvenil
A propaganda de alimentos para crianças e adolescentes tem sido motivo de
preocupação mundial e alvo de discussões em diversos setores, incluindo o poder
público. Pode-se dizer que atualmente, a propaganda de alimentos vem contribuindo
para um “ambiente obesogênico”, isto é, valoriza alimentos altamente calóricos, difi
cultando as escolhas mais saudáveis.
Estudos recentes sobre propagandas de alimentos exibidas durante a programação
infantil na televisão, constataram que a maioria dos anúncios, ultrapassando até as
propagandas de brinquedos, é de produtos alimentícios direcionados ao público
infanto-juvenil. Predominantemente, são doces, biscoitos e frituras – alimentos pobres
em vitaminas, sais minerais e fi bras e açucarados, com alto teor de sódio e de
gordura. Vale ressaltar que a obesidade, nesta faixa etária, cresce de forma
assustadora, sobretudo devido ao consumo destes alimentos. Neste mesmo estudo,
destacou-se que a veiculação de propaganda de frutas e vegetais praticamente
inexiste. Outra pesquisa revela que apenas trinta segundos de exposição a comerciais
é o bastante para infl uenciar as escolhas alimentares na infância e na adolescência.
Não é difícil observarmos pais e fi lhos transformarem uma ida ao supermercado,
aparentemente uma atividade prazerosa, em uma luta na qual as crianças defendem
ativa e obstinadamente seus desejos, quase sempre saindo vencedoras.
Frente à polêmica sobre crianças e adolescentes serem alvos de anúncios
publicitários, alguns países europeus proibiram todos os tipos de propaganda voltada
para esse público. Especialistas explicam que a iniciativa se deve ao fato de crianças
e adolescentes não possuírem o senso crítico necessário para
compreensão da publicidade e seus objetivos ocultos. Frequentemente, as crianças
confundem o programa de televisão com a mensagem publicitária.
Este fato é agravado com a utilização de marcas ou personagens nos produtos
comercializados, como por exemplo, mochilas de super-heróis, shampoo de
personagens de desenhos animados ou os biscoitos de ídolos da televisão.
No Canadá, a publicidade de alimentos para crianças tem sólida regulamentação e
restrições quanto à utilização de artifícios/técnicas subliminares e comerciais que
declaradamente induzam a criança a adquirir determinado produto.
No Brasil, o Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (CONAR)
38
publicou, recentemente, as Normas Éticas para a publicidade de produtos designados
a crianças e adolescentes.
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40. Segundo esta norma, o público em questão apresenta “personalidade ainda em
formação, presumivelmente inapta para responder de forma madura aos apelos de
consumo”, porém estas normas são restritas a alguns alimentos e a indústria decide
se irá ou não aderir.
Considerando a relevância do tema frente ao cenário de transição nutricional que
vivemos (aumento das taxas de obesidade e queda dos casos de desnutrição), no fi
nal de 2006, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) colocou em consulta
pública proposta de Regulamento Técnico sobre oferta, propaganda, publicidade,
informação e outras práticas correlatas cujo objeto seja a divulgação ou promoção de
alimentos com quantidades elevadas de açúcar, de gordura trans, de sódio e de
bebidas com baixo teor nutricional.
Tal resolução tem como objetivo principal frear ou mesmo diminuir, particularmente no
público infantil, o avanço da obesidade e de doenças crônicas não-transmissíveis
(DCNT) - hipertensão, diabetes, doença cardiovascular, câncer, entre outras.
Entende-se que esta ação configura-se como medida de proteção ao direito do
consumidor. Alguns grupos defendem que as condições nutricionais são fruto de
escolhas individuais, porém essas escolhas acontecem face às opções disponíveis e
acessíveis. Assim, cabe ao Estado garantir ambientes mais saudáveis facilitando estas
escolhas. A obrigação de proteger justifica-se também porque os governos não
conseguem investir tanto tempo e recursos para divulgar uma alimentação mais
saudável quanto a indústria de alimentos investe para vender seus produtos. Segundo
o Ministério da Saúde, em 2005, a indústria de alimentos investiu cerca de 1 bilhão de
reais em publicidade no Brasil. Para cada dólar gasto pela Organização Mundial de
Saúde em promoção de alimentação saudável, a indústria gastou 500 dólares na
propaganda de alimentos. A regulamentação contribui para que pais, escolas, grupos
de consumidores, entre outros, tenham maior poder de voz e influência.
Grandes indústrias de alimentos investiram pesado em publicidade e, principalmente a
partir dos anos 90, voltaram-se para as escolas, seguindo o princípio de vender a
qualquer custo. Entretanto, o ambiente escolar é um espaço diferenciado, pois
desempenha um papel fundamental na vida das pessoas como veículo de informações
e de promoção da saúde. As crianças tendem a acreditar que os professores e os
funcionários da escola sabem o que é bom para elas e agem de maneira a zelar pelo
seu bem-estar. Em alguns casos, porém, verifica-se uma incoerência de informações
na medida em que nas salas de aula é ensinado a respeito da boa nutrição e o valor
das escolhas alimentares saudáveis e, ao mesmo tempo, os alunos são expostos a
máquinas de venda, lanchonetes e ofertas à la carte de opções com baixo valor
nutritivo.
Nestes casos, as crianças podem crer que esses produtos, anunciados e vendidos na
escola, são bons para elas. Neste sentido, a regulamentação das propagandas, assim
como de cantinas escolares, visa diminuir o acesso dos escolares à alimentação
inadequada e favorecer escolhas alimentares mais saudáveis, reforçando a função da 39
escola como espaço fundamental para a formação de hábitos e valores para a
promoção da saúde de alunos, professores, familiares e comunidade.
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